quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Cinema Review - Edição V

Kraven, o Caçador
Falaram tão mal desse filme que eu pensei que seria uma porcaria completa. OK, não vai revolucionar a história do cinema e nem muito menos as adaptações de quadrinhos no universo Marvel. É um filme bem secundário do estúdio, o que era de se esperar de um vilão das histórias do Homem-Aranha que criou o privilégio de ganhar seu próprio filme. E é aqui que acho que cometeram o maior erro na produção desse filme. O personagem desse caçador deveria ter sido melhor explorado em algum filme anterior do Aranha, antes de ganhar um longa-metragem próprio para chamar de seu. Nesse aspecto queimaram etapas importantes. De qualquer forma como já fizeram o filme não tem mais o que fazer. Só resta assistir para ver se é bom. Minha opinião é a de que temos aqui um filme bem quadradinho, sem inovações. Por outro lado ele conta direitinho sua história. Não é nada demais e também não é a bomba atômica que certos críticos disseram. Um típico caso de filme meramente mediano que foi massacrado pelos críticos mundo afora. Acredito que passa longe de ser um dos piores do selo Marvel. Não é ótimo, nem excelente, tampouco péssimo. Dá para ver sem maiores problemas. Não fiquei com sensação de ter perdido meu tempo quando o filme terminou. Já é uma grande coisa. Baixe suas expectativas e procure se divertir. Nada mais do que isso. 

Code 8: Renegados - Parte II
Não assisti ao primeiro filme. Por isso peguei a história já se desenrolando. Só que não fique receoso se também não viu a Parte I. Pouca gente viu na verdade. Dá para acompanhar esse filme sem problemas. O que você precisa saber é que Los Angeles vive uma realidade distópica, no futuro. Os policiais estão abrindo espaço para robôs. E nessa história do segundo filme somos apresentados a cães policiais robôs! Eles não fariam mal a nenhum ser humano caso ele levantasse seus braços, em gesto simbólico que tão bem conhecemos. Só que nesse tipo de filmes as coisas não funcionam assim! Há tiras corruptos nas ruas e não demora nada para eles utilizarem esses caninos de lata e software em seus próprios interesses. Achei o filme, digamos, bacaninha. Nada demais, nenhuma grande novidade, mas com um pouco de boa vontade dá para assistir numa boa, um daqueles prazeres sem culpas que recheam canais de streaming como a Netflix! É uma obra Sci-Fi sem maiores pretensões. Só quer divertir e não fazer sociologia. Não é Blade Runner, longe disso. Vale uma espiada se não houver mais nada para assistir na plataforma. 

O Gato Preto
O tão aguardado encontro entre Drácula e o monstro de Frankenstein! Bom, mais ou menos isso, pois esse filme trouxe pela primeira vez os  atores desses grande personagens clássicos atuando no mesmo filme de terror. Foi justamente isso que publicidade desse filme bem explorou na época de seu lançamento, na hoje distante década de 1930. Boris Karlof e Bela Lugosi finalmente iriam se enfrentar nas telas. A garotada adorou a ideia e o filme fez bastante sucesso nos cinemas. E isso não deixa de ser algo estranho em um filme bem esquisito. Supostamente (prestem bem atenção nessa palavra) esse filme seria baseado na obra de Edgar Allan Poe. Normal, outras adaptações viriam nos anos seguintes. Só que achei a história bem bizarra de fato. Um estranho homem, veterano de guerra, que mora em uma mansão de alta tecnologia, erguida justamente na montanha onde no passado havia se travado uma grande batalha. Ali ele viveria em sua própria loucura, cercado dos corpos de lindas mulheres embalsamadas, com seus vestidos brancos, preservadas para sempre em suas retomas de vidro. É ou não é um tanto esquisito? O filme é curtinho, tem pouco mais de 60 minutos de duração e, acredite, ele ainda funciona! Eu achei bem interessante e fui acompanhando com interesse os acontecimentos que, obviamente, terminam numa grande luta entre os famosos atores dos filmes de terror daqueles tempos. Certamente foi um frenesi entre os fãs dos anos 1930. Mesmo com o Poe se revirando em sua tumba!

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 2 de novembro de 2004

Cinema Review - Edição IV

Inverno Sem Fim 
Esse filme, produzido na Hungria dos dias atuais, conta uma história real acontecida nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, quando a Hungria foi ocupada pelas tropas da União Soviética. Assim que o país ficou sob controle de Moscou, começaram a levar colaboracionistas do regime nazista para campos de concentração soviéticos na Sibéria, os terríveis Gulags. Ali os prisioneiros eram submetidos a um regime brutal, de trabalho praticamente escravo nas minas congeladas da região. Obviamente que não havia qualquer tipo de respeito aos direitos humanos dos prisioneiros. De certa maneira os russos repetiam os erros dos nazistas! No caso desse filme o roteiro foca no caso de uma jovem mulher húngara que foi submetida a esse regime brutal. Um bom filme, bem produzido e com um roteiro que só falha numa questão: ele procura esconder de forma deliberada que aqueles prisioneiros colaboraram com os alemães nazistas durante a guerra. Faz isso por um motivo bem óbvio, não trazer a antipatia do espectador para com os personagens, mas nesse processo se perde a devida honestidade intelectual que se deve ter ao contar histórias como essas. 

Estripador de Nova York 
Filme italiano rodado em Nova Iorque contando a história de um serial killer que começa a matar mulheres em uma orgia de sangue e terror. Achei ruinzão, mal feito, mas curiosamente ainda encontrei coisas boas por aqui. Todo filme, por mais tosco e ruim que seja, sempre tem alguma coisa que leva um espectador atento a ir até o seu final. No meu caso foi ver Nova York tal como era na época em que o filme foi produzido. Era o final dos anos 70, começo dos anos 80 e a grande cidade americana era dominada pelo lixo nas ruas, pela prostituição ao céu aberto e pelas centenas de lojas de pornografia espalhadas por toda a Times Square. Um cenário bem diferente da Nova Iorque do turismo internacional dos dias atuais. Pois é, a cidade passou por uma limpeza e toda aquela vida noturna underground e um tanto marginal foi varrida das principais ruas da metrópole norte-americana. Já o filme em si, bom, não há muito o que dizer. É ruim mesmo, apelativo e nada criativo. O cinema italiano da época poderia fazer algo melhor. 

Simbad e a Princesa
Quando eu era criança e adolescente esses filmes do Simbad passavam com regularidade na Sessão da Tarde. Eu assistia a todos eles e gostava! Eram outros tempos. Recentemente resolvi rever um deles, esse "Simbad e a Princesa". Pois é, não dá mais! Atualmente vejo como esses roteiros eram mal feitos, como o elenco era formado por atores e atrizes pra lá de canastrões e como as produções, de uma maneira em geral, deixavam muito a desejar. A única coisa que se manteve bem nostálgica e à prova do tempo, por ter muito charme, era o conjunto de criaturas feitas pelo mestre Ray Harryhausen! Nesse filme temos o gigante Cíclope, a caveira espadachim, entre outros. Tudo feito com a técnica do Stop-Motion, do quadro a quadro, onde esses bonecos eram filmados lentamente, para depois ganharem vida na sequência dos fotogramas! Muito legal! Para ele, e só para ele, deixo meus elogios. 

Pablo Aluísio. 

Cinema Review - Edição III

O Brilho de uma Paixão ★★★★
A história trágica de um poeta romântico inglês. E não deixa de ser impressionante como seu fim precoce e melancólico se parece com a de dezenas de outras poetas românticos. Eles pareciam destinados sempre a um mesmo destino, fosse na Inglaterra, nos Estados Unidos ou até mesmo no Brasil. Todos pareciam destinados a seguir uma certa fórmula em suas biografias. Morrer jovem, geralmente na flor da idade. E muitos foram vítimas da tuberculose! E o que impressiona é que essas foram suas vidas reais, não havia ninguém escrevendo esses roteiros dramáticos. Como gosto muito desses seguidores involuntários do "Mal do Século" apreciei bastante esse filme. Eu realmente fico comovido ao perceber que muitos desses jovens poetas jamais tiveram reconhecimento em vida. Geralmente conseguiam lançar um ou dois livros de poesias. E eles não faziam sucesso nenhum. Eram ignorados! Só muitas décadas depois de suas mortes é que finalmente estudiosos descobriam seu valor. E depois disso vinha a consagração na poesia, sendo lidos finalmente por grandes massas. Pena que não aconteceu com eles em vida, pois obviamente mereciam esse sucesso. Morreram como fracassados, coitados! Enfim, temos aqui um belo filme. Não tem final feliz, como era de esperar, mas traz importantes lições de vida e paixão sem limites pela poesia romântica. Os leitores desse estilo vão se deliciar com absoluta certeza! 

O Informante ★★
Recentemente o Presidente Trump disse que Mel Gibson e Stallone seriam os embaixadores de uma nova Hollywood. Eles iriam transformar o cinema americano, o trazendo novamente para seus anos de glória! Fazer o cinema americano grande novamente! Eu tive que dar risadas quando ouvi isso. A carreira deles praticamente acabou! Essa é a verdade! O Mel Gibson atualmente só faz filmes ruins, produções B sem qualquer relevância. Ele já foi um dos grandes astros do cinema, mas isso parece perdido em um passado hoje distante. Se duvida do que escrevi nessas linhas, assista a esse filme aqui. Péssimo, péssimo, uma produção de quinta categoria, beirando o amadorismo completo. Tudo é mal feito, desde o roteiro, que parece ter sido escrito por um garoto, seja as atuações, todas muito ruins. E o Sr. Gibson não escapa das críticas! Seu personagem é um velho policial com tantos clichês que eu fiquei com vergonha alheia. Francamente, que papelão!... 

A Câmara de Horrores do Abominável  Dr. Phibes ★★
Não tem jeito, eu sempre vou achar Vincent Price um ator muito bacana da velha Hollywood. Ele fez muitos bons filmes ao longo de uma carreira nada pretensiosa, que valorizava acima de tudo a cultura pop, principalmente no gênero do terror. Curiosamente nenhum de seus filmes conseguiu superar o sucesso desses filmes do estranho Dr. Phibes. Um sujeito desfigurado e obcecado por sua jovem esposa que havia morrido em circunstâncias misteriosas. Nesse segundo filme da franquia ele vai até o Egito em busca de uma "fórmula sagrada" para trazer sua esposa de volta à vida. Afinal, a antiga religião do Egito antigo era especializada nessa questão de "vida após a morte"! Tudo é feito com o requinte de direção de arte que bem conhecemos, mas o roteiro é muito mal escrito. Aos pulos, vai tentando contar sua história confusa, sem muito sucesso. Eu assisti a esses filmes pela primeira vez na antiga Sessão de Gala dos anos 80, que passava na Globo nas madrugadas de Sábado para Domingo. Já naquele tempo achava os filmes bem fracos. E agora, nessa revisão, as coisas só pioraram. Apesar do sucesso nos cinemas da época, posso afirmar que esses filmes do Dr. Phibes se encontram entre as piores coisas que Price fez em sua carreira. Jamais colocaria esses filmes entre as melhores coisas de sua vasta filmografia, muito pelo contrário. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 1 de novembro de 2004

Cinema Review - Edição II

Incubus
★★
Um filme bem estranho, esquisito, fora dos padrões. Fica claro desde o começo que ele procura seguir os passos de clássicos como "O Sétimo Selo", mas sem muito sucesso. A declamação dos diálogos em meu ponto de vista ficou excessivamente teatral. Assim também as falas ficam superficiais quando transportadas para a linguagem do cinema. Por falar nisso, o grande atrativo segue sendo a presença do ator William Shatner. Ele iria se notabilizar por interpretar o Capitão Kirk na série original e depois em uma série de bons filmes para o cinema. Muito jovem, ainda tentando se encontrar, ele interpreta esse militar que acaba sendo atacado por um grupo de demônios do tipo Incubus. Seres das trevas que se disfarçam de belas mulheres para capturar a alma de suas vítimas. Bom, já deu para perceber que o espectador vai ter que comprar essa ideia para apreciar o filme. No meu caso particular vi tudo como uma boa peça teatral encenada ao ar livre. Nada muito além disso. 

Burke e Hare (Traficante de Cadáveres) ★★★
Eu sempre me interessei pessoalmente por essa história. Para quem não sabe, foi uma história real acontecida na Escócia. Naquele tempo havia um grande entusiasmo pela ciência da Medicina. A Escócia era um centro de grande universidades, mas faltava a matéria-prima para os estudos, que era justamente os corpos de seres humanos. Na busca desenfreada por eles, professores e estudantes de medicina começaram a comprar corpos humanos de traficantes que iam em cemitérios em busca dos objetos macabros de estudo. E quando nem isso mais supriu a demanda, eles começaram a matar pessoas! Um bom material para filmes de terror. O problema aqui é que o diretor quis fazer muita piadinha com o tema, virando o filme um produto mal sucedido de comédia de humor negro. Chega a ser muito irritante as diversas cenas que poderiam render bons momentos, mas que são desviadas para momentos de humor sem a menor graça. O elenco também se esforça, mas para ser engraçado, o que gera um sentimento de frustração em que está assistindo ao filme. Isso quando não se torna mesmo objeto da vergonha alheia. Nada é pior do que ver atores e atrizes tentando ser engraçados, mas nunca conseguindo! Nesse processo tudo vai por água abaixo. Não gostei do que vi. Gostaria mesmo era de ver essa história tratada com a devida seriedade e rigor histórico. Seria muito mais interessante!

Os Monstros ★★
Eu me lembro muito da série original, ainda em preto e branco, sendo exibida pela Band. Era uma versão mais pobre e mais apelativa da família Adams. Funcionava na época, devo dizer, mas esse é aquele tipo de produto que tem prazo de validade. Fazer um remake nos dias atuais era mesmo uma má ideia. O diretor pesou a mão e fez um troço muito sem graça. Não me entenda mal, o filme é até muito bem produzido. Só que o excesso de cores (em especial o verde) deixa tudo meio enjoativo. Talvez se esse remake fosse em preto e branco (para lembrar a série de TV) as coisas funcionassem melhor. No fundo tudo não passa de uma sitcom, onde por acaso, os personagens são monstros, todos inspirados nos clássicos de terror da Universal. Estão lá o velho vampiro, o monstro de Frankenstein e até o Lobisomem. Mas é como eu disse, é uma sitcom daqueles anos, dos anos 50. Hoje em dia tudo soa muito datado e sem muita graça. Assim o filme não deu certo mesmo. Algumas coisas devem ser deixadas no passado porque simplesmente não funcionam mais no mundo de hoje. O tempo, até mesmo em relação a produtos culturais, costuma ser mesmo implacável. 

Pablo Aluísio. 

Cinema Review - Edição I

Viagem ao Fundo do Mar
★★★
Assisti muito a série na minha infância. Nos anos 70 era exibido pela Rede Globo, depois por outros canais abertos menores. Eu achava um barato! Só que esse é o filme que deu origem a tudo. Não tem o mesmo elenco da série e nem muito menos aquele clima tão exagerado e divertido. Achei esse filme bem mais sóbrio, embora ainda haja espaço para polvos gigantes atacando o submarino! (esse tipo de coisa era marca registrada da série). O curioso é que o filme, apesar da trama um tanto absurda, ainda funciona! Obviamente que esse filme foi feito para o público juvenil da época. Claro que também envelheceu um tanto, mas como diversão nostálgica ainda me fez bem ao ver. Só que devo admitir, apesar de tudo, ainda prefiro o elenco da série. Aqueles atores eram bem melhores do que esses que vemos nesse filme. 

O Jogo da Rainha ★★★★
Ótimo filme histórico! O Rei Henrique VIII era conhecido por mandar matar suas esposas após descobrir que elas não lhe dariam o tão aguardado herdeiro masculino da coroa! Era obcecado por isso. Geralmente inventava mentiras sobre elas, afirmando que havia sido traído. Depois disso mandava cortar suas cabeças. Esse filme conta a história da última esposa de Henrique VIII. Ela era uma mulher inteligente e sagaz que a despeito de tudo conseguiu sobreviver, mantendo a cabeça sobre seus ombros. O interessante de sua história é que ela sobreviveu ao monarca e depois voltou a se casar após sua morte. Isso mesmo, ela era infiel ao Rei. Também pudera, Henrique VIII estava idoso, impotente e incapaz de satisfazer uma jovem e bela mulher como ela. Também era uma figura detestável em seus últimos dias. Estava absurdamente obeso, com uma ferida podre na perna que nunca parecia se curar - alguns historiadores afirmam que ele estava com Diabetes tipo 2. Enfim, um filme que vai agradar muito a quem aprecia história, como esse que escreve essas linhas. Se for o seu caso, não deixa de assistir. 

Joy ★★★
História muito boa, edificante mesmo! Mostra como a ciência pode ajudar na vida das pessoas. Uma história real que aconteceu nos anos 60, na Inglaterra. Um pesquisador se uniu a um cientista, um professor já idoso e a uma enfermeira idealista, com personalidade forte, para avançar nas pesquisas que tinham como objetivo engravidar mulheres com problemas de esterilidade. A pesquisa científica tem seus percalços, pois no fundo é um procedimento longo e penoso de tentativa e erro. No caso da história do filmes os avanços iam acontecendo enquanto os cientistas sofriam todos os tipos de pressões vindas de setores reacionários da sociedade, entre eles da própria igreja anglicana que não queria de jeito nenhum que aquilo fosse em frente. No final descobrimos que tudo daria certo, o esforço daquelas mentes não seria em vão. Eles conseguiram! Hoje em dia esse tipo de procedimento é amplamente usado pelo mundo afora. Milhões de mulheres se tornaram mães por causa desses personagens. Um avanço e uma vitória da ciência inglesa! Parabéns a todos que fizeram essa história acontecer. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 5 de outubro de 2004

Séries Review - Parte VIII


Longo e Claro Rio 1.04 
Que série policial boa! A atriz foi ídola adolescente, quando era uma mocinha muito simpática, com aqueles grandes olhos azuis! O tempo passou, agora ela é uma adulta, fazendo seu primeiro papel adulto de fato. Ela interpreta uma policial que busca respostas sobre o desaparecimento da própria irmã, que sucumbiu ao mundo das drogas! E para piorar há um serial killer agindo, matando garotas que possuem o mesmo típico de sua irmã, ou seja, jovens ruivas que andam pelas ruas atrás de drogas. Pode ser que ela seja uma das vítimas. E como se tudo isso não fosse ruim o bastante, a policial anda suspeitando de seu próprio ex-marido, que também é policial! Gente, que rocambole dos diabos! 

Arquivo X 2.15 
Os agentes Mulder e Scully vão investigar o caso envolvendo a morte de um militar americano. Ele enlouqueceu após trabalhar em um campo de refugiados do Haiti em território dos Estados Unidos. Logo os agentes do FBI descombrem que no lugar há violência e opressão dos militares contra os refugiados. E esses para se defenderem usam de magia negra, Vodu, contra os milicos! Mais um bom episódio de Arquivo X em sua segunda temporada. Para muitos essa foi a melhor temporada da série. 

Pablo Aluísio. 

Séries Review - Parte VII


The Blacklist 6.10
Nessa altura do campeonato Red já entendeu que vai dar ruim... Ele está sendo julgado, atuando como seu próprio advogado, mas a verdade é que ele cometeu tantos crimes ao longo da vida que vai ser quase impossível não ser condenado a uma pena dura, quem sabe até a uma pena de morte! Então, se tudo dançou no campo jurídico, o jeito é dar uma jeito por fora... planejando uma fuga da prisão, com direito a uso de helicoptéro e tudo mais. E isso envolve também enganar o diretor do presídio, o deixando a nocaute, para roubar suas roupas e tentar sair pela porta da frente! Coisas de Red... Só que dessa vez ela vai se dar mal, muito mal...

Succession 
Logan sofre um ataque do coração na viagem que estaria fazendo para a Suécia, justo no dia do casamento de seu filho mais velho. Quando tudo acontece, vira um caos. Os filhos estão no casamento do irmão e ficam sem saber o que fazer! Enquanto isso Tom vai narrando os acontecimentos de dentro da aeronave para eles, fazendo com que falem pelo celular para seu pai moribundo... que coisa! Eu ainda desconfio que seja mais uma marmelada dos roteiristas da série para segurar a audiência, algo que só irei confirmar ao assistir ao próximo episódio. Veremos...

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 4 de outubro de 2004

Séries Review - Parte VI


Sandman - Segunda Temporada
Tem mais leveza narrativa que a primeira temporada. As histórias de uma maneira em geral também andam mais interessantes. A morte do filho do protagonista Sonho criou um bom gancho que vai amarrando todos os demais episódios. A presença da atriz Jenna Coleman é outro grande ponto positivo, muito embora em minha opinião deveriam ter dado maior espaço para ela e sua personagem. De qualquer forma é uma atriz carismática, talentosa e encantadora!

Agora, como não li os quadrinhos (realmente não sou um leitor de quadrinhos) fiquei muito surpreso pela morte do mestre Morpheus, o soberano do Reino do Sonhar. Não esperava por isso! Ele morreu! Que coisa mais surpreendente! Enfim, pena que a série vai acabar mesmo por causa dos excessos de seu criador que andou se envolvendo em vários escândalos sexuais. Se bem que, pensando bem, sem o Morpheus, a série perderia mesmo seu interesse. 

Além da Imaginação
Essa é uma daquelas séries clássicas que sempre ouvi falar ao longo da minha vida, mas que nunca tinha tido oportunidade de assistir. É bem antiga. Então essa semana a descobri no labirinto do universo dos streamings. Assisti ao primeiro episódio. Nele um sujeito descobre que está sozinho no mundo! As ruas andam desertas, os estabelecimentos comerciais sem ninguém para comprar e vender. O vazio absoluto. Pois bem, como todos sabemos nada é o que aparenta ser. Curti esse primeiro epsiódio e pretendo seguir em frente assistindo aos demais. Vamos ver no que vai dar. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 3 de outubro de 2004

Séries Review - Parte V

Caçadores de Demônios
O Kevin Bacon revelou em entrevista recente que comprou um grande rancho onde atualmente mora com sua esposa. Pelo visto ele anda precisando de muita grana porque só isso explicaria um ator como ele envolvido em tamanha bobagem como essa série. Aqui ele interpreta uma espécie de "exterminador de demônios" que fugiram das trevas. Tudo pago pelo próprio inferno. Pelo visto Satã perdeu seu poderes e agora precisa terceirizar esse tipo de coisa. 

Sim, poderia até ser legal. Um produto pop interessante, mas não é! É uma série muito ruim, chata, arrastada. Os tais demônios são mal feitos, as situações não tem criatividade. Consegui ver todos os (curtos) episódios da primeira temporada e não estou nada disposta a ver uma segunda. Não tem qualidade. É tudo uma grande perda de tempo!

Churchil em Guerra 
Muito bom, uma minissérie documental histórica de alto nível. Assim eu poderia resumir esse novo programa da Netflix. É aquele tipo de produto vinculado a um tipo de espectador com maior nível cultural. Recria a vida desse grande político inglês, primeiro-ministro do Reino Unido na ocasião, que tinha que enfrentar a loucura nazista patrocinada pelo insano Hitler. E ele o fez com grandeza! A Inglaterra foi fortemente bombardeada pelos nazistas, mas o povo inglês, com raro brio e coragem, enfrentou tudo de peito aberto. 

Em minha opinião jamais poderemos medir o valor daquele povo durante um dos momentos históricos mais conturbados da Europa, quando a sombra nazista ameaçava todas as democracias do continente. Uma coisa realmente assombrosa. E no meio da resistência estava lá esse homem baixinho, gordinho, com um imenso charuto na boca. No meio de tantos filmes, documentários e programas sobre os vilões nazistas, é muito bom perceber que temos esse sobre o mocinho, ele mesmo, Churchil, um grande homem da história da II Guerra Mundial. 

Reacher - Segunda Temporada
Segue mais ou menos na mesma pegada da primeira temporada. O que não quer dizer que os fãs dessa série vão reclamar. Na realidade esse roteiro tem cheiro e jeito de anos 80. E a série foi feita mesmo para quem cresceu com os heróis de ação do cinema dos anos 80. Aqueles caras fortões que conseguiam vencer um exército inimigo praticamente sozinhos. No caso de Reacher temos um pequeno problema. Sim, ele é um brutamontes, mas pelo menos na mente de seu criador original, ele é também um sujeito inteligente e sagaz. 

Só que nessa série Reacher usa mais os punhos do que o cérebro enquanto tenta entender e desvendar o mistério envolvendo a morte de vários de seus homens no tempo em que estava no exército dos Estados Unidos. Alguém os está matando e Reacher quem saber quem está fazendo e isso e o porquê! Claro, vai sobrar socos, murros e tiros para todos os lados. E os fãs cinquentões que adoram esse tipo de ação, certamente não vão reclamar nada! É um produto de nicho, dirigido para um determindo público. E não tem nada de errado nisso. Cada um na sua. Se é o seu caso, aproveite! Vale a pena! 

Pablo Aluísio. 

sábado, 2 de outubro de 2004

Séries Review - Edição IV

Dia Zero
★★★
Embora tenha gostado dessa minissérie, esse é um daquele casos em que ficamos com a impressão de que poderia ser muito, muito melhor. Do jeito que ficou, temos apenas um passatempo OK e nada mais. O bom e velho Robert De Niro continua muito bem, apesar da idade. Firme e com convicção, defende seu personagem, um ex-presidente dos Estados Unidos, agora convocado para presidir uma comissão de investigação sobre um ataque hacker massivo promovido nos Estados Unidos, algo que criou um verdadeiro "apagão" cibernético em todo o país. 

O roteiro levanta a bola de temas espinhosos no mundo atual. Entre eles a polaridade política da Extrema-Direita, aliada a uma rede de fake news e desinformação como nunca se viu antes na história da humanidade. Um reflexo perverso dos nossos tempos. Só que ao invés de aprofundar nesses temas, o roteiro acaba abraçando uma solução bem rotineira, com uma reviravolta que não me empolgou em nada, pelo contrário, me rendeu alguns bocejos de tédio. É isso, "Dia Zero" não cumpriu tudo aquilo que prometeu. Ficou no meio do caminho, seja por preguiça ou falta de talento do time de roteiristas. Uma boa história, com potencial, mas que ficou pelo meio do caminho. Uma pena, devo dizer. 

O Dia do Chacal ★★★
Antes de qualquer coisa é bom ir avisando que essa série tem pouco ou quase nada a ver com o famoso livro original que aliás rendeu igualmente um bom filme para o cinema na época. A minha impressão é que apenas usaram o nome comercial já consagrado para vender no mercado algo completamente novo. Isso porque, vamos ser sinceros, tirando o fato do protagonista ser um assassino profissional, nada existe em termos de semelhança ao enredo contado no livro "O Dia do Chacal". É mesmo apenas um chamariz comercial para vender esse novo produto e nada mais. 

Dito isso, é bom também esclarecer que essa série não é ruim. Longe disso! Eu gostei, apesar dos momentos dignos de um filme de ação daqueles bem genéricos. Aliás o que estraga em grande parte a série vem dessas sequências de ação completamente mentirosas, algumas delas inclusive sem explicação adequada sobre o que teria acontecido no final. Vou dar um exemplo do que estou escrevendo. Há uma cena em que o Chacal aluga um barco e dá um tiro certeiro no meio do mar. Ele mata seu alvo e foge, sendo perseguido por lanchas policiais. Isso acontece no final de um episódio, para deixar no suspense. 

Então no episódio seguinte ele já está são e salvo. Nada lhe aconteceu de grave. Tudo bem, mas como isso aconteceu o roteiro nem se dá ao trabalho de explicar ao espectador. OK, eu consigo até relevar isso também, mas fica estranho, é uma falha grave de um roteiro que se viu encurralado e deu um jeitinho de escapar dessa situação sem explicar nada. Enfim, gostei, mas com ressalvas, como deixei bem explicado nesse texto. Vale a recomendação, mas vá com um pé atrás antes de começar a assistir. 

Ponto de Virada: Guerra do Vietnâ ★★★
A Guerra do Vietnã foi o maior erro histórico de política internacional dos Estados Unidos. Um verdadeiro desastre de grandes proporções. Uma lástima completa! Esse bom documentário, dividido em episódios, conta essa história, mostrando não apenas o lado dos americanos, mas do povo do Vietnã também. É um precioso registro histórico sobre tudo o que aconteceu. 

E a série começa mostrando os erros cometidos pelos presidentes americanos na avaliação desastrada de mandar tropas para o Vietnã. Algo que custaria milhares de vidas de jovens norte-americanos que sequer sabiam direito o que estavam fazendo naquele país distante. E para falar a verdade, nem os presidentes sabiam, como bem podemos ver aqui. Foi um verdadeiro erro de avaliação militar e política por parte de todos os envolvidos. E o mais assustador de tudo é saber que a lição não foi aprendida. Os Estados Unidos seguem cometendo os mesmos erros! Triste e desastroso para o mundo. 

Pablo Aluísio.