A primeira impressão para um cinéfilo que se depara com dois grandes atores como Anthony Hopkins e Al Pacino em um mesmo filme é de criar altas expectativas. Goste deles ou não, o fato é que ambos são de uma espécie rara de ator, algo que ultimamente está em franca extinção. Pois bem, o filme começa e você vai percebendo que o enredo vai girar muito mais em torno do personagem interpretado pelo fraco Josh Duhamel do que pelos dois grandes astros do cinema que, para seu desgosto, vão surgir mesmo apenas como coadjuvantes de luxo de um filme que não é ruim, mas que pelos nomes envolvidos poderia ser bem melhor. O filme não foi muito bem recebido pela crítica americana justamente por isso. Há um claro desperdício de Pacino e Hopkins, dois nomes que simplesmente não podem ser colocados de lado. Pacino é até melhor explorado do que Hopkins, mas nenhum deles tem grande oportunidade de demonstrar em cena seus inigualáveis talentos. Novamente temos aqui uma daquelas tramas de suspense onde nada parece ser o que realmente é, com várias surpresas e reviravoltas pelo meio do caminho.
O enredo é relativamente simples em seu começo. O bilionário do ramo farmacêutico Arthur Denning (Anthony Hopkins) se vê extorquido após o suposto sequestro de sua jovem namorada, a bela Emily Hynes (Malin Akerman). Para que ela escape com vida os sequestradores exigem que Denning entregue um resgate de dois milhões e meio de dólares numa galeria de arte. É uma semana particularmente ruim para o ricaço. Além de ter que resolver o sequestro de sua jovem amante, ele precisa lidar com um processo milionário movido pelos advogados Charles Abrams (Al Pacino) e Ben Cahill (Josh Duhamel). Eles alegam que Denning manipulou resultados em testes de drogas de sua indústria, o que resultou na morte de dezenas de pessoas. As coisas que já eram ruins começam a ficar estranhas quando Denning descobre que o advogado Cahill foi namorado e grande paixão de sua namorada Emily no passado. Tudo soa muito esquisito, pois coincidências desse tipo dificilmente existem. Será que haveria uma ligação entre as coisas? Pois é justamente nesse misterioso elo de ligação entre os fatos que o roteiro vai desenvolver até o final, que devo avisar, poderá soar decepcionante para alguns (no meu caso não gostei realmente!). De qualquer forma é a tal coisa, com Hopkins e Pacino no elenco fica mesmo difícil ignorar esse "Má Conduta". Só não vá esperando muito, pois assim ficará decepcionado. É ver para crer.
Má Conduta (Misconduct, Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Shintaro Shimosawa / Roteiro: Simon Boyes, Adam Mason / Elenco: Josh Duhamel, Anthony Hopkins, Al Pacino, Alice Eve, Malin Akerman, Julia Stiles, Byung-hun Lee / Sinopse: Bilionário (Hopkins) se vê encurralado ao descobrir que sua jovem namorada foi sequestrada por criminosos. Na mesma semana ele ainda precisa resolver um processo milionário movido por ambiciosos advogados que exigem uma indenização extraordinária por causa de algumas mortes causadas supostamente por drogas criadas pela empresa de sua propriedade.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.8
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Acabei de assistir no telecine e o filme me pareceu uma colcha de retalhos . A cena final da foi muito estranha. Fiquei o tempo todo esperando algo acontecer até porque a musica sugeria isso , e no final o desenrolar é de de decepcionante. Ma conduta de quem, afinal? Porque o advogado era inocente e a trama gira em torno dele. O fato de ter duas feras no elenco nos instiga a querer ver um baita filme mas isso nao aconteceu. Enfim, de qualquer forma valeu .
ResponderExcluirÓtimas observações Teca. Realmente o roteiro poderia ser bem melhor, com um desfecho mais coeso. De qualquer forma pelo bom elenco vale ainda a pena assistir.
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