Esse filme, produzido na Hungria dos dias atuais, conta uma história real acontecida nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, quando a Hungria foi ocupada pelas tropas da União Soviética. Assim que o país ficou sob controle de Moscou, começaram a levar colaboracionistas do regime nazista para campos de concentração soviéticos na Sibéria, os terríveis Gulags. Ali os prisioneiros eram submetidos a um regime brutal, de trabalho praticamente escravo nas minas congeladas da região. Obviamente que não havia qualquer tipo de respeito aos direitos humanos dos prisioneiros. De certa maneira os russos repetiam os erros dos nazistas! No caso desse filme o roteiro foca no caso de uma jovem mulher húngara que foi submetida a esse regime brutal. Um bom filme, bem produzido e com um roteiro que só falha numa questão: ele procura esconder de forma deliberada que aqueles prisioneiros colaboraram com os alemães nazistas durante a guerra. Faz isso por um motivo bem óbvio, não trazer a antipatia do espectador para com os personagens, mas nesse processo se perde a devida honestidade intelectual que se deve ter ao contar histórias como essas.
Estripador de Nova York
Filme italiano rodado em Nova Iorque contando a história de um serial killer que começa a matar mulheres em uma orgia de sangue e terror. Achei ruinzão, mal feito, mas curiosamente ainda encontrei coisas boas por aqui. Todo filme, por mais tosco e ruim que seja, sempre tem alguma coisa que leva um espectador atento a ir até o seu final. No meu caso foi ver Nova York tal como era na época em que o filme foi produzido. Era o final dos anos 70, começo dos anos 80 e a grande cidade americana era dominada pelo lixo nas ruas, pela prostituição ao céu aberto e pelas centenas de lojas de pornografia espalhadas por toda a Times Square. Um cenário bem diferente da Nova Iorque do turismo internacional dos dias atuais. Pois é, a cidade passou por uma limpeza e toda aquela vida noturna underground e um tanto marginal foi varrida das principais ruas da metrópole norte-americana. Já o filme em si, bom, não há muito o que dizer. É ruim mesmo, apelativo e nada criativo. O cinema italiano da época poderia fazer algo melhor.
Simbad e a Princesa
Quando eu era criança e adolescente esses filmes do Simbad passavam com regularidade na Sessão da Tarde. Eu assistia a todos eles e gostava! Eram outros tempos. Recentemente resolvi rever um deles, esse "Simbad e a Princesa". Pois é, não dá mais! Atualmente vejo como esses roteiros eram mal feitos, como o elenco era formado por atores e atrizes pra lá de canastrões e como as produções, de uma maneira em geral, deixavam muito a desejar. A única coisa que se manteve bem nostálgica e à prova do tempo, por ter muito charme, era o conjunto de criaturas feitas pelo mestre Ray Harryhausen! Nesse filme temos o gigante Cíclope, a caveira espadachim, entre outros. Tudo feito com a técnica do Stop-Motion, do quadro a quadro, onde esses bonecos eram filmados lentamente, para depois ganharem vida na sequência dos fotogramas! Muito legal! Para ele, e só para ele, deixo meus elogios.
Pablo Aluísio.
Cinema Review - Edição IV
ResponderExcluirPablo Aluísio.