Jane Eyre é um clássico da literatura inglesa então obviamente o texto do roteiro  tem muito pedigree. No fundo é uma estória bem romântica com várias  reviravoltas, amores impossíveis, romantismo exacerbado e heróis  galantes. Aqui acompanhamos a triste saga de Jane Eyre. Bem nascida tem o  azar de ver seus dois pais mortos. Nas mãos de uma parenta megera logo é  internada em um colégio interno, daqueles de dar arrepios, com quartos  escuros e professoras violentas. Castigo físico é rotina além de muitas  horas de estudo e trabalho. Jane então se torna uma moça adulta e ao  sair da escola procura um emprego como governanta numa luxuosa  propriedade campestre britânica (aqueles casarões que estamos  acostumados a ver em filmes e séries britânicas como Downtown Abbey). Aí  nesse local ela viverá emoções, paixões e tudo o mais que não convém  contar mais para não estragar.A produção é da BBC Films, então bom gosto e classe refinados é o mínimo a se esperar. A direção é meio burocrática, sem grandes arroubos autorais o que é de se compreender pois o diretor Cary Fukunaga (que apesar do nome é americano) quis apenas contar a estória do livro sem tirar nem colocar nada. Quis ser eficiente e correto. Se não atrapalha também não emociona. Percebi que diante de tanto zelo pela obra original o filme acabou soando frio, gélido, sem grandes emoções. Até mesmo o romance central (que deveria ser um arroubo de paixões descontroladas) se torna morno. De qualquer forma ainda recomendo por causa da bonita produção, dos belos jardins e da chance de conhecer, nem que seja pela tela, a obra da escritora inglesa Charlotte Bront.
Jane Eyre (Jane Eyre, Estados Unidos, 2011) Direção: Cary Fukunaga / Roteiro: Moira Buffini / Elenco: Mia Wasikowska, Jamie Bell e Sally Hawkins / Sinopse: Jane Eyre (Mia Wasikowska) morava com sua tia, e ao ficar órfã é levada para morar em um internato. Quando adulta, ela vai trabalhar como governanta na casa de Edward Rochester (Michael Fassbender) mas em breve o destino mudará completamente sua vida.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.6
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
O interessante dessas escritoras do século 18 é que suas personagens já frertavam com o feminismo, que só viria a existir de fato em meados do século 20.
ResponderExcluirAí ontem, 8 de março dr 2025, se comemorou o dia internacional da mulher, como se o ser que é simplesmente responsável pela reprodução da vida no planeta precisa-se de um dia pra ser lembrada. Esse dia me parece mais um insulto a mulher, que uma homenagem.
O movimento feminista foi e continua sendo muito importante até os dias atuais. O que o prejudica atualmente é um certo radicalismo exacerbado. Todo tipo de radicalismo acaba prejudicando sua própria causa.
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