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quinta-feira, 26 de abril de 2007

Christopher Lee

Christopher Lee
Nascido em berço de ouro no bairro de Belgravia, em Londres no dia 27 de maio de 1922, como Christopher Frank Carandini Lee, Christopher Lee, ou melhor, "Sir" Christopher Lee (título que lhe foi conferido em 2009 pelo conjunto de sua brilhante obra), era filho de um tenente coronel da Guarda Real britânica e da condessa Estelle Mari Carandini di Sarzano. Passou a infância na Suíça, após o divorcio de seus pais. De volta a Londres, sua mãe se casou com o banqueiro Harcourt Ingle Rose, tio de outro mito do século XX, o escritor Ian Fleming, criador de James Bond. Iniciou sua carreira artística exatamente onde são forjados todos os grandes atores ingleses: No teatro. Mas antes de brilhar nos palcos e nos cinemas, Lee voluntariou-se para servir ao exército finlandês na Segunda Guerra Mundial, em 1939, durante 5 anos. "Aquilo sim foi horror e sangue de verdade. Quando a Segunda Guerra terminou eu tinha 23 anos e já tinha visto, em 1939, quando tinha apenas 17, desgraça suficiente para o resto da minha vida. Vi coisas terríveis, pavorosas, sem dizer uma palavra sequer. Portanto, ver terror e sangue em set de filmagem não me afeta muito". Disse, sobre gênero que o tornou mítico.

Lee costumava dizer a todos, que assistira pessoalmente à última execução pública na França em 1939. Em 1958, aos 36 anos, Lee assinou com a produtora inglesa Hammer Film Productions para interpretar uma série de filmes sobre Drácula. Foram 11 filmes no total sobre o demoníaco príncipe da Transilvânia. Dono de uma voz poderosa e cavernosa, além de um incrível carisma e presença física, Cristopher Lee alcançou sucesso imediato e mundial na pele de um Drácula charmoso, janota e sensual. Em 1969 o famoso diretor Billy Wilder fez-lhe um convite pessoal para que Lee desse uma folga para o vampiro e fosse para Hollywood interpretar Mycroft Holmes - irmão do famoso detetive Sherlock Holmes - no ótimo longa  "A Vida Íntima de Sherlock Holmes", lançado em 1970 e com direção do próprio Wilder.  Em 1974 consolidou-se de forma definitiva como vilão quando encarnou o bandidão, Francisco Scaramanga, em "007 Contra o Homem da Pistola de Ouro", com Roger Moore em seu segundo papel como James Bond. Scaramanga ainda é um dos maiores rivais da saga do agente 007. Em 2001 volta a brilhar na fantástica trilogia "O Senhor dos Anéis" na pele do poderoso Saruman, líder dos magos Istari. Em 2002, vive Count Dooku, numa das franquias mais famosas do cinema: "Star Wars: Episódio 2 - Ataque dos Clones". Papel que Lee voltaria a encarnar em 2005, já com 83 anos, em "Star Wars: Episódio 3 - A Vingança dos Sith".

Pouco antes de morrer, Lee declarou numa entrevista: - "Toda uma nova carreira se iniciou quando entrei para O Senhor dos Anéis e Star Wars -". Como um legítimo inglês, Christopher Lee era amante de rock, mais especificamente do gênero heavy metal. Em dezembro de 2013, transformou-se no intérprete mais idoso com uma canção nas paradas de sucessos norte-americana da Billboard com Jingle Hell, faixa presente no single "A Heavy Metal Christmas Too". E em 2014 comemorou seu 92º aniversário com o lançamento de um álbum de heavy metal, intitulado “Metal Knight”. O disco foi seu terceiro trabalho musical solo, todos voltados ao universo do rock.

O personagem que mais encantava Christopher Lee era o anti herói espanhol Dom Quixote. Numa entrevista em 2009, Lee, disse: “O público espanhol poderia me aceitar nesse personagem? É um sonho, e infelizmente estou ultrapassando um pouco a sua idade. Mas tenho sua cara e entendo perfeitamente o seu comportamento. Um homem com grande força, que trata cada mulher como se fosse uma princesa. Uma história maravilhosa”. E afirmava: “Vivo no presente, não no passado. Não estou preso em casa recordando minhas décadas de trabalho. Digo sempre aos atores jovens: ‘Façam o melhor que puderem’. É melhor ser profissional que ter talento".

Segundo nota da edição do dia 11 de junho de 2015, da publicação britânica "Telegraph", Lee faleceu no hospital Chelsea e Westminster, em Londres, onde estava internado em decorrência de problemas respiratórios. O anúncio da morte do artista demorou a sair porque a mulher dele, a ex-atriz e modelo Gitte Lee, decidiu esperar até que todos os parentes próximos fossem avisados. O casal ficou junto por mais de 50 anos e teve uma filha, Christina Erika Lee, de 53 anos.

Que Deus ilumine sua alma e obrigado por tudo, Christopher Lee. Descanse em paz...

Telmo Vilela Jr.

domingo, 25 de março de 2007

10 Curiosidades - O Vampiro da Noite

1. O Script de Christopher Lee no filme não era exatamente longo! Na verdade ele só tinha treze linhas de diálogo para dizer durante todo o enredo. Sobre isso Lee diria que o seu Drácula era na essência um monstro e monstros não são muito de bate papo. O Conde do filme só troca diálogos com um único personagem durante todo o filme, Jonathan Harker.

2. Depois de 30 anos desaparecida a capa que Christopher Lee usou no filme apareceu numa loja de fantasias de Londres. Uma relíquia para a história do cinema inglês ela seria vendida em um leilão por 50 mil dólares. Antes da ser colocada à venda porém a casa de leilões contratou Lee para reconhecer a peça e marcar sua autenticidade.

3. Houve um acidente durante as filmagens. Numa cena que deveria ser ao mesmo tempo aterrorizante e sensual o ator caiu em um buraco no set de filmagens, atingindo a dublê da personagem Mina. Apesar do constrangimento e da dor não houve ferimentos mais graves.

4. Em sua autobiografia o ator confessou que recebeu apenas 750 libras por sua atuação como Drácula no filme. A Hammer alegou não ter maiores recursos para pagar um cachê melhor. Lee, por outro lado, estava precisando de trabalho e aceitou o pouco que lhe ofereceram. Nos filmes seguintes ele iria endurecer o jogo, pedindo cachês cada vez mais altos a cada sequência, além de privilégios que não havia tido, como um camarim próprio, por exemplo.

5. O filme foi dirigido por Terence Fisher, veterano cineasta inglês que morreu em 1980. Ele iria dirigir ainda "As Noivas do Vampiro" (1960) e "Drácula, o Príncipe das Trevas" (1966). Também assinaria outros clássicos do terror com monstros famosos como Frankenstein em produções como "A Vingança de Frankenstein" (1958) e "Frankenstein Tem que Ser Destruído" (1969).

6. O Vampiro da Noite recebeu três prêmios do Hugo Awards nas categorias de Melhor Direção (Terence Fisher), Melhor Roteiro Adaptado (Jimmy Sangster) e Melhor História (dado como homenagem a Bram Stoker, autor do livro original).

7. Quando o filme foi lançado no mercado americano a distribuidora daquele país resolveu mudar o título do filme para "Horror of Dracula" por questões envolvendo direitos autorais. Também pesou em favor da decisão o fato de que os americanos responsáveis pela distribuição tinham receios que o filme fosse confundido com o clássico estrelado por Bela Lugosi, que inclusive estava para ser exibido pela primeira vez na TV americana pelo canal CBS.

8. Uma sequência do filme ficou perdida por anos até que finalmente foi reencontrada do outro lado do mundo, no Japão. Uma cópia original preservada pela National Film center de Tóquio conseguiu salvar essa cena da destruição pois ela não era mais encontrada em cópias na Inglaterra.

9. As filmagens duraram praticamente três meses, começando em 11 de novembro de 1957 e terminando em 3 de janeiro de 1958. Curiosamente o filme estreou antes nos Estados Unidos numa exibição em Milwaukee, Wisconsin. Só uma semana depois é que o filme iria finalmente surgir nas salas de cinema britânicas (apesar do filme ser inglês)!

10. O filme foi incluído na lista "Os 1000 Filmes Que Você Precisa Assistir Antes de Morrer" escrita por Steven Schneider.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

A Maldição de Frankenstein

Título no Brasil: A Maldição de Frankenstein
Título Original: The Curse of Frankenstein
Ano de Produção: 1957
País: Inglaterra
Estúdio: Hammer Films
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Hazel Court, Robert Urquhart, Melvyn Hayes, Paul Hardtmuth

Sinopse:
Considerado por muitos como um louco, o Dr. Victor Frankenstein (Peter Cushing) decide realizar a maior de suas experiências. Usando de energia elétrica colhida por raios, ele acredita que dará vida a uma criatura composta de vários pedaços de corpos humanos roubados de cemitérios e necrotérios de Londres. Sua ambição é demonstrar que há possibilidade científica de gerar vida em cadáveres! 

Comentários:

Mais um filme baseado na obra imortal de Mary Shelley. Essa versão da Hammer Films, produzida no auge criativo do estúdio britânico, segue bem fiel ao texto original de Shelley. Seu enredo é bem de acordo com o livro clássico. Um dos aspectos mais curiosos dessa produção é a atuação do ator Christopher Lee como a criatura criada em laboratório pelo lunático cientista Victor Frankenstein. A maquiagem que Lee usou foge dos padrões clássicos dos filmes da Universal nos Estados Unidos. Ao invés de ter parafusos e um topo quadrado em sua cabeça, como no visual antigo, aqui os diretores da Hammer preferiram algo menos cartunesco, com Lee usando algo mais discreto, mais humano, vamos colocar assim. Ele tem um rosto deformado, porém mais de acordo com o visual de um corpo humano após sua morte. Ficou muito bom para dizer a verdade. Já Cushing surpreende ao não tentar fazer o estereótipo do cientista maluco e cruel. Ele procurou ser menos exagerado, procurando até mesmo por uma interpretação mais cuidadosa do que seria um pesquisador e cientista da era vitoriana. Então é basicamente isso. Mais um belo trabalho de direção e atuação da Hammer, um estúdio que realmente marcou história no universo da cultura pop cinematográfica mundial. Esse é aquele tipo de filme que já nasce clássico, desde seu lançamento original. Imperdível.

Pablo Aluísio~.