Talvez o público não agüente mais falar nas intervenções americanas no Oriente Médio ou talvez o roteiro maniqueísta e manipulador tenha ultrapassado o limite do bom senso, não se sabe ao certo, mas o fato desse filme ter sido tão pouco visto talvez demonstre o esgotamento e saturação do tema no cinema. Afinal se todos os dias vemos na TV os equívocos americanos nos países árabes porque pagaríamos para ver a mesma coisa no cinema? O enredo mostra os esforços do agente do FBI Ronald Fluery (Jamie Foxx) em investigar um grave atentado promovido contra cidadãos americanos no Oriente Médio. Atuando em outro país, tendo que lidar com outra cultura e leis, o obstinado agente federal não mede esforços para chegar nos verdadeiros culpados dos atos terroristas. Jamie Foxx teve aqui a chance de demonstrar aos estúdios que poderia arcar com a responsabilidade de estrelar um sucesso, baseado apenas em sua presença do elenco, sem qualquer outro nome por trás. Infelizmente não deu muito certo pois o filme foi mal nas bilheterias.
Atribuo isso ao roteiro que não se exime de passar ao espectador uma visão muito preconceituosa, diria até mesmo racista, contra os árabes em geral. Os agentes americanos em ação, por exemplo, não procuram se dar ao trabalho de conhecer as leis e a cultura do país onde atuam. Passam por cima de tudo com a truculência que lhes é habitual. Além disso cometem o grave erro de generalizar a situação, a ponto de tornar qualquer um suspeito, pelo simples fato de ser árabe. De certa forma o filme não parece estar preocupado em discutir os grandes temas que envolvem as intervenções militares americanas naqueles países. Ao invés disso investe em cenas de ação, nem sempre com bons resultados. Sendo assim o filme acaba virando um belo retrato da forma como muitos americanos encaram esses conflitos. Para eles os terroristas estão em todas as partes e praticamente todos os árabes são suspeitos em potencial. No final da exibição a única certeza que tiramos é que de fato os americanos não parecem ter a menor noção da raiz dos problemas políticos e sociais do Oriente Médio.
O Reino (The Kingdom, Estados Unidos, 2007) Direção: Peter Berg / Roteiro: Matthew Michael Carnahan / Elenco: Jamie Foxx, Jennifer Garner, Jason Bateman, Chris Cooper, Andrew Espósito / Sinopse: Agente federal do FBI investiga um atentado terrorista contra americanos em um distante país árabe.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Se Beber Não Case
É bem complicado entender o gosto do grande público. Algumas superproduções acabam não fazendo sucesso nenhum enquanto outros filmes que ninguém apostava se tornam grandes sucessos de bilheteria. Esse último caso parece ser o de “Se Beber Não Case”, comédia que chegou aos cinemas sem nenhum alarde e começou a crescer assim que se espalhou a chamada “propaganda boca a boca”. Agora complicado mesmo é entender o que tanta gente viu de especial nessa comédia. A estória se passa em Las Vegas, a cidade do pecado, no dia seguinte a uma despedida de solteiro que ao que tudo indica saiu do controle. São três amigos, que seriam os padrinhos de casamento do noivo mas que acabam acordando com uma tremenda ressaca em um quarto de hotel da cidade. Para piorar eles não tem a menor idéia do que aconteceu na noite anterior.
O roteiro assim começa a desvendar os acontecimentos, seguindo determinadas “pistas” que vão surgindo pelo caminho, inclusive com a presença de um tigre, isso mesmo, um tigre do boxeador Mike Tyson. Em minha opinião são dois os problemas básicos de “Se Beber Não Case”. O primeiro e mais evidente é o fato de ser uma comédia de uma piada só. Os caras beberam além da conta, ficaram chapados e amanhecem arrasados, tentando entender o que aconteceu. E é só isso o que acontece. O segundo problema do filme é seu ritmo irregular, que perde o timing necessário para comédias desse estilo. Basta lembrar de “A Última Festa de Solteiro”, clássico do humor dos anos 80, para perceber isso. De positivo apenas a sempre divertida presença do ator Zach Galifianakis. Fora isso nada mais digno de nota – a não ser que você ache realmente engraçado ficar por quase duas horas vendo um bando de marmanjos de ressaca!
Se Beber Não Case (The Hangover, Estados Unidos, 2009) Direção: Todd Phillips / Roteiro: Jon Lucas, Scott Moore / Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, Heather Graham, Mike Tyson / Sinopse: Um grupo de caras acordam com uma grande ressaca em Las Vegas. Eles não lembram exatamente o que aconteceu na noite anterior e começam a se surpreender com o que encontram no quarto de hotel onde estão.
Pablo Aluísio.
O roteiro assim começa a desvendar os acontecimentos, seguindo determinadas “pistas” que vão surgindo pelo caminho, inclusive com a presença de um tigre, isso mesmo, um tigre do boxeador Mike Tyson. Em minha opinião são dois os problemas básicos de “Se Beber Não Case”. O primeiro e mais evidente é o fato de ser uma comédia de uma piada só. Os caras beberam além da conta, ficaram chapados e amanhecem arrasados, tentando entender o que aconteceu. E é só isso o que acontece. O segundo problema do filme é seu ritmo irregular, que perde o timing necessário para comédias desse estilo. Basta lembrar de “A Última Festa de Solteiro”, clássico do humor dos anos 80, para perceber isso. De positivo apenas a sempre divertida presença do ator Zach Galifianakis. Fora isso nada mais digno de nota – a não ser que você ache realmente engraçado ficar por quase duas horas vendo um bando de marmanjos de ressaca!
Se Beber Não Case (The Hangover, Estados Unidos, 2009) Direção: Todd Phillips / Roteiro: Jon Lucas, Scott Moore / Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, Heather Graham, Mike Tyson / Sinopse: Um grupo de caras acordam com uma grande ressaca em Las Vegas. Eles não lembram exatamente o que aconteceu na noite anterior e começam a se surpreender com o que encontram no quarto de hotel onde estão.
Pablo Aluísio.
Recontagem
Provavelmente muita gente que acompanha política internacional se recorda dos problemas envolvendo a disputa presidencial americana durante as eleições de 2000 entre George W. Bush e Al Gore. Na época houve uma disputa acirrada entre os dois candidatos, praticamente lutando voto a voto. Depois das urnas terem sido cerradas começou um grande impasse no estado da Flórida após se descobrir que as cédulas de votação eram confusas, complicadas de se votar e completamente ultrapassadas em sua técnica. Pois é, a nação mais desenvolvida e tecnológica do planeta ainda faz eleição com votos de papel, onde o eleitor tem que fazer vários furinhos para escolher seus candidatos preferidos. Na Flórida a situação ainda era pior porque grande parte do eleitorado era composta de pessoas idosas que não conseguiam compreender o sistema adotado de votação. Muitos eleitores se confundiram ou não conseguiram fazer os tais furinhos nas cédulas. O que se seguiu foi uma verdadeira guerra jurídica entre Republicanos e Democratas, pois o vencedor na Flórida seria também o novo presidente dos Estados Unidos.
E é justamente em cima desse quadro caótico que o filme “Recontagem” se passa. Kevin Spacey, ótimo como sempre, interpreta Ron Klain, o advogado do Partido Democrata que tentará de todas as formas promover uma recontagem dos votos da Flórida. Já Tom Wilkinson vive o advogado do Partido Republicano, James Baker, que tentará impedir esse procedimento. Na época me recordo muito bem desse impasse, que não saiu dos noticiários. De fato foi bem constrangedor perceber como o sistema eleitoral dos Estados Unidos era falho, arcaico e propenso a ter inúmeros erros. Nesse quesito o Brasil com suas urnas eletrônicas está muitos anos a frente dos americanos. Em relação ao filme em si o recomendo apenas para quem gosta de acompanhar os bastidores da política de uma das maiores eleições do planeta – aquela que escolhe o presidente americano. Embora seja um filme que todos saibam o final (George W. Bush se sagrou vitorioso) o fato é que “Recontagem” se torna muito instrutivo por apresentar as manipulações que certamente surgem em situações onde o poder supremo de uma nação está em jogo. Nesse quadro não há vilões e nem mocinhos mas apenas interesses, muitos deles acima dos ideais de democracia e verdade.
Recontagem (Recount, Estados Unidos, 2008) Direção: Jay Roach / Roteiro: Danny Strong / Elenco: Kevin Spacey, Tom Wilkinson, Laura Dern, John Hurt, Bruce Altman, Bob Balaban, Ed Begley Jr / Sinopse: Durante as eleições presidenciais de 2000 um erro no sistema eleitoral da Flórida coloca em um grande impasse a escolha do novo presidente dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
E é justamente em cima desse quadro caótico que o filme “Recontagem” se passa. Kevin Spacey, ótimo como sempre, interpreta Ron Klain, o advogado do Partido Democrata que tentará de todas as formas promover uma recontagem dos votos da Flórida. Já Tom Wilkinson vive o advogado do Partido Republicano, James Baker, que tentará impedir esse procedimento. Na época me recordo muito bem desse impasse, que não saiu dos noticiários. De fato foi bem constrangedor perceber como o sistema eleitoral dos Estados Unidos era falho, arcaico e propenso a ter inúmeros erros. Nesse quesito o Brasil com suas urnas eletrônicas está muitos anos a frente dos americanos. Em relação ao filme em si o recomendo apenas para quem gosta de acompanhar os bastidores da política de uma das maiores eleições do planeta – aquela que escolhe o presidente americano. Embora seja um filme que todos saibam o final (George W. Bush se sagrou vitorioso) o fato é que “Recontagem” se torna muito instrutivo por apresentar as manipulações que certamente surgem em situações onde o poder supremo de uma nação está em jogo. Nesse quadro não há vilões e nem mocinhos mas apenas interesses, muitos deles acima dos ideais de democracia e verdade.
Recontagem (Recount, Estados Unidos, 2008) Direção: Jay Roach / Roteiro: Danny Strong / Elenco: Kevin Spacey, Tom Wilkinson, Laura Dern, John Hurt, Bruce Altman, Bob Balaban, Ed Begley Jr / Sinopse: Durante as eleições presidenciais de 2000 um erro no sistema eleitoral da Flórida coloca em um grande impasse a escolha do novo presidente dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Diamante de Sangue
“Diamante de Sangue” expõe uma das maiores contradições do continente africano. Ao mesmo tempo em que possui algumas das maiores riquezas naturais do mundo é também o lugar mais miserável do planeta. O filme se passa em Serra Leoa e mostra essa dura realidade. Leonard DiCaprio interpreta Danny Archer, um sul-africano que se tornou contrabandista de diamantes. Seu objetivo é colocar as mãos em um raríssimo exemplar cor-de-rosa. Para isso ele conta com a ajuda de um nativo, o negro Solomon Vandy (Djimon Hounsou). Enquanto o Archer quer o precioso diamante para vender no mercado negro e assim ganhar uma fortuna, Vandy só deseja mesmo ajudar sua numerosa família. Já a jornalista americana Maddy Bowen (Jennifer Connelly) cruza o caminho de ambos com a intenção de escrever sobre o que ocorre em Serra Leoa antes que essas preciosas pedras entrem no mercado europeu e americano, onde serão negociadas por verdadeiras fortunas, sendo expostas em luxuosas lojas de jóias raras e finas.
Como disse certa vez um famoso economista: “Não existe almoço grátis no capitalismo”. De fato, mal sabem as mulheres o que se esconde por trás daquele anel de diamante dado por namorados ou maridos. O próprio nome “diamante de Sangue” é perfeito para definir os descaminhos que essas pedras cruzam desde o momento em que são descobertas em minas na África até o momento em que viram finos presentes de romances açucarados em países de primeiro mundo. Guerras, conflitos, exploração do trabalho humano, degradação, mortes... o filme tenta expor esse quadro, muitas vezes adotando um tom quase documental, outras vezes adotando as regras do entretenimento puramente Hollywoodiano. O resultado se mostra a meio caminho da plena conscientização das platéias e a mera diversão para as fãs de Leonardo DiCaprio, que de certa forma havia perdido um pouco o tom certo de sua carreira após o megasucesso de Titanic. Aqui felizmente ele volta a ser o que sempre foi em minha opinião, um ator talentoso e envolvido em projetos realmente relevantes.
Diamante de Sangue (Blood Diamond, Estados Unidos, 2006) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Charles Leavitt / Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly, Stephen Collins, Benu Mabhena, Ntare Mwine, Djimon Hounsou, David Harewood / Sinopse: Um contrabandista branco de diamantes e um nativo negro tentam colocar as mãos em um raro diamante cor-de-rosa em Serra Leoa durante a década de 90. Ao lado deles uma jornalista tenta documentar tudo para escrever sobre o caminho que essas pedras preciosas percorrem antes de chegar ao mercado dos países ricos. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Ator para Leonardo DiCaprio.
Pablo Aluísio.
Como disse certa vez um famoso economista: “Não existe almoço grátis no capitalismo”. De fato, mal sabem as mulheres o que se esconde por trás daquele anel de diamante dado por namorados ou maridos. O próprio nome “diamante de Sangue” é perfeito para definir os descaminhos que essas pedras cruzam desde o momento em que são descobertas em minas na África até o momento em que viram finos presentes de romances açucarados em países de primeiro mundo. Guerras, conflitos, exploração do trabalho humano, degradação, mortes... o filme tenta expor esse quadro, muitas vezes adotando um tom quase documental, outras vezes adotando as regras do entretenimento puramente Hollywoodiano. O resultado se mostra a meio caminho da plena conscientização das platéias e a mera diversão para as fãs de Leonardo DiCaprio, que de certa forma havia perdido um pouco o tom certo de sua carreira após o megasucesso de Titanic. Aqui felizmente ele volta a ser o que sempre foi em minha opinião, um ator talentoso e envolvido em projetos realmente relevantes.
Diamante de Sangue (Blood Diamond, Estados Unidos, 2006) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Charles Leavitt / Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly, Stephen Collins, Benu Mabhena, Ntare Mwine, Djimon Hounsou, David Harewood / Sinopse: Um contrabandista branco de diamantes e um nativo negro tentam colocar as mãos em um raro diamante cor-de-rosa em Serra Leoa durante a década de 90. Ao lado deles uma jornalista tenta documentar tudo para escrever sobre o caminho que essas pedras preciosas percorrem antes de chegar ao mercado dos países ricos. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Ator para Leonardo DiCaprio.
Pablo Aluísio.
Braddock 3 - O Resgate
O filme começa na queda de Saigon em 1975. Enquanto os últimos militares americanos tratam de evacuar o local o Coronel James Braddock (Chuck Norris) tenta encontrar sua esposa, uma vietnamita que trabalha como intérprete na embaixada americana, naquele momento já completamente cercada por uma multidão de refugiados que tentam entrar de todo jeito no prédio. Mesmo com a ameaça Braddock resolve ir atrás de sua mulher a procurando pelas ruas da cidade mas tudo acaba saindo errado e ele pensa erroneamente que ela está morta. Passam-se os anos e Braddock agora vive nos EUA quando é procurado por um reverendo católico que mantém um lar para crianças órfãs em Saigon. O religioso pretende comunicar ao militar americano que ao contrário do que ele pensa sua esposa ainda vive no Vietnã e não é só – ela também tem um filho que afirma ser de Braddock. Chocado com a noticia ele decide voltar às selvas do Vietnã para resgatar sua esposa e filho da ditadura comunista brutal que impera no país. Chegando lá porém acaba sendo aprisionado por um sádico militar do exército do Vietnã, o General Quoc (Aki Aleong), que agora deseja se vingar de tudo o que aconteceu na guerra.
“Bradock 3 – O Resgate” foi dirigido pelo irmão mais jovem de Chuck Norris, Aaron Norris. O roteiro também é do próprio Chuck Norris que aqui quis denunciar a situação de filhos de militares americanos que ainda vivem no país asiático, muitas vezes sofrendo de preconceito por serem mestiços do invasor estrangeiro. Tudo bem intencionado mas é óbvio que se tratando de um filme com Chuck Norris da década de 80 o enfoque se concentra mesmo na mais pura ação! É curioso porque Norris não se acanha e recicla os mais variados clichês de outros filmes de ação famosos da época. Há uma cena de tortura que lembra bastante Rambo II inclusive. O clímax também me fez lembrar de “Comando Para Matar” quando apenas um homem consegue vencer todo um exército, colocando tudo abaixo por onde passa. Mas o interessante é que mesmo sendo muito derivativo de outras produções da década de 80, “Braddock 3” não é tão ruim como muitos dizem por aí. O filme é ágil, tem boas cenas de lutas e explosões e é um filme tipicamente de Chuck Norris na produtora Cannon Group. A única diferença mais substancial é o fato do coronel ter que lidar com um jovem que é seu filho – o que até gera alguns momentos bem piegas. No saldo final porém a verdade é que “Braddock 3” diverte os fãs de Chuck Norris. O filme entrega exatamente aquilo que se espera dele.
Braddock 3 – O Resgate (Braddock: Missing in Action III, Estados Unidos, 1988) Direção: Aaron Norris / Roteiro: Chuck Norris, Steve Bing, James Bruner / Elenco: Chuck Norris, Aki Aleong, Roland Harrah III / Sinopse: O Coronel James Braddock (Chuck Norris) volta ao Vietnã para resgatar sua esposa e seu filho, que ficaram para trás após a saída do exército americano na região em 1975.
Pablo Aluísio.
“Bradock 3 – O Resgate” foi dirigido pelo irmão mais jovem de Chuck Norris, Aaron Norris. O roteiro também é do próprio Chuck Norris que aqui quis denunciar a situação de filhos de militares americanos que ainda vivem no país asiático, muitas vezes sofrendo de preconceito por serem mestiços do invasor estrangeiro. Tudo bem intencionado mas é óbvio que se tratando de um filme com Chuck Norris da década de 80 o enfoque se concentra mesmo na mais pura ação! É curioso porque Norris não se acanha e recicla os mais variados clichês de outros filmes de ação famosos da época. Há uma cena de tortura que lembra bastante Rambo II inclusive. O clímax também me fez lembrar de “Comando Para Matar” quando apenas um homem consegue vencer todo um exército, colocando tudo abaixo por onde passa. Mas o interessante é que mesmo sendo muito derivativo de outras produções da década de 80, “Braddock 3” não é tão ruim como muitos dizem por aí. O filme é ágil, tem boas cenas de lutas e explosões e é um filme tipicamente de Chuck Norris na produtora Cannon Group. A única diferença mais substancial é o fato do coronel ter que lidar com um jovem que é seu filho – o que até gera alguns momentos bem piegas. No saldo final porém a verdade é que “Braddock 3” diverte os fãs de Chuck Norris. O filme entrega exatamente aquilo que se espera dele.
Braddock 3 – O Resgate (Braddock: Missing in Action III, Estados Unidos, 1988) Direção: Aaron Norris / Roteiro: Chuck Norris, Steve Bing, James Bruner / Elenco: Chuck Norris, Aki Aleong, Roland Harrah III / Sinopse: O Coronel James Braddock (Chuck Norris) volta ao Vietnã para resgatar sua esposa e seu filho, que ficaram para trás após a saída do exército americano na região em 1975.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Penetras Bons de Bico
Algumas comédias se notabilizam pela simplicidade. Idéias simples que acabam dando muito certo, geralmente rendendo enredos divertidos e agradáveis sem qualquer pretensão. E quando encontram os atores certos então tudo saiu maravilhosamente bem. Foi justamente o caso desse “Penetras Bons de Bico”, um filme despretensioso, com uma idéia muito simples por trás do argumento que caiu no gosto do público, rendendo uma excelente bilheteria. Credito esse sucesso em particular ao ótimo dueto de atores, Owen Wilson e Vince Vaughn. Convenhamos os dois são ótimos nesse tipo de papel, a do sujeito muito cara de pau que só pensa mesmo em se dar bem, conquistando o maior número de gatas disponíveis para depois cair fora rasteiramente. Machismo? Bom, algumas mulheres podem até mesmo se sentir ofendidas pelas “táticas” aplicadas pelos dois cafajestes mas no final também se renderão ao ótimo bom humor que permeia toda a estória.
E afinal do que se trata o filme? John e Jeremy (Owen Wilson e Vince Vaughn, respectivamente) são dois caras que querem se dar bem com as mulheres. Entre as técnicas mais utilizadas por eles está a paquera de mulheres solteiras em casamentos. Afinal elas ficam muito sensibilizadas nesse tipo de evento. Se tornam presas fáceis. Como praticamente nunca são convidados para essas festas resolvem entrar de penetras mesmo, com a maior cara de pau possível, geralmente se fazendo passar por parentes distantes que afinal ninguém se lembra. Obviamente a última coisa que passa por suas cabeças é assumir qualquer tipo de compromisso com essas garotas. Tudo gira apenas em torno da diversão completamente descompromissada. O filme é isso, uma sucessão de festas de casamento onde os dois vão entrando sem convites, apenas com a lábia. Conquistando uma garota aqui, outra acolá, eles geralmente acabam sumindo no dia seguinte, sem deixar qualquer rastro, é claro! Recentemente Vince Vaughn esteve no programa de Ellen DeGeneres para anunciar a nova parceria com o mesmo Owen Wilson. O novo filme se chamará no Brasil “Os Estagiários” e contará a estória de dois caras que vão estagiar no Google! Espero que seja tão divertido como esse filme aqui!
Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers, Estados Unidos, 2005) Direção: David Dobkin / Roteiro: Steve Faber, Bob Fisher / Elenco: Owen Wilson, Vince Vaughn, Rachel McAdams, Camille Anderson, Diora Baird, Will Ferrell, Jane Seymour / Sinopse: Dois caras de pau entram em todas as festas sem convites, como penetras, para conquistar as garotas solteiras dos casamentos.
Pablo Aluísio.
E afinal do que se trata o filme? John e Jeremy (Owen Wilson e Vince Vaughn, respectivamente) são dois caras que querem se dar bem com as mulheres. Entre as técnicas mais utilizadas por eles está a paquera de mulheres solteiras em casamentos. Afinal elas ficam muito sensibilizadas nesse tipo de evento. Se tornam presas fáceis. Como praticamente nunca são convidados para essas festas resolvem entrar de penetras mesmo, com a maior cara de pau possível, geralmente se fazendo passar por parentes distantes que afinal ninguém se lembra. Obviamente a última coisa que passa por suas cabeças é assumir qualquer tipo de compromisso com essas garotas. Tudo gira apenas em torno da diversão completamente descompromissada. O filme é isso, uma sucessão de festas de casamento onde os dois vão entrando sem convites, apenas com a lábia. Conquistando uma garota aqui, outra acolá, eles geralmente acabam sumindo no dia seguinte, sem deixar qualquer rastro, é claro! Recentemente Vince Vaughn esteve no programa de Ellen DeGeneres para anunciar a nova parceria com o mesmo Owen Wilson. O novo filme se chamará no Brasil “Os Estagiários” e contará a estória de dois caras que vão estagiar no Google! Espero que seja tão divertido como esse filme aqui!
Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers, Estados Unidos, 2005) Direção: David Dobkin / Roteiro: Steve Faber, Bob Fisher / Elenco: Owen Wilson, Vince Vaughn, Rachel McAdams, Camille Anderson, Diora Baird, Will Ferrell, Jane Seymour / Sinopse: Dois caras de pau entram em todas as festas sem convites, como penetras, para conquistar as garotas solteiras dos casamentos.
Pablo Aluísio.
A Liga Extraordinária
Alan Moore não tem mesmo sorte nas adaptações de suas obras para o cinema. Geralmente ele fica tão aborrecido com tudo, que sai de sua reclusão para reclamar do resultado e pedir que seu nome seja retirado dos créditos dos filmes (algo que nunca dá certo pois os produtores sabem que seu nome também ajuda na promoção, gerando melhores bilheterias). Uma de suas obras mais violentadas foi justamente esse “A Liga Extraordinária”, que na arte dos quadrinhos funcionou maravilhosamente bem, se tornando um clássico do gênero, mas que no cinema só resultou em desapontamento e decepção. O enredo original era muito bem bolado e trabalhado. Moore reuniu vários grandes personagens de clássicos da literatura e os colocou a serviço de apenas uma estória. Assim estão lá Allan Quatermain, Capitão Nemo, Dorian Gray (da obra de Oscar Wilde), Mina Harker (de Drácula), Dr. Henry Jekyll e Edward Hyde. O interessante é que como praticamente todos esses livros já estão em domínio público Alan Moore pode usar todos esses famosos personagens sem pagar verdadeiras fortunas em direitos autorais. Uma jogada de mestre, tanto do ponto de vista de sua imaginação quanto comercial.
Já nas telas de cinema o desastre foi quase completo. Os personagens foram manipulados dentro do roteiro, alguns que não tinham importância dentro da trama foram alçados a protagonistas por causa da celebridade dos atores que os interpretavam, como foi o caso de Sean Connery e seu Allan Quatermain. Para agradar aos americanos alguns personagens da literatura dos Estados Unidos foram adicionados ao filme, sob completa revelia de Alan Moore. A direção de arte do filme se tornou excessiva, feita para impressionar o público. O problema é que o uso sem limites dos efeitos digitais acabou descaracterizando a trama original que era muito mais centrada na inteligência dos personagens. Assim ao invés de assistirmos a uma intrigada trama de suspense ficamos a ver Mr Hyde dando uma de Hulk digital pelos céus de uma Londres de Pixel. Nada animador. Com tantos erros o filme acabou indo muito mal de bilheteria. Sua recepção foi tão ruim que Sean Connery, ao que tudo indica, encerrou sua carreira no cinema. Espero que ele volte algum dia pois não fica nada bonito ter algo como “A Liga Extraordinária” como seu filme de despedida, ainda mais em seu caso com tantas obras maravilhosas de que participou ao longo da carreira.
A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen, Estados Unidos, 2003) Direção: Stephen Norrington / Roteiro: James Dale Robinson, baseado na obra de Alan Moore e Kevin O'Neill / Elenco: Sean Connery, Peta Wilson, Stuart Townsend / Sinopse: uma galeria de personagens famosos da literatura inglesa e americana se unem para combater um grande perigo para a humanidade.
Pablo Aluísio.
Já nas telas de cinema o desastre foi quase completo. Os personagens foram manipulados dentro do roteiro, alguns que não tinham importância dentro da trama foram alçados a protagonistas por causa da celebridade dos atores que os interpretavam, como foi o caso de Sean Connery e seu Allan Quatermain. Para agradar aos americanos alguns personagens da literatura dos Estados Unidos foram adicionados ao filme, sob completa revelia de Alan Moore. A direção de arte do filme se tornou excessiva, feita para impressionar o público. O problema é que o uso sem limites dos efeitos digitais acabou descaracterizando a trama original que era muito mais centrada na inteligência dos personagens. Assim ao invés de assistirmos a uma intrigada trama de suspense ficamos a ver Mr Hyde dando uma de Hulk digital pelos céus de uma Londres de Pixel. Nada animador. Com tantos erros o filme acabou indo muito mal de bilheteria. Sua recepção foi tão ruim que Sean Connery, ao que tudo indica, encerrou sua carreira no cinema. Espero que ele volte algum dia pois não fica nada bonito ter algo como “A Liga Extraordinária” como seu filme de despedida, ainda mais em seu caso com tantas obras maravilhosas de que participou ao longo da carreira.
A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen, Estados Unidos, 2003) Direção: Stephen Norrington / Roteiro: James Dale Robinson, baseado na obra de Alan Moore e Kevin O'Neill / Elenco: Sean Connery, Peta Wilson, Stuart Townsend / Sinopse: uma galeria de personagens famosos da literatura inglesa e americana se unem para combater um grande perigo para a humanidade.
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de maio de 2013
O Mundo Perdido: Jurassic Park
Como ignorar um sucesso espetacular como Jurassic Park? Impossível. Assim foi questão de tempo até surgir essa seqüência. Obviamente o roteiro não era dos melhores, no fundo apenas uma variação da primeira estória ou em outras palavras uma tentativa de contar a mesma estória de um jeito que parecesse ao espectador algo diferente. No enredo o empresário e cientista John Hammond (Richard Attenborough) resolve formar uma nova equipe, menor, com apenas quatro pessoas, para ir não na ilha do primeiro filme mas numa segunda, conhecida como setor B. A intenção é explorar o local para saber quais seriam as espécies que teriam prosperado naquele lugar. Inicialmente o pesquisador Ian Malcolm (Jeff Goldblum) do primeiro Jurassic Park é convidado mas diante da carnificina que presenciou recusa até descobrir que sua namorada já está lá, catalogando e observando os animais. Diante disso não vê outra saída a não ser ir para a ilha perdida no meio do oceano, encontrando lá um verdadeiro mundo perdido. O que ele nem desconfia é que não estará sozinho pois um grupo de caçadores com experiência militar também é enviado para a isolada região com o objetivo de capturar dinossauros para a criação de um parque temático em San Diego.
Como se vê lendo essa sinopse acima não há realmente nada de muito diferente do primeiro filme. Em termos de roteiro é realmente mais do mesmo, com pouca originalidade. Assim o interesse do espectador se desvia mesmo para os efeitos digitais. E eles estão lá certamente, muitas vezes em dobro. Por exemplo, se no primeiro filme tínhamos o ataque de um Tiranossauro Rex agora temos o mesmo ataque, só que em dupla, dois dinossauros monstruosos em busca de seu filhote. Entre as boas cenas nesse quesito destaco o ataque dos Velociraptors no meio de um mato fechado e o ataque do Tiranossauro em plena cidade de San Diego – em uma seqüência que de certa forma seria imitada anos depois no remake “King Kong” de Peter Jackson. Spielberg também capricha nas cenas de ação e suspense. Ninguém pode subestimar a capacidade técnica dele como cineasta, bastando lembrar a cena em que os três protagonistas ficam pendurados em um precipício após o ataque dos dinossauros. Assim em conclusão podemos dizer que “O Mundo Perdido” não inova, não surpreende mas pelo menos tenta seguir os passos do primeiro filme com a mesma qualidade técnica em sua produção. E isso certamente vai deixar o fã da franquia bem satisfeito no final das contas.
O Mundo Perdido: Jurassic Park (The Lost World: Jurassic Park, Estados Unidos, 1997) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: David Koepp / Elenco: Jeff Goldblum, Julianne Moore, Pete Postlethwaite, Richard Attenborough, Vince Vaughn / Sinopse: Após os trágicos acontecimentos do primeiro filme a empresa Jurassic Park resolve mandar uma pequena equipe para uma outra ilha perdida, conhecida como Setor B. A intenção é catalogar e observar as espécies que se desenvolveram no local. Os planos porém não saem exatamente como planejado.
Pablo Aluísio.
Como se vê lendo essa sinopse acima não há realmente nada de muito diferente do primeiro filme. Em termos de roteiro é realmente mais do mesmo, com pouca originalidade. Assim o interesse do espectador se desvia mesmo para os efeitos digitais. E eles estão lá certamente, muitas vezes em dobro. Por exemplo, se no primeiro filme tínhamos o ataque de um Tiranossauro Rex agora temos o mesmo ataque, só que em dupla, dois dinossauros monstruosos em busca de seu filhote. Entre as boas cenas nesse quesito destaco o ataque dos Velociraptors no meio de um mato fechado e o ataque do Tiranossauro em plena cidade de San Diego – em uma seqüência que de certa forma seria imitada anos depois no remake “King Kong” de Peter Jackson. Spielberg também capricha nas cenas de ação e suspense. Ninguém pode subestimar a capacidade técnica dele como cineasta, bastando lembrar a cena em que os três protagonistas ficam pendurados em um precipício após o ataque dos dinossauros. Assim em conclusão podemos dizer que “O Mundo Perdido” não inova, não surpreende mas pelo menos tenta seguir os passos do primeiro filme com a mesma qualidade técnica em sua produção. E isso certamente vai deixar o fã da franquia bem satisfeito no final das contas.
O Mundo Perdido: Jurassic Park (The Lost World: Jurassic Park, Estados Unidos, 1997) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: David Koepp / Elenco: Jeff Goldblum, Julianne Moore, Pete Postlethwaite, Richard Attenborough, Vince Vaughn / Sinopse: Após os trágicos acontecimentos do primeiro filme a empresa Jurassic Park resolve mandar uma pequena equipe para uma outra ilha perdida, conhecida como Setor B. A intenção é catalogar e observar as espécies que se desenvolveram no local. Os planos porém não saem exatamente como planejado.
Pablo Aluísio.
Superman: Unbound
Enquanto o novo filme de Superman não chega nas telas a Warner e a DC Comics vão lançando no mercado de DVD animações como essa. São produções bem cuidadas, geralmente adaptadas de graphic novels. Aqui Superman tem que enfrentar um novo perigo, um alienígena chamado Brainiac. Se trata de um ser secular que vaga pelo universo em busca de novos mundos a conquistar. Sob sua veia de conquistador várias civilizações pereceram. Sua sorte muda porém quando decide se dirigir até o Planeta Terra, que considera realmente insignificante mas que pode trazer algum tipo de recompensa, entre elas o Superman. A animação traz ainda a Supergirl, ou Kara Zor-El, uma adolescente que também escapou do fim de Kripton. Mais impulsiva do que o Superman ela decide sair pelo mundo distribuindo justiça aonde é necessária.
Em uma das estórias paralelas a eterna namorada Lois Lane cobra uma postura mais adulta de seu namorado. Ela deseja casar, ter filhos, levar uma vida normal em frente. Já Clark Kent hesita (não o culpo!) pois teme pela segurança de Lois caso sua verdadeira identidade seja revelada. E como convém a um herói de verdade ele tem que conciliar os problemas de sua vida profissional com os deveres de ser quem é. No saldo geral a estória tem bom desenvolvimento e o mais interessante de tudo, um ótimo final, revelando o ponto fraco de Brainiac que pode realmente saber tudo do universo menos levar uma existência em nosso planeta em frente. Então fica a dica dessa animação para quem não consegue lidar com a ansiedade de ver as novas aventuras de Superman nos cinemas.
Superman: Unbound (Superman: Unbound, Estados Unidos, 2013) Direção: James Tucker / Roteiro: Gary Frank, Bob Goodman / Elenco: Matt Bomer, Stana Katic, John Noble / Sinopse: Superman enfrenta Brainiac, um ser alienígena que destrói os mundos por onde passa absorvendo todo o conhecimento dessas civilizações.
Pablo Aluísio.
Em uma das estórias paralelas a eterna namorada Lois Lane cobra uma postura mais adulta de seu namorado. Ela deseja casar, ter filhos, levar uma vida normal em frente. Já Clark Kent hesita (não o culpo!) pois teme pela segurança de Lois caso sua verdadeira identidade seja revelada. E como convém a um herói de verdade ele tem que conciliar os problemas de sua vida profissional com os deveres de ser quem é. No saldo geral a estória tem bom desenvolvimento e o mais interessante de tudo, um ótimo final, revelando o ponto fraco de Brainiac que pode realmente saber tudo do universo menos levar uma existência em nosso planeta em frente. Então fica a dica dessa animação para quem não consegue lidar com a ansiedade de ver as novas aventuras de Superman nos cinemas.
Superman: Unbound (Superman: Unbound, Estados Unidos, 2013) Direção: James Tucker / Roteiro: Gary Frank, Bob Goodman / Elenco: Matt Bomer, Stana Katic, John Noble / Sinopse: Superman enfrenta Brainiac, um ser alienígena que destrói os mundos por onde passa absorvendo todo o conhecimento dessas civilizações.
Pablo Aluísio.
sábado, 11 de maio de 2013
Shameless
É uma das melhores séries atualmente nos Estados Unidos. Consegue unir drama e humor de uma forma excepcional boa. Os episódios giram em torno da família de Frank Gallagher (William H. Macy), um sujeito beberrão, sem vergonha, que vive de aplicar pequenos golpes aqui e acolá. Apesar disso não é uma pessoa má, apenas sem noção. Sua família é numerosa. Frank foi abandonado por sua esposa depois que essa se descobriu lésbica, preferindo fugir com uma caminhoneira durona. Assim ele teve que se virar para criar a filharada. A filha mais velha é Fiona (Emmy Rossum), uma jovem que tenta lidar com a responsabilidade de gerir uma casa onde habita sua família completamente disfuncional. Os irmãos mais velhos são Lip (Jeremy Allen White), um sujeito inteligente mas sem muito vontade em se focar e em investir nos estudos e Ian (Cameron Monaghan) que apesar de estudar numa escola militar é gay. Há ainda a ruivinha Debbie (Emma Kenney) e Carl (Ethan Cutkosky) um pequeno projeto de delinqüente que gosta de tocar fogo em tudo. Essa é a família Gallagher, que vive em um subúrbio de Chicago e tenta levar sua vida em frente, apesar de todas as dificuldades. Quem já viveu em uma família com problemas (ou seja todo mundo) vai certamente se identificar.
“Shameless” mostra as lutas, batalhas e durezas que essa família enfrenta. Apesar da sinopse parecer um drama não é bem assim. Na verdade os membros da família levam a vida como podem, mas sem transformar isso em um dramalhão. Como eu escrevi antes o grande mérito do texto de “Shameless” é justamente mostrar as barras que uma família pobre americana tem que enfrentar mas com bastante humor. Além dos excelentes roteiros a série ainda conta com um elenco excepcional, em especial William H. Macy que interpreta Frank. Para quem sempre foi coadjuvante no mundo do cinema ter a chance de mostrar seu talento em um personagem tão carismático como esse certamente foi um presente. Apesar da série ser a versão americana de um popular programa inglês o fato é que o Frank feito por Macy ganhou vida própria por causa do grande trabalho desse ator. Obviamente seu personagem é o retrato de tudo aquilo que não se teve esperar de um pai de família mas mesmo assim cativa o espectador. Atualmente “Shameless” está em sua terceira temporada e o nível dos episódios só tem melhorado. É mais uma ótima série do canal Showtime, que ao longo desses anos tem se destacado muito nessa área (Vide Dexter). Se torne também um “Shameless” (sem vergonha) e comece a acompanhar os episódios, certamente essa é uma ótima dica para quem gosta de assistir séries americanas de qualidade.
Shameless (Idem, Estados Unidos, 2011) Criada por Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Justin Chatwin, Cameron Monaghan, Emma Kenney, Ethan Cutkosky / Sinopse: A série narra as desventuras de uma pobre família americana que vive nos subúrbios de Chicago. Com o pai alcoólatra os filhos tentam levar a vida adiante da melhor forma possível.
Pablo Aluísio.
“Shameless” mostra as lutas, batalhas e durezas que essa família enfrenta. Apesar da sinopse parecer um drama não é bem assim. Na verdade os membros da família levam a vida como podem, mas sem transformar isso em um dramalhão. Como eu escrevi antes o grande mérito do texto de “Shameless” é justamente mostrar as barras que uma família pobre americana tem que enfrentar mas com bastante humor. Além dos excelentes roteiros a série ainda conta com um elenco excepcional, em especial William H. Macy que interpreta Frank. Para quem sempre foi coadjuvante no mundo do cinema ter a chance de mostrar seu talento em um personagem tão carismático como esse certamente foi um presente. Apesar da série ser a versão americana de um popular programa inglês o fato é que o Frank feito por Macy ganhou vida própria por causa do grande trabalho desse ator. Obviamente seu personagem é o retrato de tudo aquilo que não se teve esperar de um pai de família mas mesmo assim cativa o espectador. Atualmente “Shameless” está em sua terceira temporada e o nível dos episódios só tem melhorado. É mais uma ótima série do canal Showtime, que ao longo desses anos tem se destacado muito nessa área (Vide Dexter). Se torne também um “Shameless” (sem vergonha) e comece a acompanhar os episódios, certamente essa é uma ótima dica para quem gosta de assistir séries americanas de qualidade.
Shameless (Idem, Estados Unidos, 2011) Criada por Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Justin Chatwin, Cameron Monaghan, Emma Kenney, Ethan Cutkosky / Sinopse: A série narra as desventuras de uma pobre família americana que vive nos subúrbios de Chicago. Com o pai alcoólatra os filhos tentam levar a vida adiante da melhor forma possível.
Pablo Aluísio.
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