Segue sendo o trabalho mais memorável tem termos de atuação da carreira do ator Russell Crowe. Ele interpreta um gênio da matemática chamado John Nash. O filme, que é baseado numa história real, mostra Nash em seus primeiros anos, quando se torna um aluno brilhante numa das melhores universidades do mundo. Como é considerado um verdadeiro talento em sua área, acaba sendo procurado pelo governo para trabalhar no deciframento de códigos criptográficos. O que começa até bem logo desanda quando Nash começa a afirmar que está sendo perseguido, se tornando alvo de um complô extremamente complexo para lhe assassinar.
Verdade ou fruto de sua cabeça? O roteirista Akiva Goldsman joga o tempo todo com as duas possibilidades, dando um verdadeiro nó na cabeça dos espectadores. O filme só não é melhor porque o cineasta Ron Howard sempre foi muito convencional, nunca indo para caminhos mais desafiantes. Ele sempre preferiu mesmo o feijão com arroz do dia a dia. Sem esse tipo de coragem o filme acaba perdendo um pouco, até porque o diretor parece nunca estar à altura do roteiro, esse realmente acima da média, muito bem escrito. Fico imaginando um material como esse nas mãos de um Stanley Kubrick, por exemplo. Seria definitivamente uma das maiores obras primas da história do cinema.
Do jeito que ficou está OK, mas como sempre gosto de dizer, poderia ser bem melhor. De uma maneira ou outra o filme acabou se consagrando no Oscar com quatro importantes prêmios: Melhor direção (para Howard, um exagero!), Melhor Atriz Coadjuvante (Jennifer Connelly, a garota de "Labirinto" que cresceu e virou uma boa atriz), Melhor Roteiro (O prêmio mais merecido da noite) e Melhor Filme (achei um pouco forçado). Russell Crowe também foi indicado ao Oscar como Melhor Ator, mas não levou, naquela que foi a chance mais desperdiçada de sua carreira. Nunca mais ele voltaria a concorrer, mostrando que foi mesmo uma chance de ouro que ele perdeu de levantar a estatueta. Em conclusão considero um bom filme, com aquele tipo de roteiro que anda cada vez mais raro nos dias atuais. Muitos vão dizer que é tudo bem inconclusivo no final das contas, porém penso diferente, sendo esse aspecto uma das qualidades mais louváveis de seu texto.
Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind, Estados Unidos, Inglaterra, 2001) Direção: Ron Howard / Roteiro: Akiva Goldsman, baseado no livro escrito por Sylvia Nasar / Elenco: Russell Crowe, Ed Harris, Jennifer Connelly, Christopher Plummer, Paul Bettany, Josh Lucas/ Sinopse: John Nash (Russell Crowe) é um gênio da Matemática que é procurado pelo governo americano para trabalhar na decifração de códigos de países inimigos. Em pouco tempo Nash começa a temer por sua vida, pois o que parecem ser agentes do governo, começam a persegui-lo, colocando em risco sua vida. Seria verdade ou apenas fruto de sua mente perturbada? Filme indicado também ao Oscar nas categorias de Melhor Edição (Mike Hill, Daniel P. Hanley), Melhor Maguiagem (Greg Cannom, Colleen Callaghan) e Melhor Música (James Horner). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Ator - Drama (Russell Crowe), Melhor Atriz - Drama (Jennifer Connelly) e Melhor Roteiro (Akiva Goldsman).
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.8
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Pablo:
ResponderExcluirSe para um gênio como John Nash, não bastava ser John Nash, ele tinha que ser um espião de guerra para se sentir vivo, então realmente o que vale é o aforisma do Goethe: "Vive quem perigosamente vive".
A mente é um lugar estranho, complexo e estranho...
ResponderExcluir