domingo, 23 de junho de 2024

II Guerra Mundial - Tropas SS

Durante a II Guerra Mundial poucas tropas causaram tanto terror e medo como as famigeradas SS. Os soldados que fizeram parte de suas fileiras despertavam medo e repulsa até mesmo dos demais membros do exército alemão. Para muitos oficiais os membros da SS não passavam de fanáticos nazistas, que tinham passado por uma verdadeira lavagem cerebral com o pior que o partido Nazista tinha a oferecer. A SS era conhecida como a "elite racial" do futuro nazista. 

Cabia aos seus membros a segurança da ideologia nazista, a identificação de etnias danosas aos arianos alemães, a liquidação dessas populações e a coleta de inteligência e análise desses grupos. Como estavam profundamente envolvidos na política da solução zero - com a eliminação de judeus e demais etnias inferiores, segundo a visão dos nazistas - a SS teve papel fundamental dentro dos campos de concentração do Reich. A SS foi assim personagem central dentro do holocausto que se seguiu.

O comando da SS estava nas mãos de Heinrich Himmler, braço direito de Hitler. O curioso é que Himmler logo pensou em transformar os membros da SS em um estado dentro do próprio estado alemão. Eles tinham seu próprio código de ética, seus próprios lemas e realizavam rituais singulares dentro do QG da tropa em um castelo que Himmler logo transformou em santuário. Os membros da SS zelavam pela pureza racial e pela profunda lealdade ao seu líder máximo, Hitler. Isso lhes deu uma fama de fanáticos e homens determinados a realizar qualquer missão, independente de sua finalidade. Tais homens com esse tipo de pensamento se tornaram máquinas eficientes de matar, realizando missões que para os demais membros das forças armadas da Alemanha eram eticamente desprezíveis como matar crianças, mulheres, velhos e pessoas indefesas.

O lema máximo das tropas SS era: "Minha honra é a lealdade". Eles usavam fardamento distinto dos demais membros das armas alemãs e tinham uma caveira como insígnia de reconhecimento. Com o fim da guerra a e derrota nazista muitos de seus membros fugiram, tentaram cruzar o oceano em direção à América do Sul, pois muitos deles cometeram terríveis crimes de guerra. Hoje em dia a SS é vista como um exemplo perfeito de como a ideologia política e partidária pode prejudicar completamente os objetivos de uma força militar, por mais bem treinada que seja. Quando a ideologia do partido se sobrepõe aos interesses de uma nação os mais altos valores de um exército se perdem completamente. Além disso os membros da SS se tornaram infames na história pelos horríveis crimes contra a humanidade que cometeram. Muitos foram condenados à morte após o fim da guerra, em julgamentos que tentaram pelo menos trazer justiça às vítimas desses psicopatas fardados. Infelizmente milhões morreram sob sua guarda em um momento terrível da II Guerra Mundial, o Holocausto, algo que jamais poderá se repetir pela brutalidade que foi cometida contra pessoas indefesas e inocentes.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de junho de 2024

O Faraó do Êxodo?

O Faraó do Êxodo?
A Bíblia narra no velho testamento a história de Moisés e sua luta contra o Faraó para a libertação do povo hebreu que vivia como escravo no Egito Antigo. Essa narrativa não explicava e nem trazia o nome do Faraó envolvido em todo aquele período histórico. Qual teria sido então, dentre os mais de 120 faraós que comandaram o império do Egito Antigo, aquele que teria vivenciado todos aqueles acontecimentos marcantes como as pragas e a abertura do Mar Vermelho? Do ponto de vista da História e da Arqueologia essa é uma pergunta com muitos problemas a se resolver. Isso porque até hoje não se conseguiu comprovar sequer a existência de Moisés, nem tampouco de um deslocamento massivo de pessoas pelo deserto na época descrita pela Bíblia. E se nem a história do Êxodo parece verdadeira, como poderia ser crível descobrir sobre a real identidade do Faraó citado nos textos bíblicos?

A única fonte histórica sobre a existência de Moisés é a Bíblia. Esses textos referentes a essa história são datados de mais ou menos 500 anos antes de Cristo. Só que a história de Moisés, se aconteceu de fato, teria sido há mais de 3 mil anos no passado! Então há mesmo uma grande diferença entre o tempo em que a história se passa e o tempo em que esses textos foram escritos. Há mais de 2 mil anos de diferença separando os dois períodos. Então a primeira conclusão é de que os escribas que escreveram os textos do Êxodo não o vivenciaram. Não são testemunhas oculares. Tampouco foi Moisés quem escreveu aqueles textos como reza a mais antiga tradição do Judaísmo. 

De qualquer forma, partindo da suposição de que a história foi real (algo que a História ainda não conseguiu comprovar, temos que salientar isso), o Faraó do Egito Antigo que teria vivenciado tudo aquilo só poderia ter sido um, segundo os especialistas. Ele seria o grande Ramsés II (ou Ramessés II). Esse foi muito provavelmente o maior Faraó da História, o grande construtor e conquistador. Embora hoje em dia muitos historiadores concordem que ele também foi o primeiro a usar a propaganda política em larga escala em prol de seu próprio nome e poder, exagerando muitas vezes seus méritos e conquistas reais, o fato é que esse Faraó realmente foi um líder marcante na história antiga. 

Ramsés II governou o Egito Antigo com mãos de ferro, como aliás todos os Reis desse antigo império. Ele mandou reformar os grandes templos, mandou erguer grandes estátuas de si mesmo e conseguiu vencer no campo de batalha os grandes inimigos do Egito, como os hititas. Tudo nesse Faraó era superlativo. Ele teve mais de 100 filhos com mais de 50 mulheres diferentes que faziam parte de seu harém. Governou por mais 60 anos, tendo vivido 90 anos em uma época em que a média de idade dos homens mal passava dos 35 anos. Foi realmente um monarca que marcou aquele tempo. Seu longo reinado durou de 1279 a 1213 a.C.

Só que nada do que foi escrito sobre Ramsés nas paredes dos antigos templos do Egito dizem respeito a Moisés, que na história da Bíblia teria que ser de sua família, mesmo sendo um parente adotivo. Nenhum papiro, nenhum texto do Egito Antigo cita Moisés, nem as pragas, nem a fuga dos hebreus rumo à Terra Prometida. Nada. Os registros do Egito não mencionam ninguém como Moisés. E para piorar ainda tudo, a história de Moisés é muito semelhante ao texto de Sargão da Acádia, uma lenda muito mais antiga, de outros povos da antiguidade. Teriam os escribas apenas plagiado a mitologia de outras culturas? Para os historiadores, arqueólogos e pesquisadores, essa parece ser a conclusão mais correta. Assim Moisés nunca teria existido de fato, sendo apenas um personagem de ficção. Já Ramsés II realmente existiu. E quem tiver dúvidas pode inclusive se encontrar com ele cara a cara, pois sua múmia (muito bem preservada, por sinal) está exposta em lugar de destaque no fabuloso museu do Cairo, no Egito. 

Pablo Aluísio. 

O Legionário Romano

O Legionário Romano
Roma dominou o mundo antigo. Não havia nenhum outro povo ou civilização que se igualasse aos romanos em termos de conquistas territoriais. Esse segredo de vitórias militares também vinha do sucesso do Legionário Romano. Além de ser um guerreiro profissional, o que nem sempre acontecia em outras civilizações da antiguidade, o soldado Romano ainda era bem equipado, passando por um treinamento puxado, que criava mesmo grandes militares, prontos para qualquer tipo de combate. E não podemos nos esquecer também que os romanos levavam a guerra muito à sério, estudando as táticas dos inimigos, incorporando ao seu próprio exército o que aprenderam no campo de batalha contra outros povos. 

Ser parte de uma Legião Romana era um grande orgulho para qualquer família de Roma. Só que a vida era breve e dura. A expectativa de vida desses militares mal chegava nos 30 anos de idade. Algo fácil de entender. Essas guerras eram brutais, face a face, viver ou morrer no campo de batalha. Os que conseguissem viver até os 40 anos eram presenteados pelo Império Romano com uma gleba de terra para que eles pudessem viver seus últimos anos de vida cultivando ao lado de suas famílias. Para um romano de origem pobre esse era a maior fortuna que poderia almejar em sua curta vida. 

A dureza vinha no dia a dia das campanhas militares sem fim, muitas vezes em terras inóspitas, enfrentando bárbaros com sede de sangue. Apenas os oficiais montavam em cavalos. As longas viagens, as longas distâncias, eram percorridas à pé pelos legionários. Sempre andando em dupla, lado a lado, formando grandes fileiras de legionários. Essa maneira de ir a todas as províncias romanas levou os imperadores a construírem grandes estradas, algumas delas ainda hoje existentes na Europa. Era uma maneira de deslocar as tropas com mais dinamismo e eficiência. 

Além de participar de guerras, os legionários também atuavam como força de ocupação em terras estrangeiras, executando inimigos do Estado romano. Qualquer um que viesse a ser considerado um rebelde ou terrorista contra Roma era executado da forma mais cruel, em uma cruz de madeira. Foi assim que Jesus de Nazaré foi executado, pois pela visão romana ele estava pregando uma rebelião contra o império, afirmando ser o "Filho de Deus", um título que só era cabível e aceito para Reis e Monarcas. Era o que os romanos chamavam de "Lestat", um insurgente, um inimigo do Império. Alguns até defendem que Jesus teria sobrevivido à sua crucificação, mas isso era altamente improvável, pois os Legionários eram assassinos profissionais e jamais deixariam um condenado como Jesus sobreviver aos tormentos de uma tortura como aquela. 

Hoje em dia existem vários artefatos históricos dos legionários que foram encontrados em escavações arqueológicas por todo o império. Desde sapatos, espadas, elmos, capacetes, passando por escudos e armaduras. Até mesmo restos mortais de legionários também foram encontrados, inclusive alguns com sinais de terríveis mortes, como a do jovem soldado romano encontrado nas florestas da Alemanha. Seu crânio foi escavado tendo ainda uma grande lança dos bárbaros germânicos atravessando sua cabeça. 

Enfim, esses homens lutavam e morriam por seu império e seu imperador. E centenas de milhares nunca retornaram para Roma. Foram mortos e enterrados nos campos de batalha, geralmente lutando contra os povos bárbaros que estavam invadindo o império por todos os lados. Seus esforços não foram em vão pois Roma se tornou o maior império do mundo antigo. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 21 de junho de 2024

O Que é Isso, Companheiro?

Título no Brasil: O Que é Isso, Companheiro?
Título Original: O Que é Isso, Companheiro?
Ano de Lançamento:1997
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures 
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: Fernando Gabeira, Leopoldo Serran
Elenco: Alan Arkin, Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Cláudia Abreu, Luiz Fernando Guimarães, Matheus Nachtergaele

Sinopse:
Filme que resgata uma história real. Durante os anos de chumbo da ditadura brasileira um grupo de jovens esquerdistas, que lutavam contra a brutalidade do regime, decide colocar em prática um plano mais do que ousado: Sequestrar o embaixador dos Estados Unidos no Brasil. Uma maneira de mostrar força diante do regime ditatorial que havia se implantado no país. 

Comentários:
A Ditadura militar brasileira de 1964 foi um dos maiores erros da nossa história. Um retrocesso gigantesco. Jovens foram mortos, houve muita tortura estatal e violação de direitos humanos. Um verdadeiro horror. Criminosos em série matando em nome de um falso patriotismo. Dito isso, devemos também ver erros e excessos entre os que lutaram contra ela. Nesse filme vemos um sequestro de um diplomata promovido por jovens esquerdistas. Embora eles alegassem que era por uma boa causa, nunca deixaria um sequestro de ser pura e simplesmente um crime! De qualquer maneira, deixando o lado da ideologia de lado, devo dizer igualmente que esse filme é muito bem realizado, profissional mesmo. Eu não vou aqui falar mal dos filmes brasileiros feitos nas décadas anteriores, mas todos concordam que a partir dos anos 90 o cinema nacional deu um salto de qualidade realmente admirável. E esse filme, uma produção entre Brasil e Estados Unidos, comprovava exatamente isso. Com excelente reconstituição de época e um elenco afiado, esse é uma boa obra cinematográfica para entender tudo o que aconteceu naqueles conturbados anos na história do Brasil. E de bônus o espectador ainda verá uma bela obra cinematográfica, tecnicamente perfeita. 

Pablo Aluísio.

Predestinado

Título no Brasil: Predestinado
Título Original: Predestinado
Ano de Lançamento: 2022
País: Brasil 
Estúdio: Imagem Filmes
Direção: Gustavo Fernández
Roteiro: Jaqueline Vargas
Elenco: Danton Mello, Juliana Paes, Alexandre Borges, Marcos Caruso, Marco Ricca, James Faulkner

Sinopse:
No interior de Minas Gerais um homem simples chamado Zé Arigó começa a fazer cirurgias de todos os tipos de doenças em pessoas pobres. Ele dizia receber o espírito de um médico alemão morto na Primeira Guerra Mundial chamado Dr. Fritz. Suas atividades acabaram caindo na mira da justiça brasileira por serem completamente fora das previsões legais. 

Comentários:
Outro filme nacional sobre um famoso nome do espiritismo. Pois é, filmes espíritas estão se tornando um filão do cinema brasileiro. Nada contra, cada pessoa que siga a religião que mais lhe convier. Entretanto não há como negar que esse Zé Arigó, que dizia receber o espírito da alma de um médico alemão chamado Dr. Fritz, era uma figura no mínimo controversa. Ele fazia "cirurgias" nas pessoas com facas e garfos enferrujados! Cortava as pessoas... acabou sendo preso por charlatanismo, curandeirismo e exercício ilegal da medicina. E eu concordo com esse tipo de decisão judicial. O que esse sujeito fazia não tinha o menor cabimento. Liberdade religiosa também tem limites. Não pode sair "operando" todo mundo, cortando olhos e órgãos assim sem nenhum critério. O pior de filmes assim, doutrinários de uma determinada religião, é que eles colocam na tela como se tudo fosse fato consumado, que sim havia Dr. Fritz e tudo mais. Quando toma esse tipo de posição eu já não gosto. Por essa razão não recomendaria esse filme. O roteiro tinha que ser mais imparcial. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

O Protetor: Capítulo Final

Título no Brasil: O Protetor: Capítulo Final
Título Original: The Equalizer 3
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk, Michael Sloan
Elenco: Denzel Washington, Dakota Fanning, Eugenio Mastrandrea, David Denman, Remo Girone

Sinopse:
Robert McCall (Denzel Washington) é um ex-agente americano viajando na Itália para um último acerto de contas com um grupo do crime organizado. As coisas não saem exatamente como ele planejava e ele sai muito ferido da operação. Resgatado e ajudado por um veterano médico, ele se vê numa pequena cidade do interior da Itália. E descobre que os moradores locais estão sendo extorquidos por um grupo criminoso liderado por um jovem gângster. É hora de agir novamente. 

Comentários:
Esse filme fecha a trilogia do Protetor. O ator Denzel Washington afirmou recentemente que não tinha mais interesse em fazer filmes de ação. Foi como afirmar, mesmo que indiretamente, que não voltaria a fazer mais um filme dessa franquia. Nessa fase final de sua carreira ele pretende fazer mais filmes como "A Tragédia de Macbeth" e "Um Limite Entre Nós", que são filmes que o desafiam mais como profissional de arte dramática. De qualquer forma vamos ser justos. Todos os filmes dessa trilogia são bons. Não existe nenhum que seja realmente ruim. Esse terceiro é menos violento, desenvolve melhor os personagens e tem uma trama até amena se compararmos com os demais. O fato da história se passar na Itália ajuda muito, a bela fotografia aproveitando a beleza daquelas pequenas cidades italianas torna o filme mais bonito de se assistir. Além disso Denzel parece muito à vontade no papel. Ele não parece tenso e nem se esforça muito como nos dois primeiros filmes. Está mais relaxado e isso ajuda na caracterização de seu personagem, um herói de ação sim, mas com grande coração, que aprecia os pequenos prazeres da vida. Há uma certa leveza no ar. No final gostei desse que certamente será o último. Valeu a pena acompanhar as aventuras desse personagem. 

Pablo Aluísio.

Crimes em Hollywood

Título no Brasil: Crimes em Hollywood
Título Original: Last Looks
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Head Gear Films
Direção: Tim Kirkby
Roteiro: Howard Michael Gould
Elenco: Charlie Hunnam, Mel Gibson, Lucy Fry, Rupert Friend, Morena Baccarin, Clancy Brown

Sinopse:
Charlie Waldo (Charlie Hunnam), já longe das confusões e do mundo das investigações policiais, praticamente aposentado, vivendo em um trailer em uma região remota, acaba sendo recrutado novamente para um último serviço.  Ele precisa inocentar Alastair Pinch (Gibson), um astro de cinema que está sendo acusado de um crime de homicídio. Assim Charlie precisa desvendar o crime, encontrando o verdadeiro culpado antes que seja tarde demais. 

Comentários:
Apesar das boas intenções do roteiro, achei o filme até bem fraco. É aquele tipo de filme que nunca parece emplacar, ficando sempre no quase (chegando lá!). A tentativa também de mostrar os bastidores de Hollywood me soaram bem desperdiçada. Poderiam ter explorado melhor esse aspecto. Mas isso obviamente não viria em um filme com esse tipo de estilo, pois na maioria das vezes o que importa é mostrar as cenas de luta e ação. E nem nesses momentos fiquei particularmente empolgado. Pelo contrário, achei tudo bem rotineiro, sem imaginação, sem criatividade. No final essa produção é mais uma tentativa de emplacar o ator Charlie Hunnam (da série Sons of Anarchy) no cinema. Ate agora ele não conseguiu fazer essa transição das séries para os filmes na tela grande. É algo mais complicado de se realizar do que se possa pensar. No final das contas a melhor coisa desse filme em termos de elenco acaba sendo mesmo o bom e velho Mel Gibson. Ele faz um ator canastrão, cheio de afetações de estrela egocêntrica. Ficou muito bom e divertido. No fundo ele é a única coisa realmente boa desse filme.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Abigail

Título no Brasil: Abigail
Título Original: Abigail
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos, Irlanda
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett
Roteiro: Stephen Shields, Guy Busick
Elenco: Melissa Barrera, Dan Stevens, Alisha Weir

Sinopse:
Um grupo de sequestradores leva uma menina de 12 anos como refém para uma velha mansão nos arredores de Londres. Ela se chama Abigail e inicialmente parece ser muito frágil e assustada. Só que isso não condiz com a verdade dos fatos! Eles exigem milhões de dólares ao pai pela vida da garotinha. Só que se dão mal pois a menina na verdade é... uma vampira! 

Comentários:
Depois do sucesso do filme M3GAN parece que temos um novo filão de filmes mostrando garotinhas de 12 anos que na verdade são máquinas assassinas! E vejo muitas semelhanças entre esses dois filmes. O maior diferencial é que o primeiro é um filme de ficção, estilo mais Sci-Fi, enquanto esse novo é um filme de terror. E a história é até muito boa. Com boa produção, afinal o filme foi feito pela Sony, esse terror investe em um começo de trama com suspense e capricho, pois se tenta desenvolver bem os personagens, trazendo aspectos de sua vida pessoal. Afinal o espectador precisa criar algum vínculo com todos eles. Depois que começa a matança o filme como um todo perde um pouco de interesse. Esse negócio de vampiros explodindo em bolhas de sangue não existe na mitologia clássica dos vampiros, é puro truque para criar um banho de sangue na tela. Penso que um pouco mais de sutileza iria cair muito bem nesse roteiro, mas não é o que acontece, infelizmente. De uma maneira ou outra o filme não chega a ser ruim. Para uma produção de terror produzida para ser exibida em cinemas de shopping até que está de bom tamanho. Vale o ingresso. 

Pablo Aluísio.

Drácula no Mundo da Minissaia

Título no Brasil: Drácula no Mundo da Minissaia
Título Original: Dracula A.D. 1972
Ano de Lançamento: 1972
País: Reino Unido
Estúdio: Hammer Films
Direção: Alan Gibson
Roteiro: Don Houghton
Elenco: Christopher Lee, Peter Cushing, Stephanie Beacham

Sinopse:
Depois de uma noite agitada, onde eles passaram por muita curtição, um grupo de jovens hippies decide realizar um culto macabro numa velha igreja abandonada. O que começa como brincadeira acaba virando uma tragédia, pois eles invocam o espírito de Drácula que retorna das trevas para promover mais uma noite de sangue e terror entre aquela mocada sem noção! Roteiro baseado no famoso personagem criado por Bram Stoker, 

Comentários:
O título nacional é patético! Ficaria muito melhor se tivessem traduzido ao pé da letra o título original americano. Drácula 1972 DC não ficaria nada mal em nossa língua. De qualquer forma o filme é bom! A ideia fica bem óbvia desde o começo. Trazer Drácula para o mundo atual. O que aconteceria se Drácula encontrasse aqueles jovens da geração hippie? Esse tipo de argumento até poderia virar uma comédia com George Hamilton no papel de vampiro, mas não é o que temos por aqui. O filme se leva à sério e acerta nessa postura. Apesar do título nacional ruim, da falta de tecnologia para efeitos especiais e do fato inegável de que ficou datado, o saldo final é positivo. A Hammer sabia mesmo fazer filmes de terror, mesmo quando não tinha orçamento para produções mais luxuosas, como havia produzido no passado. Ainda assim o filme funciona. Um aspecto interessante é que como a história do filme se passa em 1972 não havia mais como trazer o caçador de vampiros Van Helsing dos filmes originais. Bom, nada que os roteiristas ingleses não dessem um jeito! Enfim, gostei. Tinha tudo para ser muito ruim, mas ficou um filme bom, bem nostálgico de um tempo no cinema que não existe mais. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de junho de 2024

Os Covardes não Vivem

Título no Brasil: Os Covardes não Vivem
Título Original: The Half-Breed
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Stuart Gilmore, Edward Ludwig
Roteiro: Harold Shumate, Richard Wormser
Elenco: Robert Young, Janis Carter, Jack Buetel

Sinopse:
Depois de vários anos a guerra civil americana finalmente chega ao seu final. Os confederados estão vencidos e falidos. Para isso começa uma verdadeira corrida em busca da fortuna perdida. O bandoleiro Frank Crawford (Reed Hadley) vê uma oportunidade de ficar rico nas terras dominadas pelos Apaches. Há uma reserva de ouro na região ocupado por essa nação. O problema é tirar todos os nativos de lá. Para isso ele acaba promovendo uma guerra entre os guerreiros e o exército americano. Dan Craig (Robert Young), um pistoleiro rápido no gatilho e jogador nas horas vagas, descobre os planos de Frank, dando origem a um verdadeiro duelo mortal entre eles.

Comentários:
Com o sucesso cada vez maior de filmes de faroeste os estúdios americanos aceleraram as produções, que começaram a serem feitas em ritmo industrial. Esse "The Half-Breed" foi a aposta da RKO em faturar bem com um filme relativamente barato, sem grandes estrelas no elenco e filmado no RKO Encino Ranch, um rancho comprado pelo estúdio para realizar westerns sem muitos gastos - ao invés de ir até o Colorado ou Arizona para realizar seus filmes tudo era filmado ali perto mesmo, nos arredores de Burbank, uma cidade satélite da grande Los Angeles. Figurinos, cenários e elenco coadjuvante eram assim aproveitados em vários filmes feitos de forma rápida e lucrativa. Tanta pressa às vezes causava stress nos diretores. Nesse em especial o cineasta Stuart Gilmore pediu demissão por causa dos apertados cronogramas de filmagens. Em seu lugar o estúdio escalou Edward Ludwig para terminar o filme (cerca de 20% do que faltava das cenas). O resultado é um western bangue bangue que apesar de toda a pressa satisfaz plenamente o cinéfilo admirador do estilo, provando que em Hollywood nos anos 50 nem sempre a pressa era inimiga da qualidade ou da perfeição. Vale a pena conhecer.  

Pablo Aluísio.