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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Duelo em Diablo Canyon

"Duelo em Diablo Canyon" começa quando o cowboy Jess Remsberg (James Garner) salva uma mulher branca das garras dos apaches selvagens. É uma tribo muito conhecida por causa de sua violência. Com a intervenção de Jess a jovem é finalmente salva da morte certa. Assim ele acaba entrando como batedor numa caravana liderada por um tenente do exército americano. Sua experiência na região é o grande motivo para ser contratado. O objetivo é atravessar esse lugar dominado por apaches e guerreiros rebeldes, que querem se vingar da presença do homem branco em suas terras. A travessia não demora a se tornar um jogo de vida e morte entre nativos e soldados da cavalaria. Esse é um western americano muito subestimado. "Duel at Diablo" foi bem recebido pela crítica em seu lançamento original, mas foi perdendo prestígio ao longo dos anos até ser quase que completamente esquecido. 

O filme é de um tempo de transição para o faroeste americano, onde ainda havia uma simbiose entre o velho western - dos filmes de cavalaria de John Ford - e elementos novos, como uma trilha sonora de rock, com guitarras e instrumentos modernos. Some-se a isso personagens que eram raros nos antigos filmes, como um negro bem sucedido, com boas roupas e desafiando seus "superiores" brancos - em excelente atuação de Sidney Poitier que dá vida a um ex-sargento, agora comerciante de cavalos para o exército, que não aceita mais se rebaixar para seu antigo tenente dos tempos de cavalaria. O roteiro é muito bom e investe em uma situação limite com os soldados e demais membros da caravana emboscados no Diablo Canyon, sem lugar a concessões que suavizem a ferocidade dos nativos americanos daquele período. Por fim há a boa presença do ator James Garner (falecido há pouco tempo) que empresta muito carisma ao seu personagem em cena. Diante de tudo isso "Duelo em Diablo Canyon" é um western sessentista que merece ser redescoberto pelos fãs do gênero.

Duelo em Diablo Canyon (Duel at Diablo, Estados Unidos, 1966) Estúdio: United Artists / Direção: Ralph Nelson / Roteiro: Marvin H. Albert, Michael M. Grilikhes / Elenco: James Garner, Sidney Poitier, Bibi Andersson / Sinopse: Um veterano cowboy ajuda um regimento da cavalaria do exército dos Estados Unidos a atravessar uma região perigosa, dominada por tribos violentas durante a ocupação do velho oeste americano.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A Marca de um Erro

Tendo como garantia um excelente roteiro assinado por Zequial Marko, a música de Lalo Schifrin (Operação Dragão), e um time de atores de respeito como: Alain Delon, Ann-Margret, Van Heflin e Jack Palance - o diretor Ralph Nelson (Réquiem Para um Lutador) construiu um belo filme no estilo do inconfundível policial-noir e com forte influência de clássicos do gênero, como os premiados, Rififi - Os Segredos das Jóias e O Grande Golpe. O longa, A Marca de Um Erro (Once a Thief - 1965) conta a história de Eddie Pedak (Alain Delon) um imigrante italiano de Trieste e ex-presidiário que, vivendo na cidade de São Francisco tenta seguir o caminho da regeneração. Porém, o sonho de viver em paz junto com sua linda mulher, Kristine Pedak (Ann-Margret) e sua filhinha, parece impossível.

Tudo porque em seus calcanhares estão o Inspetor Mike Vido (Van Heflin), que jura que Eddie é o responsável pelo recente assalto a uma loja de conveniência que culminou com a morte da proprietária - além da presença sinistra do bandidão Walter Pedak (Jack Palance) irmão de Eddie e que deseja a todo custo o retorno de seu irmão ao mundo do crime para um último e lucrativo assalto. Porém, no caminho do sucesso deste último assalto, está o bandidão James Arthur Sargatanas (John Davis Chandler) braço direito de Walter e inimigo mortal de Eddie Pedak. Um bom filme, com um ótimo e surpreendente final. A bela dupla Delon-Margret, com diálogos precisos e com uma ótima química, consegue manter, suspenso no ar, elementos incendiários como mentira, ciúme e infidelidade, que, jogados num caldeirão em ebulição, pode deixar a história ainda mais instigante e explosiva. Nota 7

A Marca de um Erro (Once a Thief, França, Estados Unidos,1965) Direção: Ralph Nelson / Roteiro: Zekial Marko / Elenco: Alain Delon, Ann Margret e Jack Palance / Sinopse: Em São Francisco (EUA), o jovem imigrante ex-presidiário Eddie tenta mudar de vida e trabalhar para sustentar a esposa e filha pequena. Mas um policial e também seu irmão bandido não o deixam em paz, e acabam por forçá-lo a voltar ao crime. Mas, ao contrário dos outros, Eddie sabe quem são seus verdadeiros inimigos. Filme premiado no San Sebastián International Film Festival.

Telmo Vilela Jr. 


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Duelo em Diablo Canyon

Título no Brasil: Duelo em Diablo Canyon
Título Original: Duel at Diablo
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ralph Nelson
Roteiro: Marvin H. Albert, Michael M. Grilikhes
Elenco: James Garner, Sidney Poitier, Bibi Andersson

Sinopse:
Jess Remsberg (James Garner) é um cowboy que após salvar uma mulher branca das garras dos apaches acaba entrando como batedor numa caravana liderada por um tenente do exército americano. O objetivo é atravessar uma região dominada por apaches guerreiros rebeldes, que querem se vingar da presença do homem branco na região. A travessia logo se tornará um jogo de vida e morte entre nativos e soldados da cavalaria.

Comentários:
Um western americano muito subestimado, assim eu vejo esse "Duel at Diablo" que apesar de sua boa recepção na época de seu lançamento foi perdendo prestígio ao longo dos anos até ser quase que completamente esquecido. O filme é de um tempo de transição para o faroeste americano, onde ainda havia uma simbiose entre o velho western - dos filmes de cavalaria de John Ford - e elementos novos, como uma trilha sonora de rock, com guitarras e instrumentos modernos. Some-se a isso personagens que eram raros nos antigos filmes, como um negro bem sucedido, com boas roupas e desafiando seus "superiores" brancos - em excelente atuação de Sidney Poitier que dá vida a um ex-sargento, agora comerciante de cavalos para o exército, que não aceita mais se rebaixar para seu antigo tenente dos tempos de cavalaria. O roteiro é muito bom e investe em uma situação limite com os soldados e demais membros da caravana emboscados no Diablo Canyon, sem lugar a concessões que suavizem a ferocidade dos nativos americanos daquele período. Por fim há a boa presença do ator James Garner (falecido recentemente em julho desse ano) que empresta muito carisma ao seu personagem em cena. Diante de tudo isso "Duelo em Diablo Canyon" é um western sessentista que merece ser redescoberto pelos fãs do gênero.

Pablo Aluísio.