quinta-feira, 14 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 6

Ontem assisti um jogo entre Corinthians e Ponte Preta. Terminou cinco a zero para o timão. É curioso porque fiquei muitos anos sem acompanhar futebol, justamente quando não precisei mais socializar tanto como antes na minha vida. O futebol é um importante fator de socialização, pelo menos em termos de Brasil. Onde você estiver, com quem encontrar, uma linha de conversa pode ser iniciada simplesmente falando da última rodada do campeonato. É tiro e queda!

E muitas vezes é mais divertido torcer para o seu time do coração do que para a seleção brasileira. O nível de identificação com o time é maior. Em certos meios sociais, onde as pessoas basicamente apenas conversam sobre o futebol, você passa a ser identificado pelas cores do seu time. É o fulano corintiano, o sicrano flamenguista e por aí vai.

O futebol é uma diversão. É esporte. Das coisas menos importantes ele talvez seja o mais importante. Deve-se levar o nobre esporte bretão de forma saudável. Quando começa a ser desculpa para agredir o torcedor do time rival aí deixa de ser futebol. Vira barbaridade, escrotice e psicopatia. Pessoas perderam a vida por futebol e poucos motivos soam mais estúpidos do que esse para se perder a vida. Não faz o menor sentido.

Hoje vejo e acompanho futebol da maneira certa. Vejo os jogos, me divirto, torço muitas vezes mais para assistir a um bom jogo do que necessariamente para meu time vencer. Para quem gosta de futebol hoje em dia também existe um cardápio bem maior. Basta assinar uma TV a cabo para ter acesso a praticamente todos os campeonatos do mundo. A única coisa que complica é ter uma aproximação genuína com um time estrangeiro. Até hoje não escolhi. Assisto esses jogos com o objetivo de apenas ver uma boa partida de futebol. Não há nada melhor.

Pablo Aluísio.

Crônicas do Futebol - Edição 5

O Corinthians nunca havia vencido um título de campeão brasileiro. Seu primeiro título veio finalmente em 1990. Eu acompanhei de perto esse campeonato. O Corinthians não era favorito, longe disso. Em uma publicação da época que fazia projeções sobre o time no Brasileirão dizia que o Corinthians iria fazer apenas um bom campeonato. Todos diziam que o grande favorito era o São Paulo. No papel realmente era um time sem grandes estrelas. Os cronistas esportivos diziam que não havia nenhum craque no time. Bom, de certo modo eles tinham razão, mas...

Neto estava em estado de graça. Esse jogador vinha do Palmeiras, após ser revelado pelo Guarani. Um boato maldoso daquela época dizia que Neto havia sido trocado por dez pares de chuteiras e um empréstimo do jogador Ribamar. Verdade ou não, o fato é que essa piada mostrava que Neto não era nenhuma estrela do futebol da época. Era baixinho e... gordinho! Estava sempre lutando contra a balança.

Só que Neto era mais do que isso. Foi um dos maiores batedores de faltas da história do futebol nacional. Quando surgia uma falta próxima da área do time adversário, a Fiel já começava a comemorar. E realmente tinha razão para esse comportamento. Geralmente se havia uma boa posição para bater a falta, Neto não perdoava. Colocava a bola lá onde a coruja dorme. Impossível para qualquer goleiro alcançar. Era gol na certa.

E foi assim que o Corinthians chegou na final contra justamente o São Paulo. O gol do título veio de uma bola complicada. O desconhecido Tupãzinho achou um lugar para mandar a bola para o gol. Era o que bastava. Com 1 a 0 o Corinthians se sagrou campeão brasileiro pela primeira vez. Foi uma grande festa por toda a cidade de Sâo Paulo. É importante dizer que eu considero esse título um divisor de águas na história do Corinthians. Depois dele começou uma onda de vitórias e mais vitórias, levando o time a vencer outros brasileiros e se sagrar campeão do mundo por 2 vezes. Foi a era de ouro do Corinthians e eu estava lá, acompanhando tudo. Foi realmente um tempo mágico para o Timão.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 4

Qual foi o melhor Santos de todos os tempos? Essa pergunta é fácil de responder. O melhor time do Santos de todos os tempos foi o Santos de Pelé, claro! É como perguntar qual foi o maior Botafogo de todos os tempos? Claro que foi aquele em que Garrincha jogou. Quando ambos entraram juntos na Seleção brasileira, o Brasil nunca perdeu um jogo, sabia disso? Entretanto não tive o prazer de acompanhar nem o Santos de Pelé e nem o Botafogo de Garrincha. Eu não havia nascido. O que não quer dizer que não fico admirado com o futebol arte desses dois grandes craques quando vejo uma cena daquela época.

O Pelé aliás foi um jogador excepcional. Ele recebeu o título de Rei do Futebol e eu penso que esse é aquele tipo de título mais do que merecido. Ele merece todos os aplausos, todos os elogios. Um atleta perfeito. Um grande orgulho para todos os brasileiros. Em relação ao Santos eu tenho sentimentos dúbios. Eu sei que quando Pelé jogava, quando estava em seu auge, eles venceram nove títulos paulistas em dez anos! Incrível! O Corinthians (meu time do coração) sofreu muito quando Pelé brilhava no Santos. Ficou anos e anos sem vencer do time do Rei. Coisas da vida. Eu não fico com raiva ao ouvir esse tipo de informação. O futebol arte merece mesmo vencer.

Por outro lado - e curiosamente - quando comecei a acompanhar futebol o Pelé não jogava mais no Santos. Aliás ao longo de muitos anos vi muitos times do Santos que mereciam facilmente a alcunha de "times capengas". Um pior do que o outro. Nos anos 80 e 90 inclusive o jogo virou literalmente. O Santos passou a ser freguês do Corinthians. Quando via que o jogo do final de semana seria contra o Santos eu já ficava tranquilo. Era quase certo que o Santos iria colecionar mais uma derrota contra o Corinthians.

Esses times genéricos do Santos eu costumo denominar de "Geração Coca-Cola". Não, não é uma referência ao Legião Urbana. Acontece que por essa época o Santos era patrocinado pela Coca-Cola. E os times que entravam em campo eram bem medíocres, sendo bem sincero. Só anos depois com Neymar e aquela geração é que o Santos passou a ser novamente competitivo. Antes disso era um pato mesmo, apesar de eu sempre ter achado muito bonito o uniforme oficial do time. O branco total é inegavelmente belo em contraste com o verde do gramado.

Pablo Aluísio.

Crônicas do Futebol - Edição 3

A Copa do Mundo de 1982 foi a primeira que acompanhei de verdade. Eu morava em um condomínio no Rio de Janeiro e foi uma festa. Os moradores embelezaram o lugar com verde a amarelo, todos só falavam da Copa e o clima era de euforia. E todo mundo tinha razão de ter esse otimismo. A seleção brasileira era excelente, cheia de craques. Em minha opinião era certamente a melhor seleção de futebol do mundo. Quem poderia discordar? Tirando o goleiro Valdir Peres e o Toninho Cerezo, todos os demais poderiam ser considerados craques ou no mínimo grandes jogadores.

Os craques em minha opinião enchiam os olhos. Era uma seleção do Brasil que tinha Zido, Sócrates, Falcão e Éder Aleixo (que cobrava faltas como quem detona dinamite). Eu gostava muito também do futebol de Júnior (do Flamengo), Oscar e Leandro. O centroavante não ficava à altura do time, apesar de fazer gols o Serginho Chulapa era apenas mediano. De qualquer forma era uma seleção brasileira mravilhosa. Além de todos os nomes tinha o Telê Santana como treinador. Tudo parecia estar nos eixos. Só faltava levantar a taça.

Só que os deuses do futebol também mostram seus caprichos. A seleção de 1982 estava fadada a ser a melhor seleção do mundo que não iria ganhar nada. Foi terrível a eliminação no jogo contra a itália. Nunca mais o povo brasileiro iria se esquecer do nome de Paolo Rossi. Esse jogador italiano que nem era considerado tão bom assim, jogou como nunca na sua carreira! Aliás ele nunca mais iria jogar tanto até o fim de seus dias como jogador de futebol. Foi só naquele dia... para azar do Brasil!

O Brasil fazia um gol, o Rossi fazia outro. Novo gol do Brasil? Novo gol do Rossi. No final os italianos levaram a melhor e o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo. O canarinho não voou como previa a boa música do Júnior (que chegou até a lançar um compacto na época!). No final de tudo a seleção de 82 ficou conhecida como "a seleção que jogava bonito, mas que não ganhava nada!". Injustiça demais. Essa seleção jamais vai ser esquecida, ao contrário das que foram campeãs e jogaram feio. O que importa no futebol é a beleza e a emoção. Nesses quesitos essa seleção deixou saudades.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 2

Qual foi a Copa do Mundo mais antiga da sua vida? Qual é a Copa do Mundo mais velha que você consegue lembrar? Que você presenciou e tem lembranças? A minha foi a Copa do Mundo de 1978. Eu era muito jovem, criança mesmo, mas ainda me lembro de imagens e flashes dessa Copa do Mundo da Argentina. Eu me recordo dos estádios super lotados e da quantidade enorme de papel que ficava pelos campos - uma maneira que a torcida dos hermanos fazia para abrilhantar ainda mais o espetáculo do futebol.

Essa Copa do Mundo tem peculiaridades próprias  Foi a única até hoje realizada na Argentina que sempre foi um gigante do mundo do futebol. Também foi a primeira Copa do Mundo conquistada pela Argentina, isso em uma era pré-Maradona. A seleção da Argentina era excelente, tinha craques como Passarella, Ardiles, Kempes e Fillol. Futebol no campo não lhe faltava, tinha uma equipe que poderia ser considerada mesmo uma das melhores do mundo.

Só que o título argentino até hoje ficou marcado por causa de um jogo contra o Peru. Para seguir em frente a Argentina precisava vencer por uma diferença de 4 gols. Até aí tudo bem, uma vez que o Peru nunca foi mesmo uma grande seleção. Só que a Argentina venceu por 6 a 0, passando para a outra fase, tirando o Brasil da Copa, mesmo que a Seleção Canarinho não tivesse perdido nenhum jogo. Claro que o cheiro de marmelada surgiu no horizonte e até hoje se fala nisso.

Pois é, meus caros. Essa Copa do Mundo de 1978 é a minha mais antiga lembrança de Copas que tenho. Só que a seguinte seria aquela que eu iria viver realmente. A Copa do Mundo de 1982. E seria também a minha primeira grande decepção em termos de futebol brasileiro. Até hoje lembro a música "voa canarinho, voa"... mas falarei sobre isso em outra crônica. Até lá!

Pablo Aluísio. 

Crônicas do Futebol - Edição 1

Olhando para o passado, em minhas lembranças, o primeiro campeonato que eu comemorei foi o estadual de 1988. Eu estava na adolescência e quando se é jovem, já sabe, o futebol ganha grande importância. Pois realmente foi a partir desse ano que comecei a acompanhar o time com especial atenção. A equipe de 1988, apesar de ser campeã, era mesmo mediana. Em minha opinião não havia nenhum craque no timão.

E falo isso não para desmerecer o Corinthians de 88, mas sim para relatar um fato. Só para ter uma ideia o jogador mais destacado daquele ano foi o novato Viola que se notabilizou por ter feito o gol na final contra o Guarani. Mas quem diabos era Viola? Ninguém sabia quem era Viola naquela época! Muito menos esse que está escrevendo esse texto. Por aqueles anos o Corinthians vivia de alguns craques do passado, entre eles Cláudia Adão, em fim de carreira. Não era um time cheio de craques, temos que falar a verdade. Tinha muito jogador batalhador, guerreiro, todos puxados pela mesma torcida apaixonada de sempre, mas craque... definitivamente não havia!

Se não era um time de craques, pelo menos era um time regular. O Corinthians de 88 jogou um futebol feijão com arroz, mas que foi suficiente para levar o time para a final. E contra o Guarani de Campinas, o Corinthians, mesmo mediano, era o favorito. O último estadual havia sido conquistado em 1983, então já era hora de ganhar mais um Paulista, para deixar a torcida tranquila.

Para relembrar o time foi treinado pelo Jair Pereira. Na final o Corinthians jogou com o seguinte time: Ronaldo, Édson, Marcelo Djian, Denílson e Dida; Biro-Biro, Márcio, Edmundo (Viola); Wilson Mano, Éverton e João Paulo. Alguns desses seguiriam no time até 1990, ano que o timão venceu pela primeira vez o campeonato brasileiro (que irei falar em breve por aqui). O mais veterano era mesmo o Biro-Biro, que já estava prestes a se aposentar, afinal ele foi jogador do Corinthians por muitos anos e da velha guarda apenas ele continuava jogando. Era chegada a hora de pendurar as chuteiras.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Textos Avulsos - Parte VIII

Angeli
Estou assistindo a uma série de animação no canal Brasil chamado Angeli, The Killer. Traz todos aqueles personagens das tirinhas que eu costumava ler na Folha de São Paulo nos anos 80. O Angeli trabalhou como cartunista da Fiolha por 50 anos! Então por curiosidade decidi visitar as redes sociais dele, para ver o que ele andava fazendo atualmente. 

Descobri, para minha surpresa, que ele se aposentou. Está com uma doença grave chamada Afasia (acho que é esse o nome), a mesma doença que acometeu o ator Bruce Willis. É uma forma de demência severa progressiva e incurável que deixa o paciente muito mal com o passar dos anos. Que tristeza isso acontecer com o Angeli. O cara passou a vida sendo um artista, sendo criativo, com seus personagens que refletiam o submundo de São Paulo. Não merecia um destino desses! Na boa, fiquei mal quando soube disso. Tristeza!

Feliz Ano Novo (velho) 2024
Escrevo esse pequeno texto no começo de 2024. É um feliz ano velho, como se diz. Basicamente sinto que tudo continua na mesma. Os mesmos idiotas idolatrando políticos, a mesma polarização cansativa, o mesmo ódio nas redes sociais. Aliás as redes sociais são completamente tóxicas. Feliz de quem não acessa mais. Eu ainda estou por aqui. A idade faz você ficar casca grossa e também entender melhor o mundo. E isso nem sempre vai trazer felicidade para você. 

Vendo o mundo como ele realmente é, você vai entender toda a falsidade que o cerca. Toda a hipocrisia, toda a sordidez. E vai perceber que tem muita gente que não presta que mora ao lado, ou até mesmo dentro do seu quarto. Também vai perdendo a paciência com quem não presta. Não importa se é familiar. Não quero mais saber de familisimo. Mando para aquele lugar mesmo, mas enfim. Apesar dos pesares vamos para um novo ano, com toda a força e espírito de luta (e não de luto). 

Enzo
Aqui um conto, mas que poderia ser muito bem baseado numa história real. É a história de Enzo. Na juventude teve uma vida privilegiada, morando em um bom bairro de sua cidade, estudando em boas escolas. Conseguiu realizar o sonho de entrar no exército, mesmo que pelas portas dos fundos. Virou um tenentinho da reserva, desses que nunca vão ser chamados pra nada, nem pra pintar meio fio! O pai havia sido prefeito. Era ladrão, daqueles de sair com malas de dinheiro da prefeitura. Um dia perdeu a eleição. Virou garoto propaganda da ditadura militar. 

Mas voltemos a Enzo. Ele saiu do exército e teve um tórrido caso amoroso com o filho de um governador aí. Foi daqueles romances de dar beijo na boca em barzinho de bar. Só que a família era hipócrita, formada por ladrões conservadores, mas todos se dizendo homens de bem. Um dia teve que se casar e se casou com uma jovem negra. Enfim, a Hipocrisia... Mesmo sendo ela negra e todos os seus filhos mestiços, o trágico e burro Enzo resolveu virar um típico conservador de araque, desses que prega volta da ditadura militar. E não é que Enzo saiu vestido de soldadinho do exército no 7 de setembro, esperando o Bozo proclamar a volta da ditadura! Pois é, saiu mesmo. Eita presepada sem fim. Vergonha alheia em alturas olímpicas!

Enfim, vamos ao fim da história. Enzo continuou sendo o mesmo bosta de sempre, burro e admirador de bestão de Carvalho (aquele do slogam "O Bestão sempre tem razão"). Seu pai morreu e o mundo se tornou um lugar melhor. Pior do que o Enzo só o irmão idiota dele que não acredita que o homem um dia pisou na Lua. Mas essa é uma outra história...

Quatro Milhões
Que fique registrado que no finalzinho de fevereiro de 2024 esse blog atingiu a preciosa marca de 4 milhões de visitas! Agradeço a todos pelo sucesso de nosso blog na internet. 

Pablo Aluísio. 

Textos Avulsos - Parte VII

Textos Avulsos - Parte VII
Estou voltando a digitar meus textos, isso porque os programas que ouvem você falar e digitam o texto ainda não são muito bons. Geralmente ficam ruins e em termos estrangeiros fica impossível de acertar. Muitas vezes a correção dá mais trabalho do que tentar digitar um texto como estou fazendo aqui. Além disso eu preciso voltar a ter a velha prática de digitar textos que eu tive muito acentuado, mas que ultimamente vinha renegando em segundo plano, 

A digitação é como qualquer outra prática manual, você só consegue ter maestria com prática, prática, prática. Não tem outro jeito. Além disso tem que ter a posição certa, com as mãos deitadas no teclado do notebook, só assim para escrever bem e tudo sair com a devida fluidez. Eu vou aqui retomando os textos avulsos justamente para isso, para ir recuperando minha prática de digitação e também para ir colocando meus pensamentos  internos. Fazendo isso sempre, todos os dias, vai ser legal. 

A Cadela
A cadela está velha e imprestável. Nunca foi bonita, mas depois de idosa, perdeu todas as chances, todas as esperanças. Também nunca prestou. Tem uma personalidade de cadela, isso significa que homem nenhum, em nenhuma época de sua vida, a suportou. A mentalidade é racista. O modo de agir é repugnante. Uma mulher que poderíamos definir tranquilamente como asquerosa. Desdenha dos pobres, se acha superior, só que essa racista nada mais é do que lama de esgoto.

Em breve estará em um belo caixão que não vai conseguir esconder o grande fedor de sua putrefação. Tem a alma tão imunda que os demais defuntos do cemitério vão tapar o nariz. Cadelas racistas e imundas quando morrem são recusadas até mesmo pelos vermes decompositores. Mas a cadela um dia - e não está longe disso - vai se tornar logo um retrato esquecido no seu túmulo. As pessoas vão perguntar "quem foi essa?" Ao que vão responder: "era uma cadela fascista, marmita de PM, viveu como escrota, quando morreu virou latrina de fossas dos quintos do infernos". E tenho dito nesse pequeno texto maldito. Morte da cadela, eu verei! 

Gente Mixuruca
Se existe uma verdade nesse mundo é que você ganhará nada ao se envolver com gente mixuruca. Essa expressão que estou usando não tem nada a ver com a classe social da pessoa, mas sim com sua personalidade, até porque as pessoas mais mixurucas que eu conheci em minha vida tinham bom padrão financeiro. O mixuruca é o medíocre, o perverso, o malvado, o escroto. Conheço muita gente assim, infelizmente alguns são parentes. 

O parente mixuruca é um prolema. Ele fica se metendo na sua vida pessoal como se tivesse algum direito sobre ela. Mixuruca é mixuruca, não importa o parentesco. Por isso se afasta dessa escória. Caia fora, não sociabilize, não frequente, não tenha por perto. O mixuruca só traz danos psicológicos e emocionais. Mantenha afastado. A minha sorte é que sou mais novo da maioria dos mixurucas que conheço, então vou assistir todos eles morrerem. Talvez dê uma passadinha em seus túmulos depois para dar uma cusparada, se bem que um mixuruca de verdade nem isso merece depois de bater as botas. 

Eu prefiro...
Eu prefiro ser jogado em um caldeirão com aço derretido a mil graus do que frequentar socialmente certos tipos de gente. Isso mesmo. Existem pessoas que fazem mal, até mesmo para ter uma conversa social trivial vão lhe jogar farpas de suas personalidades tóxicas. Saia de perto de gente assim. Aliás fazendo uma retrospectiva do que venho escrevendo percebo que há muitos textos falando sobre pessoas tóxicas. Eu vivia cercado por esse tipo de gente. 

As que foi possível eliminei de meu convívio social. As que não dá, eu dou um jeito, falo o menos possível com elas, só o essencial mesmo. Eu estou perto dos meus 50 anos de idade, já é momento de  dar um basta. E não tem importância se são familiares. O familismo é uma grande porcaria. Você fica aguentado coisa de gente sórdida só porque é parente. Hoje eu mando todos para aquele lugar. E velhos amigos que se tornaram tóxicos também são excluídos. Minha vida mudou para melhor depois que fiz isso, pode ter certeza. 

A Tartaruga
Não me refiro ao simpático animal marinho, do qual tenho grande simpatia. A Tartaruga aqui é um homem, um homem velho, um imbecil. Chamo ele assim porque seu corpo tem o formato de uma tartaruga. E assim como o bichinho verde que nada nos mares, também é careca. Só que o animal tem uma alma livre, lírica até. A Tartaruga de branco não, é uma alma presa, cheia de preconceitos. Odeia todo mundo. Ama ninguém. Destruiu o casamento da própria filha por preconceito social. O marido da filha era um homem de origens humildes. Assim age a Tartaruga. 

Já sua filha, a Tartaruga crente, não é melhor. Gente de alma podre que pensa que irá para o céu. Não irá não, lamento. Talvez se safe porque nessa altura do campeonato nem acredito mais no céu. Nem no céu e nem no inferno. Parece tudo apenas literatura que saiu do controle. A religião ao que tudo indica é apenas um meio cultural perverso criado pelo homem na antiguidade para amedrontar e controlar as massas pobres e famintas, os camponeses. E segue sendo assim até os dias de hoje. Uma vergonha! Espero que um dia a humanidade se livre desse troço horroroso!

Pablo Aluísio.