quarta-feira, 10 de setembro de 2025

It: A Coisa

Falou-se bastante que Stephen King já não era mais um nome de apelo comercial nos cinemas. Realmente fazia tempo que um filme com seu nome no cartaz havia feito sucesso. Então essa nova versão para um antigo livro do escritor chegou nas telas de cinema de todo o mundo em 2017 e virou um enorme êxito de bilheteria, faturando mais de 500 milhões de dólares ao redor do mundo. Nada mal. Com esses números já é o filme de maior sucesso de Stephen King para o cinema. O mais interessante para o estúdio é que o filme só traz parte da trama do livro original. Ainda há toda uma segunda parte prontinha para ser adaptada em um futuro próximo (segundo algumas fontes serão mais dois filmes e não apenas um para dar continuação na estória!).

Eu particularmente gostei bastante dessa nova versão. Esse livro já tinha sido adaptado nos anos 90 para uma minissérie que inclusive foi lançada em VHS no Brasil na época, mas nada realmente se compara com esse novo filme. O diretor Andy Muschietti acertou em cheio. Ele recuperou parte das características de muitos filmes dos anos 80, aliando tudo aos efeitos especiais mais modernos do mundo atual. O palhaço inclusive bate fundo no imaginário do público - até porque muitas pessoas desenvolvem esse medo de palhaços logo na infância. Provavelmente seja um dos personagens mais bem bolados da obra de King. A cena dele no bueiro, com o garotinho sendo convidado a ir até lá, na escuridão, para pegar balões de circo, já está inserida na cultura pop de forma definitiva. O segundo filme muito provavelmente não terá o mesmo impacto, já que a segunda parte do livro já não é tão boa quanto essa primeira, mas mesmo assim vale conferir. Stephen King não pode mais ser subestimado no mundo do cinema. Não depois desse "It".

It: A Coisa (It, Estados Unidos, 2017) Direção: Andy Muschietti / Roteiro: Chase Palmer, Cary Fukunaga, baseados no best seller escrito por Stephen King / Elenco: Bill Skarsgård, Jaeden Lieberher, Finn Wolfhard / Sinopse: Um grupo de garotos descobre que uma estranha criatura sobrenatural está aterrorizando sua cidade nos anos 80. Eles a chamam simplesmente de "It" (a coisa). Essa entidade que veio diretamente do inferno parece se alimentar do medo alheio, assumindo as mais diversas formas para espalhar o horror. Filme vencedor do Golden Trailer Awards na categoria de Melhor Trailer do ano - Filme de Terror.

Pablo Aluísio.

30 Dias de Noite

Título no Brasil: 30 Dias de Noite
Título Original: 30 Days of Night
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Slade
Roteiro: Steve Niles, Stuart Beattie
Elenco: Josh Hartnett, Melissa George, Danny Huston
  
Sinopse:
Adaptação dos quadrinhos escrito por Ben Templesmith e Steve Niles (que também assina o roteiro), o filme "30 Dias de Noite" mostra o cotidiano da pequena cidadezinha de Barrow, no Alasca. Em uma região extremamente fria e isolada do mundo, que durante o inverno não se vê a luz do sol, ficando toda a vila imersa em uma noite de 30 dias, que parece eterna. Um cenário perfeito para o ataque de um grupo de vampiros sedentos por sangue humano. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Terror.

Comentários:
"30 Days of Night" é um filme visceral! Não há outra definição para essa fita extremamente violenta que vai diretamente ao ponto. Temos aqui uma cidadezinha do Alaska que fica submersa nas trevas da noite por 30 dias seguidos. O lugar isolado e indefeso logo se torna o alvo perfeito para um ninho de vampiros violentos, sádicos e insanos. O enredo assim pode até parecer simplório demais, diria até simplista, mas não se engane, se trata mesmo de um ótimo filme de terror com muito sangue e vísceras por todos os lados. Não há nada de sensual ou romântico nesses vampiros, eles são monstros ao velho estilo, e não estão nada dispostos a interagir com os seres humanos que são encarados apenas como alimento e nada mais. O visual gótico, o ótimo cenário congelado e desolador e uma fotografia muito bem realizada (graças ao talentoso Jo Willems) tornaram o filme cult com o tempo. A maquiagem e os efeitos especiais são também os ideais, bem realizados, nunca tomando o lugar da trama, se adequando muito bem às cenas. O clima de desespero e violência logo se impõe. De certa maneira esse roteiro era quase uma resposta para a romantização que vinha sendo feita em cima dos vampiros no mundo do cinema e quadrinhos. Esses aqui certamente não estão interessados em paixões humanas e nem em relacionamentos. Eles querem se banhar no sangue alheio, matando o maior número possível de humanos que encontrarem pelo caminho. O curioso de tudo é que o diretor David Slade, que havia chamado a atenção da indústria pelo ótimo suspense "Menina Má.Com", acabou sendo estigmatizado depois de dirigir em 2010 o filme "A Saga Crepúsculo: Eclipse", justamente o extremo oposto do que propunha nesse violento "30 Dias de Noite". Pois é, ninguém é perfeito.

Pablo Aluísio .

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Touro Sentado

Título no Brasil: Arquivos Confidenciais - Touro Sentado
Título Original: Mystery Files - Sitting Bull
Ano de Produção: 2011
País: Inglaterra
Estúdio: National Geographic
Direção: Kate Haddock
Roteiro: Kate Haddock
Elenco: Struan Rodger, Tobias Capwell, Adrian Bouchet, Gemma Deerfield, Helen Rappaport, Aaron Scully

Sinopse:
Documentário que narra as descobertas arqueológicas envolvendo a batalha de Little Bighorn, quando os guerreiros nativos de Touro Sentado massacraram os soldados da Sétima Cavaleria comandados pelo General Custer.

Comentários:
Tudo o que se refere com a National Geographic é bom, tem qualidade. Essa série "Mystery Files" tem a proposta de revelar segredos do passado, envolvendo grandes figuras históricas. Nesse episódio em particular somos levados ao campo de batalha onde soldados americanos foram mortos por nativos Sioux em um dos eventos mais relembrados da história do velho oeste. Os historiadores fizeram escavações no lugar onde se deu essa batalha e descobriram coisas interessantes, como o fato de que os rifles usados pelos Sioux e Lakotas eram mais modernos do que os usados pelos soldados da cavalaria! Surpreso com esse fato? O documentário ainda vai mais longe. Por anos se pensou que o próprio Touro Sentado havia participado da batalha, mas na verdade ele ficou na tribo, rezando por seus guerreiros. Ele era na verdade um xamã, um homem que realizava rituais em prol de seu povo. Não era um guerreiro do campo de batalha, até porque já era um homem velho quando tudo aconteceu. E a figura do General Custer também perde seu brilho de herói nesse documentário, mostrando a verdade dos fatos, os genocídios que ele costumava praticar contra os índios. Enfim, não deixe de assistir para ter uma visão mais clara do que realmente aconteceu na história real.

Pablo Aluísio.

Aliança de Aço

Título no Brasil: Aliança de Aço
Título Original: Union Pacific
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Walter DeLeon, Gardner Sullivan
Elenco: Barbara Stanwyck, Joel McCrea, Akim Tamiroff, Robert Preston, Lynne Overman, Brian Donlevy

Sinopse:
O Presidente Lincoln assina a autorização para a construção de uma grande ferrovia cortando todo o território dos Estados Unidos, com parada final na Califórnia. Isso cria uma série de intrigas entre diversas pessoas interessadas nesse novo empreendimento.

Comentários:
Foi um dos trabalhos de Cecil B. DeMille no cinema. Esse diretor e produtor foi sem dúvida um dos mais importantes da história de Hollywood. Ele pensava seus filmes como espetáculos, como eventos. Para ele não havia espaço para o simples, o medíocre. Os filmes tinham que ser grandiosos, com produções milionárias, milhares de figurantes, cenários absurdamente caros, etc. Aqui ele fez da construção da ferrovia Union Pacific um espetáculo cinematográfico. Como tudo que dizia respeito a Cecil B. DeMille esse filme também se caracterizava pelo exagero. Ele trouxe trens de época, redobrou os custos da Paramount para reconstruir aquele dias perdidos no passado. O filme foi indicado na categoria efeitos especiais, mas a verdade é que praticamente tudo o que se vê na tela existia de fato. Já o roteiro tem alguns problemas. Há excesso de personagens, mas isso no final não tira os méritos de DeMille. Aqui ele deixou mais uma vez as marcas de sua conhecida megalomania. É cinema produzido para encher os olhos do espectador.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Venom: Tempo de Carnificina

São tantos filmes sendo lançados pela Marvel que até mesmo personagens secundários dos gibis ganham sua própria franquia cinematográfica. É o caso desse Venom, um vilão dos quadrinhos do Homem-Aranha que se deslocou do universo do famoso herói para ter a sua exclusiva linha de filmes. Com a chegada desse segundo exemplar posso dizer que nenhum deles é lá grande coisa. São filmes para assistir com muita pipoca, visando unicamente tirar ali pouco mais de uma hora e meia de diversão descompromissada. No fundo é um daqueles filmes de monstros lutando entre si. Nada de novo desde os tempos dos primeiros filmes de Godzila no Japão. Só que aqui tudo turbinado por efeitos digitais de última geração aliado a um roteiro bem simples, pontuado com algumas pitadas de bom humor, muitas delas bem sem graça.

Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy (que também produziu em parte o filme e ajudou no roteiro) é um jornalista investigativo que vai atrás de uma nova matéria com o serial killer Cletus Kasady (Woody Harrelson). O problema é que a matéria de Brock acaba levando a inúmeros corpos de vítimas de Cletus e isso o condena à pena de morte. Só que em um lance do acaso o psicopata também se contamina com a substância alien de Venom, o que dá origem a uma nova criatura chamada propriamente de Carnificina. O curioso é que nos quadrinhos essa saga do Carnificina foi bem criticada pelos especialistas na nona arte, mas no cinema até que rendeu uma boa diversão. Pelo visto os deuses da sétima arte são mesmo mais generosos.

Venom: Tempo de Carnificina (Venom: Let There Be Carnage, Estados Unidos, 2021) Direção: Andy Serkis / Roteiro: Kelly Marcel, Tom Hardy / Elenco: Tom Hardy, Woody Harrelson, Michelle Williams, Naomie Harris / Sinopse: Segundo filme da franquia Venom. Na história um perigoso psicopata se contamina com a substância vinda do espaço que deu origem ao Venom. Com isso surge uma nova criatura, um novo monstro, chamado Carnificina.

Pablo Aluísio.

Venom

O Venom é um personagem do universo do Homem-Aranha. Foi um vilão inventado pela Marvel para combater o famoso herói. Só que nesse filme nada disso conta. É um filme que se propõe a ser solo, quase como uma nova franquia do estúdio. Basicamente temos uma espécie de parasita espacial que chega em nosso planeta e começa a criar uma simbiose com seres humanos para sobreviver em nosso ambiente. Para azar do jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) ele acaba sendo infectado. Como se não já bastasse ter perdido o emprego e a namorada com quem pretendia se casar, agora ele precisa lidar com essa ameaça desconhecida. A criatura chamada Venom ocupa não apenas seu corpo, mas sua mente também, falando com ele em tempo real, criando situações que até tentam ir pelo caminho do humor.

O filme está fazendo sucesso atualmente nos cinemas. Nos Estados Unidos foi o mais visto desse fim de semana. A crítica em geral opinou negativamente, mas o público parece ter gostado bastante, lotando as salas de exibição. Pessoalmente achei um bom filme pipoca, bem na base da diversão mesmo. A estória é pura ficção anos 50, com monstros espaciais, foguetes, vilões inescrupulosos, etc. Só faltou mesmo o Homem-Aranha, afinal o Venom é tão ligado ao Peter Parker que tem inclusive o mesmo visual de um de seus uniformes (coisa que o roteiro desse filme tenta ignorar, mas que é óbvio). Pelo que vinha lendo do filme poderia ser bem pior. Do jeito que está é um pipocão que cumpre aquilo que promete, trazendo uma boa diversão para seu público alvo.

Venom (Estados Unidos, 2018) Direção: Ruben Fleischer / Roteiro: Jeff Pinkner, Scott Rosenberg / Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed / Sinopse: Criatura espacial, uma espécie de parasita simbiótico, infecta um jornalista investigativo. Enquanto ele tenta entender o que está acontecendo, um plano que coloca em risco a vida humana na Terra é criado por um vilão psicopata.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de setembro de 2025

Footloose

É um, digamos assim, clássico do cinema musical da década de 80. O enredo é simpático e o filme até hoje tem seus admiradores, a ponto inclusive de se produzir um remake recente (horrendo, por sinal). A estória foi levemente baseada em um fato real ocorrido numa cidadezinha do meio oeste americano. Após a morte de jovens numa noite de bebedeiras e farras o pastor local conseguiu convencer a comunidade a adotar uma atitude radical: proibir toda e qualquer festa com música entre jovens. Embora fosse obviamente um ato sem a menor base jurídica (basicamente uma afronta aos direitos individuais da juventude local) o fato é que a cidade comprou a idéia e assim a música, a dança e as festas públicas foram definitivamente banidas do local.

Footloose começa justamente quando um jovem de Detroit chega para morar na cidadezinha. Farrista, bom dançarino, ele logo fica espantado com a proibição e começa um movimento dentro da comunidade para a organização de uma grande festa, um baile de formatura. Bom, já deu para perceber que o roteiro abre muito espaço para música – e a trilha sonora se aproveita bem disso numa bela seleção de sucessos que estouraram nas rádios FMs em todo o mundo (inclusive no Brasil onde várias canções entraram nas principais paradas, marcando época para dizer a verdade). Footloose se tornou o primeiro grande sucesso da carreira do ator Kevin Bacon. Na época ele era apenas um notório desconhecido mas depois desse musical abriu seu próprio caminho dentro da indústria do cinema, estrelando ou participando como coadjuvante de grandes filmes e sucessos de bilheteria. Assim fica a dica de “Footloose” que ao lado de “Dirty Dancing” e “Flashdance” foi um dos maiores símbolos do cinema dançante da década de 80.

Footloose – Ritmo Louco (Footloose, Estados Unidos, 1984) Direção: Herbert Ross / Roteiro: Dean Pitchford / Elenco: Kevin Bacon, Lori Singer, John Lithgow / Sinopse: Jovem recém chegado numa pequena cidade tenta colocar abaixo uma proibição do pastor da comunidade que impede a realização de festas e danças entre jovens.

Pablo Aluísio.

Xanadu

Título no Brasil: Xanadu
Título Original: Xanadu
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Greenwald
Roteiro: Richard Christian Danus, Marc Reid Rubel
Elenco: Olivia Newton-John, Gene Kelly, Michael Beck

Sinopse: 
Musas gregas do Olimpo descem até a Terra em busca de diversão. Durante sua estadia entre os mortais uma delas chamada Kira (Olivia Newton-John) acaba se envolvendo com um artista, algo que não será de agrado dos grandes deuses como Zeus e cia! Musical símbolo dos anos 80.

Comentários:
Hoje em dia o filme vai soar tão estranho como um Deus Grego caminhando pelas ruas! De fato quando "Xanadu" foi lançado o mundo pop era bem diferente. A discoteca dava seus últimos suspiros e a última moda era andar de patins! Tudo isso hoje soa bem datado (e é mesmo!) mas talvez esteja aí o grande charme de rever o musical nos dias atuais. Afinal tudo é tão exageradamente inocente que vai parecer mesmo uma relíquia histórica. Em termos de elenco o grande atrativo é a presença da atriz sensação (na época, claro) Olivia Newton-John. Além de atriz era uma cantora talentosa e por isso virou símbolo para as garotas daqueles anos que a imitavam no penteado, nas roupas e no estilo. Gene Kelly, ator símbolo dos antigos musicais da MGM também está presente mas sua participação não é muito relevante. Vale mais como uma homenagem do que qualquer outra coisa. Os efeitos de Xanadu hoje em dia vão soar completamente sem noção, mais parecendo um videogame da Atari mas releve tudo isso e caia na dança cantando o refrão eterno (e ultra, mega pegajoso) da canção tema do filme! Os saudosistas agradecem!

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de setembro de 2025

O Regime

O Regime
Nessa altura de sua carreira a atriz Kate Winslet não precisava de uma bobagem como essa em seu currículo de tantos bons filmes. Nessa minissérie ela interpreta uma ditadora de uma pequena republiqueta no leste europeu. O modelo é claramente inspirado em uma daquelas ex-repúblicas soviéticas que surgiram após a queda do muro de Berlim. Sua personagem é a de uma figura exagerada, populista e bizarra, cheia de manias estranhas. O povo não aguenta mais aquele regime, mas ela segue em frente com muita repressão e propaganda política. E as coisas logo saem do controle quando ela se apaixona por um de seus guardas palacianos, um tipo rude e dado a ataques de violência irracional. 

Fica claro desde os primeiros episódios que a proposta seria a de fazer uma série com muito humor, mas a realidade é que tudo é bem sem graça. A Kate Winslet não tem talento para esse tipo de papel. A praia dela é bem outra. Além disso, essa tentativa de ridicularizar outros países, com seus ditadores ridículos, soa no mínimo incoerente nos dias atuais. Em tempos de Donald Trump, os americanos perderam toda a moral para passar lições aos outros países do mundo nesse aspecto. Atualmente nenhum líder mundial é mais ridículo do que o presidente bizarro deles!

O Regime (The Regime, Estados Unidos, 2024) Direção: Stephen Frears, Jessica Hobbs / Roteiro: Will Tracy, Sarah DeLappe / Elenco: Kate Winslet, Matthias Schoenaerts, Guillaume Gallienne / Sinopse: Elena Vernham (Kate Winslet) é a ditadora de uma pequena republiqueta localizada entre a Europa e a Ásia. Além dos inimigos políticos internos, ela precisa também abafar um novo escândalo em sua vida pessoal. Mesmo casada, acaba se envolvendo loucamente com um dos guardas de seu palácio, para desespero de seus ministros de Estado. 

Pablo Aluísio. 

Programa de Domingo - A História de Ed Sullivan

Programa de Domingo - A História de Ed Sullivan 
Documentário da Netflix que se propõe a contar a história do apresentador Ed Sullivan (o mais popular nome dos programas de variedades dos Estados Unidos). Ao longo de décadas ele apresentou um programa de TV que foi campeão absoluto de audiência nas noites de domingo. Pois é, qualquer semelhança com o nosso Silvio Santos definitivamente não é mera coincidência. 

A intenção e a ideia do documentário são muito boas, mas devo dizer que o resultado final é bem fraco. Sim, aparecem pequenos trechos das apresentações dos Beatles, Elvis Presley e Rolling Stones no programa, mas fora disso, nada de muito espetacular é revelado sobre Ed Sullivan. Apenas que ele veio do rádio, se deu muito bem na novata televisão, não tinha preconceitos contra artistas negros e nada muito além disso. Diante da história do Sullivan e de sua importância dentro da história da TV dos Estados Unidos, realmente a coisa toda ficou pelo meio do caminho. Como se costuma dizer, esse documentário não se mostrou à altura do personagem que procurou desvendar. 

Programa de Domingo - A História de Ed Sullivan (Sunday Best, Estados Unidos, 2025) Direção: 
Sacha Jenkins / Roteiro: Sacha Jenkins / Elenco: Ed Sullivan, The Beatles, Elvis Presley, entre outros artistas (em arquivos de imagens) / Sinopse: Documentário da Netflix que conta a trajetória do radialista, jornalista e apresentador de televisão Ed Sullivan que foi um dos maiores líderes de audiência da televisão norte-americana de sua época. 

Pablo Aluísio.