sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Quem precisa do Batman?

Bom, a grande novidade dos últimos dias foi o anúncio de Ben Affleck como o próximo Batman do cinema. Em fóruns de cinema e cultura pop não se fala de outra coisa! Alguns gostaram, outros odiaram. Uma parte acha o Affleck talentoso, outros o consideram um canastrão de carteirinha. Até mesmo lista de assinaturas (abaixo assinado) está sendo organizada. Afinal o Affleck ao que parece já passou da idade e além do mais já se deu mal com outro personagem de quadrinhos, o Demolidor. O sujeito já é casado com a Elektra mas será que isso vai ajudar de alguma forma? Penso que a discussão não é bem por aí. Veja bem, eu gosto dos filmes do Batman, tanto os originais assinados por Tim Burton quanto os mais recentes do Nolan. Inclusive da nova trilogia já comentei todos aqui no blog. Batman é um bom personagem pois já é naturalmente doentio, dark, sombrio. Bem a cara da juventude de hoje. Um sujeito em eterna crise existencial, com um trauma que simplesmente não consegue superar.

Mas não é esse o ponto. A questão que faço agora é muito simples: há mesmo necessidade de mais filmes de Batman nas telas? Não já tivemos filmes suficientes? Muitas vezes esses personagens de quadrinhos já ganharam suas películas definitivas na sétima arte como aconteceu com o primeiro Superman de 1978. Precisa mesmo fazer tudo de novo?! Lá vamos nós de novo ver a origem, a morte dos pais de Batman, seu treinamento e... senhores, é muito Déjà vu. A primeira coisa que me vem à cabeça quando penso em novos filmes do Batman é essa recente (e bem decepcionante) aventura do Superman. Não seria melhor fazer novas animações como a Warner já tem feito ultimamente? Olha, vou ser bem sincero, em minha opinião seria muito melhor pegar esses milhões de dólares que serão investidos em mais uma aventura desse personagem e realizar dez ou quinze bons dramas, com temas interessantes, criativos, sociais, mais de acordo com o mundo em que vivemos. Até porque viver eternamente em uma bolha de plástico pop (ou em uma batcaverna) também não é nada bom...

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Exorcista e o Oscar

O filme "O Exorcista" foi um fenômeno, tanto de crítica como de público. Impossível para a academia de cinema de Hollywood ignorar sua existência. Por anos houve muito preconceito contra filmes de terror dentro do Oscar. Nenhum filme desse gênero havia sido premiado com o Oscar de melhor filme, a principal categoria da indústria cinematográfica americana. Só que "O Exorcista" causou tanto impacto que o número de indicações surpreendeu a todos.

No total o filme foi indicado a dez prêmios, incluindo os principais, como de melhor filme, melhor direção, melhor direção de fotografia, melhor atriz (Ellen Burstyn), melhor ator (Jason Miller), etc. Todos os críticos de cinema e revistas especializadas diziam que o filme era o favorito para se consagrar na noite de entrega das estatuetas. O mundo inteiro estava pronto para essa tão esperada premiação de um filme de terror.

Isso assustou "os velhos" como eram chamados os antigos membros da academia de cinema. Para eles era um fim de mundo, um absurdo, um filme como "O Exorcista" ter tantas indicações e pior do que isso, ter chances reais de vencer e se tornar o melhor filme do ano. Algo deveria ser feito. Assim, nos bastidores, começou uma forte reação contra o filme. Para "os velhos", o diretor  William Friedkin representava tudo o que estava errado naquele Oscar. Ele era jovem e ainda novato. Estava trazendo para dentro do Oscar um filme considerado extremamente "degenerado", "grotesco", "vulgar" e "infame". Algo deveria ser feito. 

O presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas na época era Walter Mirisch, um produtor veterano, fundador ao lado do irmão da companhia The Mirisch Corporation. Nascido em 1921 ele ficou chocado quando viu "O Exorcista". Homem da velha guarda, ele ficou enojado com as cenas em que uma garota possuída pelo demônio vomitava em jatos. Em sua opinião aquilo não era cinema, não era Hollywood e tampouco era o Oscar. Ele ficou completamente ao lado dos "velhos" para destruir o filme dentro da academia. E assim foi feito. Com muita persuasão, fazendo campanha agressiva mesmo, eles conseguiram mudar muitos dos votos. Acabou vencendo "Golpe de Mestre", um filme ao velho estilo. "O Exorcista" apenas venceu em uma categoria importante, a de roteiro adaptado, dado ao escritor William Peter Blatty. O outro Oscar foi dado para o prêmio de melhor som. Porém eles conseguiram o que tanto queriam, que era sabotar a todo custo a premiação de "O Exorcista", o filme que os veteranos tinham mais medo do que o próprio diabo.

Pablo Aluísio.

Cinema Clássico - Rock Hudson, James Dean


domingo, 27 de janeiro de 2008

O cowboy de Marlboro

Durante muitos anos a marca de cigarros Marlboro utilizou a figura do cowboy como garoto propaganda de seu produto. Naquela época (anos 50, 60, 70 e 80) não havia restrições para a publicidade da indústria de cigarros. As propagandas eram bem elaboradas, com trilha sonora edificante e atores representando os cowboys na tela. Eric Lawson (na propaganda ao lado) foi um dos atores contratados pela companhia de fumo.

Ironicamente e tristemente ele também se tornaria uma vítima do tabagismo, morrendo de um doença crônica causada pelos cigarros que ajudava a promover. E se ele tivesse sido o único a ter esse destino a coisa não seria tão grave, mas na verdade ele foi o quarto ator a morrer disso, sendo todos os demais homens de Marlboro do passado.

Esses fatos lamentáveis comprovam que o cigarro é realmente um produto terrível que destrói a saúde dos fumantes (a não fumantes também haja visto a existência dos fumantes passivos que apenas estão ao lado dos que fumam). Abaixo temos uma coleção de comerciais da marca em seu auge de popularidade nos Estados Unidos. Do ponto de vista visual são excelentes comerciais, chegando alguns deles a utilizar trilhas sonoras de filmes famosos. O pacote completo.

Pablo Aluísio.

10 Curiosidades - Doutor Estranho

1. "Doutor Estranho" é considerado um dos grandes sucessos comercias dos estúdios Marvel no cinema. O filme teve um custo total de 165 milhões de dólares e rendeu nas bilheterias uma cifra próxima de 900 milhões. Um grande sucesso em qualquer ponto de vista.

2. Grande parte do custo de produção do filme foi consumido nos efeitos digitais de última geração, o que trouxe um visual único para o filme.

3. No roteiro o personagem Stephen Strange vai até o Oriente em busca de uma cura para suas mãos, mas encontra uma nova filosofia de vida. O ator Benedict Cumberbatch adorou filmar essas cenas em um mosteiro budista real localizado em Darjeeling, India. Acabou ficando muito próximo da comunidade local, atuando até mesmo como professor de inglês para crianças da região.

4. Desde o começo os executivos da Marvel queriam o ator Benedict Cumberbatch para interpretar o Doutor Estranho, mas ele havia assumido compromissos teatrais na mesma época prevista para as filmagens. O nome de Joaquin Phoenix foi então cogitado para assumir o papel. No final as filmagens foram adiadas por quase um ano, o que possibilitou enfim a atuação de Benedict Cumberbatch como o protagonista.

5. O ator Benedict Cumberbatch confessou que não conhecia muito o personagem antes do filme. Por isso comprou o maior número de revistas sobre o Doutor Estranho que conseguiu encontrar. As leu e se convenceu que era mesmo um personagem da Marvel bem diferente. Sobre o Doutor Estranho declarou: "Estou muito impressionado com o aspecto dimensional de suas histórias em quadrinhos. Acabei criando uma certa identificação pois sempre meditei em minha vida pessoal. Não é muito fácil entrar em sintonia com esse aspecto espiritual se você estiver no meio de uma produção complexa como essa, que mais parece um circo itinerante, mas no final eu procurei dar o melhor de mim para esse filme".

6. Stan Lee criou o personagem ao lado de Steve Ditko. Recentemente Lee confidenciou durante uma entrevista que sua inspiração para criar o Doutor Estranho teria vindo das apresentações teatrais do astro do terror Vincent Price.

7. A atriz Tilda Swinton levou seus filhos para as filmagens. Sua filha mais velha acabou trabalhando no departamento de figurinos, além de ter também colaborado em parte dos efeitos especiais.

8. Antes de Tilda Swinton ter assinado contrato com a Marvel, vários atores foram considerados para o papel do mestre Ancião, entre eles Morgan Freeman, Ken Watanabe e Bill Nighy.

9. O diretor Scott Derrickson confessou ser grande fã do personagem Doutor Estranho. Uma das coisas que ele quis preservar em seu filme foi o visual psicodélico lisérgico das primeiras revistas da década de 1960. Para Scott isso era essencial para capturar o contexto histórico em que o Doutor Estranho foi criado.

10. A adaptação do personagem Doutor Estranho não vem de hoje. Há anos um projeto visando justamente isso circula em Hollywood. Vários diretores se interessaram em dirigir o primeiro filme sobre o personagem da Marvel para o cinema, entre eles Wes Craven em 2001, David S. Goyer em 2008, Guillermo del Toro em 2014, etc. Nenhum desses projetos porém conseguiu sair do papel.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Tesla (2020)

Esse é um novo filme que promete muito e tenho um pressentimento que vai ser muito bom. Trata-se de Tesla (2020) que vem com a proposta de contar a história desse cientista genial, o Nikola Tesla, que será interpretado no filme pelo bom ator Ethan Hawke. E não é um papel qualquer. Esse foi um cientista visionário, muitos séculos a frente de seu tempo, que ousou pensar em coisas que sequer tinham sido inventadas em seu tempo.

Mas será que o filme estará a altura desse gênio da ciência?

Penso que sim. A direção e o roteiro é assinado por Michael Almereyda, que afirmou em entrevistas que foi fundo nas pesquisas sobre o biografado. A sinopse afirma que o filme é "Uma visão livre do inventor visionário Nikola Tesla, suas interações com Thomas Edison e a filha de J.P. Morgan, Anne, e seus avanços na transmissão de energia elétrica e luz".

A maior ironia histórico disso tudo é que ele nunca foi devidamente reconhecido em vida. Muitas de suas ideias só iriam ser colocadas em práticas após sua morte. Ele foi muitas vezes humilhado por concorrentes e outros cientistas que diziam que suas invenções eram malucas, fora da realidade. O tempo, senhor de tudo, mostrou quem afinal estava certo. Pena que quando isso aconteceu ele não estava mais vivo. Pois é, de qualquer maneira esse filme parece bem promissor.

Pablo Aluísio.

A Morte de Burt Reynolds

A título de resgate para arquivo, aqui vai a nota de notícia da morte do ator Burt Reynolds que havia sido publicado originalmente no blog Cinema Classe A. Segue a nota:

A Morte de Burt Reynolds
Inicialmente tratado como um boato, mas agora confirmado pelo seu agente, o ator Burt Reynolds morreu aos 82 anos de idade. Ele faleceu hoje pela manhã no Jupiter Medical Hospital, na Flórida.  

Reynolds vinha lutando contra vários problemas de saúde nos últimos anos. Há poucos meses, o representante do ator disse que ele estava em tratamento intensivo em um hospital da Flórida para tratamento de sintomas da gripe, incluindo desidratação.

Ele também já havia sido liberado de um hospital em Los Angeles, quando seu empresário amenizou os boatos de que ele tinha uma doença grave não divulgada. Na ocasião seu agente afirmou que ele havia apenas passado por uma "operação simples, sem maior importância".

Depois disso o próprio ator em entrevista assumiu que tinha problemas de coração. Durante uma entrevista para a revista People ele admitiu que precisaria passar por novas cirurgias pois não sabia até aquele momento que suas artérias estavam fechadas, atrapalhando o funcionamento normal de seu coração. O ator também assumiu que havia adquirido um vício em remédios prescritos. Ele declarou para a revista: "Eu sou um cara grande e durão, mas não consegui superar esse problema por conta própria. É bem complicado!" Até o momento a causa de sua morte não foi divulgada nem pelo hospital e nem pelos familiares. Descanse em paz Burt!

Pablo Aluísio.

Venom

Venom
Alguns gostaram, outros nem tanto. De qualquer forma segue um pequeno arquivo de notícias que foram publicadas inicialmente no blog Cinema Classe A. Éssa postagem está sendo feita como arquivo de textos. E não deixa também de sser curioso ter esse tipo de informação do lançamento original do filme.

Venom é sucesso de bilheteria
Apesar de estar em cartaz há apenas 3 dias, o filme "Venom" já é considerado um sucesso de bilheteria. O filme está sendo exibido em mais de quatro mil salas de cinema nos Estados Unidos e até o momento já faturou 82 milhões de dólares - um excelente resultado.

A bilheteria tem sido muito maior do que "Gravidade", o filme de maior sucesso no ano passado nesse mesmo período. Assim "Venom" é considerado desde já um sucesso de público, embora a crítica de uma maneira geral tenha feito reservas em relação à produção, tanto no exterior como no Brasil. A principal crítica negativa tem sido feita em relação aos efeitos digitais. Alguns críticos reclamaram do visual como um todo, afirmando que certas cenas soaram "artificiais demais, parecendo um videogame comum".

Mesmo com essa onda negativa por parte da imprensa o estúdio aposta que a escalada de sucesso do filme seguirá em frente. Um importante executivo da Marvel afirmou que o público fã do Homem-Aranha não deixará de conferir "Venom" nos cinemas. Como se sabe essa criatura nasceu nas aventuras de Peter Parker e como esse é um dos personagens mais populares do universo Marvel é bem possível que haja uma transferência de público para o filme, aumentando ainda mais sua bilheteria.

Coleção de posters do filme Venom. Acima o poster de primeira divulgação. Logo abaixo o poster que provavelmente será utilizado quando o filme entrar em cartaz (a estreia está prevista para 4 de outubro). Por fim, lá embaixo, vemos um exagerado poster oriental, já colocando a criatura monstruosa em evidência. A direção ficou a cargo de Ruben Fleischer, diretor veterano no mundo da TV que no cinema já dirigiu "Zumbilândia" (uma sequência está prevista para breve). No elenco o filme terá Tom Hardy como o protagonista (Eddie Brock / Venom), além de Woody Harrelson e Michelle Williams. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Jake Gyllenhaal em busca do Zodíaco

Nesse fim de semana também revi o filme "Zodíaco" (2007). O roteiro foi baseado no livro escrito por um jornalista americano que ficou obcecado em descobrir a verdadeira identidade desse serial killer. Como se sabe esse assassino passou impune. Nunca o pegaram pelos seus crimes. De certa maneira sua história lembra a de Jack, o Estripador. Assim como o psicopata inglês ele matava pessoas e depois desafiava a polícia. Enviava pedaços de roupas sangrentas de suas vítimas e provocava as autoridades. Infelizmente assim como Jack também nunca foi preso. Pior do que isso, nunca foi identificado com certeza absoluta.

Jake Gyllenhaa, bom ator, interpreta esse jornalista obcecado. Ele chega ao caso do Zodíaco meio por acaso. Trabalhando como cartunista em um jornal de San Francisco ele acaba sabendo de antemão tudo o que está acontecendo, os crimes, as mortes. Jovens namorados pegos de surpresa, sendo executados sem piedade. O repórter interpretado por Robert Downey Jr na redação é o encarregado de cobrir o caso, mas com o passar dos anos ele vai sendo consumido pelas coisas que aconteceram. Obviamente queria dar o grande furo de reportagem, revelando a identidade do Zodíaco, mas isso jamais aconteceu.

Pior acontece com um dos policiais envolvidos na investigação. Quem o interpreta é o ator (com cara de chorão) Mark Ruffalo. Ele parece estar sempre um passo atrás do assassino. Quando chega em um suspeito muito provável as coisas começam a dar errado. A caligrafia não bate com a das cartas enviadas pelo serial killer, ele não parece ter provas para sequer levar o caso ao tribunal. Esse suspeito certamente era um péssimo exemplo, pois tinha ficha criminal envolvendo pedofilia em seu passado. Só que sem provas provavelmente escaparia de uma condenação. Assim o caso simplesmente não andava, não ia para frente. Entrou em um beco sem saída.

O caso Zodíaco foi simbólico para as polícia americana. O FBI se envolveu, mas também não conseguiu solucionar as mortes. Um fato terrível porque olhando para trás, para as mortes recriadas pelo filme, podemos perceber nitidamente que o Zodíaco passava longe de ser um criminoso precavido ou até mesmo inteligente. Ele matava à luz do dia, em lugares públicos, como no caso do casal morto à beira do lago. Chegava ao ponto de usar roupas bizarras com o mesmo símbolo que desenhava nas cartas e mesmo assim os policiais americanos não conseguiram prendê-lo. No fundo o Zodíaco não foi dos matadores mais espertos da história, mas sim, ao que parece, contou mesmo com a incompetência das autoridades para sair impune de seus atos de pura barbárie. Essa foi uma história sem final feliz. Sim, é para ficar chocado com tudo de real que aconteceu nesse trágico evento.

Pablo Aluísio.

O que aconteceu com a Igreja Evangélica brasileira?

O que aconteceu com a Igreja Evangélica brasileira?
Eu fico pasmo. Quando eu era mais jovem os evangélicos formavam um grupo coeso de pessoas com muita fé cristã. Eram poucos em relação ao total da população brasileira, mas eram de qualidade, vamos colocar nesses termos. Depois de tantos anos a coisa toda mudou. O número de evangélicos e igrejas explodiu no país. E com a massa também veio a perda de qualidade dos crentes.

Nunca em minha vida vi tanta gente má, escrota e sem escrúpulos como  no meio evangélico. Claro que não vou generalizar, longe disso, mas em relação aos líderes evangélicos no Brasil parece que só tem FDP... Uma gente que basta olhar na cara para ver a pura maldade, a escrotice, gente pilantra, gente escrota, fico pasmo em ver como conseguem arregimentar tantos fiéis. 

E daí eu penso que para seguir uma pessoa ruim, só sendo gente ruim também. E as coisas só pioram porque esses mesmos canalhas entraram na política, levaram sua toxicidade ímpar para as casas legislativas. Olha, o Brasil precisa repensar esses votos dados em pastores, policiais militares, militares das forças armadas, etc. Essa gente além de não ter nenhuma cultura jurídica, ainda engloba muita gente ruim em suas fileiras. A situação realmente, nesse momento, é grave. 

Pablo Aluísio