Falaram tão mal desse filme que eu pensei que seria uma porcaria completa. OK, não vai revolucionar a história do cinema e nem muito menos as adaptações de quadrinhos no universo Marvel. É um filme bem secundário do estúdio, o que era de se esperar de um vilão das histórias do Homem-Aranha que criou o privilégio de ganhar seu próprio filme. E é aqui que acho que cometeram o maior erro na produção desse filme. O personagem desse caçador deveria ter sido melhor explorado em algum filme anterior do Aranha, antes de ganhar um longa-metragem próprio para chamar de seu. Nesse aspecto queimaram etapas importantes. De qualquer forma como já fizeram o filme não tem mais o que fazer. Só resta assistir para ver se é bom. Minha opinião é a de que temos aqui um filme bem quadradinho, sem inovações. Por outro lado ele conta direitinho sua história. Não é nada demais e também não é a bomba atômica que certos críticos disseram. Um típico caso de filme meramente mediano que foi massacrado pelos críticos mundo afora. Acredito que passa longe de ser um dos piores do selo Marvel. Não é ótimo, nem excelente, tampouco péssimo. Dá para ver sem maiores problemas. Não fiquei com sensação de ter perdido meu tempo quando o filme terminou. Já é uma grande coisa. Baixe suas expectativas e procure se divertir. Nada mais do que isso.
Code 8: Renegados - Parte II
Não assisti ao primeiro filme. Por isso peguei a história já se desenrolando. Só que não fique receoso se também não viu a Parte I. Pouca gente viu na verdade. Dá para acompanhar esse filme sem problemas. O que você precisa saber é que Los Angeles vive uma realidade distópica, no futuro. Os policiais estão abrindo espaço para robôs. E nessa história do segundo filme somos apresentados a cães policiais robôs! Eles não fariam mal a nenhum ser humano caso ele levantasse seus braços, em gesto simbólico que tão bem conhecemos. Só que nesse tipo de filmes as coisas não funcionam assim! Há tiras corruptos nas ruas e não demora nada para eles utilizarem esses caninos de lata e software em seus próprios interesses. Achei o filme, digamos, bacaninha. Nada demais, nenhuma grande novidade, mas com um pouco de boa vontade dá para assistir numa boa, um daqueles prazeres sem culpas que recheam canais de streaming como a Netflix! É uma obra Sci-Fi sem maiores pretensões. Só quer divertir e não fazer sociologia. Não é Blade Runner, longe disso. Vale uma espiada se não houver mais nada para assistir na plataforma.
O Gato Preto
O tão aguardado encontro entre Drácula e o monstro de Frankenstein! Bom, mais ou menos isso, pois esse filme trouxe pela primeira vez os atores desses grande personagens clássicos atuando no mesmo filme de terror. Foi justamente isso que publicidade desse filme bem explorou na época de seu lançamento, na hoje distante década de 1930. Boris Karlof e Bela Lugosi finalmente iriam se enfrentar nas telas. A garotada adorou a ideia e o filme fez bastante sucesso nos cinemas. E isso não deixa de ser algo estranho em um filme bem esquisito. Supostamente (prestem bem atenção nessa palavra) esse filme seria baseado na obra de Edgar Allan Poe. Normal, outras adaptações viriam nos anos seguintes. Só que achei a história bem bizarra de fato. Um estranho homem, veterano de guerra, que mora em uma mansão de alta tecnologia, erguida justamente na montanha onde no passado havia se travado uma grande batalha. Ali ele viveria em sua própria loucura, cercado dos corpos de lindas mulheres embalsamadas, com seus vestidos brancos, preservadas para sempre em suas retomas de vidro. É ou não é um tanto esquisito? O filme é curtinho, tem pouco mais de 60 minutos de duração e, acredite, ele ainda funciona! Eu achei bem interessante e fui acompanhando com interesse os acontecimentos que, obviamente, terminam numa grande luta entre os famosos atores dos filmes de terror daqueles tempos. Certamente foi um frenesi entre os fãs dos anos 1930. Mesmo com o Poe se revirando em sua tumba!
Pablo Aluísio.
Cinema Review - Edição V
ResponderExcluirPablo Aluísio.