sexta-feira, 16 de julho de 2021

A Vida é Bela

Ninguém esperava que Roberto Benigni fosse vencer o Oscar de melhor ator por esse filme. Pois foi justamente isso que aconteceu! Uma zebra e tanto na história da Academia. É incrível que um comediante europeu tenha sido premiado com o mais cobiçado prêmio de cinema do mundo, mas aconteceu. E provavelmente nunca mais venha acontecer de novo. Eu me recordo inclusive que quando seu nome foi anunciado ele reagiu da mesma forma que seu personagem, de maneira muito exagerada! Sim, onde termina a personalidade do ator e começa a interpretação desse seu personagem? Penso que não há muitas linhas dividindo esse aspecto, não no caso de Benigni. Assim para gostar do filme você vai precisar ter ao menos simpatia pelo estilo e pelo tipo de humor que Roberto Benigni faz, caso contrário não vai funcionar muito bem.

Esse filme tem dois atos bem diferenciados em seu roteiro. O primeiro apresenta um humor bem pastelão, diria até mixuruca. É algo até muito inocente, ao estilo humor antigo. ultrapassado. Nesse primeiro ato o personagem principal é apresentado. Um garçom chamado Guido. Um homem meio infantilizado e bobo, mas de bom coração. Já o segundo ato é bem superior. Ele é judeu, vive na Itália durante a II Guerra Mundial e acaba indo parar em um campo de concentração nazista. Ele vai junto do filho de 8 anos. Como explicar uma atrocidade daquelas para uma criança? Para preservar o menino, ele finge que tudo não passa de um grande jogo, cujo prêmio final será um tanque de guerra de brinquedo. Só que como sabemos não é brincadeira o que está acontecendo. É o Holocausto! E como fazer humor em cima de algo tão terrível? Penso que esse filme em particular conseguiu, porque tudo surge um pouco estilizado em cena. O campo de concentração, por exemplo, não é tão realista. Isso poupa o espectador de ter que encarar a triste realidade. E o filme, no final das contas, consegue funcionar. De maneira ampla, olhando o conjunto do filme, gostei do que vi, embora tenha que ressaltar que apenas a segunda parte do filme é realmente marcante.

A Vida é Bela (La vita è bella, Itália, 1997) Direção: Roberto Benigni / Roteiro: Vincenzo Cerami, Roberto Benigni / Elenco: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giorgio Cantarini / Sinopse: Durante o regime fascista italiano, um garçom judeu e sua família é enviada para um campo de concentração nazista. Para preservar seu filho daquela situação terrível, o pai faz de conta para ele de que tudo não passaria de um jogo, uma grande brincadeira.

Pablo Aluísio.

Blink - Num Piscar de Olhos

Emma Brody (Madeleine Stowe) é uma violoncelista de música clássica, deficiente visual, que recupera parte de sua visão após uma bem sucedida operação de transplante de córneas. Nessa nova realidade ela acaba testemunhando um crime, que coloca sua vida em perigo. E como se tudo isso não fosse o bastante ela também começa a sofrer de certas alucinações, provavelmente causadas pela cirurgia que sofreu. Gostei muito desse suspense que tem excelentes soluções visuais para mostrar, em foco subjetivo, de como seria a visão parcialmente restaurada da personagem principal. Emma em especial é muito bem desenvolvida, mostrando que o roteiro realmente se preocupou em explorar adequadamente sua personalidade, lapidando sua estória e sua vida pessoal, envolvendo assim o espectador em relação aos rumos perigosos que ela acaba tomando em sua vida.

Esse acaba sendo o grande diferencial de "Blink" pois ele não se contenta em apenas colocar uma pessoa com deficiência em situações de perigo, pelo contrário, trabalha muito bem todo o background envolvendo essa instrumentista de música clássica, muito bem interpretada pela sempre talentosa Madeleine Stowe. A direção é do inglês Michael Apted, um cineasta talentoso que também acertou em cheio em outros ótimos filmes marcantes, entre eles o ecológico "Nas Montanhas dos Gorilas" e o enigmático "Mistério no Parque Gorky". Nessa produção dos anos 80 ele novamente acertou em cheio. Sua direção é eficiente e segura.

Blink - Num Piscar de Olhos (Blink, Estados Unidos, 1994) Direção: Michael Apted / Roteiro: Dana Stevens / Elenco: Madeleine Stowe, Aidan Quinn, James Remar / Sinopse: Música talentosa, deficiente visual, passa por uma cirurgia e voltando a ver o mundo acaba testemunhando um crime que coloca sua vida em perigo. Filme indicado ao prêmio do Edgar Allan Poe Awards na categoria de Melhor Filme de Suspense.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

A Honra do Poderoso Prizzi

Charley Partanna (Jack Nicholson) é um assassino profissional. Ele trabalha para a família mafiosa Prizzi de Nova Iorque. Durante um casamento do clã, ele conhece uma mulher muito bonita e elegante, chamada Irene Walker (Kathleen Turner). Ela mora em Los Angeles e Partanna fica completamente apaixonado, um verdadeiro amor à primeira vista. O sujeito perde totalmente o bom senso e a razão por essa desconhecida. O que ele não sabe é que ela também é uma assassina profissional. Também é uma ladra que roubou dinheiro justamente da família Prizzi. E agora, como Partanna vai manter seu código de honra e fidelidade com os mafiosos, já que ele está apaixonado por Irene, a mulher que o chefão Prizzi quer ver morta?

John Huston foi um dos grandes diretores da história do cinema norte-americano. Entretanto quando dirigiu esse filme ele já estava bastante idoso. Seus anos de criatividade e glória já tinham ficado no passado. Por isso o que temos aqui é até um bom filme, mas que não chega nem perto dos clássicos que dirigiu. Há um certo humor negro nesse roteiro, embora o filme não seja uma comédia. Jack Nicholson está menos carismático do que o habitual. Anjelica Huston está péssima. Cheia de caras e bocas, não age naturalmente. Melhor se sai Kathleen Turner como a loira fatal. Mesmo bonita e elegante, ficou muito longe da classe de uma Grace Kelly, por exemplo. O filme tem seus bons momentos, mas também apresenta uma certa preguiça em sua linha narrativa. A verdade é que o velho Huston já havia perdido a mão para o cinema, por isso o resultado final não é excepcional. O filme realmente não é lá grande coisa.

A Honra do Poderoso Prizzi (Prizzi's Honor, Estados Unidos, 1985)  Direção: John Huston / Roteiro: Richard Condon, Janet Roach / Elenco: Jack Nicholson, Kathleen Turner, Anjelica Huston, Robert Loggia, John Randolph, William Hickey / Sinopse: Assassino profissional da máfia se apaixona por uma mulher de Los Angeles, sem saber que ela na verdade também é uma criminosa. Uma assassina e ladra, que precisa ser eliminada a mando da mesma família mafiosa pela qual ele trabalha.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

O Peso da Água

Esse é um filme que não me agradou muito, apesar da recepção favorável da crítica na época. O enredo mostra um fotógrafo que acompanhado de alguns conhecidos decide fazer uma viagem para uma ilha onde no passado ocorreu um crime que se tornou muito conhecido, por ter sido brutal e praticamente sem solução. E após viajarem em um belo veleiro até essa ilha, as coisas começam a fugir do controle, resultando em uma situação de caos e desespero. A direção ficou a cargo da cineasta Kathryn Bigelow que vinha em um momento de alta na sua filmografia, ganhando prêmios e elogios por seus trabalhos. Entretanto esse parece ter sido seu filme mais fraco. Algo que não melhorou com o passar dos anos.

Eu sempre gosto de dizer que não se fazem bons filmes de suspense em lugares turísticos, paradisíacos, com muito sol e praia. Não combina. Filmes de suspense precisam de climas adequados, quanto mais soturnos e sombrios melhor. Há uma excesso de luz nesse filme, fazendo com que o teor de medo se dilua nas belas paisagens do horizonte. Além disso o veleiro completa o quadro de paraíso em férias. Tirar medo do espectador no meio de algo assim é muito complicado, diria quase impossível. Se na literatura pode até funcionar, no cinema simplesmente não dá certo.

O Peso da Água (The Weight of Water, Estados Unidos, 2000) Direção: Kathryn Bigelow / Roteiro: Alice Arlen, Christopher Kyle, baseados no romance escrito por Anita Shreve / Elenco: Sean Penn, Elizabeth Hurley, Josh Lucas, Sarah Polley / Sinopse: Um casal e um grupo de amigos decide  velejar até uma ilha distante do litoral onde no passado ocorreu um crime que ficou célebre pela violência. E o que deveria ser um passeio dos mais interessantes acaba se tornando um horrendo pesadelo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Um Passe de Mágica

Apesar de ser um filme antigo, produzido em 1978, eu nunca havia assistido até ontem. E isso é bem curioso porque sempre fui um admirador do trabalho do ator Anthony Hopkins. Nesse filme ele interpreta um mágico chamado Corky. No começo suas apresentações são ignoradas por um público frequentador de pequenos clubes noturnos. As coisas nunca parecem dar certo. Então ele resolve mudar seu número. Passa a usar um boneco de ventríloquo a qual chama de Fats. E assim as coisas começam a melhorar em sua vida, inclusive ganha um agente e um convite para se apresentar na TV. Para quem não conseguia nem ganhar o mínimo para sua sobrevivência já era uma mudança e tanto.

Só que o boneco Fats logo começa a ganhar uma individualidade própria. Mesmo fora do palco Corky começa a conversar e interagir com ele. A coisa começa a ficar meio assustadora. E tudo piora quando o mágico decide rever um velho amor do passado, Peggy Ann Snow (Ann-Margret). Ele era apaixonado por ela desde os tempos da escola, só que agora Peggy é apenas uma mulher infeliz, casada com um sujeito boçal e asqueroso. Gostei desse filme, que também é conhecido como "Magia Negra" (título que ganhou quando foi exibido na TV). Há um clima de suspense e terror, muito embora a trama seja mais melancólica do que qualquer outra coisa. Hopkins mais uma vez brilha, inclusive fazendo a voz de Fats. É um filme por demais interessante, que assusta de uma maneira pouco convencional.

Um Passe de Mágica / Magia Negra (Magic, Estados Unidos, 1978) Direção: Richard Attenborough / Roteiro: William Goldman / Elenco: Anthony Hopkins, Ann-Margret, Burgess Meredith, Ed Lauter / Sinopse: Mágico fracassado começa a ver sua sorte mudar quando passa a se apresentar com um boneco no palco. O problema é que em pouco tempo esse boneco começa a ganhar vida própria, criando situações assustadoras.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Fúria em Duas Rodas

Existem filmes que eu não recomendaria para todo tipo de cinéfilo. Existem filmes que são feitos apenas para quem é interessado em um determinado tipo de assunto. É o caso desse "Fúria em Duas Rodas". Para gostar você precisa preencher certos requisitos: 1. Gostar muito de motos. 2. Colocar m primeiro plano cenas de ação... com motos! 3. Não ligar muito para o roteiro. É isso, o filme é uma grande adoração a essas máquinas velozes. Esqueça desenvolvimento de personagens, dramaturgia e coisas do tipo. O que vale aqui é mostrar em sequências sem fim, motos em alta velocidade. E tem umas garotas bonitas também, rebolando em shortinhos. Até que essa parte não é nada ruim de assistir.

Brincadeiras à parte, eu me recordo que quando esse filme foi lançado a crítica mais recorrente foi a de que ele seria na verdade uma espécie de "Velozes e Furiosos" com motos. Bingo! É isso mesmo. Não tem nem como contestar esse tipo de visão. Os produtores desejavam iniciar uma outra franquia, só que no lugar de carros velozes haveria motocicletas, centenas delas, multicoloridas, de todas as cilindradas. Desnudado em suas intenções, o diretor Joseph Kahn precisou apenas caprichar na edição, pois filmes assim demandam edições alucinantes, com quadros que duram poucos segundos. Então é isso. Curte filmes de ação e motos? Aprecia o estilo de "Velozes e Furiosos"? Então provavelmente você vai gostar desse filme.

Fúria em Duas Rodas (Torque, Estados Unidos, 2004) Direção: Joseph Kahn / Roteiro: Matt Johnson / Elenco: Martin Henderson, Ice Cube, Monet Mazur / Sinopse: Um piloto de motovelocidade retorna aos Estados Unidos, após passar alguns meses na Tailândia. De volta na América ele tenta retornar para sua ex-namorada, mas acaba envolvido na criminalidade. Uma quadrilha quer que ele se envolva no tráfico de drogas e outra quer acertar as contas com ele por algo ocorrido no passado.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de julho de 2021

Batman: O Mistério da Mulher Morcego

É realmente incrível como um personagem tão antigo como o Batman, criado em 1939, ainda consiga ser tão popular nos dias de hoje. Nem o criador desse personagem, o desenhista Bob Kane, poderia prever o que iria acontecer com sua criação, como ele mesmo afirmou várias vezes em entrevistas antes de sua morte. Ele chegou a dizer que quando criou o Batman pensou que ele iria durar uma ou duas edições na revista Detective Comics. Para ele o Batman no máximo chegaria nas dez edições. Só que estamos aqui, 80 anos depois e ainda comentando produtos com a marca desse sujeito que veste uma fantasia de morcego! Além dos quadrinhos, onde ainda é um dos maiorais em termos de vendas de revistas, ele ainda é explorado em filmes no cinema e animações na TV e no mercado de venda direta ao consumir. Esse "Batman: O Mistério da Mulher Morcego" é mais um produto nessa linha que não parece mais ter fim. Foi lançado inicialmente em DVD e depois foi exibido em canais de animação como o Cartoon Network.

Eu recomendo especialmente ao fã do Batman a aquisição do DVD original americano que vem com muito material extra, inclusive um interessante making-off mostrando os bastidores da produção de uma animação como essa. E quem pensa que é fácil fazer um desenho desses, é bom dar uma olhada na complexidade do trabalho envolvido nesse tipo de produção com equipe de dublagem, animação, computação gráfica, etc. E como sempre acontece em se tratando do Batman, a Warner Bros sempre capricha no resultado final.

Batman: O Mistério da Mulher Morcego (Batman: Mystery of the Batwoman, Estados Unidos, 2003) Direção: Jennifer Graves, Tim Maltby / Roteiro: Alan Burnett / Elenco: Kevin Conroy, Kimberly Brooks, Kelly Ripa / Sinopse: Uma estranha figura feminina cruza os céus de Gotham City. Ela usa um uniforme parecido com o do Batman, mas não tem qualquer ligação com ele.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de julho de 2021

Roma

Série excepcional retratando a queda da República Romana e o surgimento do Império. E nesse período histórico, como bem sabemos, surgiram algumas figuras centrais na história romana. A primeira delas foi Júlio César, político populista, astuto e inteligente, que tencionava ter todo o poder político em suas mãos, mesmo sabendo que (ainda) havia um senado forte, que não iria deixar isso acontecer. O principal aliado que tinha era Marco Antônio, general romano, um homem também ambicioso. Curiosamente Júlio César não foi o primeiro imperador de Roma como muitos pensam. Ele foi morto nos idos de março no Senado. Seu sobrinho Otávio é que se tornaria o primeiro imperador de Roma, recebendo alguns anos depois o título de Augusto (divino).

Essa série foi produzida pelo canal HBO, em um momento de auge criativo do canal. Eu me recordo que a HBO havia acabado de chegar no Brasil e muitos ficaram impressionados com a qualidade técnica e de produção de "Roma". Parecia realmente um épico feito para o cinema. Como se trata de uma história complexa, cheia de desdobramentos, o lugar ideal para se contar esse capítulo da história romana era mesmo em forma de série. No formato de longa-metragem muita coisa importante acaba se perdendo. Assim deixo a dica de "Roma". Se você aprecia história do mundo antigo, nada seria mais adequado.

Roma (Roma, Estados Unidos, 2005 - 2007) Direção: Michael Apted, Mikael Salomon / Roteiro: Bruno Heller, William J. MacDonald / Elenco: Ciarán Hinds, James Purefoy, Max Pirkis ; Sinopse: A série conta parte da história de Roma, quando a República decaiu, dando origem ao sistema imperial de governo, com a concentração de poderes nas mãos de um único imperador romano.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Elvis & Nixon

Esse filme conta um dos capítulos mais surreais da biografia de Elvis Presley. Em 1970 o cantor colocou na cabeça que tinha que encontrar pessoalmente o presidente Richard Nixon. Elvis dizia que estava descontente com o que acontecia na América, com os protestos contra a Guerra do Vietnã, a cultura das drogas, etc. Então ele foi até Washington para se colocar à disposição do Republicano. Além disso Elvis tinha intenção de pedir um distintivo federal. Ele queria, segundo suas palavras, se disfarçar para combater grupos subversivos aos valores americanos. Algo bem bizarro é saber que Elvis colecionava esses distintivos como se fossem figurinhas de um álbum. E por causa de sua fama ele conseguiu ser recebido pelo presidente! Essa história surpreendente já havia dado origem a um bom filme na década de 1990 chamado "Elvis Meets Nixon". Agora, com melhor produção e elenco mais conhecido, somos novamente apresentados a esse evento que pelos olhos de hoje parece ter sido bem fora do convencional. 

Michael Shannon não se parece fisicamente com Elvis Presley, entretanto isso fica em segundo plano porque ele é definitivamente um bom ator. E não caiu na caracterização de caricatura, algo que sempre atinge atores que interpretam Elvis no cinema.  Melhor se sai Kevin Spacey como Nixon. Ele capturou muito bem os trejeitos e os maneirismos do Presidente americano. Chega a sumir dentro de sua personagem. Algo que apenas grandes atores conseguem fazer. O roteiro do filme não é 100% fiel aos fatos. Ele falha muito nos detalhes e em pequenas coisas que nunca aconteceram na realidade. De qualquer maneira isso é algo esperado, afinal um roteiro sempre pede uma certa carga de ficção para melhorar seus potenciais dramáticos. A realidade pura e simples poderia deixar o filme um pouco mais chato. De qualquer maneira o saldo final é positivo. Pena que Elvis tenha escolhido um presidente tão ruim para se encontrar. Nixon foi expulso da Casa Branca e saiu pela porta dos fundos. Imagine se tivesse encontrado JFK. Daria uma história bem melhor...

Elvis & Nixon (Estados Unidos, 2016) Direção: Liza Johnson / Roteiro: Joey Sagal, Cary Elwes / Elenco: Michael Shannon, Kevin Spacey, Alex Pettyfer, Colin Hanks, Johnny Knoxville / Sinopse: O filme conta a história real de quando o cantor Elvis Presley decidiu ir conhecer pessoalmente o presidente dos Estados Unidos Richard Nixon na Casa Branca.

Pablo Aluísio.

Sob o Sol da Toscana

Embora muitos não assumam esse tipo de pensamento, o fato é que existe dentro da sociedade um certo preconceito contra ver em filmes e peças, romances protagonizados por mulheres mais velhas. Coisa de gente ignorante e preconceituosa. Filmes como esse "Sob o Sol da Toscana" surgem para mudar esse tipo de mentalidade medieval e.sem sentido. Não existe idade para se viver um belo romance. E é justamente o que vemos aqui nessa história estrelada por uma belíssima Diane Lane. Ela interpreta uma escritora americana que decide ir morar na Itália. Ela escolhe a Toscana, região no centro do país, conhecida por sua rica história e maravilhosa tradicão cultural.

No começo os italianos são retratados de forma um pouco estereotipada, mas curiosamente o roteiro se ajusta nesse ponto e essa visão meio distorcida dos americanos em relação aos italianos se dissolve. Sobra então um bom retrato da típica hospitalidade e generosidade desse povo europeu. E como também não poderia deixar de ser o filme se aproveita das lindas paisagens e também dos belos monumentos culturais e artísticos para trazer ainda mais beleza ao filme como um todo. Dessa maneira "Sob o Sol da Toscana" se torna um daqueles filmes bonitos de se assistir, leve e com uma boa mensagem em seu roteiro.

Sob o Sol da Toscana (Under the Tuscan Sun, 2003) Direção: Audrey Well / Roteiro: Audrey Wells, Audrey Wells / Elenco: Diane Lane, Sandra Oh, Lindsay Duncan, Raoul Bova / Sinopse: O filme conta a história da escritora norte-americana Frances Mayes (Diane Lane), que em determinado momento de sua vida decide mudar tudo. Ela vai até a Toscana onde passa a viver novas experiências de vida, encontrando um novo amor.

Pablo Aluísio.