Tudo se passa dentro de um necrotério. É lá que trabalham o médico legista Dr. Tommy Tilden (Brian Cox) e seu filho Austin (Emile Hirsch). A rotina de trabalho diário se resume a realizar várias autópsias, principalmente em corpos trazidos pelo xerife da cidade. A principal função é descobrir a causa mortis daquelas pessoas. Alguns foram brutalmente assassinados, outros cometeram suicídio, etc. Assim a primeira parte do filme mostra trechos de autópsias nesses cadáveres. Quem não tiver estômago forte certamente largará o filme em seus minutos iniciais. Tudo vai relativamente calmo até que chega um novo corpo no necrotério. É de uma jovem sem identificação. Assim ela logo recebe o rótulo de Jane Doe (uma expressão em inglês para designar justamente pessoas do sexo feminino sem identidade confirmada). Jane foi encontrada parcialmente enterrada no porão de uma casa onde ocorreu uma grande chacina. Todos os moradores foram encontrados mortos. A origem da moça é desconhecida, assim como a causa de sua morte. Caberá ao Dr. Tilden e seu filho investigar o que teria acontecido.
Logo nos primeiros procedimentos de autópsia eles descobrem que ela não tem qualquer marca de violência externa em seu corpo, porém quando abrem o cadáver descobrem algo interessante, pois seus órgãos internos foram mutilados e destruídos - mas como isso seria possível sem qualquer sinal de corte, ferimento ou dilaceração? Do ponto de vista científico pouca coisa faz sentido! O que eles não sabem é que Jane Doe sequer pertence ao nosso tempo. Bem, falar demais poderia estragar as surpresas do roteiro, então quanto menos se explicar o enredo, melhor. Eu gostei desse filme. É bem sabido que filmes de terror andam sem muita originalidade e criatividade. O gênero de uma maneira em geral anda saturado. Esse "The Autopsy of Jane Doe" possui algumas situações que fogem do lugar comum, do puro clichê. O espectador mais atento, por exemplo, vai logo perceber que tudo o que se vê na tela pode ser apenas um aspecto subjetivo da visão dos protagonistas, o que lança um véu de fumaça sobre os reais acontecimentos. Achei isso um aspecto bastante positivo do roteiro. Além disso há uma tendência a valorizar bastante o suspense, algo que gera pontos a favor do filme. Assim pela criatividade, pela originalidade de se tentar algo novo o filme certamente vale a pena. Basta captar todas as mensagens subliminares de seu roteiro sui generis.
A Autópsia (The Autopsy of Jane Doe, Estados Unidos, 2016) Direção: André Øvredal / Roteiro: Ian B. Goldberg, Richard Naing / Elenco: Emile Hirsch, Brian Cox, Olwen Catherine Kelly, Ophelia Lovibond / Sinopse: O cadáver de uma jovem sem identificação chega ao necrotério para se submeter a uma autópsia. Inicialmente os sinais encontrados não fazem muito sentido do ponto de vista científico. O pior porém está apenas por acontecer, quando eventos sinistros e sombrios começam a se manifestar naquele lugar lúgubre.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.8
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
O equivalente de Jane Doe no Brasil é Maria Ninguém, assim como John Doe seria João Ninguém.
ResponderExcluirRealmente, deve estar muito difícil imaginar roteiros originais e interessantes pelo que você descreve o que seria a premissa deste filme.
PS. Deixei duas pequenas treplicas pra você lá nas 30 fotos do Elvis.
Isso mesmo. Um apelido tal como o que usamos no Brasil.
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