Mostrando postagens com marcador Crônicas do Futebol. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crônicas do Futebol. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Crônicas do Futebol - Bayern Leverkusen

Crônicas do Futebol - Bayern Leverkusen
Depois de onze campeonatos alemães consecutivos vencidos pelo Bayern de Munique tivemos ontem enfim uma novidade. O Bayern Leverkusen quebrou essa hegemonia, se tornando o campeão da liga alemã de futebol (a Bundesliga). O time esse ano jogou com um uniforme que lembrava os cavaleiros templários com uma grande cruz vermelha no peito! Para eles, realmente, levantar essa taça foi mesmo uma verdadeira cruzada! Estão de parabéns pela conquista! 

Eu sempre gostei do campeonato alemão, mas tinha que dar o braço a torcer para os críticos. Parecia que havia apenas um único campeão, ano após ano, e esse era o Bayern de Munique. Esse tipo de situação destrói qualquer competividade esportiva. Assim ver um time diferente quebrando essa soberania é mais do que bem-vindo para o futebol da Alemanha. Essa situação acontece em razão da interferência estatal dentro do campeonato. Na Alemanha o time que se torna campeão recebe uma bolada milionária do governo, então é natural que vencendo a Bundesliga, o Bayern de Munique fosse ficando cada vez mais rico e poderoso com o passar dos anos. Multiplique isso por onze e você entenderá porque só esse time levantou a taça na última década. É um ciclo vicioso e penso que a Federação Alemã de Futebol deveria repensar esse tipo de estrutura viciada que no final da linha destrói um dos pilares do futebol, que é justamente a competividade. 

E no Brasil nesse final de semana também tivemos o início do campeonato brasileiro. E aí já sabemos o que esperar. Eu confesso que nunca gostei de um campeonato que dura quase o ano inteiro e nem de um campeonato de pontos corridos. Eu gostava muito dos jogos decisivos, do mata-mata. Eu sei que pontos corridos é mais justo, mas futebol não é para se levar tão á sério assim. Futebol é acima de tudo diversão e nesse caso se deve priorizar a emoção. Aquele esquema de quartas de final, semifinal e final é imbatível nesse quesito. Campeonato de pontos corridos realmente não tem muita graça e é bem chatinho.

De qualquer forma, foi uma rodada sem maiores surpresas no fim de semana. O Corinthians arrancou um suado zero a zero com o Atlético-MG. Eu sou corintiano, mas reconheço que esse time não vai para lugar nenhum. Vai lutar para não cair. O Vasco por sua vez fez uma bela homenagem ao Roberto Dinamite que iria completar 70 anos de idade se ainda fosse vivo. Bacana. E o Palmeiras, venceu mais uma. É o franco favorito ao título. Tem organização, dinheiro e estrutura, três coisas que a maioria dos times brasileiros não possui. Será que o time verde e branco de São Paulo vai virar o nosso Bayern de Munique? Espero sinceramente que não...

Pablo Aluísio. 

sábado, 16 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 10

Palmeiras é Campeão Brasileiro de 2023
Pois é, como corintiano não vou dar pulos de alegria com o fato do porco ter sido mais uma vez campeão brasileiro. Entretanto sou civilizado, gosto de esportes e tenho minha ética pessoal. Assim deixo os parabéns para o Palmeiras. Ganhou porque mereceu. Assim como o Botafogo perdeu porque mereceu. Um foi eficiente e fez os pontos certos na hora certa. O outro afundou por pura incompetência. A vida é assim, premia os melhores. Não tem jeito. Para o Botafogo sobrou o título de Cavalo Paraguaio do Ano. Lamento. 

Já o Corinthians mudou de direção. A oposição ganhou a eleição. Não sei o que virá dessa mudança, mas espero que venha coisa boa, como ter um bom time competitivo, por exemplo. O Corinthians fez um campeonato brasileiro de merda, a todo tempo tentando escapar do buraco negro do rebaixamento, coisa que o Santos não escapou. A torcida santista saiu quebrando tudo pela cidade, mostrando como são imbecis. Até hoje não entenderam que futebol é diversão e só isso mesmo. Sempre haverá o próximo jogo, o próximo campeonato. Não é algo para morrer ou se matar. Fica a lição para esse povo ignorante. 

Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Juniors
Pois é, o Corinthians vai para mais uma final da Copinha. Se eu não estou enganado é um dos times que mais venceram esse torneio, isso se não for o maior mesmo. É a tal coisa, se os jovens são tão bons de bola assim, então que o Corinthians os aproveite no time principal que anda mal das pernas. É a tão falada renovação de craques que espero seja real daqui em diante. 

A final vai ser contra o Cruzeiro, aquele tradicional time de Minas Gerais. Não tenho muitas informações sobre os moleques do Cruzeiro, mas penso que o Timão Juniores terá sem dúvida uma vantagem, afinal estará jogando em São Paulo, em frente à sua torcida, que sem dúvida vai lotar o estádio. Então é isso, vamos torcer que mais esse título venha para o alvinegro de SP. 

Pablo Aluísio. 

Crônicas do Futebol - Edição 9

Crônicas do Futebol
O Botafogo é um cavalo paraguaio? Pelo andar da carruagem parece que sim! Ah Botafogo, esse cavalo paraguaio... Está na liderança desde a terceira rodada do brasileirão, mas agora, há seis rodadas do final, está se desmanchando rapidamente. Tem o mesmo número de pontos de Grêmio e Palmeiras. E olha que chegou a colocar 13 pontos de diferença para o segundo colocado. Depois foi perdendo jogos em série e hoje não existe mais essa diferença. Queimou todos os filmes. Queimou o próprio filme. Vai conseguir vencer o campeonato brasileiro desse ano? Eu não apostaria minhas fichas nessa equipe...

O Botafogo tem muitos problemas. O ataque é muito bom, faz muitos gols, mas a defesa é muito ruim, leva mais gols do adversário do que o ataque consegue fazer. O exemplo vem dos jogos recentes contra Grêmio e Palmeiras. O ataque fez 3 gols, a defesa levou 4 gols. A matemática não bate, o time vai ao chão rapidamente. A zagueirada do Botafogo é ruim de doer. Que nenhum desses zagueiros seja vendido ao Corinthians, por favor! Já temos problemas demais... O que se pode fazer no meio desse caos? Estão querendo degolar o técnico agora no finalzinho do campeonato. É a cara do futebol brasileiro esse tipo de situação...

Dos que tem chances de superar o Botafogo eu arriscaria minhas fichas no Grêmio. Nunca subestime a raça dos times do sul do país. Acho que eles vivem perto da fronteira com Argentina e Uruguai e a raça das seleções de futebol daqueles países passou de alguma forma para os times do sul do Brasil. O Palmeiras tem muitas chances reais, mas é um time de jogadores mercenários. A torcida odeia a presidente do clube que andou xingando as torcidas organizadas, é um balaio de gatos infernal. O Grêmio parece mais coeso nessa disputa. Até o Flamengo anda fazendo suas contas. Eita Botafogo, que vergonha...

E por falar em Botafogo, o de Ribeirão Preto, não fez feio nessa temporada. Esse Botafogo-SP é engraçado. Tem o nome do Botafogo, mas joga mesmo com a camisa do São Paulo! Vai entender... Está na série B do campeonato brasileiro, uma ótima situação para um time do interior. Não vai ter condições de disputar o título, mas também não vai cair. Fica ali no meio da tabela. Está de bom tamanho. O teceiro Botafogo, o da Paraíba, tinha sonhos de subir para a segundona, mas decepcionou seus torcedores, vai ficar por enquanto na série C mesmo. Quem sabe um dia. Pelo visto esse ano não está sendo muito bom para os Botafogos do nosso Brasil. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 8

Crônicas do Futebol
Ontem parei e fui assistir à final da Libertadores. O Fluminense se sagrou campeão em um belo jogo. Foi uma daquelas vitórias bonitas, dignas de entrar na história do futebol brasileiro. Eu nunca torci pelo Fluminense, nem tenho parentes e amigos tricolores, mas no caso da tarde de ontem virei torcedor do time mesmo que por um dia, afinal o Fluminense era o Brasil no gramado e aqueles argentinos do Boca Juniors mereciam uma derrota daquelas, principalmente depois que sua torcida deu um show de horrores na internet, promovendo racismo em massa nas próprias publicações do clube que pedia civilidade de sua torcida no Rio de Janeiro. 

E a ironia de tudo é que no passado o próprio Fluminense foi protagonista de uma vergonhosa história de racismo no esporte nacional. O time não aceitava negros em sua equipe. Era o time da elite do Rio, só jogava brancos em suas linhas. Então surgiu um craque negro nas Laranjeiras. Para disfarçar a cor do atleta, o Fluminense encheu a cara do pobre jogador de pó de arroz, surgindo daí o apelido que pegaria para sempre no clube, até os dias de hoje. Ainda bem que esse tipo de coisa foi superada e o Fluminense ontem teve sua maior glória vindo dos pés de um mulato brasileiro com nome de presidente dos Estados Unidos. Coisas que só a nossa cultura explica!

E indo mais além, o meu Corinthians segue aos trancos e barrancos. Time fraco, caindo pelas tabelas do brasileirão. O Corinthians atualmente não tem uma equipe competitiva porque precisa pagar pelo seu estádio que custou uma fortuna. Assim ou paga as prestações ou compra jogadores de ponta. As duas coisas não dá para fazer. O jeito é se contentar em não cair, sair do buraco negro do rebaixamento. Há tempo de vitórias e há tempos de existência medíocre. O Corinthians atualmente passa por essa fase. 

E o pior é saber que o Palmeiras pode ser o novo campeão brasileiro. O Botafogo parece ser mesmo um cavalo paraguaio, daqueles que ficam na frente a corrida inteira, para perder nos metros finais por falta de raça, por falta de fôlego. É um falso time de grandeza. Será mesmo que vão perder o campeonato brasileiro nas últimas rodadas? É vergonhoso se isso realmente acontecer. Oremos aos deuses do futebol. 

Pablo Aluísio.

Crônicas do Futebol - Edição 7

A temporada é ruim para o Corinthians. Nesse campeonato brasileiro de 2023 o time vai mal, muito mal. Está se arrastando na décima quarta posição do Brasileirão. Na boa, uma campanha medíocre. Está a apenas duas posições da zona do rebaixamento. Vexame em minha opinião. Mas o que poderia se esperar de uma equipe fraca como essa? O centroavante nao faz gols, o meio de campo é bem fraco e o ataque não tem poder de fogo. Com isso o time vai mesmo caindo pelas tabelas. 

De bom mesmo apenas temos atualmente a equipe feminina de futebol que inclusive se sagrou pentacampeã brasileira em um jogo bem movimentado contra o Ferroviário que, acredite, é uma das potências do futebol feminino brasileiro. De minha parte acredito que ainda é preciso melhorar muito para as "mina". Elas merecem não apenas o respeito, como diz a famosa frase da torcida corintiana "Respeita as mina!", como também merece todo o incentivo e investimento do esporte nacional. 

Aliás o jogo final do brasileiro feminino do Cotinthians se tornou o recorde nacional de maior público da história. E isso bem depois do fracasso da seleção brasileira na copa do mundo da categoria. É uma prova que o futebol feminino segue bem prestigiado pelo povo brasileiro, apesar do tropeço da seleção no exterior. 

No mais, o campeonato brasileiro segue numa certa regularidade. O Botafogo continua na frente, mas com menos pontos de distância do segundo lugar, o Palmeiras. Aliás quer irritar pra valer um botafoguense? Diga que o Botafogo é um cavalo paraguaio. O torcedor rubro negro da estrela solitária começa a soltar faíscas de raiva pelas narinas!

 Corinthians x São Paulo
Assisti ontem o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil entre Corinthians e São Paulo. Embora não tenha jogado bem, o timão garantiu uma vitória importante dentro de casa, até porque a partida decisiva será realizada no Morumbi, onde o bicho vai pegar. O Corinthians se ressente atualmente de um bom meio de campo e de um centroavante matador. Na ausência de um bom jogador nessa posição coube a Renato Augusto salvar a barra, fazendo dois bonitos gols. Está de bom tamanho, pelo menos por eqnuanto. Assim o placar final de 2 a 1 foi bom para a Fiel. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 6

Ontem assisti um jogo entre Corinthians e Ponte Preta. Terminou cinco a zero para o timão. É curioso porque fiquei muitos anos sem acompanhar futebol, justamente quando não precisei mais socializar tanto como antes na minha vida. O futebol é um importante fator de socialização, pelo menos em termos de Brasil. Onde você estiver, com quem encontrar, uma linha de conversa pode ser iniciada simplesmente falando da última rodada do campeonato. É tiro e queda!

E muitas vezes é mais divertido torcer para o seu time do coração do que para a seleção brasileira. O nível de identificação com o time é maior. Em certos meios sociais, onde as pessoas basicamente apenas conversam sobre o futebol, você passa a ser identificado pelas cores do seu time. É o fulano corintiano, o sicrano flamenguista e por aí vai.

O futebol é uma diversão. É esporte. Das coisas menos importantes ele talvez seja o mais importante. Deve-se levar o nobre esporte bretão de forma saudável. Quando começa a ser desculpa para agredir o torcedor do time rival aí deixa de ser futebol. Vira barbaridade, escrotice e psicopatia. Pessoas perderam a vida por futebol e poucos motivos soam mais estúpidos do que esse para se perder a vida. Não faz o menor sentido.

Hoje vejo e acompanho futebol da maneira certa. Vejo os jogos, me divirto, torço muitas vezes mais para assistir a um bom jogo do que necessariamente para meu time vencer. Para quem gosta de futebol hoje em dia também existe um cardápio bem maior. Basta assinar uma TV a cabo para ter acesso a praticamente todos os campeonatos do mundo. A única coisa que complica é ter uma aproximação genuína com um time estrangeiro. Até hoje não escolhi. Assisto esses jogos com o objetivo de apenas ver uma boa partida de futebol. Não há nada melhor.

Pablo Aluísio.

Crônicas do Futebol - Edição 5

O Corinthians nunca havia vencido um título de campeão brasileiro. Seu primeiro título veio finalmente em 1990. Eu acompanhei de perto esse campeonato. O Corinthians não era favorito, longe disso. Em uma publicação da época que fazia projeções sobre o time no Brasileirão dizia que o Corinthians iria fazer apenas um bom campeonato. Todos diziam que o grande favorito era o São Paulo. No papel realmente era um time sem grandes estrelas. Os cronistas esportivos diziam que não havia nenhum craque no time. Bom, de certo modo eles tinham razão, mas...

Neto estava em estado de graça. Esse jogador vinha do Palmeiras, após ser revelado pelo Guarani. Um boato maldoso daquela época dizia que Neto havia sido trocado por dez pares de chuteiras e um empréstimo do jogador Ribamar. Verdade ou não, o fato é que essa piada mostrava que Neto não era nenhuma estrela do futebol da época. Era baixinho e... gordinho! Estava sempre lutando contra a balança.

Só que Neto era mais do que isso. Foi um dos maiores batedores de faltas da história do futebol nacional. Quando surgia uma falta próxima da área do time adversário, a Fiel já começava a comemorar. E realmente tinha razão para esse comportamento. Geralmente se havia uma boa posição para bater a falta, Neto não perdoava. Colocava a bola lá onde a coruja dorme. Impossível para qualquer goleiro alcançar. Era gol na certa.

E foi assim que o Corinthians chegou na final contra justamente o São Paulo. O gol do título veio de uma bola complicada. O desconhecido Tupãzinho achou um lugar para mandar a bola para o gol. Era o que bastava. Com 1 a 0 o Corinthians se sagrou campeão brasileiro pela primeira vez. Foi uma grande festa por toda a cidade de Sâo Paulo. É importante dizer que eu considero esse título um divisor de águas na história do Corinthians. Depois dele começou uma onda de vitórias e mais vitórias, levando o time a vencer outros brasileiros e se sagrar campeão do mundo por 2 vezes. Foi a era de ouro do Corinthians e eu estava lá, acompanhando tudo. Foi realmente um tempo mágico para o Timão.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 4

Qual foi o melhor Santos de todos os tempos? Essa pergunta é fácil de responder. O melhor time do Santos de todos os tempos foi o Santos de Pelé, claro! É como perguntar qual foi o maior Botafogo de todos os tempos? Claro que foi aquele em que Garrincha jogou. Quando ambos entraram juntos na Seleção brasileira, o Brasil nunca perdeu um jogo, sabia disso? Entretanto não tive o prazer de acompanhar nem o Santos de Pelé e nem o Botafogo de Garrincha. Eu não havia nascido. O que não quer dizer que não fico admirado com o futebol arte desses dois grandes craques quando vejo uma cena daquela época.

O Pelé aliás foi um jogador excepcional. Ele recebeu o título de Rei do Futebol e eu penso que esse é aquele tipo de título mais do que merecido. Ele merece todos os aplausos, todos os elogios. Um atleta perfeito. Um grande orgulho para todos os brasileiros. Em relação ao Santos eu tenho sentimentos dúbios. Eu sei que quando Pelé jogava, quando estava em seu auge, eles venceram nove títulos paulistas em dez anos! Incrível! O Corinthians (meu time do coração) sofreu muito quando Pelé brilhava no Santos. Ficou anos e anos sem vencer do time do Rei. Coisas da vida. Eu não fico com raiva ao ouvir esse tipo de informação. O futebol arte merece mesmo vencer.

Por outro lado - e curiosamente - quando comecei a acompanhar futebol o Pelé não jogava mais no Santos. Aliás ao longo de muitos anos vi muitos times do Santos que mereciam facilmente a alcunha de "times capengas". Um pior do que o outro. Nos anos 80 e 90 inclusive o jogo virou literalmente. O Santos passou a ser freguês do Corinthians. Quando via que o jogo do final de semana seria contra o Santos eu já ficava tranquilo. Era quase certo que o Santos iria colecionar mais uma derrota contra o Corinthians.

Esses times genéricos do Santos eu costumo denominar de "Geração Coca-Cola". Não, não é uma referência ao Legião Urbana. Acontece que por essa época o Santos era patrocinado pela Coca-Cola. E os times que entravam em campo eram bem medíocres, sendo bem sincero. Só anos depois com Neymar e aquela geração é que o Santos passou a ser novamente competitivo. Antes disso era um pato mesmo, apesar de eu sempre ter achado muito bonito o uniforme oficial do time. O branco total é inegavelmente belo em contraste com o verde do gramado.

Pablo Aluísio.

Crônicas do Futebol - Edição 3

A Copa do Mundo de 1982 foi a primeira que acompanhei de verdade. Eu morava em um condomínio no Rio de Janeiro e foi uma festa. Os moradores embelezaram o lugar com verde a amarelo, todos só falavam da Copa e o clima era de euforia. E todo mundo tinha razão de ter esse otimismo. A seleção brasileira era excelente, cheia de craques. Em minha opinião era certamente a melhor seleção de futebol do mundo. Quem poderia discordar? Tirando o goleiro Valdir Peres e o Toninho Cerezo, todos os demais poderiam ser considerados craques ou no mínimo grandes jogadores.

Os craques em minha opinião enchiam os olhos. Era uma seleção do Brasil que tinha Zido, Sócrates, Falcão e Éder Aleixo (que cobrava faltas como quem detona dinamite). Eu gostava muito também do futebol de Júnior (do Flamengo), Oscar e Leandro. O centroavante não ficava à altura do time, apesar de fazer gols o Serginho Chulapa era apenas mediano. De qualquer forma era uma seleção brasileira mravilhosa. Além de todos os nomes tinha o Telê Santana como treinador. Tudo parecia estar nos eixos. Só faltava levantar a taça.

Só que os deuses do futebol também mostram seus caprichos. A seleção de 1982 estava fadada a ser a melhor seleção do mundo que não iria ganhar nada. Foi terrível a eliminação no jogo contra a itália. Nunca mais o povo brasileiro iria se esquecer do nome de Paolo Rossi. Esse jogador italiano que nem era considerado tão bom assim, jogou como nunca na sua carreira! Aliás ele nunca mais iria jogar tanto até o fim de seus dias como jogador de futebol. Foi só naquele dia... para azar do Brasil!

O Brasil fazia um gol, o Rossi fazia outro. Novo gol do Brasil? Novo gol do Rossi. No final os italianos levaram a melhor e o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo. O canarinho não voou como previa a boa música do Júnior (que chegou até a lançar um compacto na época!). No final de tudo a seleção de 82 ficou conhecida como "a seleção que jogava bonito, mas que não ganhava nada!". Injustiça demais. Essa seleção jamais vai ser esquecida, ao contrário das que foram campeãs e jogaram feio. O que importa no futebol é a beleza e a emoção. Nesses quesitos essa seleção deixou saudades.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Crônicas do Futebol - Edição 2

Qual foi a Copa do Mundo mais antiga da sua vida? Qual é a Copa do Mundo mais velha que você consegue lembrar? Que você presenciou e tem lembranças? A minha foi a Copa do Mundo de 1978. Eu era muito jovem, criança mesmo, mas ainda me lembro de imagens e flashes dessa Copa do Mundo da Argentina. Eu me recordo dos estádios super lotados e da quantidade enorme de papel que ficava pelos campos - uma maneira que a torcida dos hermanos fazia para abrilhantar ainda mais o espetáculo do futebol.

Essa Copa do Mundo tem peculiaridades próprias  Foi a única até hoje realizada na Argentina que sempre foi um gigante do mundo do futebol. Também foi a primeira Copa do Mundo conquistada pela Argentina, isso em uma era pré-Maradona. A seleção da Argentina era excelente, tinha craques como Passarella, Ardiles, Kempes e Fillol. Futebol no campo não lhe faltava, tinha uma equipe que poderia ser considerada mesmo uma das melhores do mundo.

Só que o título argentino até hoje ficou marcado por causa de um jogo contra o Peru. Para seguir em frente a Argentina precisava vencer por uma diferença de 4 gols. Até aí tudo bem, uma vez que o Peru nunca foi mesmo uma grande seleção. Só que a Argentina venceu por 6 a 0, passando para a outra fase, tirando o Brasil da Copa, mesmo que a Seleção Canarinho não tivesse perdido nenhum jogo. Claro que o cheiro de marmelada surgiu no horizonte e até hoje se fala nisso.

Pois é, meus caros. Essa Copa do Mundo de 1978 é a minha mais antiga lembrança de Copas que tenho. Só que a seguinte seria aquela que eu iria viver realmente. A Copa do Mundo de 1982. E seria também a minha primeira grande decepção em termos de futebol brasileiro. Até hoje lembro a música "voa canarinho, voa"... mas falarei sobre isso em outra crônica. Até lá!

Pablo Aluísio. 

Crônicas do Futebol - Edição 1

Olhando para o passado, em minhas lembranças, o primeiro campeonato que eu comemorei foi o estadual de 1988. Eu estava na adolescência e quando se é jovem, já sabe, o futebol ganha grande importância. Pois realmente foi a partir desse ano que comecei a acompanhar o time com especial atenção. A equipe de 1988, apesar de ser campeã, era mesmo mediana. Em minha opinião não havia nenhum craque no timão.

E falo isso não para desmerecer o Corinthians de 88, mas sim para relatar um fato. Só para ter uma ideia o jogador mais destacado daquele ano foi o novato Viola que se notabilizou por ter feito o gol na final contra o Guarani. Mas quem diabos era Viola? Ninguém sabia quem era Viola naquela época! Muito menos esse que está escrevendo esse texto. Por aqueles anos o Corinthians vivia de alguns craques do passado, entre eles Cláudia Adão, em fim de carreira. Não era um time cheio de craques, temos que falar a verdade. Tinha muito jogador batalhador, guerreiro, todos puxados pela mesma torcida apaixonada de sempre, mas craque... definitivamente não havia!

Se não era um time de craques, pelo menos era um time regular. O Corinthians de 88 jogou um futebol feijão com arroz, mas que foi suficiente para levar o time para a final. E contra o Guarani de Campinas, o Corinthians, mesmo mediano, era o favorito. O último estadual havia sido conquistado em 1983, então já era hora de ganhar mais um Paulista, para deixar a torcida tranquila.

Para relembrar o time foi treinado pelo Jair Pereira. Na final o Corinthians jogou com o seguinte time: Ronaldo, Édson, Marcelo Djian, Denílson e Dida; Biro-Biro, Márcio, Edmundo (Viola); Wilson Mano, Éverton e João Paulo. Alguns desses seguiriam no time até 1990, ano que o timão venceu pela primeira vez o campeonato brasileiro (que irei falar em breve por aqui). O mais veterano era mesmo o Biro-Biro, que já estava prestes a se aposentar, afinal ele foi jogador do Corinthians por muitos anos e da velha guarda apenas ele continuava jogando. Era chegada a hora de pendurar as chuteiras.

Pablo Aluísio.