terça-feira, 16 de maio de 2023

Peça Perdão a Deus, Nunca a Mim!

Título no Brasil: Peça Perdão a Deus, Nunca a Mim!
Título Original: Chiedi perdono a Dio... non a me
Ano de Lançamento: 1968
País: Itália, Espanha
Estúdio: CIO Cinema
Direção: Vincenzo Musolino
Roteiro: Vincenzo Musolino
Elenco: George Ardisson, Dragomir Bojanic-Gidra, Cristina Iosani, Luigi Pavese, Giovanni Ivan Scratuglia, Franco Pesce

Sinopse:
Cjamango McDonald (George Ardisson) se considera um bom homem. O problema é que ele está cercado de facínoras e pessoas sórdidas por todos os lados. E quando sua família é morta por um bando de criminosos sanguinários ele parte em busca de vingança. Vingança que só será saciada com o sangue desses assassinos. 

Comentários:
Esse filme na realidade pode ser considerado uma continuação (para muitos quase um remake) do clássico do western Cjamango (1967) de Edoardo Mulargia. Foi todo rodado no deserto espanhol de Almeria, uma região mais hostil e selvagem do que o próprio deserto da Califórnia e Arizona, onde os filmes americanos de faroeste eram produzidos e filmados. Em minha opinião esse é um filme até mesmo acima da média, lançado bem no período considerado o auge do western spaghetti. O filme foi bem avalizado pela crítica da época e chegou aos cinemas dos Estados Unidos. O mesmo êxito comercial se repetiu no Brasil pois o filme também foi lançado em nossos cinemas nos anos 60. Um bom exemplar do cinema italiano faroeste daqueles tempos. Vale a pena conhecer se ainda não viu. 

Pablo Aluísio.

Terra Sem Lei

Título no Brasil: Terra Sem Lei
Título Original: Cherokee Strip
Ano de Lançamento: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Bernard McConville, Norman Houston
Elenco: Richard Dix, Florence Rice, William Henry, Victor Jory, Morris Ankrum, George E. Stone

Sinopse:
Depois de muitos anos de rixa entre duas famílias, um acordo de paz é celebrado entre os patriarcas dos clãs. Só que não demora muito e pessoas dessas mesmas famílias ficarão em lados opostos da lei. E a velha disputa volta a entrar em cena entre todos eles. 

Comentários
Não era incomum rivalidades entre famílias no velho oeste, principalmente em relação a lutas de terras ou qualquer outro conflito que viesse a se estabelecer. A base da história desse filme é uma rivalidade contínua entre as famílias Morrell e Barrett, protagonistas do enredo. Enquanto os familiares de uma das famílias se tornam homens da lei, xerifes, a família rival entra para o mundo do crime, são bandoleiros que usam máscaras e espalham terror entre os moradores de pequenas cidades. Daí já viu onde tudo isso vai parar... É um bom faroeste B dos estúdios Paramount. Tem boas cenas de ação e um roteiro que procura explorar bem a rivalidade entre esses clãs familiares que existiam nos velhos tempos do oeste norte-americano. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Golias Contra os Bárbaros

Título no Brasil: Golias Contra os Bárbaros
Título Original: Il terrore dei barbari
Ano de Lançamento: 1959
País: Itália
Estúdio: Alta Vista
Direção: Carlo Campogalliani
Roteiro: Gino Mangini, Emimmo Salvi
Elenco: Steve Reeves, Chelo Alonso, Bruce Cabot, Giulia Rubini, Arturo Dominici, Livio Lorenzon

Sinopse:
Um grupo violento de bárbaros vindos das florestas do norte da Europa invadem uma pequena vila e matam quase todos os seus moradores. Um jovem chamado Emiliano (Steve Reeves) decide então se levantar contra essas tribos invasores. Usando o nome de Golias ele parte para o massacre dos assassinos.

Comentários:
Algumas pessoas pensam que o cinema brucutu nasceu nos anos 80 com Stallone e Arnold Schwarzenegger e todos aqueles fortões. Nada mais equivocado. Antes de todos eles existiu Steve Reeves, o verdadeiro pioneiro dos filmes estrelados por homens musculosos e violentos, com espadas na mão, derrotando todo um enorme exército inimigo, lutando praticamente sozinho! E essa produção foi apenas mais um desses filmes de ação e violência estrelado por ele. Realmente era um ator que chamava a atenção. Steve Reeves era halterofilista e convencia plenamente em todos os personagens que exigiam um físico acima dos meros mortais. Não é á toa que ficou tão conhecido pelos filmes de Hércules que interpretou. Aqui ele remete a outro personagem da mitologia antiga, o gigante Golias. Não ficou nada a dever para essa lenda dos textos antigos. Em termos históricos o roteiro obviamente tem pouca credibilidade. Se existiu, o Golias do velho testamento teria vivido entre os séculos X e IX antes de Cristo. A crise romana contra os bárbaros ocorreu muitos séculos depois; De qualquer forma vale como diversão, afinal de contas era esse o objetivo de filmes como esse naquela época.

Pablo Aluísio.

O Túmulo do Horror

Título no Brasil: O Túmulo do Horror
Título Original: La cripta e l'incubo
Ano de Lançamento: 1964
País: Itália, Espanha
Estúdio: E.I. Associates Producers
Direção: Camillo Mastrocinque
Roteiro: Tonino Valerii, Ernesto Gastaldi
Elenco: Christopher Lee, Adriana Ambesi, Ursula Davis, Véra Valmont, José Campos, James Brightman

Sinopse:
O conde Karnstein manda chamar um médico para ajudar sua filha doente, Laura. Sua enfermeira acredita que ela está possuída pelo espírito de uma ancestral morta, Carmilla. Todos ficam intrigados com as mortes misteriosas que cercam Laura. Até a própria Laura se convence de que o espírito de Carmilla a está forçando a matar.

Comentários:
Muitos acreditam que o cinema italiano nos anos 60 só produzia épicos romanos ou filmes de faroeste. Uma visão bem errada. Havia também uma consistente produção de filmes de terror, inclusive contando com o trabalho de diretores e atores estrangeiros. Esse aqui é um bom exemplo, um filme de horror que contava com o Drácula da época, nada mais, nada menos do que Christopher Lee no elenco. Sua presença talvez justifique a tentativa dos produtores italianos em seguir a estética dos filmes britânicos do gênero, principalmente tendo em foco os filmes da produtora Hammer. O espectador fica o tempo todo comparando o personagem de Christopher Lee, que é bem sinistro, embora queira parecer mais normal, com o famoso vampiro da literatura clássica de terror; Uma prova que o ator estava ficando estigmatizado como Drácula, algo que ele queria muito evitar em sua carreira. O resultado é obviamente um pouco irregular, mas o passar dos anos trouxe um sabor nostálgico muito complicado de superar, gostoso de saborear, ainda mais para quem aprecia filmes antigos de horror. 

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de maio de 2023

Lightyear

Lightyear
Buzz Lightyear é um astronauta que viaja pelo universo. Ao chegar perto de um planeta distante, sua nave sofre um problema técnico e ele se vê forçado a realizar um pouso forçado. Sua tripulação sobrevive e aos poucos vai se adaptando naquele planeta selvagem, mas habitável. Buzz entretanto não aceita essa situação, ficando anos tentando escapar do planeta para ir em busca de uma missão de resgate. Entrando sempre em hipervelocidade no espaço, ele não envelhece, enquanto os tripulantes que ficam no planeta vão envelhecendo cada vez mais. Só que para Buzz ainda haverá mais um desafio: Uma versão dele mesmo, mais velha e malvada, ameaçando seu presente e seu futuro. Eis em resumo, a história básica dessa animação. 

Tecnicaamente é uma animação muito bem realizada. Eu não esperaria nada diferente disso numa produção da parceria Pixar-Disney. Só que tenho algumas observações a fazer. O roteiro do filme lida com temas de astrofísica que as crianças certamente não vão entender. Essa coisa de termos o Buzz ainda jovem, enquanto sua tripulação envelhece, é pura teoria da relatividade de Einstein. É um pouco demais colocar conceitos como esses para uma animação feita para os pequeninos. Isso se pode ver em filmes como "Interestelar", mas é um outro tipo de filme, para um outro típico de público. Assim, trocando em miúdos, parece que os roteiristas esqueceram das crianças que vão assistir ao filme. Fizeram um roteiro sofisticado demais, com temas científicos que fogem do normal para esse tipo de produto cinematográfico. No fundo me pareceu um roteiro feito para eles mesmos. Nada muito adequado para a meninada. 

Lightyear (Estados Unidos, 2022) Direção: Angus MacLane / Roteiro: Angus MacLane, Matthew Aldrich, Jason Headley / Elenco: Chris Evans, Keke Palmer, Peter Sohn / Sinopse: A animação conta a história do astronauta Buzz Lightyear em uma aventura passada em um planeta distante. Surgido nas animações de Toy Story na forma de brinquedo, aqui vemos o personagem em seu primeiro filme solo no cinema. 

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de maio de 2023

Sexo Bilionário

Título no Brasil: Sexo Bilionário
Título Original: Money Shot: The Pornhub Story
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Suzanne Hillinger
Roteiro: Suzanne Hillinger
Elenco: Siri Dahl, Asa Akira, Noelle Perdue, Michael Stabile, Wolf Hudson, Natassia Dreams

Sinopse:
Documentário da Netflix que mostra o escândalo envolvendo uma gigante empresa da pornografia mundial, o site Pornhub, e os limites que esse tipo de material online pode vier a sofrer. Depois da acusação de crimes cometidos dentro da plataforma se deu início a um grande processo judicial envolvendo milhares de pessoas ao redor do mundo. 

Comentários:
O site canadense pornográfico Pornhub tem bilhões de visitas ao mês. Sim, está certo, eu disse bilhões! O que mais surpreende é que depois de um tempo navegando no sucesso absoluto na rede começaram a pipocar denúncias e acusações envolvendo o site com o tráfico humano de mulheres, além dos costumeiros abusos sexuais que são comuns nesse tipo de material pornográfico. Esse documentário da Netflix expõe o problema, mostrando não apenas o lado dos acusadores e vítimas em geral, mas tambem dos profissionais do sexo que usam o site como meio de sobrevivência. Uma questão e um debate bem interessante do ponto de vista jurídico. Onde termina a liberdade de expressão, que garante até mesmo a exposição em sites de pornografia e onde começa a questão da ilegalidade? Eu gostei do documentário, pois traz importantes elementos para esse debate mais do que pertinente aos dias atuais. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Traídos pela Paixão

Título no Brasil: Traídos pela Paixão
Título Original: Silver Strand
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM Television
Direção: George Miller
Roteiro: Douglas Day Stewart
Elenco: Nicollette Sheridan, Gil Bellows, Jennifer O'Neill, Jay O. Sanders, Tony Plana, Wolfgang Bodison

Sinopse:
Filme também conhecido como "Almas de Aço", mas lançado originalmente no Brasil como "Traídos pela Paixão" em VHS. O filme conta a história de um jovem militar da Marinha dos Estados Unidos que acaba se apaixonando pela linda esposa de um de seus oficiais superiores. 

Comentários:
Na realidade esse é um telefilme, exibido pela televisão nos Estados Unidos. Só que no Brasil foi lançado no mercado de vídeo, nos tempos das locadoras VHS; Penso que isso acontecia com bastante frequência nos anos 90, alias; É até um bom filme, muito embora completamente quadradinho e convencional, afinal foi produzido para ser visto na TV mesmo, pela classe média norte-americana. No fundo só quer contar sua história de amor e romance, mas sem se comprometer muito, nem criar maiores polêmicas. O roteirista Douglas Day Stewart desse filme também escreveu o roteiro do consagrado filme de drama e romance "A Força do Destino" e ao ver essa produção chegamos na conclusão bem óbvia que ele no fundo está contando de novo a mesma história. Não foge muito da fórmula desse outro filme que foi sucesso nos cinemas com Richard Gere. 

Pablo Aluísio.

O Preço de uma Escolha

Título no Brasil: O Preço de uma Escolha
Título Original: If These Walls Could Talk
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Cher, Nancy Savoca
Roteiro: Pamela Wallace, Earl W. Wallace
Elenco: Demi Moore, Sissy Spacek, Cher, Shirley Knight, Catherine Keener, Jason London

Sinopse:
Uma trilogia de histórias ambientadas na mesma casa, mas com ocupantes diferentes e ao longo de 40 anos, tratando de várias mulheres e crises morais sobre gravidezes inesperadas e sua escolha pelo aborto. Em 1952, quando o aborto era ilegal, uma enfermeira lida com sua gravidez inesperada e toma medidas drásticas para conseguir um aborto. Em 1974, uma dona de casa com quatro filhos descobre que está grávida e decide que não consegue criar outro filho. Em 1996, uma estudante universitária grávida decide fazer um aborto, mas não percebe os meios que deve percorrer para conseguir seu objetivo.

Comentários:
Originalmente esse filme foi produzido para ser exibido no canal a cabo HBO nos Estados Unidos. Só que no Brasil ainda não havia esse sistema, por isso o filme acabou chegando por aqui através de um lançamento no mercado de vídeo VHS. É um drama pesado, lidando com o delicado tema do aborto. Esse tema é o grande elo de ligação entre três histórias diversas envolvendo mulheres que passaram pelo traumático processo de abortar. Um tema bastante polêmico, ainda hoje em dia na pauta de discussão em diversos países, inclusive no Brasil. Do ponto de vista cinematográfico temos uma curiosidade e tanto. Um dos segmentos foi dirigido pela cantora e atriz Cher. E seu trabalho ficou muito bom. Ela explicaria depois que havia pedido dicas de direção a ninguém mais, ninguém menos, do que Steven Spielberg. Pelo visto aprendeu direitinho as liçoes de cinema dadas pelo mestre. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Fall Time - Brincando com o Perigo

Título no Brasil: Fall Time - Brincando com o Perigo
Título Original: Fall Time 
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Capitol Films
Direção: Paul Warner
Roteiro: Steve Alden
Elenco: Stephen Baldwin, Mickey Rourke, David Arquette, Sheryl Lee, Jonah Blechman, Michael Edelstein

Sinopse:
Três jovens decidem planejar um sequestro simulado, mas tudo dá errado porque um verdadeiro assalto a banco já foi planejado por outros dois criminosos, esses já experientes e calejados no mundo do crime. 

Comentários:
Mais um filme que comento que assisti pela primeira vez nos agora distantes anos 90. Assisti em fita VHS, sim de locadoras de vídeo (alguém aí lembra delas?). Pois então. Dessa vez não gostei do filme, achei por demais irregular. Boa premissa, mas mal conduzida, com roteiro preguiçoso e cheio de furos. O elenco, como se pode perceber, trazia várias estrelinhas do cinema que estavam em ascensão. Lamento dizer, ninguém alcançou o estrelato. E tinha o Mickey Rourke, que havia feito excelentes filmes, mas já estava naquela fase de decadência na carreira, com sua filmografia indo pelo ralo. Se formos comparar com seus filmes da década anterior chega a ser uma covardia. Então é isso, um filme que não fez sucesso e que hoje em dia ninguém mais lembra. De qualquer maneira fica o registro aqui em nosso blog de cinema 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Elvis Presley - Don´t / I Beg Of You

O primeiro material inédito lançado pela gravadora RCA em 1958 foi esse single de Elvis Presley com Don´t e I Beg Of You. “Don´t” foi composta especialmente para Elvis. Leiber e Stoller resolveram compor uma música romântica bem ao estilo dele, totalmente adequada para a sua característica vocal. Sem dúvida é um momento especial! Considerada pelos críticos e fãs como umas das melhores baladas românticas dos anos 50, ainda hoje consegue emocionar. Curiosamente a canção foi gravada na sessão que deu origem ao disco de natal "Elvis Christmas Album". Apesar de toda a gravação ter se concentrada no projeto natalino, Elvis conseguiu arranjar tempo para finalizá-la. 

Esse fato vem demonstrar como Elvis era eficiente dentro dos estúdios nos anos 50. Em apenas 3 dias de gravação ele conseguiu emplacar 12 canções, que iam do gospel ao R&B de raíz. Certamente material não iria faltar para a RCA, muito pelo contrário, como bem demonstra a avalanche de lançamentos durante os primeiros anos da carreira de Elvis. Eram tantas as músicas disponíveis que muitas vezes os próprios singles do Rei competiam entre si. Apesar de toda essa correria e abundância de novos títulos o single não deixou de se tornar um grande sucesso alcançando o primeiro lugar da parada de singles logo no começo de 1958. Dessa forma o compacto "Don't / I Beg Of You" se tornava o sétimo single de Elvis a entrar no topo de sucessos da revista Billboard. Mais um disco de ouro para sua vasta coleção de prêmios.

Já o lado B do single vinha com outra canção que foi gravada na costa oeste em 1957 e que ficou bastante tempo arquivada, isso para os padrões dos anos 50 evidentemente! Tom Parker não gostou muito do resultado final e por isso seu lançamento foi sendo sistematicamente adiado até que ela foi finalmente colocada como lado B do single "Don't". Talvez para agradar Parker ou o próprio Elvis a música acabou tendo duas versões com arranjos diferenciados. Aquele que acabou prevalecendo e que se tornou oficial não é o melhor na minha opinião, pois a outra versão tem muito mais pique e energia. A mais rápida só iria chegar aos lançamentos da gravadora de Elvis muitos anos depois no CD "Essential Elvis - Stereo 57". Essa coleção acabou sendo a precursora do projeto "Follow That Dream" (FTD) que ao longo dos anos tem lançado vasto material inédito de Elvis, seja através de apresentações dos anos 70, seja pelo lançamento de edições revisionistas de seus álbuns clássicos, seja por meio de discos de takes alternativos. De qualquer forma "I Beg Of You" é um belo exemplo do melhor rock de Elvis Presley nos anos 50. Imperdível.

Pablo Aluísio.