segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Os Caminhos para a Liberdade

A história começa em uma fazenda no Sul dos Estados Unidos. Tempos de escravidão. Os escravos trabalham nos campos de algodão. As vastas terras pertencem a dois irmãos. Um deles é um sujeito mais humano, que trata melhor seus escravos. Deixa que celebrem suas festas, cantem suas músicas. O outro é um escravocrata cruel e desumano, capaz dos piores atos de tortura e violência. Chega ao ponto de queimar vivo um escravo que tentou escapar. Para infortúnio daquelas pessoas o irmão mais benevolente morre de um ataque fulminante do coração. Sobra o outro, o pior deles, um sujeito sádico e cruel. Além de torturador também é um estuprador das jovens meninas escravas de suas terras. A situação se torna tão insuportável que um homem e uma adolescente decidem fugir. Há rumores que existe uma ferrovia ali pela região que os levaria até o Norte, onde a escravidão já não mais existia. E eles decidem arriscar tudo pela liberdade.

Essa série é muito bem produzida e realizada. Tem um roteiro muito bem estruturado mostrando a dura realidade de um modo de produção escravista. O cenário é formado por aquelas grandes fazendas do passado, propriedade de escravocratas, homens violentos e desumanos que exploravam o trabalho dos negros traficados da África. Essas pessoas eram exploradas ao máximo e o senhor das terras tinha direito de vida ou morte sobre cada um deles. Um triste capítulo da história humana.

Os Caminhos para a Liberdade (The Underground Railroad, Estados Unidos, 2021) Direção: Barry Jenkins / Roteiro: Jihan Crowther, Colson Whitehead / Elenco: Thuso Mbedu, Chase Dillon, Joel Edgerton, Aaron Pierre / Sinopse: Em uma fazenda de escravos no Sul dos Estados Unidos, alguns escravos lutam pela liberdade, fugindo em busca de uma ferrovia que lhes daria a tão sonhada liberdade.

Pablo Aluísio. 


Guia de Episódios - Os Caminhos para a Liberdade:

Os Caminhos para a Liberdade 1.02 - Chapter 2: South Carolina
Cora e Ceaser estão livres. Eles chegam em uma cidade da Carolina do Noite onde não existe mais a escravidão. Ceaser começa a trabalhar numa fábrica. Depois arranja emprego como assistente de um médico. Cora ganha um salário como figurante em um museu que retrata a escravidão. Só que as coisas que parecem tão bem escondem algo sombrio. Crianças, filhos de mulheres negras, estão sumindo. Além disso há suspeitas que estão envenenando a população negra da cidade. Algo bem complicado, se for verdade só resta fugir. E para piorar ainda mais a situação há um caçador de escravos fugitivos na cidade. O perigo está chegando perto. / Os Caminhos para a Liberdade 1.02 - Chapter 2: South Carolina (Estados Unidos, 2021) Direção: Barry Jenkins / Roteiro: Jihan Crowther / Elenco: Thuso Mbedu, Chase Dillon, Joel Edgerton.

Pablo Aluísio.

Raízes

Fez grande sucesso na TV. Essa minissérie chegou a ser exibida na Rede Globo durante os anos 70, alcançando grandes índices de audiência. Eu era ainda bem jovem, mas me recordo bem da repercussão que "Raízes" alcançou aqui em nosso país. Nos Estados Unidos o sucesso foi ainda maior, fazendo com que a produção não se tornasse apenas um grande sucesso, mas também um grande vencedor do Emmy, o Oscar da TV nos Estados Unidos. Na verdade naquele ano foi o grande premiado, levando nove estatuetas. E qual era o segredo de tanto êxito artístico e comercial? Acredito que "Raízes" rompeu uma série de tabus e paradigmas, o que fez com que chamasse tanto atenção na época de seu lançamento original.

A história tinha como protagonista um jovem escravo chamado Kunta Kinte. O enredo ia desde o momento em que ele era escravizado na África, passando pela viagem nos navios negreiros, chegando ao momento em que ele chegava aos Estados Unidos para ser comercializado como escravo. Acabava indo parar em uma fazenda de plantação de algodão. Através da história desse personagem o público também aprendia sobre os tempos da escravidão negra. Grande minissérie! Um marco na história da TV norte-americana.

Raízes (Roots, Estados Unidos, 1977) Direção: Marvin J. Chomsky, John Erman / Roteiro: William Blinn, M. Charles Cohen / Elenco: LeVar Burton, Robert Reed, John Amos / Sinopse: A série contava a história do jovem escravo Kunta Kinte, um homem que iria passar toda a sua vida lutando por sua liberdade. Minissérie em 8 episódios. Premiada pelo Emmy em 9 categorias.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Os Observadores

Antes de mais nada cabe uma observação. O título nacional ficou muito ruim. Ao invés do filme se chamar "Os Observadores" deveria se chamar simplesmente "Os Voyeurs". O termo voyeur já é bem conhecido em nossa cultura, em nossa língua, embora seja um termo estrangeiro. E o que significa voyeur? É uma denominação usada para indicar pessoas que preferem ver outras pessoas fazendo sexo do que elas mesmas participarem dele. A história do filme é justamente sobre isso. Um jovem casal decide ir morar junto. Vai ser o primeiro apartamento da vida deles. As coisas começam muito bem, com muita paixão e romantismo. Porém o namorado percebe que no apartamento vizinho existe um casal muito quente, que pratica sexo em todos os lugares de seu apê. E eles conseguem ver tudo. Logo bisbilhotar o casal vizinho se torna uma obsessão. Claro que algo assim não vai terminar bem.

O filme pode ser definido em linhas gerais como uma produção erotic chic. A sensualidade entretanto não é aquela natural, mas sim algo mais perturbador, que foge dos padrões. Em certos momentos me lembrou da temática de "Cinquenta Tons de Cinza". O macho alfa da história, o marido que mora ao lado, é um daqueles tipos escrotos que tratam mal todas as mulheres. É um fotógrafo que tenta transar com todas as modelos que aparecem em seu estúdio. E mesmo com o papo sujo ele consegue seus objetivos. Boa pinta, parece estar acima do bem e do mal, levando para a cama várias mulheres ao longo do filme. É uma espécie de Christian Grey, só que na versão canadense e bem mais pobre. Então é isso. Um filme erótico soft que até tem seus momentos, mas que no geral se revela mesmo uma grande bobagem.

Os Observadores (The Voyeurs, Canadá, 2021) Direção: Michael Mohan / Roteiro: Michael Mohan / Elenco: Sydney Sweeney, Justice Smith, Ben Hardy / Sinopse: Dois casais. Um viznho ao outro. Não demora muito e o casal mais jovem começa a espionar e bisbilhotar a vida íntima do casal mais experiente. Só que eles nem desconfiam que aqueles que espionam também podem ser espionados.

Pablo Aluísio.

Tudo por Amor

Título no Brasil: Tudo por Amor
Título Original: Dying Young
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Richard Friedenberg
Elenco: Julia Roberts, Campbell Scott, Vincent D'Onofrio, Colleen Dewhurst, David Selby, Ellen Burstyn

Sinopse:
Hilary O'Neil (Julia Roberts) é uma enfermeira que trabalha em um hospital que possui uma ala de pacientes terminais. E é nesse local de sua função que ela acaba se apaixonando por um homem que já não tem mais muito tempo de vida.

Comentários:
No começo dos anos 90 a Julia Roberts já colhia os frutos de seu sucesso com o filme "Uma Linda Mulher" que realmente surpreendeu nas bilheterias da época. Então a Fox correu e lançou essa fita que já estava há um bom tempo arquivada dentro do estúdio. Esse filme inclusive foi produzido antes de "Uma Linda Mulher", mas lançado depois, justamente para pegar carona no outro filme. Coisas de marketing. Bom, eu me recordo que assisti na época de seu lançamento original, ainda nos tempos das locadoras de fitas VHS. Foi dirigido por Joel Schumacher, um cineasta irregular, capaz de fazer bons filmes e grandes porcarias. Aqui ele ficou na média apenas, nada muito surpreendente. Achei apenas mediano. Tem uma bonita fotografia, a Roberts era jovem e muito bela, mas no geral também soava como um romance cinematográfico sem muitas ideias novas ou originalidade. Hoje em dia seria interessante rever, até para matar as saudades. Além disso a Julia Roberts era de uma simpatia na época que cativava o espectador. Hoje em dia eu penso que ela perdeu grande parte desse seu carisma pessoal. Efeitos do tempo nas personalidades das pessoas.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

O Livro de Boba Fett

Esse mercenário espacial chamado Boba Fett surgiu na primeira trilogia de "Star Wars". Durante anos os produtores desenvolveram o projeto de levar sua história ao cinema, através de um longa-metragem. Com a venda da franquia de George Lucas para a Disney os planos mudaram. O sucesso da série "O Mandaloriano" mostrou o caminho a seguir. Os executivos do estúdio contrataram praticamente a mesma equipa da série anterior para trabalhar nessa nova série. O interessante é que Boba Fett havia sido devorado por um verme gigante do deserto em um dos filmes, então como trazer ele de volta? Bom, o roteiro deu um jeito nisso, algo que o espectador verá em flashback logo no primeiro episódio. Não ficou forçado, ficou bom para dizer a verdade.

E não fica por aí. Boba Fett se torna o sucessor de Jabba The Hut, o que significa ser o poderoso chefão do submundo daquele universo. Só que ele começa mal. Pensa em dominar pelo diálogo e pelas boas relações. Jabba dominava pelo medo e pela violência. Não demora muito e ele descobre como as cartas são dadas naquele tipo de jogo mortal. A grande cena do primeiro episódio ocorre quando Boba Fett, feito prisioneiro do povo do deserto, precisa vencer uma estranha criatura, com quatro braços e muita força física. Ficou ótima a cena. Certamente os fãs de "Star Wars" não vão ter do que reclamar!

O Livro de Boba Fett (The Book of Boba Fett, Estados Unidos, 2021) Direção: Robert Rodriguez, Dave Filoni, Steph Green / Roteiro: Jon Favreau, Noah Kloor / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Frank Trigg, Collin Hymes / Sinopse: Após quase ser morto por monstros e criaturas do deserto, o mercenário Boba Fett assume a posição que um dia pertenceu a Jabba, The Hut.

Pablo Aluísio.  

Guia dos Episódios - O Livro de Boba Fett:

O Livro de Boba Fett 1.02 - Chapter 2: The Tribes of Tatooine
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esse episódio Boba Fett vai até o prefeito para tomar satisfações. Afinal ele enviou um mercenário para dar cabo de Fett. E as notícias ruins não param por aí. Um Hutt, da mesma linha familiar de Jabba, chega na cidade. Ele tenciona assumir o controle do submundo, um vácuo de poder deixado pelo próprio Jabba. Só que Fett não quer deixar que isso venha a acontecer. São fatos interessantes desse episódio, mas o que importa mesmo aqui é um longo flashback mostrando Boba Fett ajudando e se tornando um membro de uma tribo de homens do deserto de Tatooine. Eles vivem no mar de dunas e Boba decide ajudá-los, inclusive tomando um trem de carga que passa por sua região. Episódio muito bom, com muita ação e aventura, com destaque para o ataque ao trem em movimento. Ecos do cinema antigo de filmes de faroeste! / O Livro de Boba Fett 1.02 - Chapter 2: The Tribes of Tatooine (Estados Unidos, 2022) Direção: Steph Green / Roteiro: Jon Favreau, George Lucas / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Matt Berry. 

O Livro de Boba Fett 1.03 - Chapter 3: The Streets of Mos Espa
Os asquerosos membros do clã Hutt querem Boba fora da jogada. Ele está no meio do caminho deles. Então enviam um enorme e violento Wookiee (da raça do Chewbacca) para dar cabo do caçador de recompensas. Ele sobrevive com a ajuda de uma gangue de jovens que ele recrutou por ali mesmo. Eles estavam envolvidos com brigas em relaçao a um comerciante de água. Agora passam a trabalhar para Fett - até porque naquele planeta deserto não existem mesmo muitas opções de trabalho. E logo no primeiro "Serviço" eles se saem bem, perseguindo pelas ruas do vilarejo um empregado do prefeito que se virou de vez contra Boba Fett. / O Livro de Boba Fett 1.03 - Chapter 3: The Streets of Mos Espa (Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Matt Berry.

O Livro de Boba Fett 1.04 - Chapter 4: The Gathering Storm
Enquanto tenta se recuperar, o mercenário acaba indo atrás de duas coisas vitais para ele. Uma é sua espaçonave que está em posse de seres controlados pelo Império. Não é uma tarefa fácil recuperar aquela nave, mas é possível e ele fará de tudo para isso. Complicado mesmo é ir atrás de sua armadura que caiu dentro de uns buraco de verme gigante do deserto, cena aliás que vemos nos filmes clássicos da trilogia original de Guerra nas Estrelas. De Posse desses dois instrumentos ele enfim pode desafiar os Huts que dominam o pequeno planeta deserto onde tudo começou. / O Livro de Boba Fett 1.04 - Chapter 4: The Gathering Storm(Estados Unidos, 2022) Direção: Kevin Tancharoen / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Thundercat.

O Livro de Boba Fett 1.05 - Chapter 5: Return of the Mandalorian
Esse é um dos melhores episódios da série e demonstra bem que algo está errado. Isso porque é o melhor episódio da série do Boba Fett em que ele não aparece. O episódio traz de volta o Mandaloriano. Quem poderia pensar que algo assim iria acontecer? Os episódios anteriores foram bem criticados, principalmente pelos fãs da franquia Star Wars. Então, para tentar salvar algo, perante seus próprios fâs, os roteiristas resolveram criar uma ligação direta com a série do Mandaloriano. Esse sim de grande sucesso de público e crítica. De minha parte foi muito bom ver esse personagem de volta, Ele que era inicialmente até mesmo uma imitação do Boba Fett agora toma o protagonismo para si. Em minha opinião, se as duas séries vão se fundir a partir de agora, é seguramente uma boa notícia para os fãs que assistem aos episódios. Vamos ver no que isso tudo vai dar. / O Livro de Boba Fett 1.05 - Chapter 5: Return of the Mandalorian (Estados Unidos, 2022) Direção: Bryce Dallas Howard / Elenco: Pedro Pascal. Ming-Na Wen.

O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger
Mais um episódio da série que coloca o protagonista de escanteio. Parece que os produtores entenderam que esse Boba Fett não consegue mesmo levar uma série sozinho nas costas. Então, trouxeram novos personagens e ressuscitaram outros. Aqui temos um festival de retornos. Retorna o baby Yoda, para Alegria das crianças. Retorna o Mandaloriano para ver se salva a audiência da série que vinha meio capenga. E retorna até mesmo Luke Skywalker. Aqui ele surge numa versão diferente, totalmente computadorizada. O ator Mark Hamill, que atualmente é praticamente um idoso, é rejuvenescido pela computação gráfica. Fico até imaginando um tempo em que não haverá mais espaço para os atores de carne e osso. Basta apenas recriar os personagens por computação gráfica e pronto. Se eu fosse um ator em Hollywood, estaria realmente preocupado com a situação. / O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger (Estados Unidos, 2022) Direção: Dave Filoni / Elenco: Pedro Pascal, Mark Hamill.

O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger
Assisti aos dois últimos episódios da série. Essa série vinha mal. Criticada ferozmente tanto pelos fãs de Guerra nas Estrelas, como também pela crítica especializada nos Estados Unidos. Não eram críticas em vão. Realmente estava bem ruim. Eu mesmo pensei em abandonar a série no meio. Ouvindo todas as reclamações, a Disney resolveu intervir. Contratou uma nova equipe de roteiristas. E fez mudanças. A mais notória delas foi a mais apelativa. Trouxeram personagens queridos do universo de Star Wars. Tudo para revitalizar a audiência dessa série. Assim trouxeram de volta o Mandaloriano, Luke Skywalker e como não poderia deixar de ser, o Baby Yoda. O Baby Yoda é um dos produtos mais lucrativos da Disney atualmente. É um produto realmente perfeito. Vende bonecos, vende brinquedos e se tornou uma febre entre as crianças. Tudo o que a Disney queria. Esse penúltima desódio segue nessa toada. Sumiram até mesmo com Boba Fett, que deveria ser o personagem principal de sua série. Como ele teve pouco carisma e não criou um vínculo com o público, ele foi deixado meio de escanteio. Na realidade, esse penúltimo episódio (Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger) é uma verdadeira revitalização do Mandaloriano. Tudo para trazer audiência e salvar a série do Boba Fett do ostracismo e do fracasso comercial. / O Livro de Boba Fett 1.06 - Chapter 6: From the Desert Comes a Stranger (Estados Unidos, 2022) Direção: Dave Filoni / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Pedro Pascal.

O Livro de Boba Fett 1.07 - Chapter 7: In the Name of Honor
O último episódio (Chapter 7: In the Name of Honor) segue na mesma linha. Só que aqui investiram pesado em efeitos especiais. Há uma grande Batalha envolvendo o grupo de Boba Fett e os vilões. Uma briga brutal envolvendo até mesmo monstros da areia. Em termos de efeitos especiais, porém, o que mais vale a pena são os estranhos equipamentos de guerra que mais se assemelham a escorpiões e aranhas. Pura diversão, ficou muito legal. E para quem gosta de referências cinematográficas, que tal aquele mostrengo alienígena que tem a cara do Clint Eastwood? Ele também é rápido no gatilho e faz duelos ao estilo faroeste. Enfim, nesses dois últimos episódios, acertaram na mosca, finalmente. Não haverá, prevejo, uma segunda temporada de Boba Fett. A Disney vai investir em uma nova temporada do Mandaloriano que deu muito certo. As coisas assim vão se adaptando ao gosto do público. / O Livro de Boba Fett 1.07 - Chapter 7: In the Name of Honor (Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Rodriguez / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Pedro Pascal.

Pablo Aluísio.

Star Wars: A Guerra dos Clones

Durou bastante essa animação chamada "A Guerra dos Clones". Exibida pelo Cartoon Network, acabou ficando no ar por 12 anos, entre 2008 a 2020!. Ninguém poderia supor quando foi lançada que iria durar tanto tempo! No total foram produzidos 133 episódios em sete temporadas! O curioso é que inicialmente a série animada não foi bem recebida pela crítica. Os produtores optaram por episódios bem curtinhos que eram exibidos no Cartoon. Isso dificultava muito o acompanhamento pois, como todos sabemos, séries, mesmo que animadas, acabam sendo exibidas fora de ordem nesses canais a cabo, ainda mais em se tratando de reprises (algo recorrente nesse tipo de produto feito para as crianças).

Pessoalmente nunca gostei muito. E não foi apenas pela bagunça cronológica do canal Cartoon, mas também pela própria origem do material. Esse enredo se passa ali pelo meio da segunda trilogia de "Star Wars" nos cinemas. Esses filmes hoje são considerados os piores já feitos com a marca dessa franquia. Ora, se nem os filmes originais eram lá essas coisas, imagine então uma animação feita em cima desse enredo. Enfim, embora bem produzida, nunca consegui gostar dessa série animada. Só assista se tiver o box com todas as temporadas em mãos. Acompanhar pelos canais a cabo vai ser um verdadeiro sacrifício.

Star Wars: A Guerra dos Clones (Star Wars: The Clone Wars, Estados Unidos, 2008 - 2020) Direção: Dave Filoni, Brian O'Connell, Steward Lee / Roteiro: Henry Gilroy, Drew Z. Greenberg / Elenco: Tom Kane, Matt Lanter, James Arnold Taylor, Ashley Eckstein / Sinopse: A luta entre cavaleiros Jedi, forças rebeldes e tropas do império na Guerra dos Clones que devastou todo o universo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

O Grande Ataque

Título no Brasil: O Grande Ataque
Título Original: The Great Raid
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Miramax
Direção: John Dahl
Roteiro: Carlo Bernard
Elenco: James Franco, Benjamin Bratt, Robert Mammone, Max Martini, James Carpinello, Mark Consuelos

Sinopse:
Roteiro baseado em fatos históricos reais. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial um grupo de militares americanos é aprisionado pelos japoneses. Eles são enviados para um campo onde torturas e violação de direitos humanos se torna algo cotidiano. Para tentar libertá-los um grupo especial dos Rangers é enviado para o resgate.

Comentários:
Parece que a fórmula para se fazer grandes filmes sobre a Segunda Guerra Mundial se perdeu no passado. Não consigo lembrar de nenhum grande filme feito recentemente sobre esse evento histórico tão importante. Os clássicos do cinema são todos de um passado agora já distante. Essa produção da Miramax tentou resgatar esse velho estilo de fazer cinema, mas em minha opinião falhou. O filme não consegue convencer muito. Embora até bem produzido, o filme não convence. James Franco, líder do grupo de resgate, não convence como militar durão. E não adiantou muito usar um bigode (outro aspecto fake do filme). O uso de uma trilha sonora excessiva e piegas, piorou ainda mais o quadro geral. O filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, só saindo em DVD. É um filme de guerra fraco, ainda mais se formos comparar com os grandes épicos de uma Hollywood clássica que já não existe mais.

Pablo Aluísio.

Videodrome

Título no Brasil: Videodrome - A Síndrome do Vídeo
Título Original: Videodrome
Ano de Produção: 1983
País: Canadá
Estúdio: Filmplan International
Direção: David Cronenberg
Roteiro: David Cronenberg
Elenco:  James Woods, Debbie Harry, Sonja Smits, Peter Dvorsky, Leslie Carlson, Jack Creley

Sinopse:
Um programador começa a ter alucinações em sua mente, onde não consegue mais distinguir direito o que seria realidade e o que seria pura loucura em um mundo dominado pela força do áudio visual. Filme premiado pelo Canadian Society of Cinematographers Awards.

Comentários:
Na primeira metade dos anos 80 o videocassete começou a se tornar realmente popular. Em pouco tempo cada casa teria esse aparelho, que logo se tornou campeão de vendas. O curioso é que o diretor David Cronenberg teve um raro sendo de oportunidade para perceber que o nascente mercado de vídeo iria abrir as portas para jovens cineastas desconhecidos, como ele. Um filme como esse "Videodrome" não teria espaço nenhum nos cinemas, mas em VHS logo iria encontrar seu público. E foi o que aconteceu. Pouco tempo depois de ser lançado virou um cult movie nas locadoras. A proposta do roteiro era ousada e rompia limites que o cinemão mais comercial não aceitaria. Revisto hoje em dia a fita obviamente ficou datada, mas ainda mantém certo impacto. Afinal quem viveu os anos 80 jamais esqueceu da cena do protagonista enfiando sua cabeça em uma TV fora do ar. Puro cinema esquisito e estranho do David Cronenberg,

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

WandaVision

Outra série nova. Outra adaptação de quadrinhos. Ao contrário do Pacificador que faz parte da geléia geral da cultura pop, essa obra tem um belo prestígio entre os leitores de comics. Eu conhecia apenas de nome, nunca cheguei a ler nada sobre "WandaVision". Por essa razão o primeiro episódio que assisti foi também a minha primeira visão sobre esse universo. E é um universo meio estranho mesmo. Como protagonista temos um casal. A mulher se chama Wanda e o marido Vision. Parece um casal normal, só que no fundo não é nada disso. Ele tem uma cabeça de metal e ela consegue mover objetos apenas com a força da mente. Afinal estamos diante de uma obra que foi baseada em quadrinhos. Não poderia ser diferente. Eles teriam que ter algum super poder!

A surpresa vem mesmo na forma como o primeiro episódio foi produzido. O formato, a linguagem, a estrutura do roteiro, tudo foi baseado em antigas séries de humor dos anos 50, sendo a maior aproximação com "I Love Lucy", o famoso e ingênuo programa de Lucille Ball. Claro que essa escolha vai causar uma grande estranheza em quem vai assistir uma série que parecia ser de Sci-fi. Mas não vá tomar conclusões precipitadas pois ainda há muito mais por vir. Pela forma inovadora que se apresentou até me animei a continuar a assistir essa série. Coragem, pelo menos, não faltou para seus realizadores nesse episódio piloto e isso definitivamente é um bom sinal.

WandaVision (WandaVision, Estados Unidos, 2021) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Peter Cameron / Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Kathryn Hahn, Teyonah Parris / Sinopse: Um casal incomum tenta viver de forma comum, como se fossem pessoas normais, algo que definitivamente passa longe de sua realidade.

Pablo Aluísio.


Guia de Episódios - WandaVision


WandaVision 1.02 - Don't Touch That Dial
Eu tive uma surpresa com esse segundo episódio. Pensei que esse estilo de imitar antigas comédias da TV americana dos anos 50 iria ficar restrito apenas ao primeiro episódio, mas não, segue aqui. Tudo em preto e branco, com histórias bobinhas, como era comum na época. Nesse episódio o Vision decide participar de uma apresentação como mágico ao lado da esposa, mas engole um chicletes que embaralha seu maquinário interno. Assim ele fica parecendo um sujeito alcoolizado. Na cena final tudo começa a ficar colorido, o que dá pistas que essa coisa de sitcom dos anos 50 vai mesmo ficar para trás. A conferir. / WandaVision 1.02 - Don't Touch That Dial (Estados Unidos, 2021) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Gretchen Enders / Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Kathryn Hahn. 

WandaVision 1.03 - Now in Color
Pelo visto essa série vai continuar nesse caminho da linha Sitcom. Bom, não era bem o que eu esperava e nem tampouco o que quero assistir. Até porque se fosse para acompanhar uma sitcom eu iria procurar por uma de verdade, afinal há várias opções no mercado. Por isso acho que vou ficando por aqui. Não vou mais ver. De qualquer forma aí vai o resumo desse episódio: Wanda está grávida e sua gestação é mais do que rápida, é super veloz. O que deveria durar 9 meses, dura apenas alguns dias! A criança nasce, depois outra. Uma grande surpresa para os pais! O que virá depois? Ah e antes que me esqueça esse episódio procura copiar o estilo dos programas de TV que eram exibidos nos Estados Unidos quando a televisão em cores se tornou dominante, lá pela metade dos anos 60. / WandaVision 1.03 - Now in Color (Estados Unidos, 2021) Direção: Matt Shakman / Roteiro: Megan McDonnell / Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Kathryn Hahn.

Pablo Aluísio.

A Dama de Vermelho

Título no Brasil: A Dama de Vermelho
Título Original: The Woman in Red
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Gene Wilder
Roteiro: Yves Robert, Gene Wilder
Elenco: Gene Wilder, Kelly LeBrock, Charles Grodin, Monica Parker, Robin Ignico, Kyle T. Heffner

Sinopse:
Theodore Pierce (Gene Wilder) é um sujeito casado, sério, todo quadradinho. Um dia avista uma misteriosa mulher toda vestida de vermelho e fica de queixo caído por ela, babando mesmo. E joga toda a sua caretice pela janela, embarcando em algo que nem mesmo ele sabe aonde vai parar.

Comentários:
Gene Wilder faleceu em 2018. Sua carreira foi muito interessante no cinema. A maioria das pessoas lembram dele por causa de "A Fantástica Fábrica de Chocolates", mas curiosamente esse filme não foi o seu maior sucesso de bilheteria. Esse título pertence a esse "A Dama de Vermelho". Eu me lembro desse filme em cartaz nos cinemas. Realmente um hit. Ainda mais se lembrarmos de sua trilha sonora que também foi um sucesso de vendas. Basta lembrar da música "I Just Called to Say I Love You" de Stevie Wonder que era parte do filme e que ganhou o Oscar na categoria de melhor música original. Um grande sucesso nas rádios. Basta ouvi-la para a nostalgia bater forte em quem viveu os anos 80. Agora, devo também dizer que o filme em si não é essa maravilha toda. É um bom filme, com roteiro divertido, mas passa longe de ser uma obra-prima. No fundo foi uma espécie de hino de louvor em relação à beleza da atriz Kelly LeBrock.

Pablo Aluísio.