sábado, 16 de dezembro de 2017

Funeral em Berlim

Título no Brasil: Funeral em Berlim
Título Original: Funeral in Berlin
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Guy Hamilton
Roteiro: Evan Jones
Elenco: Michael Caine, Oskar Homolka, Paul Hubschmid
  
Sinopse:
Durante a guerra fria o agente inglês Harry Palmer (Michael Caine) é enviado para Berlim com a missão de ajudar na deserção de um importante coronel da KGB que decidiu pedir asilo político para a Inglaterra. Palmer deverá assim criar todo um plano para que o importante oficial russo possa atravessar a fronteira sem maiores problemas. A missão envolve espionagem e contra-espionagem e desde o começo se mostra extremamente perigosa para todos os envolvidos. Palmar porém não consegue, em nenhum momento, se convencer das sinceras razões do ex-chefe de espionagem soviético no lado oriental de Berlim. Para ele há algo mais envolvido em tudo isso e seu instinto sugere que tudo talvez não passe de uma grande armadilha montada pela famigerada KGB.

Comentários:
Os filmes de espionagem tiveram seu auge durante os anos 1960. O mundo vivia o ponto alto da guerra fria, das tensões entre o ocidente capitalista e o oriente comunista dominado por Moscou com mãos de ferro. E nenhum lugar do mundo retratava melhor essa tensão do que a Alemanha, em especial Berlim, dividida por um muro que separava os dois lados, com as ruas cheias de espiões de todos os países envolvidos nesse verdadeiro quebra-cabeças da diplomacia internacional. O roteiro baseado no romance escrito por Len Deighton se passa justamente no meio desse cenário. Isso porém não significa que você assistirá a um filme de James Bond ou algo parecido. O tom é bem mais realista. O espião interpretado por Michael Caine não tem nada de Bond, nenhum glamour e nenhum estilo. Com cara de nerd, de homem comum (como aliás é o mundo da espionagem verdadeira), ele chega em Berlim procurando não chamar a atenção de ninguém. Com nome e passaporte falsos, ele precisa contar até mesmo com a ajuda de um ladrão profissional e um sujeito misterioso, especialista em passar pessoas entre as fronteiras. Para levar o Coronel russo para o lado ocidental eles planejam literalmente colocar o velho em um caixão, montando-se um falso funeral para atravessar os postos de fronteira, sempre muito rigorosos e bem protegidos por tropas soviéticas. Para enrolar ainda mais o quadro geral ainda há a intervenção não prevista do serviço secreto de Israel que está em busca de criminosos de guerra nazistas. Enfim, um bom filme de espionagem rodado no tempo em que esse estilo cinematográfico estava mesmo em seu auge de sucesso de crítica e público. Uma boa dica para quem aprecia esse tipo de enredo.

Pablo Aluísio.

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