Se o anterior deixa muito a desejar esse aqui, o filme final dessa franquia de extremo sucesso, fecha com chave de ouro as adaptações dos livros do famoso bruxinho bretão. O enredo tem uma fluência bem mais desenvolvida e o interesse pela estória que chega ao final de forma definitiva mantém o interesse do espectador. Ao contrário do anterior que parece não caminhar para lugar nenhum esse episódio final vem para amarrar todas as pontas soltas dando uma conclusão acima da média para a saga. Eu realmente havia detestado o filme anterior (o único de toda a franquia que achei muito fraco e tedioso) mas desse capítulo final gostei e saí plenamente satisfeito da sala de exibição. Depois da pasmaceira anterior finalmente Harry Potter voltou a ser divertido, com boa ação e ótimos efeitos especiais. O roteiro é enxuto, sem excessos e sem "barrigas" (que foi a marca registrada do primeiro Relíquias).
Os atores continuam com carisma e os vilões (em especial o Lord das trevas) está finalmente presente em grande parte do filme. Apreciei especialmente a reviravolta envolvendo Severus Snape, Dumbledore e o passado não contado da família de Harry Potter. O final também me agradou embora pensei que a escritora fosse levar tudo às últimas consequências (o que de fato não ocorreu, o que entendo pois a autora não queria traumatizar toda uma geração). Por fim a cena final com os três atores 19 anos depois foi bem divertida e bem feita (menos Hermione que não envelheceu nada!). Valeu, foi uma boa despedida da franquia que fiz questão de ver no cinema para se despedir com grande estilo. Vai deixar saudades pois já havia se tornado uma espécie de tradição esperar pelos filmes e acompanhar toda a reação que eles causavam, principalmente nos fãs, tão ardorosos e dedicados. Infelizmente nada é para sempre e a estória chegou ao fim. Resta o consolo de saber que em geral todos os filmes foram muito bons (exceto o anterior a esse), fizeram sucesso e caíram no gosto do público, fã ou não. Espero que em breve tenhamos outra franquia tão boa quanto essa.
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte II (Harry Potter and The Deathly Hallows: Part II, Estados Unidos, 2011) Direção: David Yates / Roteiro: Steve Kloves baseaod na obra de J.K. Rowling / Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, Alan Rickman, Bonnie Wright, Tom Felton, Maggie Smith, Jim Broadbent. / Sinopse; Último filme da franquia Harry Potter onde ele finalmente encontrará seu destino.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I
Harry Potter (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert
Grint) e Hermione (Emma Watson) deixam a Escola de Magia e Bruxaria
de Hogwarts para trás e saem em busca das Horcruxes, objetos mágicos que armazenam fragmentos da
alma. Eles foram criados pela vião Voldemort. A saga Harry Potter começa a chegar ao seu final. Esse aqui é a primeira parte da conclusão da franquia que foi desde o seu lançamento um grande sucesso de publico e crítica. Infelizmente o que se nota nesse primeiro episódio é que temos trama de menos para metragem demais. O filme muitas vezes cai no vazio completo simplesmente por não ter nada a contar. O correto certamente seria a realização de um só filme em cima do livro "Harry Potter e as Relíquias da Motte" mas a ganância do estúdio resolveu partir o texto ao meio, deixando os eventos mais importantes para o segundo filme, o que levou esse aqui para um limbo terrível onde nada é concluído, deixando apenas um monte de pontas soltas para o final. É basicamente a velha fórmula dos antigos seriados ao estilo Flash Gordon que deixava o espectador em um momento crucial de perigo para retornar na semana seguinte e conferir a conclusão.
Diante de um roteiro pela metade não há como fugir do inevitável. O filme se torna muito arrastado, beirando a chatice completa. A fotografia é muito escura, o que não é nada bom para um filme que se apresenta enfadonho. A produção tem pouca ação e os atores falham em tentar transmitir algum tipo de sentimento interior profundo. O diretor foi muito pretensioso e deixou a aventura, marca registrada da franquia, um tanto quanto de lado. Harry Potter é um personagem infanto-juvenil que vive um mundo mágico de fantasia e bruxas e não há muito o que inventar sobre isso. Querer transformar esse tipo de literatura em Hamlet é uma bobagem completa. Infelizmente David Yates imprimiu uma mão pesada em um filme que em essência deveria ser leve, divertido. Sua pretensão de fazer algo mais soturno e sério logo vai por água abaixo, sobrando o simples tédio. Bocejos são inevitáveis. Em conclusão esse é certamente o mais chato e tedioso filme da franquia, que é muito boa e agradável. Pelo menos a segunda parte fechou com chave de ouro as aventuras do bruxinho. Comentaremos sobre a conclusão daqui a pouco. Esse aqui porém não tem jeito, é chato e ruim mesmo.
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I (Harry Potter and The Deathly Hallow: Part I, Estados Unidos, 2010) Direção: David Yates / Roteiro: Steve Kloves / Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, Alan Rickman, Bonnie Wright, Tom Felton./ Sinopse: Primeira parte da conclusão da saga do personagem Harry Potter.
Pablo Aluísio.
Diante de um roteiro pela metade não há como fugir do inevitável. O filme se torna muito arrastado, beirando a chatice completa. A fotografia é muito escura, o que não é nada bom para um filme que se apresenta enfadonho. A produção tem pouca ação e os atores falham em tentar transmitir algum tipo de sentimento interior profundo. O diretor foi muito pretensioso e deixou a aventura, marca registrada da franquia, um tanto quanto de lado. Harry Potter é um personagem infanto-juvenil que vive um mundo mágico de fantasia e bruxas e não há muito o que inventar sobre isso. Querer transformar esse tipo de literatura em Hamlet é uma bobagem completa. Infelizmente David Yates imprimiu uma mão pesada em um filme que em essência deveria ser leve, divertido. Sua pretensão de fazer algo mais soturno e sério logo vai por água abaixo, sobrando o simples tédio. Bocejos são inevitáveis. Em conclusão esse é certamente o mais chato e tedioso filme da franquia, que é muito boa e agradável. Pelo menos a segunda parte fechou com chave de ouro as aventuras do bruxinho. Comentaremos sobre a conclusão daqui a pouco. Esse aqui porém não tem jeito, é chato e ruim mesmo.
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I (Harry Potter and The Deathly Hallow: Part I, Estados Unidos, 2010) Direção: David Yates / Roteiro: Steve Kloves / Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, Alan Rickman, Bonnie Wright, Tom Felton./ Sinopse: Primeira parte da conclusão da saga do personagem Harry Potter.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Tubarão
Quando Steven Spielberg dirigiu Tubarão em 1975 ele era apenas um jovem diretor com muitas idéias na cabeça e pouca confiança do estúdio em lhe dar um orçamento generoso. Para falar a verdade os executivos da Universal não levavam muita fé na produção. Seu roteiro lembrava em muito as produções de monstros da década de 50 e ninguém poderia realmente prever o sucesso que o filme alcançaria. O interessante é que o Tubarão era uma engenhoca grande e sem jeito que sempre pifava nas filmagens. Sem poder contar com aquele ferro velho Spielberg resolveu ser criativo e usou e abusou da chamada câmara subjetiva. Já que o público não veria o monstro então que tivessem a sensação de estar vendo o que a criatura via. Com isso o filme ganhou muito em suspense e tensão. Além disso a música tema escrita pelo sempre talentoso John Williams virou ícone, sendo sempre muito lembrada até nos dias de hoje. O elenco era liderado por dois atores considerados de segundo escalão, Roy Scheider e Richard Dreyfuss. Houve uma certa tensão entre elenco e diretor por causa das péssimas condições de trabalho durante as filmagens. Um dos barcos em que estavam afundou e vários membros correram risco.
Além disso a idéia de filmar em alto mar se revelou péssima pois a tonalidade do mar sempre mudava comprometendo a continuidade do filme, além de expor tudo aos humores do clima, ora chovendo, ora fazendo sol forte. Apenas a diplomacia e a camaradagem de Spielberg conseguiram evitar uma rebelião entre os envolvidos. Mesmo sendo caótica a produção do filme, o longa "Tubarão" logo caiu nas graças do público, virando rapidamente um fenômeno de bilheteria. A empolgação levou a crítica junto e "Jaws" conseguiu um feito e tanto conquistado três prêmios Oscar nas categorias Edição, Trilha Sonora e Som (todos merecidos). E por uma surpresa geral também foi indicado ao Oscar de melhor filme, feito raro para um filme com essa temática. Visto hoje em dia "Tubarão" se revela bem datado. A consciência ecológica desmontou seu argumento pois todos sabem atualmente que as verdadeiras vítimas são os tubarões e não os seres humanos, esses os verdadeiros predadores. O filme de Spielberg também ostenta uma curiosidade interessante pois foi o primeiro filme a ganhar o título de Blockbuster dado pela imprensa americana. No final das contas vale pelo menos uma revisão. E por favor esqueça suas continuações, todas ruins e mercenárias. O original é o único que merece ainda ser redescoberto.
Tubarão (Jaws, Estados Unidos, 1975) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb baseados na novela de Peter Benchley / Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss, Lorraine Gary, Murray Hamilton. / Sinopse: Tubarão assassino faz várias vítimas em uma pequena cidade litorânea da costa dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
Além disso a idéia de filmar em alto mar se revelou péssima pois a tonalidade do mar sempre mudava comprometendo a continuidade do filme, além de expor tudo aos humores do clima, ora chovendo, ora fazendo sol forte. Apenas a diplomacia e a camaradagem de Spielberg conseguiram evitar uma rebelião entre os envolvidos. Mesmo sendo caótica a produção do filme, o longa "Tubarão" logo caiu nas graças do público, virando rapidamente um fenômeno de bilheteria. A empolgação levou a crítica junto e "Jaws" conseguiu um feito e tanto conquistado três prêmios Oscar nas categorias Edição, Trilha Sonora e Som (todos merecidos). E por uma surpresa geral também foi indicado ao Oscar de melhor filme, feito raro para um filme com essa temática. Visto hoje em dia "Tubarão" se revela bem datado. A consciência ecológica desmontou seu argumento pois todos sabem atualmente que as verdadeiras vítimas são os tubarões e não os seres humanos, esses os verdadeiros predadores. O filme de Spielberg também ostenta uma curiosidade interessante pois foi o primeiro filme a ganhar o título de Blockbuster dado pela imprensa americana. No final das contas vale pelo menos uma revisão. E por favor esqueça suas continuações, todas ruins e mercenárias. O original é o único que merece ainda ser redescoberto.
Tubarão (Jaws, Estados Unidos, 1975) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb baseados na novela de Peter Benchley / Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss, Lorraine Gary, Murray Hamilton. / Sinopse: Tubarão assassino faz várias vítimas em uma pequena cidade litorânea da costa dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
Juno
Poucas coisas são mais terríveis na vida de uma jovem do que uma gravidez na adolescência. O primeiro reflexo negativo vem em sua vida escolar, depois em sua própria vida pessoal. Muitas são abandonadas pelo pai da criança e elas se vêem sozinhas para enfrentar a criação de um bebê, algo sempre complicado e difícil. Esse filme Juno pretendeu mostrar a vida de uma típica adolescente americana que fica grávida sem ter a mínima condução psicológica ou financeira de assumir tantas responsabilidades. Sem condições pessoais ela resolve colocar seu filho para adoção de um casal com dificuldades de gerar sua própria criança. O interessante em Juno é que esse tema, que poderia virar rapidamente um dramalhão daqueles, acaba sendo mostrado de forma leve, despretensiosa, com muita música indie e um clima de leve esperança juvenil. Um de seus melhores aspectos é o elenco. Certamente Ellen Page é uma das melhores atrizes surgidas recentemente no cinema americano. Com cara de menina mesmo ela vem despontando em produções cada vez mais ousadas e interessantes. De fato ela acabou virando uma espécie de espelho dessa geração que está aí. Jovens que já nasceram com toda a liberdade do mundo mas que não sabem direito o que fazer com ela.
O roteiro é de Diablo Cody. Ela virou queridinha da crítica depois que Juno caiu nas graças do público. Ex stripper, ela levou para seu texto muitas coisas de sua própria vida pessoal e isso acabou gerando um contraste entre sua personagem adolescente e as coisas que diz, que são tipicamente de pessoas mais adultas, mais vividas. Isso acabou gerando muito debate no lançamento do filme, dando munição para os que não gostaram muito do roteiro em si. De fato Juno parece não ter uma mentalidade muito condizente com uma garota de sua idade. Ela é esperta, descolada e tem uma cultura pop que não seria muito adequada nem com sua idade e nem com sua personalidade, mas acredito que essa seja uma observação um pouco preciosista demais. No final das contas o que realmente vale a pena em Juno é seu clima alto astral, leve, divertido e até mesmo lírico – a cena final é de um lirismo ímpar. Se ela é ou não um personagem verossímil já é uma questão para um outro debate maior. Por enquanto assista Juno pelo que essencialmente ele é, um filme soft que retrata um momento hard na vida dessa adorável jovem.
Juno (Juno, Estados Unidos, 2007) Direção: Jason Reitman / Roteiro: Diablo Cody / Elenco: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Olivia Thirlby, J.K. Simmons, Allison Janney, Rainn Wilson, Lucas MacFadden. / Sinopse: Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente que fica grávida de seu colega de escola, o nerd e deslocado Bleeker (Michael Cera). Sem ter como criar um filho sendo tão jovem ela resolve levar á criança para doação. O casal escolhido, Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman), tenta criar um laço de amizade e afeição com a jovem garota.
Pablo Aluísio.
O roteiro é de Diablo Cody. Ela virou queridinha da crítica depois que Juno caiu nas graças do público. Ex stripper, ela levou para seu texto muitas coisas de sua própria vida pessoal e isso acabou gerando um contraste entre sua personagem adolescente e as coisas que diz, que são tipicamente de pessoas mais adultas, mais vividas. Isso acabou gerando muito debate no lançamento do filme, dando munição para os que não gostaram muito do roteiro em si. De fato Juno parece não ter uma mentalidade muito condizente com uma garota de sua idade. Ela é esperta, descolada e tem uma cultura pop que não seria muito adequada nem com sua idade e nem com sua personalidade, mas acredito que essa seja uma observação um pouco preciosista demais. No final das contas o que realmente vale a pena em Juno é seu clima alto astral, leve, divertido e até mesmo lírico – a cena final é de um lirismo ímpar. Se ela é ou não um personagem verossímil já é uma questão para um outro debate maior. Por enquanto assista Juno pelo que essencialmente ele é, um filme soft que retrata um momento hard na vida dessa adorável jovem.
Juno (Juno, Estados Unidos, 2007) Direção: Jason Reitman / Roteiro: Diablo Cody / Elenco: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Olivia Thirlby, J.K. Simmons, Allison Janney, Rainn Wilson, Lucas MacFadden. / Sinopse: Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente que fica grávida de seu colega de escola, o nerd e deslocado Bleeker (Michael Cera). Sem ter como criar um filho sendo tão jovem ela resolve levar á criança para doação. O casal escolhido, Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman), tenta criar um laço de amizade e afeição com a jovem garota.
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de setembro de 2012
Carros 2
Acabei de assistir a esse "Carros 2". Sinceramente acho essa franquia a mais fraca da Pixar. É um tipo de produto ligeiro, feito mesmo para passar em Shopping Center e vender brinquedos na loja que fica ao lado do multiplex. Nada de muito inspirado é encontrado aqui. Tem uma pequena sub-trama de espionagem (com várias citações aos filmes de James Bond) e a repetida estorinha de amizade entre Lightning McQueen e Mater (o estropiado carro guincho). As corridas que esperava ser o melhorzinho da animação não empolgam e são deixadas de lado. Aliás o roteiro é todo dirigido para Mater - McQueen virá apenas um personagem secundário, coadjuvante mesmo.
A dublagem brasileira é muito bem feita e conta com a participação especial do comentarista da ESPN Trajano. Fora isso não achei muito adequado a inclusão de sotaque caipira do interior de Minas ao personagem Mater. Claro que sua caracterização original também é de um caipira - só que do interior dos EUA - e ficaria complicado adequar isso para o espectador médio brasileiro, mas precisava mesmo usar gírias caipiras brasileiras tanto assim? Enfim, isso no final talvez nem importe. De qualquer forma "Carros 2" passa longe de ser uma das melhores animações da Pixar - é apenas mediano em seu saldo final.
Carros 2 (Cars 2, Estados Unidos, 2011) Direção: John Lasseter, Brad Lewis / Roteiro: Ben Queen, John Lasseter, Brad Lewis, Dan Fogelman / Elenco (Vozes): Larry the Cable Guy, Owen Wilson, Michael Caine, Emily Mortimer / Sinopse: Sequência de Carros, sucesso dos estúdios Pixar.
Pablo Aluísio.
A dublagem brasileira é muito bem feita e conta com a participação especial do comentarista da ESPN Trajano. Fora isso não achei muito adequado a inclusão de sotaque caipira do interior de Minas ao personagem Mater. Claro que sua caracterização original também é de um caipira - só que do interior dos EUA - e ficaria complicado adequar isso para o espectador médio brasileiro, mas precisava mesmo usar gírias caipiras brasileiras tanto assim? Enfim, isso no final talvez nem importe. De qualquer forma "Carros 2" passa longe de ser uma das melhores animações da Pixar - é apenas mediano em seu saldo final.
Carros 2 (Cars 2, Estados Unidos, 2011) Direção: John Lasseter, Brad Lewis / Roteiro: Ben Queen, John Lasseter, Brad Lewis, Dan Fogelman / Elenco (Vozes): Larry the Cable Guy, Owen Wilson, Michael Caine, Emily Mortimer / Sinopse: Sequência de Carros, sucesso dos estúdios Pixar.
Pablo Aluísio.
Filha do Mal
"Filha do Mal" segue os passos de outro filme bem recente chamado "O Último Exorcismo". Ambos são falsos documentários (Mockumentaries) que enfocam pessoas possuídas por demônios que precisam passar por exorcismos. Aqui acompanhamos a trajetória de Isabella (Fernanda Andrade) que tenta descobrir o que realmente teria acontecido com sua mãe pois há alguns anos ela teria assassinado três membros do clero que tentavam lhe exorcizar. Internada em um hospício em Roma e isolada do mundo, a filha Isabella leva um amigo com uma câmera para tentar desvendar se sua mãe é apenas insana ou se há realmente algum fenômeno paranormal por trás de todos aqueles acontecimentos trágicos. Pela sinopse já deu para perceber bem do que se trata. Utilizando de imagens amadoras da Praça de São Pedro no Vaticano (provavelmente sem autorização da Igreja), as cenas tentam a todo momento convencer ao espectador que está assistindo a algo real que foi documentado por um cinegrafista amador.
Após assistir ao filme cheguei na conclusão de que o que falta mesmo em "Filha do Mal" é sutileza. Aqui tudo soa muito exagerado pois não há apenas um demônio em cena mas vários deles. Também não há apenas uma possessão mas uma série delas, quando menos se espera outra pessoa é possuída e depois outra e nesse processo de possessões em fila a produção vai perdendo o interesse. O final também vai decepcionar muita gente pois é inconclusivo e exagerado. O curioso é que apesar de suas várias falhas "Filha do Mal" fez um grande sucesso nas bilheterias americanas chegando ao ponto de ficar em primeiro lugar na semana de sua estréia. Os americanos se mostram sempre muito interessados no tema como comprovam as boas bilheterias de filmes recentes sobre exorcismo. Disso podemos tirar algumas conclusões óbvias: novos Mockumentaries virão por aí e os estúdios não deixarão o tema exorcismo em paz nos próximos anos. Os produtores certamente não largarão o crucifico e a água benta tão cedo! Quem viver verá!
Filha do Mal (The Devil Inside, Estados Unidos, 2012) Direção: William Brent Bell / Roteiro: William Brent Bell, Matthew Peterman / Elenco: Fernanda Andrade, Simon Quarterman, Evan Helmuth, Ionut Grama, Suzan Crowley, Bonnie Morgan, Brian Johnson, Preston James Hillier, D. T. Carney / Sinopse: Aqui acompanhamos a trajetória de Isabella (Fernanda Andrade) que tenta descobrir o que realmente teria acontecido com sua mãe pois há alguns anos ela teria assassinado três membros do clero que tentavam lhe exorcizar. Internada em um hospício em Roma e isolada do mundo, a filha Isabella leva um amigo com uma câmera para tentar desvendar se sua mãe é apenas insana ou se há realmente algum fenômeno paranormal por trás de todos aqueles acontecimentos trágicos.
Pablo Aluísio.
Após assistir ao filme cheguei na conclusão de que o que falta mesmo em "Filha do Mal" é sutileza. Aqui tudo soa muito exagerado pois não há apenas um demônio em cena mas vários deles. Também não há apenas uma possessão mas uma série delas, quando menos se espera outra pessoa é possuída e depois outra e nesse processo de possessões em fila a produção vai perdendo o interesse. O final também vai decepcionar muita gente pois é inconclusivo e exagerado. O curioso é que apesar de suas várias falhas "Filha do Mal" fez um grande sucesso nas bilheterias americanas chegando ao ponto de ficar em primeiro lugar na semana de sua estréia. Os americanos se mostram sempre muito interessados no tema como comprovam as boas bilheterias de filmes recentes sobre exorcismo. Disso podemos tirar algumas conclusões óbvias: novos Mockumentaries virão por aí e os estúdios não deixarão o tema exorcismo em paz nos próximos anos. Os produtores certamente não largarão o crucifico e a água benta tão cedo! Quem viver verá!
Filha do Mal (The Devil Inside, Estados Unidos, 2012) Direção: William Brent Bell / Roteiro: William Brent Bell, Matthew Peterman / Elenco: Fernanda Andrade, Simon Quarterman, Evan Helmuth, Ionut Grama, Suzan Crowley, Bonnie Morgan, Brian Johnson, Preston James Hillier, D. T. Carney / Sinopse: Aqui acompanhamos a trajetória de Isabella (Fernanda Andrade) que tenta descobrir o que realmente teria acontecido com sua mãe pois há alguns anos ela teria assassinado três membros do clero que tentavam lhe exorcizar. Internada em um hospício em Roma e isolada do mundo, a filha Isabella leva um amigo com uma câmera para tentar desvendar se sua mãe é apenas insana ou se há realmente algum fenômeno paranormal por trás de todos aqueles acontecimentos trágicos.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de setembro de 2012
Apollo 13
“Houston, nós temos um problema””. Foi assim, com essa simples frase, que tudo começou. Hoje o programa espacial americano está em frangalhos. Com a crise econômica o governo americano fez profundos cortes no orçamento de sua agência espacial, a Nasa. Com isso programas pioneiros como a dos ônibus espaciais foram devidamente aposentados. Agora os astronautas americanos são meros caroneiros dos foguetes russos o que não deixa de ser muito irônico. Isso seria algo impensável durante a guerra fria pois naqueles anos os russos eram os principais concorrentes dos americanos na chamada conquista do espaço. Hollywood sempre serviu como braço direito dessa ideologia de chegar primeiro do que os comunistas soviéticos, louvando a coragem e o brio dos cosmonautas do Tio Sam mas aqui temos uma exceção interessante. “Apollo 13”, o filme, enfoca justamente a missão do vitorioso programa onde praticamente tudo deu errado. Para quem gosta de superstições o fato de ter sido a décima terceira missão já era um prato cheio mas o filme é mais do que isso, pois procura retratar da forma mais fiel possível tudo o que passou os tripulantes depois que algo aconteceu na nave deles – até hoje não se sabe com exatidão o que desencadeou toda uma série de eventos que colocaram em grande risco a vida dos americanos. De qualquer forma, como eles mesmos avisaram para sua torre de comando, eles tinham um problema, um sério problema.
Liderados pelo comandante vivido por Tom Hanks o filme consegue driblar o fato de ser passado praticamente todo dentro de um pequeno espaço sem se tornar chato, cansativo ou maçante. Os diálogos técnicos também poderiam contribuir para tornar tudo enfadonho mas o diretor de posse de um roteiro bastante inteligente conseguiu superar tudo isso. O fato é que tudo é tão bem exposto, tão bem desenvolvido que o espectador realmente fica torcendo pela vida dos membros da Apollo 13, mesmo já sabendo como será o desfecho da história. Quando essa produção surgiu nas telas muitos ficaram intrigados porque não se fazia um filme sobre a Apollo 11, essa sim um grande êxito do programa espacial americano pois foi a missão que levou o primeiro homem à lua. Bom, dramaticamente falando a Apollo 11 não tem a mesma intensidade da história da Apollo 13. Naquela tudo saiu conforme planejado, além disso os próprios eventos foram assistidos pelo mundo afora ao vivo pela televisão então o impacto já foi grande nos próprios eventos reais. Já a Apollo 13, além de ser bem menos conhecida, ainda traz o suspense e a carga de emoções próprias de uma missão desastrada e mal sucedida. No saldo final temos aqui uma película que vai agradar não apenas aos interessados pelo tema da exploração espacial mas também para os fãs de filmes de suspense e tensão em geral. Um excelente momento do cinema da década de 90 que merece ser redescoberto.
Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo (Apollo 13, Estados Unidos, 1995) Direção: Ron Howard / Roteiro: William Broyles Jr., Al Reinert, baseado no livro de Jim Lovell e Jeffrey Kluger / Elenco: Tom Hanks, Bill Paxton, Kevin Bacon, Gary Sinise, Ed Harris, Kathleen Quinlan, Frank Cavestani, Jane Jenkins, Christian Clemenson, Roger Corman / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme mostra os problemas enfrentados pela missão Apollo 13.
Pablo Aluísio.
Liderados pelo comandante vivido por Tom Hanks o filme consegue driblar o fato de ser passado praticamente todo dentro de um pequeno espaço sem se tornar chato, cansativo ou maçante. Os diálogos técnicos também poderiam contribuir para tornar tudo enfadonho mas o diretor de posse de um roteiro bastante inteligente conseguiu superar tudo isso. O fato é que tudo é tão bem exposto, tão bem desenvolvido que o espectador realmente fica torcendo pela vida dos membros da Apollo 13, mesmo já sabendo como será o desfecho da história. Quando essa produção surgiu nas telas muitos ficaram intrigados porque não se fazia um filme sobre a Apollo 11, essa sim um grande êxito do programa espacial americano pois foi a missão que levou o primeiro homem à lua. Bom, dramaticamente falando a Apollo 11 não tem a mesma intensidade da história da Apollo 13. Naquela tudo saiu conforme planejado, além disso os próprios eventos foram assistidos pelo mundo afora ao vivo pela televisão então o impacto já foi grande nos próprios eventos reais. Já a Apollo 13, além de ser bem menos conhecida, ainda traz o suspense e a carga de emoções próprias de uma missão desastrada e mal sucedida. No saldo final temos aqui uma película que vai agradar não apenas aos interessados pelo tema da exploração espacial mas também para os fãs de filmes de suspense e tensão em geral. Um excelente momento do cinema da década de 90 que merece ser redescoberto.
Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo (Apollo 13, Estados Unidos, 1995) Direção: Ron Howard / Roteiro: William Broyles Jr., Al Reinert, baseado no livro de Jim Lovell e Jeffrey Kluger / Elenco: Tom Hanks, Bill Paxton, Kevin Bacon, Gary Sinise, Ed Harris, Kathleen Quinlan, Frank Cavestani, Jane Jenkins, Christian Clemenson, Roger Corman / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme mostra os problemas enfrentados pela missão Apollo 13.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Todos os Homens do Presidente
Já que estamos vivendo mais um momento de grandes escândalos políticos envolvendo altos figurões do governo brasileiro que tal relembrar esse grande filme de temática levemente parecida? “Todos os Homens do Presidente” retrata os bastidores do chamado caso Watergate, um dos maiores escândalos políticos da história dos Estados Unidos que chegou a custar a presidência do governo Nixon. Encurralado e desmascarado por dois grandes jornalistas do Washington Post que foram a fundo em suas investigações, Nixon não encontrou outra saída e decidiu renunciar ao seu mandato em razão das enormes pressões envolvidas. E o que foi o Watergate? Simplesmente uma tática ilegal promovida pelo Partido Republicano para espionar as estratégias do Partido Democrata antes das eleições. Watergate era o prédio onde funcionava um dos escritórios centrais dos democratas e ele foi invadido na calada da noite pela liderança Republicana. O fato, considerado gravíssimo, colocou por terra o prestigio do Presidente Nixon que se vendo envolvido em um ato criminoso como esse acabou perdendo a presidência do país. Claro que se formos comparar com os nossos escândalos tupiniquins como Mensalão e outros absurdos, Watergate pode soar pueril, quase infantil pois aqui abaixo do Equador a coisa é bem mais barra pesada. De qualquer modo o filme, feito em tom semi-documental, mostra de forma até didática o trabalho desses dois jornalistas que desvendaram toda a história.
Outro aspecto interessante de toda essa história foi a participação de um misterioso personagem que serviu como fonte para os jornalistas. Usando do pseudônimo de “Garganta Profunda” ele passou valiosas informações que se revelaram verdadeiras conforme as investigações seguiam em frente. Os personagens principais do filme, os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein do Post, são interpretados pelos grandes atores Robert Redford e Dustin Hoffman, respectivamente. Ambos lidam com um material mais intelectual, sem arroubos de ação ou algo do tipo. Suas atuações são sutis, programadas para envolver o espectador e no final se revelam extremamente bem realizadas. Redford no auge da carreira esbanja elegância e fibra. Hoffman não fica atrás. O filme foi dirigido por Alan J. Pakula, um militante do cinema mais socialmente engajado do ponto de vista político. Ele já tinha obtido ótimas críticas pelo seu filme anterior, “A Trama”, e manteve a excelência artística aqui também. Um diretor bastante autoral que em mais de uma dezena de filmes procurou sempre desenvolver grandes teses em tramas complexas e bem desenvolvidas, sempre mostrando o lado mais sórdido da vida política de seu país. Sem dúvida esse “Todos os Homens do Presidente” foi seu maior trabalho, sua obra prima, e que lhe trouxe maior reconhecimento. O sucesso tanto de crítica como de público lhe valeu a indicação de oito Oscars, perdendo injustamente o prêmio de melhor filme para “Rocky um Lutador”. Pelo menos acabou vencendo ainda em categorias importantes como Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante (Jason Robards), Em conclusão aqui está uma das melhores produções de Hollywood sobre tema político. Um filme que traz para debate a importância da imprensa livre em um Estado democrático de Direito. Especialmente recomendado para estudantes de jornalismo e jornalistas em geral. Para esses realmente é um filme obrigatório pois discute ética na política e o papel da imprensa nesse processo de forma impecável.
Todos os Homens do Presidente (All the President's Men, Estados Unidos, 1976) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro: William Goldman baseado no livro de Carl Bernstein e Bob Woodward / Elenco: Robert Redford, Dustin Hoffman, Jack Warden, Martin Balsam, Hal Holbrook, Jason Robards / Sinopse: "Todos os Homens do Presidente" mostra os bastidores do caso Watergate que levaria o Presidente americano Richard Nixo à renúncia.
Pablo Aluísio.
Outro aspecto interessante de toda essa história foi a participação de um misterioso personagem que serviu como fonte para os jornalistas. Usando do pseudônimo de “Garganta Profunda” ele passou valiosas informações que se revelaram verdadeiras conforme as investigações seguiam em frente. Os personagens principais do filme, os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein do Post, são interpretados pelos grandes atores Robert Redford e Dustin Hoffman, respectivamente. Ambos lidam com um material mais intelectual, sem arroubos de ação ou algo do tipo. Suas atuações são sutis, programadas para envolver o espectador e no final se revelam extremamente bem realizadas. Redford no auge da carreira esbanja elegância e fibra. Hoffman não fica atrás. O filme foi dirigido por Alan J. Pakula, um militante do cinema mais socialmente engajado do ponto de vista político. Ele já tinha obtido ótimas críticas pelo seu filme anterior, “A Trama”, e manteve a excelência artística aqui também. Um diretor bastante autoral que em mais de uma dezena de filmes procurou sempre desenvolver grandes teses em tramas complexas e bem desenvolvidas, sempre mostrando o lado mais sórdido da vida política de seu país. Sem dúvida esse “Todos os Homens do Presidente” foi seu maior trabalho, sua obra prima, e que lhe trouxe maior reconhecimento. O sucesso tanto de crítica como de público lhe valeu a indicação de oito Oscars, perdendo injustamente o prêmio de melhor filme para “Rocky um Lutador”. Pelo menos acabou vencendo ainda em categorias importantes como Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante (Jason Robards), Em conclusão aqui está uma das melhores produções de Hollywood sobre tema político. Um filme que traz para debate a importância da imprensa livre em um Estado democrático de Direito. Especialmente recomendado para estudantes de jornalismo e jornalistas em geral. Para esses realmente é um filme obrigatório pois discute ética na política e o papel da imprensa nesse processo de forma impecável.
Todos os Homens do Presidente (All the President's Men, Estados Unidos, 1976) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro: William Goldman baseado no livro de Carl Bernstein e Bob Woodward / Elenco: Robert Redford, Dustin Hoffman, Jack Warden, Martin Balsam, Hal Holbrook, Jason Robards / Sinopse: "Todos os Homens do Presidente" mostra os bastidores do caso Watergate que levaria o Presidente americano Richard Nixo à renúncia.
Pablo Aluísio.
La Bamba
Cinebiografia do cantor americano de origem latina Ritchie Valens (1941 - 1959), cujo nome de batismo era Ricardo Esteban Valenzuela Reyes. Sua história é uma das mais trágicas da música norte-americana, pois morreu com apenas 17 anos em um acidente aéreo que vitimou também dois outros nomes famosos da primeira geração do Rock, Buddy Holly e Big Bopper. O acidente que chocou a nação ficou conhecido como o “dia em que a música morreu”. Dos três, Ritchie era o mais jovem e um dos mais promissores. Bom compositor e intérprete ele adaptou um velho sucesso latino “La Bamba” e com uma roupagem mais pop e rock alcançou uma excelente repercussão nas paradas de sucesso. Outros hits vieram como a romântica balada adolescente “Donna” e o bom rockabilly “Come On, Let´s Go”, uma das melhores músicas daquele período. Infelizmente tudo foi muito fugaz na vida de Valens, tanto que ele já estava praticamente esquecido na década de 80 quando o diretor, também de origem latina, Luis Valdez, resolveu contar sua história no filme “La Bamba” que se tornou um grande sucesso em seu lançamento, fazendo sua trilha chegar aos primeiros lugares das paradas, só que desta vez sob novos arranjos e versões do grupo Los Lobos.
O roteiro é bem escrito e o filme tem boa estrutura, sempre mantendo a atenção mesmo o espectador sabendo de antemão tudo o que aconteceria na vida de Valens. O que vemos em cena é um jovem latino de origem humilde, louco por música, que sonhava um dia ser rico e famoso para ajudar sua família, formada por trabalhadores sazonais das plantações do sul da Califórnia. Assim como todo bom músico e compositor que se prezava, ele também tinha sua musa inspiradora, a bonita Donna Ludwig (Danielle von Zerneck), fonte de inspiração para várias de suas canções. Ritchie Valens é interpretado aqui pelo bom ator Lou Diamond Phillips em trabalho inspirado e com garra. Claro que a produção não é 100% fiel aos fatos históricos. Alguns detalhes não batem com a verdade dos fatos mas isso deve ser deixado de lado pois “La Bamba” é um filme tão carismático, tão redondinho que supera todas essas questões. No final das contas é uma bela homenagem a um jovem que sonhava ser ídolo da música para subir na vida através de sua arte e musicalidade. Além disso vai criar identificação imediata com os mais jovens pois esse é um sonho universal, até porque que adolescente nunca sonhou em um dia se tornar um rockstar? Uma pena que no caso de Ritchie Valens tudo tenha terminado em um terrível pesadelo.
La Bamba (La Bamba, Estados Unidos, 1987) Direção: Luis Valdez / Roteiro:Luis Valdez / Elenco: Lou Diamond Phillips, Danielle von Zerneck, Esai Morales, Elizabeth Peña, Rosanna DeSoto / Sinopse: Ritchie Valens é um jovem cantor que desponta nas paradas com sucessos como "La Bamba", "Donna" e "Come On, Let´s Go". Infelizmente sua escalada aos picos da fama será interrompida de forma trágica.
Pablo Aluísio.
O roteiro é bem escrito e o filme tem boa estrutura, sempre mantendo a atenção mesmo o espectador sabendo de antemão tudo o que aconteceria na vida de Valens. O que vemos em cena é um jovem latino de origem humilde, louco por música, que sonhava um dia ser rico e famoso para ajudar sua família, formada por trabalhadores sazonais das plantações do sul da Califórnia. Assim como todo bom músico e compositor que se prezava, ele também tinha sua musa inspiradora, a bonita Donna Ludwig (Danielle von Zerneck), fonte de inspiração para várias de suas canções. Ritchie Valens é interpretado aqui pelo bom ator Lou Diamond Phillips em trabalho inspirado e com garra. Claro que a produção não é 100% fiel aos fatos históricos. Alguns detalhes não batem com a verdade dos fatos mas isso deve ser deixado de lado pois “La Bamba” é um filme tão carismático, tão redondinho que supera todas essas questões. No final das contas é uma bela homenagem a um jovem que sonhava ser ídolo da música para subir na vida através de sua arte e musicalidade. Além disso vai criar identificação imediata com os mais jovens pois esse é um sonho universal, até porque que adolescente nunca sonhou em um dia se tornar um rockstar? Uma pena que no caso de Ritchie Valens tudo tenha terminado em um terrível pesadelo.
La Bamba (La Bamba, Estados Unidos, 1987) Direção: Luis Valdez / Roteiro:Luis Valdez / Elenco: Lou Diamond Phillips, Danielle von Zerneck, Esai Morales, Elizabeth Peña, Rosanna DeSoto / Sinopse: Ritchie Valens é um jovem cantor que desponta nas paradas com sucessos como "La Bamba", "Donna" e "Come On, Let´s Go". Infelizmente sua escalada aos picos da fama será interrompida de forma trágica.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Hitler: Um Retrato de Família
“Die Hitlers - Eine Familiengeschichte” é um documentário alemão muito interessante que mostra as origens familiares do ditador Adolf Hitler. Algumas coisas ainda me deixam bem admirado nesse mundo. Uma delas é a fascinação que a figura de Adolf Hitler ainda exerce no mundo atual. Muitos ditadores já vieram após seu surgimento mas Hitler ainda continua despertando a curiosidade de muitos. Basta apenas ligar sua tv nos canais a cabo para verificar isso. Eu me recordo de apenas um documentário sobre a vida de Winston Churchill nesses canais mas de Hitler me lembro de vários. Será que o mal exerce tanto poder assim ainda nos dias de hoje? Pelo número de livros, documentários e filmes sobre Adolf Hitler creio que sim. Esse “Hitler: Um Retrato de Família” vai mais longe. Tenta entender o líder nazista olhando para sua árvore genealógica. Hitler nasceu do casamento de dois primos, sendo seu pai bem mais velho que sua mãe. Seu pai aliás era um homem autoritário e violento que tentava impor sua vontade aos filhos na base do espancamento. Não deu muito certo com Hitler. Esse queria ser pintor e odiava a idéia de seguir os passos de seu pai, um funcionário público acomodado. O fato de vários parentes casarem-se entre si na família de Hitler pode dar alguma pista de sua personalidade fora do normal e psicótica mas isso é uma explicação simplista demais. Hitler não foi fruto apenas de uma genética inoportuna mas também do meio social e do contexto histórico em que viveu.
Após voltar da I Guerra Mundial Hitler se interessou pela política. Com a Alemanha em frangalhos ele foi com seu discurso raivoso ganhando degraus na escada do poder. Usando de uma retórica furiosa e seguido por um grupo de fies e leais seguidores seu partido nazista logo chegaria ao poder. Por trás do líder forte da Alemanha porém havia também um homem com vida familiar caótica. Apaixonado pela sobrinha viu a mesma se suicidar pouco tempo depois. Depois teve que lidar com outro sobrinho que fugiu para os EUA em campanha aberta contra o tio. Havia suas irmãs e um irmão que ganharam muito com a guerra e a ascensão política de Hitler. Todas essas histórias e muitas outras podem ser conferidas nesse documentário que está sendo exibido com freqüência na programação de nossas tvs por assinatura. Um dos pontos altos dessa produção é a exibição pela primeira vez de várias cenas captadas por Eva Braun de seu marido. Imagens captadas por uma pequena câmera portátil. São curiosas as tomadas pois vemos em cena um Hitler na intimidade, brincando com seu cão preferido e crianças, rindo e de bom humor, completamente à vontade em seu refúgio nos Alpes. Muito longe da visão oficial do Estado nazista que vendia a imagem de um líder infalível. Não deixa de ser incrível saber que um homem como aquele, de gestos educados e elegantes, que gostava de pintura e música, era o mesmo que dirigia uma máquina industrial de morte que enviava para fornos crematórios e câmeras de gás mulheres, velhos e crianças judeus. Muito provavelmente essa dualidade em sua personalidade seja o grande chamariz de sua figura pública até mesmo nos dias atuais. Um personagem histórico contraditório e complexo, responsável direto pela morte de milhões de pessoas e que ainda sucinta terror e pavor em muitos sobreviventes do holocausto nazista. O documentário não desvenda esse lado do ditador mas serve para jogar mais uma luz nesse enigma chamado Adolf Hitler.
Hitler: Um Retrato de Famíla (Die Hitlers - Eine Familiengeschichte, Alemanha, 2005) Direção: Kai Christiansen / Roteiro: Kai Christiansen, Wolfgang Zdral / Sinopse: Documentário Alemão que tenta desvendar a personalidade do ditador Adolf Hitler por meio de seus antepassados e familiares.
Pablo Aluísio.
Após voltar da I Guerra Mundial Hitler se interessou pela política. Com a Alemanha em frangalhos ele foi com seu discurso raivoso ganhando degraus na escada do poder. Usando de uma retórica furiosa e seguido por um grupo de fies e leais seguidores seu partido nazista logo chegaria ao poder. Por trás do líder forte da Alemanha porém havia também um homem com vida familiar caótica. Apaixonado pela sobrinha viu a mesma se suicidar pouco tempo depois. Depois teve que lidar com outro sobrinho que fugiu para os EUA em campanha aberta contra o tio. Havia suas irmãs e um irmão que ganharam muito com a guerra e a ascensão política de Hitler. Todas essas histórias e muitas outras podem ser conferidas nesse documentário que está sendo exibido com freqüência na programação de nossas tvs por assinatura. Um dos pontos altos dessa produção é a exibição pela primeira vez de várias cenas captadas por Eva Braun de seu marido. Imagens captadas por uma pequena câmera portátil. São curiosas as tomadas pois vemos em cena um Hitler na intimidade, brincando com seu cão preferido e crianças, rindo e de bom humor, completamente à vontade em seu refúgio nos Alpes. Muito longe da visão oficial do Estado nazista que vendia a imagem de um líder infalível. Não deixa de ser incrível saber que um homem como aquele, de gestos educados e elegantes, que gostava de pintura e música, era o mesmo que dirigia uma máquina industrial de morte que enviava para fornos crematórios e câmeras de gás mulheres, velhos e crianças judeus. Muito provavelmente essa dualidade em sua personalidade seja o grande chamariz de sua figura pública até mesmo nos dias atuais. Um personagem histórico contraditório e complexo, responsável direto pela morte de milhões de pessoas e que ainda sucinta terror e pavor em muitos sobreviventes do holocausto nazista. O documentário não desvenda esse lado do ditador mas serve para jogar mais uma luz nesse enigma chamado Adolf Hitler.
Hitler: Um Retrato de Famíla (Die Hitlers - Eine Familiengeschichte, Alemanha, 2005) Direção: Kai Christiansen / Roteiro: Kai Christiansen, Wolfgang Zdral / Sinopse: Documentário Alemão que tenta desvendar a personalidade do ditador Adolf Hitler por meio de seus antepassados e familiares.
Pablo Aluísio.
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