sábado, 17 de maio de 2025

Elvis Presley - A Date With Elvis - Parte 4

Em setembro de 1954 Elvis participou de uma das sessões mais produtivas em seus anos na Sun Records. Em apenas um dia ele gravou seis músicas! Ora, isso era mais da metade de um disco de vinil da época, algo que Sam Phillips poderia pensar em fazer, caso sua gravadora não fosse tão modesta. As sessões começaram com "I'll Never Let You Go", cujos primeiros takes nunca foram lançados e se perderam para sempre. Outra que se perdeu e nunca foi lançada foi "Satisfied". Essa gravação foi realmente uma perda e tanto pois Elvis nunca mais gravaria a música em sua carreira. As baladas "I Don't Care if the Sun Don't Shine" e "Just Because" também foram gravadas. Como se pode perceber Elvis estava com bastante energia e vontade de mostrar seu talento nessa ocasião.

Para finalizar essa sessão de gravação mais do que produtiva Elvis encerrou os trabalhos com chave de ouro ao gravar o clássico "Good Rockin' Tonight" de Roy Brown. Para o dono da Sun Records, o produtor Sam Phillips, esse foi certamente um dos pontos altos de Elvis na gravadora de Memphis. Havia apenas três músicos dentro do estúdio naquele dia. Elvis cantando e fazendo acompanhamento em seu violão. Scotty Moore na guitarra e Bill black em seu enorme contrabaixo. Não houve baterista. Não havia mais ninguém. É de se impressionar ao ouvir a faixa nos dias de hoje e perceber que apenas três músicos conseguiram um efeito tão bom. Naquele mesmo mês de setembro a gravadora se apressou para lançar o single Sun 210, o segundo de Elvis pelo pequeno selo de Memphis. Não havia tempo a perder.

Outra música dos tempos da Sun Records que a RCA Victor aproveitou para eolocar nesse álbum "A Date With Elvis" foi "I Forgot to Remember to Forget". Escrita pela dupla Stan Kesler e Charlie Feathers. É uma baladinha country que tem um título curioso, que em português significaria algo como "Eu esqueci de lembrar de me esquecer". Um trocadilho até divertido de palavras. Os Beatles, que eram grandes fãs de Elvis nesse período da Sun Records, gravariam a música em seu programa na BBC de Londres. O registro sobreviveu ao tempo e foi lançado anos depois no excelente box "The Beatles - Live at the BBC".

Finalizando essa análise do álbum "The Date With Elvis" aqui vão algumas informações adicionais. O disco foi lançado no mercado americano em agosto de 1959 com o código fonográfico LPM 2011. Foi o oitavo LP de Elvis a chegar ao mercado pela RCA Victor. Não foi um grande sucesso de vendas, chegando apenas ao trigésimo segundo lugar entre os mais vendidos. Curiosamente o disco foi lançado um mês antes na Inglaterra, onde vendeu muito bem, chegando ao quarto lugar das paradas inglesas. Elvis era adorado pelos fãs das ilhas britânicas. No Brasil o disco só chegaria ao mercado quase um ano depois, numa edição bem simples, sem todo o capricho gráfico da edição americana.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

A Última Showgirl

A Última Showgirl 
Pamela Anderson foi um dos grandes símbolos sexuais nos anos 90. Ela foi a bombshell definitiva daquela década. Tinha uma série de sucesso na TV (SOS Malibu), foi capa seis vezes da revista Playboy, sendo eleita a coelhinha mais popular de seu tempo e obviamente ganhou muito dinheiro com tudo isso. Pois bem, o tempo passou, a idade chegou e hoje em dia ela vive um verdadeiro revival em sua carreira. Está sendo considerada inclusive uma boa atriz, algo que jamais aconteceu em seu passado. 

Nesse filme Pamela interpreta uma personagem que tem claras semelhanças com sua própria vida e seu passado. É uma showgirl de Las Vegas. Décadas atrás ela foi muito popular, liderando o elenco de beldades de um show de grande sucesso naquela cidade. Só que agora ela está sendo demitida, seu show cancelado e aos 57 anos de idade não sabe mais o que fazer... para piorar sua filha, que ela não vê há muitos anos, retorna para lhe encontrar. E o encontro acaba sendo cheio de mágoas e acertos de contas com o passado, afinal em busca do sucesso e glamour ela negligenciou sua própria filha em sua infância e adolescência. 

Agora, se Pamela Anderson está bem em cena, quem acaba roubando alguns momentos de seu renascimento é justamente Jamie Lee Curtis. Nesse filme ela se despiu de qualquer vaidade pessoal, mostrando, sem pudores, os efeitos do tempo em seu rosto e em seu corpo. Assumindo a idade, o que faz muito bem. Existe uma cena em especial, em que sua personagem, que agora vive como garçonete de cassino, sobe em uma mesa. Está tocando ao fundo um velho hit dos anos 80. E lá está ela dançando, lembrando de seus tempos de showgirl quando era amada e cortejada por todos. Só que agora ninguém presta atenção nela, que fica completamente ignorada por todos que passam ao seu lado. Um momento de pura melancolia pessoal. 
 
Um triste desfecho na história dessas belas mulheres do passado, que construíram toda uma carreira em cima disso, da beleza e sensualidade, mas que agora precisam se reinventar de alguma maneira para continuar sobrevivendo. Uma lição de vida, sem dúvida. Enfim, grande filme. Recomendo a quem viveu o auge dessas divas de um passado nem tão distante assim. Haverá um pingo de melancolia em tudo, mas isso, no final das contas, só depõe mesmo a favor desse belo e triste drama. 

A Última Showgirl (The Last Showgirl, Estados Unidos, 2024) Direção: Gia Coppola / Roteiro: Gia Coppola / Elenco: Pamela Anderson, Jamie Lee Curtis, Brenda Song, Kiernan Shipka / Sinopse: Veterana showgirl de Las Vegas percebe que sua carreira está chegando ao fim quando seu show é cancelado. Ela então é demitida. Aos 57 anos de idade ela precisa recomeçar, mas as portas se fecham e sua situação fica desesperadora. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Pamela Anderson). 

Pablo Aluísio. 

O Bom Pastor

O Bom Pastor
Um filme com uma história terrível, que infelizmente foi baseada em fatos históricos reais. O drama se passa em uma região remota da Hungria, durante a segunda guerra mundial. Um caminhão do exército alemão transporta um grupo de judeus. Eles estão sendo levados para uma estação ferroviária. Um trem vai chegar para levar mais esse grupo para um campo de concentração. No meio da estrada eles param pois há uma árvore derrubada no meio do caminho. Enquanto os soldados tentam tirar ela do chão, os judeus aproveitam uma distração dos militares e fogem em direção à floresta. 

Ali mesmo, por perto, se encontra um homem muito simples, pacato, que vive de seu pequeno rebanho de ovelhas. Ele é um pastor. Imagine a situação desse senhor ao perceber o que está acontecendo. Judeus correndo pelo meio do campo, com os alemães atrás, atirando para todos os lados. O que se segue não é complicado de prever. Mais uma atrocidade nazista está prestes a acontecer. Como eu disse, temos aqui um filme com uma história terrível de acompanhar. Realmente a barbárie nazista não tinha limites como bem vemos nesse pequeno pelotão do exército alemão comandado por um major da SS, a tropa mais fanática e violenta de Hitler. Que histórias como essa jamais se repitam em nosso mundo. 

O Bom Pastor (A Pásztor, Hungria, 2019) Direção: László Illés / Roteiro: László Illés / Elenco: Miklós Székely B, Ákos Horváth, Tamás Jordán / Sinopse: Senhor idoso, homem simples, se vê no meio de uma caçada humana promovida por nazistas contra judeus na pequena propriedade rural onde vive, durante segunda guerra mundial. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Contato Visceral

Contato Visceral 
Vou logo colocando as cartas na mesa. Só vi esse filme por causa da Dakota Johnson. Além de ser bem bonita, é boa atriz. Gosto dela e de seu trabalho. Então me deparei casualmente com esse terror na Netflix e resolvi dar uma olhada. Não é nada muito marcante, mas dá um caldo, como se diz na gíria. Ela interpreta a namorada do protagonista. Esse é um barman em New Orleans. Trabalha em um daqueles bares que os americanos gostam, com sinucas e tudo mais. Um dia uma briga começa no estabelecimento. Um grupo de jovens universitários deixa o lugar, assustados com a briga, e deixam para trás um celular. O barman, interpretado pelo ator Armie Hammer, pega o celular caído no chão e leva pra casa. Sua intenção é obviamente devolver para o seu verdadeiro dono no dia seguinte.

Só que o tal celular tem um conteúdo bizarro, com fotos de rituais de magia negra, cabeças decepadas e tudo aquilo que já vimos em outros filmes de terror. Aquilo parece perturbar o barman e sua namorada (a beleza da Dakota). Em pouco tempo os dois começam a surtar um com o outro, adotando comportamentos bizarros, fora do padrão. Ele vai percebendo que seu emprego no bar está por um fio e seu relacionamento com a sua gata vai de mal a pior. De carta maneira passa a entender que ficou amaldiçoado ao ter contato com todo aquele tipo de magia negra, tão típica de New Orleans. 

Pois é, não espere por grande coisa, mas devo dizer que o filme é bem desenvolvido. Eu fiquei interessado até o fim. Fim esse que achei muito abrupto! É um daqueles roteiros que no final não vai perder tempo explicando nada para você. O espectador que tire suas próprias conclusões. No meu caso fiquei com a clara impressão que os produtores deixaram a porta aberta para futuras continuações (que até aqui ainda não aconteceram). Então é isso, um filme até bacaninha. Não vá assistir se você não curte terror de magia negra e nem tiver paciência com o horror cotidiano de um relacionamento falido. Ah, e se não gostar de baratas também não recomendo! Elas estão por todas as partes e fecham a cortina dessa história pouco usual e comum. Sim, o filme fede a baratas negras. Lamento...

Contato Visceral (Wounds, Estados Unidos, 2019) Direção: Babak Anvari / Roteiro: Babak Anvari, Nathan Ballingrud / Elenco: Armie Hammer, Dakota Johnson, Zazie Beetz, Karl Glusman / Sinopse: Após uma briga no bar onde trabalha, um barman leva para casa um celular deixado por um grupo de jovens que saiu às pressas no meio da confusão. E isso vai lhe trazer muitos problemas, inclusive de ordem sobrenatural. 

Pablo Aluísio. 

A Maldição de Frankenstein

Título no Brasil: A Maldição de Frankenstein
Título Original: The Curse of Frankenstein
Ano de Produção: 1957
País: Inglaterra
Estúdio: Hammer Films
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Hazel Court, Robert Urquhart, Melvyn Hayes, Paul Hardtmuth

Sinopse:
Considerado por muitos como um louco, o Dr. Victor Frankenstein (Peter Cushing) decide realizar a maior de suas experiências. Usando de energia elétrica colhida por raios, ele acredita que dará vida a uma criatura composta de vários pedaços de corpos humanos roubados de cemitérios e necrotérios de Londres. Sua ambição é demonstrar que há possibilidade científica de gerar vida em cadáveres! 

Comentários:

Mais um filme baseado na obra imortal de Mary Shelley. Essa versão da Hammer Films, produzida no auge criativo do estúdio britânico, segue bem fiel ao texto original de Shelley. Seu enredo é bem de acordo com o livro clássico. Um dos aspectos mais curiosos dessa produção é a atuação do ator Christopher Lee como a criatura criada em laboratório pelo lunático cientista Victor Frankenstein. A maquiagem que Lee usou foge dos padrões clássicos dos filmes da Universal nos Estados Unidos. Ao invés de ter parafusos e um topo quadrado em sua cabeça, como no visual antigo, aqui os diretores da Hammer preferiram algo menos cartunesco, com Lee usando algo mais discreto, mais humano, vamos colocar assim. Ele tem um rosto deformado, porém mais de acordo com o visual de um corpo humano após sua morte. Ficou muito bom para dizer a verdade. Já Cushing surpreende ao não tentar fazer o estereótipo do cientista maluco e cruel. Ele procurou ser menos exagerado, procurando até mesmo por uma interpretação mais cuidadosa do que seria um pesquisador e cientista da era vitoriana. Então é basicamente isso. Mais um belo trabalho de direção e atuação da Hammer, um estúdio que realmente marcou história no universo da cultura pop cinematográfica mundial. Esse é aquele tipo de filme que já nasce clássico, desde seu lançamento original. Imperdível.

Pablo Aluísio~.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Nada a Perder

Título no Brasil: Nada a Perder
Título Original: American Heart
Ano de Lançamento: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Avenue Pictures
Direção: Martin Bell
Roteiro: Peter Silverman, Martin Bell
Elenco: Jeff Bridges, Edward Furlong, John Boylan

Sinopse:
Um ex-presidiário é localizado por seu filho adolescente afastado, e os dois tentam reconstruir um relacionamento e uma vida juntos em uma violenta cidade de Seattle, dominada pelo crime e pela corrupção policial.

Comentários:
O ator Jeff Bridges sempre fez bons filmes. Um exemplo vem desse drama barra pesada dos anos 90. Aqui ele interpreta esse sujeito que ficou anos atrás das grades, cumprindo pena. Quando sai, enfrenta a dura realidade de uma sociedade que não está disposta a lhe dar uma nova oportunidade. E para complicar ainda mais sua vida tem seu filho, que ele mal conhece. Tentando colocar as coisas em ordem nessa atribulada realidade que sua vida se tornou, ele vai tentando ter um bom relacionamento com o rapaz, que está perigosamente tangenciando o mundo do crime. Um triste retrato da vida imitando a arte. Quem interpreta seu filho é o jovem ator Edward Furlong (de "O Exterminador do Futuro 2"). Visto como potencial futuro astro do cinema, jogou tudo fora por causa das drogas. Pois é, no mundo real nem sempre temos finais felizes. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Caçadores de Lobos

Título no Brasil: Caçadores de Lobos
Título Original: The Wolf Hunters
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: William F. Broidy Pictures Corporation
Direção: Budd Boetticher
Roteiro: James Oliver Curwood, Scott Darling
Elenco: Kirby Grant, Jan Clayton, Edward Norris

Sinopse:
O herói e guarda da polícia florestal montada Rod Webb (Kirby Grant) enfrenta inúmeros desafios para manter a região onde vive longe de caçadores de lobos, malfeitores e contrabandistas de pele de animais selvagens. Ao lado de seu fiel amigo e escudeiro, o cão Chinook, ele defende a floresta da exploração e da caça ilegal promovida por gananciosos foras da lei.

Comentários:
É curioso que o cineasta Budd Boetticher tenha assinado essa fita como Oscar Boetticher! Aos amigos confidenciou que teve certo receio de sofrer críticas por parte dos fãs de faroestes por causa do tom mais ameno, quase infantil, dessa produção. De fato, para quem dirigiu alguns dos melhores westerns da carreira de Randolph Scott, esse "The Wolf Hunters" soava pueril e bucólico demais. Mesmo assim o fã do gênero deve deixar tudo isso de lado para embarcar em um filme muito bonito, com maravilhosa fotografia. Não era para menos pois tudo foi rodado em um dos lugares mais bonitos da América do Norte, o San Bernardino National Forest na Califórnia, bem na região onde está situado o belo lago conhecido como Big Bear Lake! Aquele tipo de região que compensa qualquer falha que o filme venha a ter, inclusive em termos de figurinos e roteiro. Cito os figurinos porque os caçadores e cowboys que vão surgindo na tela mais parecem modelos de roupas estilizadas do velho oeste do que homens selvagens que viveram naquela época. O roteiro também não é grande coisa pois é bobinho e derivativo. Mesmo assim deixe tudo isso de lado e procure conhecer o filme, as paisagens e o mundo natural valerão qualquer esforço.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

O Espião Que Veio do Frio

O Espião Que Veio do Frio 
Esse é o tipo de filme que eu gostaria de assistir nos dias atuais. Infelizmente Hollywood não produz mais filmes como esse que priorizam a inteligência, com boas tramas de espionagem. Quando se produz filmes sobre espiões atualmente tudo acaba desandando, mais cedo ou mais tarde, para cenas de ação espetaculares. Nada contra filmes de ação, entretanto as boas tramas, os grandes conchaves, as jogadas sutis e as conspirações que sempre envolveram o mundo dos espiões, parecem ter ficado para trás de forma definitiva! Uma pena! Lamento muito.

No enredo desse filme o ator Richard Burton interpreta um espião inglês. Sua missão é localizar e eliminar um agente duplo que agora atua dentro da Alemanha Oriental, se tornando bem conhecido por eliminar justamente espiões britânicos. O problema é atravessar a cortina de ferro (a história se passa na guerra fria) e localizar esse assassino. Pior do que isso, como chegar até ele sem deixar suspeitas? Revelar mais seria estragar as surpresas de um roteiro mais do que inteligente. Em determinado momento do filme vem a surpresa, a reviravolta que vai fazer você abrir um sorriso de satisfação por ter assistido a esse clássico das histórias de espionagem internacional. Assim não há mais nada do que dizer, apenas que se trata de um filmão! Adorei!

O Espião Que Veio do Frio (The Spy Who Came in from the Cold, Reino Unido, Estados Unidos, 1965) Direção: Martin Ritt / Roteiro: John le Carré, Paul Dehn, Guy Trosper / Elenco: Richard Burton, Oskar Werner, Claire Bloom / Sinopse: Durante a guerra fria um agente inglês é enviado para a Alemanha Oriental para neutralizar um agente duplo que está colocando em risco a vida de espiões ingleses que atuam atrás da cortina de ferro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Richard Burton) e melhor direção de arte (Hal Pereira, Tambi Larsen, Edward Marshall, Josie MacAvin).

Pablo Aluísio. 

domingo, 11 de maio de 2025

O Paraíso e a Serpente

Título no Brasil: O Paraíso e a Serpente
Título Original: The Serpent
Ano de Lançamento: 2021
País: Reino Unido
Estúdio: Netflix
Direção: Hans Herbots, Tom Shankland
Roteiro: Richard Warlow, Toby Finlay
Elenco: Tahar Rahim, Jenna Coleman, Billy Howle, 
Ellie Bamber, Mathilde Warnier

Sinopse:
Na década de 1970, um francês e sua jovem esposa passam a aplicar golpes em turistas estrangeiros no sudeste asiático. Eles topam suas vítimas para roubar suas joias, dinheiro e passaporte. Depois se livram de seus corpos. Tudo acaba sendo descoberto por um funcionário da Embaixada da Holanda que a partir de então passa a lutar para que todos os envolvidos sejam presos e punidos pela justiça. 

Comentários:
Uma história terrível que eu não conhecia! Comecei a assistir essa minissérie meio por curiosidade e acabei ficando absorvido por tudo o que ia se desenrolando na tela - e que, pasmem, foi baseado numa história real! O criminoso tinha vários nomes, tanto que foi complicado na época até mesmo descobrir sua identidade real. Ele matou inúmeros turistas, a maioria deles jovens hippies em viagens por países como Tailândia, Nepal e até mesmo Índia. Essas pessoas, a maioria sem grande experiência de vida, acabavam caindo no golpe desse assassino em série. E como na maioria das vezes esses assassinatos eram cometidos em lugares e regiões distantes e atrasadas, com policiais corruptos, o assassino acabou ficando impune por anos e anos, sempre atraindo novas vítimas. E o seu modo de agir praticamente não mudava, mostrando como era fácil cometer crimes naquela parte do mundo. Uma história certamente chocante e bem triste, mostrando muito bem até onde pode ir a maldade e a perversidade humana! 

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de maio de 2025

The Beatles - Rubber Soul - Parte 3

The Beatles - Rubber Soul - Parte 3
Outra obra-prima desse álbum é a música "Nowhere Man". Essa é uma criação de John Lennon que escreveu letra e melodia. Novamente Lennon escreve sobre si mesmo numa linguagem à la Bob Dylan (como ele gostava de se referir). John tinha essa personalidade angustiada, com toques depressivos que geravam ótimas letras. De fato ele aqui em “Rubber Soul” realmente começa a se soltar como compositor e criador. Seu lado mais centrado em si mesmo começa a dominar suas criações. Curiosamente essa música iria dar título a uma cinebiografia muito interessante de John Lennon no cinema. Eu indicaria a quem gosta dos Beatles. 

Outra música marcante de John Lennon nesse disco é a faixa "The Word". Para muitos críticos de música essa canção foi a primeira essencialmente psicodélica dos Beatles. Já antecipava com sua letra o que viria a acontecer a seguir, especialmente no verão do amor de 1967. Sem querer e ter consciência plena disso, Lennon antecipava o que iria surgir em Woodstock, o movimento hippie e tudo o mais que iria acontecer naquela geração do Flower Power. Sem dúvida um marco na música dos Beatles.  

Bem menos pretensiosa era "Think for Yourself". Essa foi composta e cantada por George Harrison. É fato que ele sempre se sentiu muito inseguro em levar suas próprias músicas para John e Paul. E nem sempre tinha suas criações aceitas pelos demais Beatles. Ao longo dos anos muitas delas foram recusadas. Isso criou em Harrison um sentimento de insegurança e muito ressentimento, em especial para com Paul McCartney, que ele particularmente foi odiando ao longo de todos aqueles anos dentro do estúdio. Chegou ao ponto dele dizer, nos anos 70, que poderia voltar a trabalhar com John Lennon, mas que jamais iria gravar de novo com Paul McCartney. 

E por falar em Paul McCartney, era dele a canção "You Won't See Me". Essa foi uma canção que Paul compôs e gravou sem maiores pretensões artísticas. Apenas uma boa música para completar o álbum, como ele bem iria confidenciar em entrevistas depois. Era uma música bacana, bem agradável de se ouvir. Na época ele estava curtindo ainda seu longo relacionamento com Jane Asher e essa foi outra criada dentro desse namoro, que quase virou casamento. 

Pablo Aluísio.