quinta-feira, 9 de junho de 2016

Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos

Ir ao cinema hoje em dia tem se tornado um exercício de paciência. Quando não há filmes adaptados de quadrinhos em cartaz, há produções como essa que são destinadas ao mesmo público, só que usando outras fontes de cultura pop para adaptar ao cinema. Esse universo de "Warcraft" é muito conhecido do público ligado em RPG e games. Muito comercial, "Warcraft" já virou algo bem complexo e desenvolvido em seu nicho. Trazer algo assim para o cinema exigia uma certa simplificação. Foi justamente isso que o diretor Duncan Jones fez. Ele traz um enredo básico, que qualquer pessoa pode acompanhar. Você não precisa ser conhecedor das estórias para acompanhar.

Basicamente o que temos aqui é a invasão dos reinos humanos pelos Orcs, figuras criadas totalmente pela computação gráfica, com dentes de javali e força bruta. Falou em Orc eu tenho certeza que você lembrou de "O Senhor dos Anéis", a imortal obra de J.R.R. Tolkien. É bem por aí mesmo. Aquele tipo de universo de fantasia, com várias raças diferentes, magia e monstros.

Claro que "Warcraft" não passa de um subproduto da obra de Tolkien, mas mesmo assim está valendo pela pura e simples diversão. Tecnicamente achei o filme bem realizado. As criaturas - com destaque para os Orcs - são bem feitas e até mesmo convincentes. A parte de efeitos especiais só se perde um pouco mesmo durante as batalhas quando há muitos personagens juntos lutando. Nesses momentos o filme ficou com jeitão de videogame, mas não penso que o público que acompanhe esse universo vá reclamar de algo assim.

Por falar em criar ambientes virtuais próprios, essa é justamente a especialidade do cineasta Duncan Jones. Ele já havia trabalhado em algo parecido em seus filmes anteriores como "Lunar" (muito bom, merece ser redescoberto) e "Contra o Tempo" (bem bolada ficção estrelada pelo ator Jake Gyllenhaal). Aqui ele tem a primeira oportunidade de dirigir um filme com grande orçamento e pretensão de ser uma nova franquia blockbuster. Aliás fica claro no desfecho desse filme que é justamente essa a intenção dos produtores. Não há propriamente um clímax, ficando praticamente tudo em aberto para as sequências que poderão vir ou não, dependendo da bilheteria desse primeiro. Eu particularmente penso que haverá continuações, não tão bem sucedidas como "O Hobbit" ou até mesmo "O Senhor dos Anéis", mas pelo andar da carruagem esse certamente será o pontapé inicial de uma nova trilogia de fantasia. É esperar para ver.

Pablo Aluísio. 

Um comentário:

  1. Avaliação:
    Direção: ★★★
    Elenco: ★★★
    Produção: ★★★
    Roteiro: ★★★
    Cotação Geral: ★★★
    Nota Geral: 7.5

    Cotações:
    ★★★★★ Excelente
    ★★★★ Muito Bom
    ★★★ Bom
    ★★ Regular
    ★ Ruim

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