Título no Brasil: A Vingança dos Daltons
Título Original: When the Daltons Rode
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Marshall
Roteiro: Harold Shumate, Emmett Dalton
Elenco: Randolph Scott, Kay Francis, Brian Donlevy
Sinopse:
Tod Jackson (Randolph Scott) é um jovem advogado que vai até o distante Kansas para visitar seus clientes e amigos, os Daltons, que possuem um belo e próspero rancho na região. O problema agora é que uma poderosa empresa cobiça as terras dos Daltons e estão dispostos a colocar as mãos naquela propriedade de todas as formas possíveis, inclusive levantando falsas acusações de crimes contra todos os que ousam desafiar o poder da companhia.
Comentários:
Mais um ótimo western com o mito Randolph Scott. Infelizmente é uma de suas produções menos lembradas, já que após sua estreia nos cinemas ficou décadas fora de circulação - só mais recentemente foi relançado nos Estados Unidos dentro de um box de DVDs que resgatou parte da filmografia esquecida do eterno cowboy do velho oeste. Alguns aspectos merecem menção. Como se sabe com a expansão das estradas de ferro rumo ao Pacífico muitas companhias entraram em atritos com rancheiros e fazendeiros que não abriam mão de suas terras - justamente aquelas por onde os trilhos teriam que passar. Quando o dinheiro não bastava para convencer a venda dessas terras entrava em ação bandoleiros contratados por essas empresas para intimidar e coagir a venda, muitas vezes usando de métodos violentos e ilegais. Esse pedaço esquecido da história serve justamente de mote para esse bom faroeste que certamente agradará em cheio aos fãs do western mais clássico do cinema americano.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
A Estância Sinistra
Título no Brasil: A Estância Sinistra
Título Original: Shadow Ranch
Ano de Produção: 1930
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Louis King
Roteiro: Frank Howard Clark, George M. Johnson
Elenco: Buck Jones, Marguerite De La Motte, Kate Price
Sinopse:
Sim Baldwin (Buck Jones) e Ranny Williams (Frank Rice) são dois cowboys que acabam sendo dispensados após o carregamento de um rebanho de gado no Texas. Depois disso partem em busca de trabalho nos ranchos locais, mas tudo o que encontram é uma guerra não declarada entre donos de terras rivais. Após a morte de Ranny numa emboscada covarde, Baldwin decide se vingar do assassinato do amigo.
Comentários:
Um dos grandes sucessos da carreira do ator Buck Jones, que aqui acabou indo parar em um western por demais interessante, que procura também valorizar os aspectos de suspense e tensão dentro de uma propriedade conhecida como o "Rancho Sombrio". Curiosamente apesar de também ser uma fita de matinê o cineasta Louis King resolveu adicionar ao cardápio toques de sobrenatural, pegando emprestado um clima mais mórbido, tão típico dos filmes de terror da época, em especial das fitas da Universal Pictures que vinham fazendo grande sucesso. Essa mistura de gêneros porém nunca se revela completa, ficando apenas na sugestão, até porque a Columbia teve receios de que uma mistura assim não seria muito bem recebida pelos fãs de faroeste, em especial da garotada, que afinal de contas havia pago para ver um filme passado no velho oeste e não no castelo de Drácula. Mesmo assim essa tentativa de unir os dois gêneros acaba sendo o grande diferencial da fita até os dias de hoje. Vale muito a pena conhecer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Shadow Ranch
Ano de Produção: 1930
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Louis King
Roteiro: Frank Howard Clark, George M. Johnson
Elenco: Buck Jones, Marguerite De La Motte, Kate Price
Sinopse:
Sim Baldwin (Buck Jones) e Ranny Williams (Frank Rice) são dois cowboys que acabam sendo dispensados após o carregamento de um rebanho de gado no Texas. Depois disso partem em busca de trabalho nos ranchos locais, mas tudo o que encontram é uma guerra não declarada entre donos de terras rivais. Após a morte de Ranny numa emboscada covarde, Baldwin decide se vingar do assassinato do amigo.
Comentários:
Um dos grandes sucessos da carreira do ator Buck Jones, que aqui acabou indo parar em um western por demais interessante, que procura também valorizar os aspectos de suspense e tensão dentro de uma propriedade conhecida como o "Rancho Sombrio". Curiosamente apesar de também ser uma fita de matinê o cineasta Louis King resolveu adicionar ao cardápio toques de sobrenatural, pegando emprestado um clima mais mórbido, tão típico dos filmes de terror da época, em especial das fitas da Universal Pictures que vinham fazendo grande sucesso. Essa mistura de gêneros porém nunca se revela completa, ficando apenas na sugestão, até porque a Columbia teve receios de que uma mistura assim não seria muito bem recebida pelos fãs de faroeste, em especial da garotada, que afinal de contas havia pago para ver um filme passado no velho oeste e não no castelo de Drácula. Mesmo assim essa tentativa de unir os dois gêneros acaba sendo o grande diferencial da fita até os dias de hoje. Vale muito a pena conhecer.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006
A Tribo Misteriosa
Título no Brasil: A Tribo Misteriosa
Título Original: Daredevils of the West
Ano de Produção: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: John English
Roteiro: Ronald Davidson, Basil Dickey
Elenco: Allan Lane, Kay Aldridge, Eddie Acuff
Sinopse:
1880, Canyon City. June Foster (Kay Aldridge) é a proprietária de uma companhia de diligências no velho oeste. Seu plano é expandir seu negócio, abrindo um novo caminho bem no meio de terras selvagens ocupadas por uma tribo comanche hostil. Para isso dar certo ela terá que não apenas transportar seus passageiros com segurança como também superar os interesses de posseiros que desejam tomar o lugar para montar suas próprias fazendas. O conflito de interesses leva June a pedir apoio com o Capitão Duke Cameron (Allan Lane), comandante da cavalaria na região.
Comentários:
Western interessante produzido pelo extinto estúdio Republic Pictures que foi uma das companhias cinematográficas mais importantes do surgimento do cinema americano. Fundada em 1935 realizou ao todo quase mil filmes até ter suas portas fechadas em 1959 com o melancólico "Ghost of Zorro". O curioso é que na sua primeira montagem "Daredevils of the West" originou um copião com 196 minutos, considerado excessivo pelos produtores do estúdio. Não haveria como tornar um filme tão longo bem sucedido comercialmente. A solução encontrada pela Republic foi então transformar a estória em uma série de matinê, com 12 episódios (que infelizmente estão perdidos atualmente). O que sobreviveu ao tempo foi justamente essa versão completa do diretor John English. A fita é estrelada pelo ator Allan Lane (não vá confundir com Alan Ladd de "Os Brutos Também Amam" de 1953) e Kay Aldridge, bonita starlet, modelo de sucesso nos anos 1930 que se casaria pouco tempo depois, abandonando sua carreira de atriz apenas dois anos após a realização desse faroeste, se despedindo com o cult "Fantasma da Rua 42" de Albert Herman.
Pablo Aluísio.
Título Original: Daredevils of the West
Ano de Produção: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: John English
Roteiro: Ronald Davidson, Basil Dickey
Elenco: Allan Lane, Kay Aldridge, Eddie Acuff
Sinopse:
1880, Canyon City. June Foster (Kay Aldridge) é a proprietária de uma companhia de diligências no velho oeste. Seu plano é expandir seu negócio, abrindo um novo caminho bem no meio de terras selvagens ocupadas por uma tribo comanche hostil. Para isso dar certo ela terá que não apenas transportar seus passageiros com segurança como também superar os interesses de posseiros que desejam tomar o lugar para montar suas próprias fazendas. O conflito de interesses leva June a pedir apoio com o Capitão Duke Cameron (Allan Lane), comandante da cavalaria na região.
Comentários:
Western interessante produzido pelo extinto estúdio Republic Pictures que foi uma das companhias cinematográficas mais importantes do surgimento do cinema americano. Fundada em 1935 realizou ao todo quase mil filmes até ter suas portas fechadas em 1959 com o melancólico "Ghost of Zorro". O curioso é que na sua primeira montagem "Daredevils of the West" originou um copião com 196 minutos, considerado excessivo pelos produtores do estúdio. Não haveria como tornar um filme tão longo bem sucedido comercialmente. A solução encontrada pela Republic foi então transformar a estória em uma série de matinê, com 12 episódios (que infelizmente estão perdidos atualmente). O que sobreviveu ao tempo foi justamente essa versão completa do diretor John English. A fita é estrelada pelo ator Allan Lane (não vá confundir com Alan Ladd de "Os Brutos Também Amam" de 1953) e Kay Aldridge, bonita starlet, modelo de sucesso nos anos 1930 que se casaria pouco tempo depois, abandonando sua carreira de atriz apenas dois anos após a realização desse faroeste, se despedindo com o cult "Fantasma da Rua 42" de Albert Herman.
Pablo Aluísio.
O Rei Cowboy
Título no Brasil: O Rei Cowboy
Título Original: King Cowboy
Ano de Produção: 1928
País: Estados Unidos
Estúdio: William LeBaron Productions
Direção: Robert De Lacey
Roteiro: Stanner E.V. Taylor, Frank Howard Clark
Elenco: Tom Mix, Sally Blane, Lew Meehan
Sinopse:
Tom Mix interpreta Tex Rogers, um cowboy contratado para levar um rebanho do Texas até o Arizona. Na longa e perigosa viagem ele terá que enfrentar terríveis ladrões de gado, tribos hostis de Apaches e a traição de seus próprios colegas de travessia, todos interessados em tomar posse do valioso carregamento bovino.
Comentários:
"King Cowboy" marcou a fase mais bem sucedida comercialmente do ator e cowboy Tom Mix. Na era do cinema mudo ele praticamente criou - ao lado de outros ícones do gênero - toda a mitologia do velho oeste, com seus heróis românticos, honestos e íntegros. Curiosamente nessa fase mais antiga do cinema americano os animais já se destacavam como atrações de bilheteria. Assim ao lado de Tom Mix brilhava Tony, chamado pelo estúdio de "O cavalo maravilha de Tom Mix". Seu nome era promovido até mesmo nos posters dos filmes, só para se ter uma ideia de seu impacto na popularidade das produções. Durante o lançamento do filme Mix e Tony viajaram por várias cidades pelos Estados Unidos fazendo apresentações promocionais ao filme. Só para se ter uma ideia a excursão começou em Los Angeles e só terminou quatro meses depois em Nova Iorque. Indo de costa a costa do país o ator acabou virando um ídolo, o mais popular e bem pago do cinema americano na época. Carismático e muito atencioso com os fãs Tom Mix virou um dos maiores símbolos do velho oeste, em um tempo onde a máquina promocional da mídia ainda engatinhava.
Pablo Aluísio.
Título Original: King Cowboy
Ano de Produção: 1928
País: Estados Unidos
Estúdio: William LeBaron Productions
Direção: Robert De Lacey
Roteiro: Stanner E.V. Taylor, Frank Howard Clark
Elenco: Tom Mix, Sally Blane, Lew Meehan
Sinopse:
Tom Mix interpreta Tex Rogers, um cowboy contratado para levar um rebanho do Texas até o Arizona. Na longa e perigosa viagem ele terá que enfrentar terríveis ladrões de gado, tribos hostis de Apaches e a traição de seus próprios colegas de travessia, todos interessados em tomar posse do valioso carregamento bovino.
Comentários:
"King Cowboy" marcou a fase mais bem sucedida comercialmente do ator e cowboy Tom Mix. Na era do cinema mudo ele praticamente criou - ao lado de outros ícones do gênero - toda a mitologia do velho oeste, com seus heróis românticos, honestos e íntegros. Curiosamente nessa fase mais antiga do cinema americano os animais já se destacavam como atrações de bilheteria. Assim ao lado de Tom Mix brilhava Tony, chamado pelo estúdio de "O cavalo maravilha de Tom Mix". Seu nome era promovido até mesmo nos posters dos filmes, só para se ter uma ideia de seu impacto na popularidade das produções. Durante o lançamento do filme Mix e Tony viajaram por várias cidades pelos Estados Unidos fazendo apresentações promocionais ao filme. Só para se ter uma ideia a excursão começou em Los Angeles e só terminou quatro meses depois em Nova Iorque. Indo de costa a costa do país o ator acabou virando um ídolo, o mais popular e bem pago do cinema americano na época. Carismático e muito atencioso com os fãs Tom Mix virou um dos maiores símbolos do velho oeste, em um tempo onde a máquina promocional da mídia ainda engatinhava.
Pablo Aluísio.
sábado, 4 de fevereiro de 2006
O Dia da Desforra
Título Original: La Resa Dei Conti
Ano de Produção: 1966
País: Itália, Espanha
Estúdio: Produzioni Europee Associati (PEA)
Direção: Sergio Sollima
Roteiro: Franco Solinas, Fernando Morandi
Elenco: Lee Van Cleef, Tomas Milian, Walter Barnes
Sinopse:
Jonathan Corbett (Lee Van Cleef) é um caçador de recompensas implacável. Em pouco tempo ele consegue eliminar todos os maiores bandoleiros, assaltantes e bandidos do Texas. Não tarda muito e sua fama atravessa as fronteiras e se espalha, o que o leva a se tornar um nome forte para uma candidatura ao senado. Para isso porém ele precisa de apoio financeiro de ricos grupos e acaba encontrando em uma empresa de construção de ferrovias. Antes que isso aconteça ele resolve ir em uma última caçada mortal.
Comentários:
"La Resa Dei Conti" é também um western Spaghetti recorrente em listas dos melhores faroestes feitos na Europa. Com roteiro muito bem trabalhado, mais do que o habitual no gênero, o filme explora a vida dos caçadores de recompensas do velho oeste, além de tratar muito bem sobre os podres bastidores da política. A lição do texto é simples, não adianta você se considerar um homem íntegro e honesto, ao se meter no meio da chamada grande política você certamente se corromperá, mais cedo ou mais tarde. Quem porém está em busca de uma boa diversão ao velho estilo não se decepcionará pois o filme tem ótimas sequências de caçada humana, com uma fotografia muito bonita, apesar da triste desolação daquele lugar esquecido por todos (afinal de contas esse é outro spaghetti filmado no deserto de Andalucía, local preferido por diretores italianos por se assemelhar bastante aos desertos americanos). Outro destaque vem com Lee Van Cleef. Um ator americano subestimado em seu país que acabou se consagrando nos filmes italianos da época. Aqui ele está completamente à vontade em um papel que é um verdadeiro presente para qualquer intérprete.
Pablo Aluísio.
Ano de Produção: 1966
País: Itália, Espanha
Estúdio: Produzioni Europee Associati (PEA)
Direção: Sergio Sollima
Roteiro: Franco Solinas, Fernando Morandi
Elenco: Lee Van Cleef, Tomas Milian, Walter Barnes
Sinopse:
Jonathan Corbett (Lee Van Cleef) é um caçador de recompensas implacável. Em pouco tempo ele consegue eliminar todos os maiores bandoleiros, assaltantes e bandidos do Texas. Não tarda muito e sua fama atravessa as fronteiras e se espalha, o que o leva a se tornar um nome forte para uma candidatura ao senado. Para isso porém ele precisa de apoio financeiro de ricos grupos e acaba encontrando em uma empresa de construção de ferrovias. Antes que isso aconteça ele resolve ir em uma última caçada mortal.
Comentários:
"La Resa Dei Conti" é também um western Spaghetti recorrente em listas dos melhores faroestes feitos na Europa. Com roteiro muito bem trabalhado, mais do que o habitual no gênero, o filme explora a vida dos caçadores de recompensas do velho oeste, além de tratar muito bem sobre os podres bastidores da política. A lição do texto é simples, não adianta você se considerar um homem íntegro e honesto, ao se meter no meio da chamada grande política você certamente se corromperá, mais cedo ou mais tarde. Quem porém está em busca de uma boa diversão ao velho estilo não se decepcionará pois o filme tem ótimas sequências de caçada humana, com uma fotografia muito bonita, apesar da triste desolação daquele lugar esquecido por todos (afinal de contas esse é outro spaghetti filmado no deserto de Andalucía, local preferido por diretores italianos por se assemelhar bastante aos desertos americanos). Outro destaque vem com Lee Van Cleef. Um ator americano subestimado em seu país que acabou se consagrando nos filmes italianos da época. Aqui ele está completamente à vontade em um papel que é um verdadeiro presente para qualquer intérprete.
Pablo Aluísio.
Atiradores do Texas
Título no Brasil: Atiradores do Texas
Título Original: The Texas Rangers
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: King Vidor
Roteiro: King Vidor, Elizabeth Hill
Elenco: Fred MacMurray, Jack Oakie, Jean Parker
Sinopse:
Jim Hawkins (Fred MacMurray) e seu parceiro Wahoo Jones, são dois ladrões de diligências que resolvem fugir para o Texas, onde pretendem se encontrar com um ex-membro de sua quadrilha, Sam McGee (Lloyd Nolan). No novo estado descobrem que as coisas não serão simples, pois na região atua um grupo de Texas Rangers durões, que não admitem roubos e crimes nas redondezas.
Comentários:
Um bom faroeste sobre redenção e desejo de começar tudo de novo na vida. Os dois principais personagens são bandidos que depois que se mudam para o Texas começam a pensar em se unir ao grupo Texas Rangers, ou seja, homens da lei. Usando da conhecida frase: "Se não pode destruí-los, junte-se a eles", o diretor King Vidor (que inclusive criou a estória e o enredo do filme), tenta colocar em prova a tese de que antigos foras da lei não conseguiriam andar na linha, mesmo que isso fosse vantajoso para suas vidas. Um tipo de defesa de um suposto DNA criminoso! Teorias sociológicas à parte, o que temos aqui é um bom western, valorizado pela presença do subestimado ator Fred MacMurray. Um artista muito eclético, que desfilou por praticamente todos os gêneros, inclusive em filmes da Disney nos anos 60. Aqui ele está bem jovem e com pinta de se tornar um galã de esporas, algo que não se confirmou. De qualquer forma pelo talento de King Vidor, assistir a fita vale muito a pena, mesmo nos dias de hoje. É diversão ao velho estilo na certa.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Texas Rangers
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: King Vidor
Roteiro: King Vidor, Elizabeth Hill
Elenco: Fred MacMurray, Jack Oakie, Jean Parker
Sinopse:
Jim Hawkins (Fred MacMurray) e seu parceiro Wahoo Jones, são dois ladrões de diligências que resolvem fugir para o Texas, onde pretendem se encontrar com um ex-membro de sua quadrilha, Sam McGee (Lloyd Nolan). No novo estado descobrem que as coisas não serão simples, pois na região atua um grupo de Texas Rangers durões, que não admitem roubos e crimes nas redondezas.
Comentários:
Um bom faroeste sobre redenção e desejo de começar tudo de novo na vida. Os dois principais personagens são bandidos que depois que se mudam para o Texas começam a pensar em se unir ao grupo Texas Rangers, ou seja, homens da lei. Usando da conhecida frase: "Se não pode destruí-los, junte-se a eles", o diretor King Vidor (que inclusive criou a estória e o enredo do filme), tenta colocar em prova a tese de que antigos foras da lei não conseguiriam andar na linha, mesmo que isso fosse vantajoso para suas vidas. Um tipo de defesa de um suposto DNA criminoso! Teorias sociológicas à parte, o que temos aqui é um bom western, valorizado pela presença do subestimado ator Fred MacMurray. Um artista muito eclético, que desfilou por praticamente todos os gêneros, inclusive em filmes da Disney nos anos 60. Aqui ele está bem jovem e com pinta de se tornar um galã de esporas, algo que não se confirmou. De qualquer forma pelo talento de King Vidor, assistir a fita vale muito a pena, mesmo nos dias de hoje. É diversão ao velho estilo na certa.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006
Quem Foi Jesse James
Título no Brasil: Quem Foi Jesse James
Título Original: The True Story of Jesse James
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Nicholas Ray
Roteiro: Walter Newman, Nunnally Johnson
Elenco: Robert Wagner, Jeffrey Hunter, Hope Lange, John Carradine
Sinopse:
O filme narra os últimos anos do infame pistoleiro do velho oeste Jesse James (Wagner). Após realizar uma série de roubos a bancos e ferrovias, alguns realizados com extrema ousadia, James começa a ser caçado por homens da lei e caçadores de recompensas. Suas façanhas o coloca na lista dos mais procurados do oeste selvagem. Agora ele terá que sobreviver ao mesmo tempo em que tenta realizar o maior assalto de sua vida criminosa.
Comentários:
O famoso pistoleiro, assassino, ladrão de bancos e trens Jesse James (1847 - 1882) sempre teve sua vida explorada pelo cinema americano. Provavelmente apenas Billy The Kid tenha sido mais retratado nas telas do que Jesse James. Nesse filme dos anos 1950 temos mais um retrato do bandoleiro. Antes de mais nada é importante salientar que o filme não é historicamente preciso (poucos são dessa época) mas o interesse do cinéfilo estará garantido por causa de sua ficha técnica. "The True Story of Jesse James" foi dirigido pelo mestre Nicholas Ray, o mesmo cineasta que assinou obras como "Juventude Transviada" (com o mito James Dean), "O Rei dos Reis" (uma ótima cinebiografia sobre Jesus Cristo) e o clássico noir "No Silêncio da Noite" com Humphrey Bogart. Como se isso não bastasse ainda temos o roteiro escrito pelo genial Nunnally Johnson, considerado um dos maiores escritores de Hollywood durante sua fase de ouro. Talvez o único ponto fraco de "Quem Foi Jesse James" tenha sido a escalação do ator Robert Wagner no papel de Jesse James. Ele não tem a crueza e a rudeza que o papel exige. Em certos momentos ele soa delicado demais para um personagem histórico tão durão. Quem acaba se saindo melhor é Jeffrey Hunter no papel de Frank James, seu irmão. De uma forma ou outra não há como negar que seja um dos westerns mais interessantes do período.
Pablo Aluísio.
Título Original: The True Story of Jesse James
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Nicholas Ray
Roteiro: Walter Newman, Nunnally Johnson
Elenco: Robert Wagner, Jeffrey Hunter, Hope Lange, John Carradine
Sinopse:
O filme narra os últimos anos do infame pistoleiro do velho oeste Jesse James (Wagner). Após realizar uma série de roubos a bancos e ferrovias, alguns realizados com extrema ousadia, James começa a ser caçado por homens da lei e caçadores de recompensas. Suas façanhas o coloca na lista dos mais procurados do oeste selvagem. Agora ele terá que sobreviver ao mesmo tempo em que tenta realizar o maior assalto de sua vida criminosa.
Comentários:
O famoso pistoleiro, assassino, ladrão de bancos e trens Jesse James (1847 - 1882) sempre teve sua vida explorada pelo cinema americano. Provavelmente apenas Billy The Kid tenha sido mais retratado nas telas do que Jesse James. Nesse filme dos anos 1950 temos mais um retrato do bandoleiro. Antes de mais nada é importante salientar que o filme não é historicamente preciso (poucos são dessa época) mas o interesse do cinéfilo estará garantido por causa de sua ficha técnica. "The True Story of Jesse James" foi dirigido pelo mestre Nicholas Ray, o mesmo cineasta que assinou obras como "Juventude Transviada" (com o mito James Dean), "O Rei dos Reis" (uma ótima cinebiografia sobre Jesus Cristo) e o clássico noir "No Silêncio da Noite" com Humphrey Bogart. Como se isso não bastasse ainda temos o roteiro escrito pelo genial Nunnally Johnson, considerado um dos maiores escritores de Hollywood durante sua fase de ouro. Talvez o único ponto fraco de "Quem Foi Jesse James" tenha sido a escalação do ator Robert Wagner no papel de Jesse James. Ele não tem a crueza e a rudeza que o papel exige. Em certos momentos ele soa delicado demais para um personagem histórico tão durão. Quem acaba se saindo melhor é Jeffrey Hunter no papel de Frank James, seu irmão. De uma forma ou outra não há como negar que seja um dos westerns mais interessantes do período.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006
Suprema Decisão
Título no Brasil: Suprema Decisão
Título Original: The Virginian
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Stuart Gilmore
Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett
Elenco: Joel McCrea, Barbara Britton, Brian Donlevy, Sonny Tufts
Sinopse:
Molly Wood (Barbara Britton) é uma jovem professora de uma tradicional família de Vermont que vai até uma pequena cidade do oeste para ensinar crianças da região. Lá acaba se apaixonando pelo cowboy conhecido apenas como "o virginiano" (Joel McCrea), um homem honesto e trabalhador que luta contra o roubo de gado nas fazendas locais.
Comentários:
Um western romântico muito bem realizado na década de 1940. Na realidade o filme não pode ser considerado um faroeste tão tradicional já que o foco do roteiro se concentra muitas vezes mais no romance da professorinha com o cowboy do que propriamente nos temas mais clássicos do gênero. Obviamente há uma subtrama envolvendo roubo de gado na região - o que leva o protagonista interpretado por Joel McCrea a tomar uma decisão terrível em relação a um velho amigo que está envolvido no roubo - e como se sabe no velho oeste os ladrões de gado eram sumariamente executados, enforcados na árvore mais próxima. Barbara Britton que interpreta a mocinha era uma jovem linda, que em muitos aspectos me lembrou Marilyn Monroe no começo da carreira, quando ainda não havia pintado seu cabelo de loiro. Sua carreira no cinema nunca decolou, mas ela fez muito sucesso na TV americana nos anos 1960 participando de inúmeras séries. Em suma, para os fãs de Joel McCrea a película se mostrará bem interessante pois aqui ele está em um momento atípico em sua carreira, interpretando um cowboy romântico e dado a namoricos.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Virginian
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Stuart Gilmore
Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett
Elenco: Joel McCrea, Barbara Britton, Brian Donlevy, Sonny Tufts
Sinopse:
Molly Wood (Barbara Britton) é uma jovem professora de uma tradicional família de Vermont que vai até uma pequena cidade do oeste para ensinar crianças da região. Lá acaba se apaixonando pelo cowboy conhecido apenas como "o virginiano" (Joel McCrea), um homem honesto e trabalhador que luta contra o roubo de gado nas fazendas locais.
Comentários:
Um western romântico muito bem realizado na década de 1940. Na realidade o filme não pode ser considerado um faroeste tão tradicional já que o foco do roteiro se concentra muitas vezes mais no romance da professorinha com o cowboy do que propriamente nos temas mais clássicos do gênero. Obviamente há uma subtrama envolvendo roubo de gado na região - o que leva o protagonista interpretado por Joel McCrea a tomar uma decisão terrível em relação a um velho amigo que está envolvido no roubo - e como se sabe no velho oeste os ladrões de gado eram sumariamente executados, enforcados na árvore mais próxima. Barbara Britton que interpreta a mocinha era uma jovem linda, que em muitos aspectos me lembrou Marilyn Monroe no começo da carreira, quando ainda não havia pintado seu cabelo de loiro. Sua carreira no cinema nunca decolou, mas ela fez muito sucesso na TV americana nos anos 1960 participando de inúmeras séries. Em suma, para os fãs de Joel McCrea a película se mostrará bem interessante pois aqui ele está em um momento atípico em sua carreira, interpretando um cowboy romântico e dado a namoricos.
Pablo Aluísio.
Duelo em Diablo Canyon
Título no Brasil: Duelo em Diablo Canyon
Título Original: Duel at Diablo
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ralph Nelson
Roteiro: Marvin H. Albert, Michael M. Grilikhes
Elenco: James Garner, Sidney Poitier, Bibi Andersson
Sinopse:
Jess Remsberg (James Garner) é um cowboy que após salvar uma mulher branca das garras dos apaches acaba entrando como batedor numa caravana liderada por um tenente do exército americano. O objetivo é atravessar uma região dominada por apaches guerreiros rebeldes, que querem se vingar da presença do homem branco na região. A travessia logo se tornará um jogo de vida e morte entre nativos e soldados da cavalaria.
Comentários:
Um western americano muito subestimado, assim eu vejo esse "Duel at Diablo" que apesar de sua boa recepção na época de seu lançamento foi perdendo prestígio ao longo dos anos até ser quase que completamente esquecido. O filme é de um tempo de transição para o faroeste americano, onde ainda havia uma simbiose entre o velho western - dos filmes de cavalaria de John Ford - e elementos novos, como uma trilha sonora de rock, com guitarras e instrumentos modernos. Some-se a isso personagens que eram raros nos antigos filmes, como um negro bem sucedido, com boas roupas e desafiando seus "superiores" brancos - em excelente atuação de Sidney Poitier que dá vida a um ex-sargento, agora comerciante de cavalos para o exército, que não aceita mais se rebaixar para seu antigo tenente dos tempos de cavalaria. O roteiro é muito bom e investe em uma situação limite com os soldados e demais membros da caravana emboscados no Diablo Canyon, sem lugar a concessões que suavizem a ferocidade dos nativos americanos daquele período. Por fim há a boa presença do ator James Garner (falecido recentemente em julho desse ano) que empresta muito carisma ao seu personagem em cena. Diante de tudo isso "Duelo em Diablo Canyon" é um western sessentista que merece ser redescoberto pelos fãs do gênero.
Pablo Aluísio.
Título Original: Duel at Diablo
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ralph Nelson
Roteiro: Marvin H. Albert, Michael M. Grilikhes
Elenco: James Garner, Sidney Poitier, Bibi Andersson
Sinopse:
Jess Remsberg (James Garner) é um cowboy que após salvar uma mulher branca das garras dos apaches acaba entrando como batedor numa caravana liderada por um tenente do exército americano. O objetivo é atravessar uma região dominada por apaches guerreiros rebeldes, que querem se vingar da presença do homem branco na região. A travessia logo se tornará um jogo de vida e morte entre nativos e soldados da cavalaria.
Comentários:
Um western americano muito subestimado, assim eu vejo esse "Duel at Diablo" que apesar de sua boa recepção na época de seu lançamento foi perdendo prestígio ao longo dos anos até ser quase que completamente esquecido. O filme é de um tempo de transição para o faroeste americano, onde ainda havia uma simbiose entre o velho western - dos filmes de cavalaria de John Ford - e elementos novos, como uma trilha sonora de rock, com guitarras e instrumentos modernos. Some-se a isso personagens que eram raros nos antigos filmes, como um negro bem sucedido, com boas roupas e desafiando seus "superiores" brancos - em excelente atuação de Sidney Poitier que dá vida a um ex-sargento, agora comerciante de cavalos para o exército, que não aceita mais se rebaixar para seu antigo tenente dos tempos de cavalaria. O roteiro é muito bom e investe em uma situação limite com os soldados e demais membros da caravana emboscados no Diablo Canyon, sem lugar a concessões que suavizem a ferocidade dos nativos americanos daquele período. Por fim há a boa presença do ator James Garner (falecido recentemente em julho desse ano) que empresta muito carisma ao seu personagem em cena. Diante de tudo isso "Duelo em Diablo Canyon" é um western sessentista que merece ser redescoberto pelos fãs do gênero.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006
O Tesouro do Bandoleiro
Título no Brasil: O Tesouro do Bandoleiro
Título Original: The Nevadan
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: George W. George, George F. Slavin
Elenco: Randolph Scott, Dorothy Malone, Forrest Tucker
Sinopse:
Nas longas planícies do deserto de Nevada surge um cowboy misterioso que começa a seguir os passos de um criminoso foragido, um assaltante de bancos que está lutando por sua vida e liberdade. Em seu encalço também está um fazendeiro ganancioso e seu grupo de capangas, todos atrás do dinheiro roubado, uma pequena fortuna.
Comentários:
Mais um filme para os admiradores do trabalho do eterno cowboy Randolph Scott. Foi o último que o astro fez na Columbia depois de cumprir um longo contrato que ele havia assinado sete anos antes. Assim dali em diante o próprio Scott iria produzir suas fitas, trabalhando sem as amarras de um contrato que lhe deixasse preso a nenhum estúdio de Hollywood. Nesse filme aconteceu um fato curioso, durante uma tomada de cena em Alabama Hills, onde a produção estava sendo rodada, o ator caiu de um pequeno desfiladeiro com seu cavalo (que não era o famoso Stardust). Randolph Scott era um excelente cavaleiro mas seu próprio cavalo tropeçou nas pedras e a queda foi inevitável. Socorrido a tempo, Randolph foi levado a Los Angeles onde se constatou que ele havia quebrado sua perna esquerda. Isso levou o filme a ficar parado por algumas semanas, o que de certa forma é perceptível ao assisti-lo pois o ator perdeu peso no hospital e como o filme não era gravado na sequência cronológica das cenas podemos perceber que ora ele surge magro, ora mais cheio ao longo do filme. Deixando essa pequena curiosidade de lado o que temos aqui é mais um belo western com Scott, que mantinha sempre um excelente padrão de qualidade em todos os filmes em que participou. Não é de se admirar que tenha sido um dos mais populares atores do gênero western na história do cinema americano.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Nevadan
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: George W. George, George F. Slavin
Elenco: Randolph Scott, Dorothy Malone, Forrest Tucker
Sinopse:
Nas longas planícies do deserto de Nevada surge um cowboy misterioso que começa a seguir os passos de um criminoso foragido, um assaltante de bancos que está lutando por sua vida e liberdade. Em seu encalço também está um fazendeiro ganancioso e seu grupo de capangas, todos atrás do dinheiro roubado, uma pequena fortuna.
Comentários:
Mais um filme para os admiradores do trabalho do eterno cowboy Randolph Scott. Foi o último que o astro fez na Columbia depois de cumprir um longo contrato que ele havia assinado sete anos antes. Assim dali em diante o próprio Scott iria produzir suas fitas, trabalhando sem as amarras de um contrato que lhe deixasse preso a nenhum estúdio de Hollywood. Nesse filme aconteceu um fato curioso, durante uma tomada de cena em Alabama Hills, onde a produção estava sendo rodada, o ator caiu de um pequeno desfiladeiro com seu cavalo (que não era o famoso Stardust). Randolph Scott era um excelente cavaleiro mas seu próprio cavalo tropeçou nas pedras e a queda foi inevitável. Socorrido a tempo, Randolph foi levado a Los Angeles onde se constatou que ele havia quebrado sua perna esquerda. Isso levou o filme a ficar parado por algumas semanas, o que de certa forma é perceptível ao assisti-lo pois o ator perdeu peso no hospital e como o filme não era gravado na sequência cronológica das cenas podemos perceber que ora ele surge magro, ora mais cheio ao longo do filme. Deixando essa pequena curiosidade de lado o que temos aqui é mais um belo western com Scott, que mantinha sempre um excelente padrão de qualidade em todos os filmes em que participou. Não é de se admirar que tenha sido um dos mais populares atores do gênero western na história do cinema americano.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)