Mesmo após tantos anos ainda gosto muito das adaptações dos contos e livros de Stephen King. Sempre que vejo seu nome em algum cartaz procuro assistir, seja um filme, seja uma série. "Castle Rock" acabou virando uma série. No primeiro episódio já encontramos vários elementos bem característicos das estórias do escritor. Logo nas primeiras cenas vemos um diretor de um presídio da região (do Maine, claro) que decide se matar. As razões? Vão ser explicadas ao longo da série. Com a morte dele assume a direção do presídio uma executiva que encontra muitos problemas, entre eles toda uma ala prisional abandonada. Houve uma rebelião lá, com chamas e destruição das celas. Ela então decide reabrir para mandar novos condenados.
Quando os agentes chegam por lá acabam encontrando um homem acorrentado em uma espécie de tanque abandonado há muitos anos. Quem é ele? Qual é a sua ligação com a morte do antigo diretor? São questões que King vai tecendo aos poucos. Um dos pontos positivos de se ter uma série é que tudo vai se desenvolvendo sem muita pressa, como geralmente acontece em filmes. A boa notícia é que o roteiro é bom, prende a atenção do espectador e a produção também tem qualidade. Além disso é impossível assistir a esse "Caste Rock" e não lembrar de "Um Sonho de Liberdade", outra adaptação maravilhosa de um livro de Stephen King. Aliás a prisão, chamada de Shawshank, é a mesma! Um verdadeiro castelo de rocha, como afirma o título original. Coisas de Stephen King...
Castle Rock (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Uppendahl, Ana Lily Amirpour, Daniel Attias / Roteiro: Sam Shaw, Dustin Thomason, baseados na obra de Stephen King / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård / Sinopse: Um homem desconhecido é encontrado acorrentando numa ala abandonada há muitos anos de um presídio no Maine. Ele pede a ajuda de um advogado negro, especializado em condenados à morte. Qual seria a ligação dele com o suicídio do antigo diretor do estabelecimento prisional?
Castle Rock - Episódios Comentados:
Castle Rock 1.06 - Filter
Essa série é baseada na obra de Stephen King. De maneira em geral eu gosto muito das adaptações do King para o cinema. Só que devo abrir o jogo. Esse é o sexto episódio da primeira temporada e ainda não vi nada que justifique todos os elogios que foram feitos ao programa. Os episódios até aqui se arrastam... se arrastam. Pouca coisa relevante acontece. O clima de tédio vai tomando conta do espectador. E saber que tudo se passa na sempre nublada e escura Castle Rock não ajuda em nada para despertar. Existe um personagem estranho. Um rapaz que foi encontrado no porão da penitenciária local. Ele vivia isolado, no escuro, sem ter contato com ninguém. O antigo diretor da prisão que estava envolvido diretamente com o fato acaba tirando a própria vida. Esse jovem sem nome acaba sendo ajudado pelo advogado Henry Deaver (André Holland) que consegue tirá-lo da cadeia através de um Habeas Corpus, mas isso só piora a situação geral, com acontecimentos esquisitos surgindo a cada instante. A própria personagem interpretada pela atriz Sissy Spacek decide pular dentro do rio, em um momento totalmente inoportuno. Gente esquisita! No mais é esperar pelos próximos episódios, esperando por alguma melhora. / Castle Rock 1.06 - Filter (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Bad Robot / Direção: Kevin Hooks / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård, Jane Levy, Sissy Spacek, Scott Glenn
Castle Rock 1.07 - The Queen
Esse episódio é certamente o mais estranho da série, ao mesmo tempo, é o mais brilhante deles. A personagem de Ruth Deaver é interpretada pela maravilhosa atriz Sissy Spacek. Ela sofre do mal de Alzheimer, o que significa que ela não consegue muito distinguir passado, presente e futuro, tampouco espaço. Por isso os roteiristas do episódio optaram por fazer tudo sob o ponto de vista de Sarah. Ficou excelente. Não tenta amarrar muito os acontecimentos, pois o roteiro foi escrito mesmo para embaralhar a mente do espectador. Incrível o resultado final. Deixo aqui minhas palmas pela originalidade, inteligência e criatividade. Ótimo, ótimo episódio da série "Castle Rock". / Castle Rock 1.07 - The Queen (Estados Unidos, 2018) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: Sissy Spacek, André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård
Castle Rock 1.08 - Past Perfect
Essa série esconde algo sombrio. E esse episódio é um dos mais sangrentos. Mortes e assassinatos para todos os lados. O episódio começa com a chegada de um casal novo na cidade. Ele era psiquiatra na cidade grande, mas traiu um de seus clientes. Assim acabam comprando uma velha casa na cidade, um lugar onde no passado havia sido cometidos crimes. A intenção é montar um hotel histórico, contando e relembrando o passado sombrio do lugar. Coisa de louco. Só que, por uma razão ou outra, o novo inquilino acaba enlouquecendo, matando um casal, seus primeiros hóspedes. Ecos de Psicose. Bom episódio, deixando algumas pistas, como na cena final em que o estranho sujeito diz para uma das personagens que ela morreu na colina. O que isso significaria? Bom, só resta assistir aos dois últimos episódios dessa temporada para saber. / Castle Rock 1.08 - Past Perfect (Estados Unidos, 2018) Direção: Ana Lily Amirpour / Roteiro: Sam Shaw, baseado na obra de Stephen King / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård.
Castle Rock 1.09 - Henry Deaver
Esse episódio faz pouco sentido. Os atores trocam de personagens, o policial que já havia morrido na série retorna... Tudo parece saído da mente de alguém perturbado - e realmente é. O que se vê no episódio é apenas a versão dos fatos contada por aquele estranho sujeito que foi encontrado numa cela por anos. Quem é ele? De onde veio? É o próprio diabo? Quem sabe... de qualquer maneira nesse episódio ele passa uma conversa, ou melhor dizendo, uma narrativa completamente maluca para Molly. Sim, não vai fazer o menor sentido para quem vinha acompanhando a série até agora. É feito para explodir seus miolos. Se prepare e fique sem saber quem realmente é Henry Deaver. / Castle Rock 1.09 - Henry Deaver (Estados Unidos, 2018) Direção: Julie Anne Robinson / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård.
Castle Rock 1.10 - Romans
Esse é o último episódio da primeira temporada. E como termina? De certa forma, como começou. Henry Deaver volta a advogar. Porém antes disso vem a grande revelação do episódio. Finalmente é revelado ao espectador que quando era criança Henry realmente matou seu pai adotivo, o pastor. Ele o empurrou de um barranco e o pastor se espatifou lá embaixo, morrendo na neve gelada. Assim todas as fofocas, todos os mexericos e o preconceito que envolviam sua presença na cidade se mostraram verdadeiros. Ele é o assassino. Esse é o seu pecado, revelado no livro de Romanos. E o misterioso jovem que vivia dentro de uma gaiola nos porões da prisão? Ele volta para lá. Henry, na última cena, leva comida para ele e lhe deseja feliz natal. Ao ser perguntado por quanto tempo ele iria continuar ali, a resposta veio seca e sem esclarecer muito. E assim termina essa primeira temporada. Para falar a verdade, por se tratar de Stephen King, esperava por algo melhor. Em termos gerais considerei a série um tanto fraca. / Castle Rock 1.10 - Romans (Estados Unidos, 2018) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Sam Shaw / Elenco: André Holland, Melanie Lynskey, Bill Skarsgård.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de outubro de 2018
The First
Quando o homem vai pisar em Marte? Por enquanto só existem projetos sobre isso. Embora tecnicamente já seja possível enviar um homem para o planeta vermelho o fato é que não existem recursos e nem interesse econômico em colocar algo assim em frente. Seria muito dinheiro para pouco resultado. E como o que move a humanidade é basicamente o lucro, penso que ainda vai demorar algumas décadas para algo assim sair do papel. Provavelmente nossa geração não vai presenciar essa viagem. Pessimismos à parte, aqui temos uma série de ficção que se adianta no tempo para contar a primeira viagem do homem rumo à Marte. Logo no primeiro episódio temos toda a equipe reunida prestes a ser lançada pelo foguete, mas que acaba se tornando um desastre anunciado. Oito astronautas são incinerados quando o foguete vira uma bola de fogo no céu. Nada sobra, nada resta.
O veterano astronauta Tom Hagerty (Sean Penn) deveria estar na tripulação, mas por causa da idade fica apenas no treinamento dos demais membros da nave. Servindo como professor e também relações públicas da NASA ele acaba vendo seu sonho de ser o primeiro homem em Marte renascer após a morte dos astronautas. Será que o destino lhe guardaria esse presente? Assista a essa nova série para descobrir.
The First (Estados Unidos, 2018) Direção: Deniz Gamze Ergüven, Agnieszka Holland, Ariel Kleiman / Roteiro: AJ Marechal, Francesca Sloane, Beau Willimon / Elenco: Sean Penn, Natascha McElhone, LisaGay Hamilton / Sinopse: O filme conta a história do primeiro homem a ser enviado para Marte. Após uma desastrosa missão, onde todos os astronautas são mortos, a NASA começa a planejar uma nova viagem, mais compacta, comandada por astronautas veteranos, com excelente treinamento e experiência.
Pablo Aluísio.
O veterano astronauta Tom Hagerty (Sean Penn) deveria estar na tripulação, mas por causa da idade fica apenas no treinamento dos demais membros da nave. Servindo como professor e também relações públicas da NASA ele acaba vendo seu sonho de ser o primeiro homem em Marte renascer após a morte dos astronautas. Será que o destino lhe guardaria esse presente? Assista a essa nova série para descobrir.
The First (Estados Unidos, 2018) Direção: Deniz Gamze Ergüven, Agnieszka Holland, Ariel Kleiman / Roteiro: AJ Marechal, Francesca Sloane, Beau Willimon / Elenco: Sean Penn, Natascha McElhone, LisaGay Hamilton / Sinopse: O filme conta a história do primeiro homem a ser enviado para Marte. Após uma desastrosa missão, onde todos os astronautas são mortos, a NASA começa a planejar uma nova viagem, mais compacta, comandada por astronautas veteranos, com excelente treinamento e experiência.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
Construindo Um Império: França
Título no Brasil: Construindo Um Império: França
Título Original: Napoleon: Steel Monster
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: KPI Productions, Mechanism Digital
Direção: Penny Fearon, Mark Cannon
Roteiro: Penny Fearon
Elenco: Peter Weller, Michael Carroll, Ed Avila, J.D. Brown, Marc C. Cancassi, Mitchell Speert
Sinopse e comentários:
Essa série de documentários é bem popular no Brasil, principalmente porque são exibidos com certa regularidade em canais como o The History Channel e National Geographic. Pois bem, cada episódio foca em um determinado país, ou melhor dizendo, em um império. Nesse aqui o foco vai para a França, começando com as contruções de Luís XIV, o Rei Sol, que criou do nada grandes monumentos ao seu ego descomunal, como o Palácio de Versalhes, obra maravilhosa, o maior palácio imperial da Europa por séculos.
Ainda nos tempos de Luís XIV, são desvendados os diversos canais que foram feitos por esse soberano, entre eles o projeto de um canal que conseguiria ligar o Mediterrâneo com o Atlântico, um projeto megalomaníaco que só poderia ter sido executado sob o império de um monarca absolutista e autocrata. Por fim o episódio fala sobre o período em Napoleão Bonaparte se tornou imperador. Aqui um problema: o general não foi um grande construtor, mas sim um conquistador. A única exceção veio com a construção do Arco do Triunfo para festejar justamente suas vitórias militares. Por isso não deixou grandes obras por onde passou.
Pablo Aluísio.
Título Original: Napoleon: Steel Monster
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: KPI Productions, Mechanism Digital
Direção: Penny Fearon, Mark Cannon
Roteiro: Penny Fearon
Elenco: Peter Weller, Michael Carroll, Ed Avila, J.D. Brown, Marc C. Cancassi, Mitchell Speert
Sinopse e comentários:
Essa série de documentários é bem popular no Brasil, principalmente porque são exibidos com certa regularidade em canais como o The History Channel e National Geographic. Pois bem, cada episódio foca em um determinado país, ou melhor dizendo, em um império. Nesse aqui o foco vai para a França, começando com as contruções de Luís XIV, o Rei Sol, que criou do nada grandes monumentos ao seu ego descomunal, como o Palácio de Versalhes, obra maravilhosa, o maior palácio imperial da Europa por séculos.
Ainda nos tempos de Luís XIV, são desvendados os diversos canais que foram feitos por esse soberano, entre eles o projeto de um canal que conseguiria ligar o Mediterrâneo com o Atlântico, um projeto megalomaníaco que só poderia ter sido executado sob o império de um monarca absolutista e autocrata. Por fim o episódio fala sobre o período em Napoleão Bonaparte se tornou imperador. Aqui um problema: o general não foi um grande construtor, mas sim um conquistador. A única exceção veio com a construção do Arco do Triunfo para festejar justamente suas vitórias militares. Por isso não deixou grandes obras por onde passou.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de outubro de 2018
Reds
Já que o tema envolvendo ideologias políticas anda tão em voga no Brasil por causa da recente eleição, vale lembrar desse excelente filme chamado "Reds". Seu roteiro foi baseado em fatos reais, na história do jornalista americano John Reed que no começo do século XX foi até a Rússia cobrir a revolução que acontecia naquela grande nação. O regime do czar virava ruínas, enquanto os comunistas, naquela ocasião chamados de bolcheviques, tomavam o poder com sangue e fúria. O filme tem quase um estilo documental, porém investindo também numa boa dramaturgia, especialmente valorizada pelo maravilhoso elenco (afinal quem teria o luxo de ter um nome como Jack Nicholson como mero coadjuvante na época?). Foi um projeto bem pessoal do ator Warren Beatty, que não apenas atuou no filme como também produziu, escreveu o roteiro e o dirigiu!
O resultado para muitos soou um pouco excessivo e pesado. Com quase 200 minutos de duração, tem que realmente ter disposição para encarar sua longa duração. Outro aspecto que muitos reclamaram foi do claro viés esquerdista de seu roteiro. Sobre isso, bom, não haveria como mudar. Como o roteiro foi baseado no livro do próprio jornalista retratado na história chamado "Dez Dias que Abalaram o Mundo" e como ele era um socialista de carteirinha, não havia como fazer de outro modo. A visão na tela não deixa de ser do John Reed real, da história. De qualquer modo, como puro cinema, "Reds" ainda é um filme muito bom, que deve ser conhecido por essa nova geração de cinéfilos que está aí.
Reds (Estados Unidos, Inglaterra, 1981) Direção: Warren Beatty / Roteiro: Warren Beatty, Trevor Griffiths / Elenco: Warren Beatty, Diane Keaton, Jack Nicholson, Paul Sorvino, Maureen Stapleton, Edward Herrmann, M. Emmet Walsh / Sinopse: O filme retrata a revolução russa comunista sob a ótica de um jornalista americano que foi até o país cobrir os acontecimentos históricos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Maureen Stapleton), Melhor Direção (Warren Beatty) e Melhor Direção de Fotografia (Vittorio Storaro).
Pablo Aluísio.
O resultado para muitos soou um pouco excessivo e pesado. Com quase 200 minutos de duração, tem que realmente ter disposição para encarar sua longa duração. Outro aspecto que muitos reclamaram foi do claro viés esquerdista de seu roteiro. Sobre isso, bom, não haveria como mudar. Como o roteiro foi baseado no livro do próprio jornalista retratado na história chamado "Dez Dias que Abalaram o Mundo" e como ele era um socialista de carteirinha, não havia como fazer de outro modo. A visão na tela não deixa de ser do John Reed real, da história. De qualquer modo, como puro cinema, "Reds" ainda é um filme muito bom, que deve ser conhecido por essa nova geração de cinéfilos que está aí.
Reds (Estados Unidos, Inglaterra, 1981) Direção: Warren Beatty / Roteiro: Warren Beatty, Trevor Griffiths / Elenco: Warren Beatty, Diane Keaton, Jack Nicholson, Paul Sorvino, Maureen Stapleton, Edward Herrmann, M. Emmet Walsh / Sinopse: O filme retrata a revolução russa comunista sob a ótica de um jornalista americano que foi até o país cobrir os acontecimentos históricos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Maureen Stapleton), Melhor Direção (Warren Beatty) e Melhor Direção de Fotografia (Vittorio Storaro).
Pablo Aluísio.
Sommersby: O Retorno de um Estranho
A guerra civil americana separou muitas famílias. Os homens foram para o campo de batalha e as mulheres ficaram para trás, nas fazendas, tentando sobreviver a uma carnificina brutal. Esse bom filme, uma mistura inteligente de drama, western e romance, mostra a volta dos veteranos que conseguiram sobreviver. Jack Sommersby (Richard Gere) retorna da guerra após longos anos. Ele havia sido dado inclusive como morto. Sua esposa Laurel (Jodie Foster) já estava inclusive conformada com a tragédia. De qualquer forma o destino tem suas próprias razões inexplicáveis e assim Jack volta para a antiga fazenda que deixou para trás.
Sua volta intriga a esposa. Ele, que era um sujeito rude e grosso, agora é só gentilezas. Ele não se comporta como era no passado. isso acaba levantando nela uma dúvida inusitada: seria seu verdadeiro marido ou um impostor se passando por ele? Para descobrir isso só assistindo ao filme. Claro uma trama dessas pode soar bem inverossímil para o espectador, pois como uma esposa não conseguiria reconhecer seu próprio marido? Ainda mais sendo um galã como o Richard Gere? O curioso é que mesmo tendo uma premissa estranha, o filme funciona muito bem. Palmas para o diretor britânico Jon Amiel. Ele trouxe a elegância e a sutileza do cinema europeu para essa produção, algo que era extremamente necessário para que tudo funcionasse bem. Acabou resultando em um filme bonito, sofisticado e muito gratificante.
Sommersby: O Retorno de um Estranho (Sommersby, Estados Unidos, Inglaterra, 1993) Direção: Jon Amiel / Roteiro: Daniel Vigne / Elenco: Richard Gere, Jodie Foster, Bill Pullman, R. Lee Ermey, Lanny Flaherty / Sinopse: Remake do filme original "The Return of Martin Guerre", o filme conta a história de um militar que de volta do campo de batalha reencontra sua esposa, só que ela passa a desconfiar, após um tempo, de que ele na verdade seria um impostor.
Pablo Aluísio.
Sua volta intriga a esposa. Ele, que era um sujeito rude e grosso, agora é só gentilezas. Ele não se comporta como era no passado. isso acaba levantando nela uma dúvida inusitada: seria seu verdadeiro marido ou um impostor se passando por ele? Para descobrir isso só assistindo ao filme. Claro uma trama dessas pode soar bem inverossímil para o espectador, pois como uma esposa não conseguiria reconhecer seu próprio marido? Ainda mais sendo um galã como o Richard Gere? O curioso é que mesmo tendo uma premissa estranha, o filme funciona muito bem. Palmas para o diretor britânico Jon Amiel. Ele trouxe a elegância e a sutileza do cinema europeu para essa produção, algo que era extremamente necessário para que tudo funcionasse bem. Acabou resultando em um filme bonito, sofisticado e muito gratificante.
Sommersby: O Retorno de um Estranho (Sommersby, Estados Unidos, Inglaterra, 1993) Direção: Jon Amiel / Roteiro: Daniel Vigne / Elenco: Richard Gere, Jodie Foster, Bill Pullman, R. Lee Ermey, Lanny Flaherty / Sinopse: Remake do filme original "The Return of Martin Guerre", o filme conta a história de um militar que de volta do campo de batalha reencontra sua esposa, só que ela passa a desconfiar, após um tempo, de que ele na verdade seria um impostor.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de outubro de 2018
Os Incríveis 2
Não consigo me lembrar de nenhuma animação com o selo Pixar que seja ruim. O nível de qualidade que eles colocam em seus produtos é realmente admirável. E isso continua, mesmo após o estúdio ter sido comprado pelo império Disney. Aqui o diretor Brad Bird dá sequência aos incríveis, uma família de super-heróis. O divertido de tudo é que eles precisam lidar com os mesmos aborrecimentos do dia a dia como qualquer outra família normal. Cuidar do bebê, dormir mal à noite, ter que enfrentar as crises da adolescência da filha e impedir que o mundo civilizado sucumba ao mal absoluto. É uma saborosa sátira ao universo dos super-heróis dos quadrinhos, tudo feito numa base mordaz e divertida.
Em tempos de politicamente correto o roteiro coloca em primeiro plano a mãe, Helen, a Mulher-Elástico, que acaba sendo contratada para trabalhar numa espécie de reality show moderno. Ela vai enfrentar o crime, ao mesmo tempo fazendo publicidade para que os super-heróis voltem a ser reconhecidos pela lei. Já o Sr. Incrível fica em casa cuidado dos filhos, o que para ele logo se revela pior e mais desafiador do que enfrentar os mais malvados vilões. É o tipo de enredo inteligente que consegue agradar tanto aos pais como aos filhos, as crianças, que vão ao cinema e se divertem muito. Essa pegada sempre foi um dos segredos do sucesso das animações da Pixar. Aqui tudo segue alinhado com o mesmo espírito. Não me admira que a animação tenha ficado tão boa!
Os Incríveis 2 (Incredibles 2, Estados Unidos, 2018) Direção: Brad Bird / Roteiro: Brad Bird / Elenco: Craig T. Nelson, Holly Hunter, Samuel L. Jackson, Sarah Vowell / Sinopse: Com a ilegalidade dos super-heróis e o fim do programa secreto do governo, o Sr. Incrível fica desempregado. Morando num motel de beira de estrada, a sorte da família muda quando Helen recebe o convite de um milionário para trabalhar em um reality show que vai mostrar o combate ao crime por uma heroína numa cidade infestada de bandidos. Todos querem que os super-heróis sejam novamente reconhecidos pela lei.
Pablo Aluísio.
Em tempos de politicamente correto o roteiro coloca em primeiro plano a mãe, Helen, a Mulher-Elástico, que acaba sendo contratada para trabalhar numa espécie de reality show moderno. Ela vai enfrentar o crime, ao mesmo tempo fazendo publicidade para que os super-heróis voltem a ser reconhecidos pela lei. Já o Sr. Incrível fica em casa cuidado dos filhos, o que para ele logo se revela pior e mais desafiador do que enfrentar os mais malvados vilões. É o tipo de enredo inteligente que consegue agradar tanto aos pais como aos filhos, as crianças, que vão ao cinema e se divertem muito. Essa pegada sempre foi um dos segredos do sucesso das animações da Pixar. Aqui tudo segue alinhado com o mesmo espírito. Não me admira que a animação tenha ficado tão boa!
Os Incríveis 2 (Incredibles 2, Estados Unidos, 2018) Direção: Brad Bird / Roteiro: Brad Bird / Elenco: Craig T. Nelson, Holly Hunter, Samuel L. Jackson, Sarah Vowell / Sinopse: Com a ilegalidade dos super-heróis e o fim do programa secreto do governo, o Sr. Incrível fica desempregado. Morando num motel de beira de estrada, a sorte da família muda quando Helen recebe o convite de um milionário para trabalhar em um reality show que vai mostrar o combate ao crime por uma heroína numa cidade infestada de bandidos. Todos querem que os super-heróis sejam novamente reconhecidos pela lei.
Pablo Aluísio.
O Banqueiro da Resistência
Mais um filme que deixa a desejar com o selo da Netflix. O roteiro conta a história real, baseada em fatos históricos, de um banqueiro holandês que durante a ocupação nazista de seu pais montou um esquema financeiro de financiamento da resistência holandesa contra a opressão dos exércitos de Hitler. Usando de títulos de fundos de investimento e de pensão ele conseguiu desviar uma verdadeira fortuna para os membros da resistência que usaram todo esse dinheiro em serviços de espionagem, sabotagem, assassinatos, greves e outros mecanismos para ir destruindo as forças do Reich em solo holandês.
Boa história certamente, interessante e tudo mais, porém contada em um filme que realmente tem vários problemas. Um deles é de edição. As cenas vão acontecendo em uma linha narrativa mal desenvolvida. Alguns eventos são cortados de forma abrupta. Parece aquelas séries que são adaptadas em longas e que por essa razão ficam truncadas demais. A produção é até boa, com bons figurinos, uma direção de fotografia até bem feita, mas o roteiro mal estruturado, apostando demais em uma narração convencional, bem quadrada e uma edição desleixada coloca tudo a perder. Com quase duas horas de duração prevejo que muitos espectadores vão acabar largando o filme pela metade. Como escrevi, uma boa história que merecia um filme melhor.
O Banqueiro da Resistência (Bankier van het Verzet, Holanda, 2018) Direção: Joram Lürsen / Roteiro: Marieke van der Pol, Thomas van der Ree / Elenco: Barry Atsma, Fockeline Ouwerkerk, Jacob Derwig / Sinopse: Durante a ocupação nazista da Holanda na II Guerra Mundial, um banqueiro holandês resolve montar um esquema de financiamento da resistência com títulos de pensão e de fundos especiais, passando por cima da fiscalização das autoridades monetárias do III Reich.
Pablo Aluísio.
Boa história certamente, interessante e tudo mais, porém contada em um filme que realmente tem vários problemas. Um deles é de edição. As cenas vão acontecendo em uma linha narrativa mal desenvolvida. Alguns eventos são cortados de forma abrupta. Parece aquelas séries que são adaptadas em longas e que por essa razão ficam truncadas demais. A produção é até boa, com bons figurinos, uma direção de fotografia até bem feita, mas o roteiro mal estruturado, apostando demais em uma narração convencional, bem quadrada e uma edição desleixada coloca tudo a perder. Com quase duas horas de duração prevejo que muitos espectadores vão acabar largando o filme pela metade. Como escrevi, uma boa história que merecia um filme melhor.
O Banqueiro da Resistência (Bankier van het Verzet, Holanda, 2018) Direção: Joram Lürsen / Roteiro: Marieke van der Pol, Thomas van der Ree / Elenco: Barry Atsma, Fockeline Ouwerkerk, Jacob Derwig / Sinopse: Durante a ocupação nazista da Holanda na II Guerra Mundial, um banqueiro holandês resolve montar um esquema de financiamento da resistência com títulos de pensão e de fundos especiais, passando por cima da fiscalização das autoridades monetárias do III Reich.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
Os Vigaristas
Esse filme é do tempo em que Nicolas Cage escolhia melhor o roteiro dos projetos em que iria atuar. Cheguei a assistir no cinema também, até porque os críticos gostaram do filme, do seu estilo cool e marginal. Aqui Cage interpreta um vigarista, como o próprio título nacional deixa claro. São pequenos e médios golpes que ele aplica, sempre evitando a todo custo usar de violência. Um tipo de criminoso pé de chinelo sempre disposto a enganar o próximo inocente que cruza seu caminho. As coisa vão indo bem até que um dia ele tem uma enorme surpresa...
Sua filha, que ele não vê há anos, aparece. Agora precisa morar com ele. Mas como viver ao lado de um trambiqueiro que sempre precisa estar fugindo de uma cidade para outra? Pior, como conciliar sua parceria com outro vigarista experiente, tendo a tiracolo uma garota, menor de idade? Até que Roy (Cage) percebe que pode usar a menina para "sofisticar" seus futuros golpes, afinal quem desconfiaria de uma jovem como aquela? O filme tem um cinismo ímpar e se desenvolve bem. Não é um roteiro maldoso, que vanglorie criminosos, não, apenas diverte com seus personagens cinicamente calhordas. Enfim, mais um bom filme dirigido pelo sempre interessante Ridley Scott, que aqui saiu um pouco de seu estilo habitual de fazer cinema.
Os Vigaristas (Matchstick Men, Estados Unidos, 2003) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Nicholas Griffin, baseado no romance escrito por Eric Garcia / Elenco: Nicolas Cage, Alison Lohman, Sam Rockwell, Bruce Altman / Sinopse: Roy Waller (Cage) é um vigarista que é surpreendido com a chegada de sua filha. Como conciliar sua vida bandida com uma garota como aquela? Bom, isso vai complicar tudo, até o dia em que ele chega na conclusão que ela pode sim lhe ajudar em seus golpes.
Pablo Aluísio.
Sua filha, que ele não vê há anos, aparece. Agora precisa morar com ele. Mas como viver ao lado de um trambiqueiro que sempre precisa estar fugindo de uma cidade para outra? Pior, como conciliar sua parceria com outro vigarista experiente, tendo a tiracolo uma garota, menor de idade? Até que Roy (Cage) percebe que pode usar a menina para "sofisticar" seus futuros golpes, afinal quem desconfiaria de uma jovem como aquela? O filme tem um cinismo ímpar e se desenvolve bem. Não é um roteiro maldoso, que vanglorie criminosos, não, apenas diverte com seus personagens cinicamente calhordas. Enfim, mais um bom filme dirigido pelo sempre interessante Ridley Scott, que aqui saiu um pouco de seu estilo habitual de fazer cinema.
Os Vigaristas (Matchstick Men, Estados Unidos, 2003) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Nicholas Griffin, baseado no romance escrito por Eric Garcia / Elenco: Nicolas Cage, Alison Lohman, Sam Rockwell, Bruce Altman / Sinopse: Roy Waller (Cage) é um vigarista que é surpreendido com a chegada de sua filha. Como conciliar sua vida bandida com uma garota como aquela? Bom, isso vai complicar tudo, até o dia em que ele chega na conclusão que ela pode sim lhe ajudar em seus golpes.
Pablo Aluísio.
Impostor
Filme de ficção que acabou sendo esquecido com o passar dos anos. A estória se passa no futuro, em 2079. A humanidade está em guerra com uma raça alienígena. Gary Sinise é um cientista envolvido em um projeto secreto que tem como objetivo desenvolver uma arma definitiva contra a ameaça alien, só que ele se envolve em uma complicada conspiração, onde ele mesmo se torna suspeito de ser um impostor, um agente extraterrestre infiltrado em nosso meio. Agora ele terá que provar que é inocente das acusações.
Não gostei muito do filme. Na verdade esse gênero Sci-fi é um dos mais difíceis do cinema se formos analisar bem. O erro na dosagem pode transformar qualquer roteiro cheio de boas intenções em um mero trash descartável. Esse filme escapou disso, mas pouco memorável, não é sequer lembrado pelos fãs que gostam desse estilo de produção. Por fim um detalhe importante: o roteiro foi inspirado na obra de Philip K. Dick, o mesmo criador de Blade Runner. Esse, no final das contas, é o grande atrativo para se conferir esse filme. Fora isso, nada de muito importante para citar.
Impostor (Estados Unidos, 2001) Direção: Gary Fleder / Roteiro: Scott Rosenberg, baseado no conto "The Impostor" de Philip K. Dick / Elenco: Gary Sinise, Madeleine Stowe, Vincent D'Onofrio, Shane Brolly / Sinopse: Em 2079, numa planeta Terra em guerra com uma raça vinda do espaço, um cientista chamado Spencer John Olham (Gary Sinise) tenta sobreviver a uma conspiração de vida ou morte.
Pablo Aluísio.
Não gostei muito do filme. Na verdade esse gênero Sci-fi é um dos mais difíceis do cinema se formos analisar bem. O erro na dosagem pode transformar qualquer roteiro cheio de boas intenções em um mero trash descartável. Esse filme escapou disso, mas pouco memorável, não é sequer lembrado pelos fãs que gostam desse estilo de produção. Por fim um detalhe importante: o roteiro foi inspirado na obra de Philip K. Dick, o mesmo criador de Blade Runner. Esse, no final das contas, é o grande atrativo para se conferir esse filme. Fora isso, nada de muito importante para citar.
Impostor (Estados Unidos, 2001) Direção: Gary Fleder / Roteiro: Scott Rosenberg, baseado no conto "The Impostor" de Philip K. Dick / Elenco: Gary Sinise, Madeleine Stowe, Vincent D'Onofrio, Shane Brolly / Sinopse: Em 2079, numa planeta Terra em guerra com uma raça vinda do espaço, um cientista chamado Spencer John Olham (Gary Sinise) tenta sobreviver a uma conspiração de vida ou morte.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
On Chesil Beach
Esse drama romântico conta a história de um relacionamento entre dois jovens ingleses na década de 1960. Ela se chama Florence (Saoirse Ronan). Filha de um homem rico e influente na sociedade londrina, quer ser música profissional.. Ela toca violino em um quarteto de cordas. Ela sonha um dia em ter uma carreira bem sucedida com o grupo, quem sabe até viver mesmo da música erudita. Ele é um jovem chamado Edward (Billy Howle). Ao contrário da namorada, não sabe muito bem o que fazer da vida. Estudante, está prestes a receber um diploma de história, mas nem sequer sabe se deseja mesmo ser professor. O roteiro é bem estruturado. Ao invés de contar a história do casal em linha cronológica ele escolhe um eixo narrativo central, mostrando o casamento deles e a lua de mel, onde ao redor vão surgindo cenas em flashback contando a história do namoro, desde o momento em que se encontraram pela primeira vez, passando pelos primeiros encontros, até chegar no dia em que decidiram se casar.
Há uma diferença de origens entre o casal. Enquanto ela vem de uma família bem estruturada, ele sofre com a mãe, que tem problemas mentais. Jovens e inexperientes vão acabar pagando um alto preço por se casarem tão jovens. O final do filme aliás pode vir a decepcionar o público, principalmente aquele mais romântico que adora finais felizes. Se há´uma lição a se aprender com essa história é a de que pessoas jovens não deveriam se casar precocemente. Há muito em jogo e nem sempre maturidade para se lidar com os problemas que vão surgindo. Quando não existe experiência de vida tudo pode acabar por um gesto impensado ou uma atitude impulsiva. Por isso acabei gostando bastante do filme. Não apenas pela presença sempre cativante e carismática da atriz Saoirse Ronan, mas também e principalmente pela preciosa mensagem que ele passa.
On Chesil Beach (Inglaterra, 2017) Direção: Dominic Cooke / Roteiro: Ian McEwan / Elenco: Saoirse Ronan, Billy Howle, Emily Watson, Andy Burse / Sinopse: O ano é 1961, na Inglaterra. Edward (Billy Howle) e Florence (Saoirse Ronan) são jovens. Eles se conhecem, se apaixonam e decidem se casar. Ela tem sonhos de ser uma música de palco, se apresentando com seu quarteto clássico. Ele se forma em história, para quem sabe se tornar um professor. São apaixonados, mas imaturos para lidar com problemas de um relacionamento adulto.
Pablo Aluísio.
Há uma diferença de origens entre o casal. Enquanto ela vem de uma família bem estruturada, ele sofre com a mãe, que tem problemas mentais. Jovens e inexperientes vão acabar pagando um alto preço por se casarem tão jovens. O final do filme aliás pode vir a decepcionar o público, principalmente aquele mais romântico que adora finais felizes. Se há´uma lição a se aprender com essa história é a de que pessoas jovens não deveriam se casar precocemente. Há muito em jogo e nem sempre maturidade para se lidar com os problemas que vão surgindo. Quando não existe experiência de vida tudo pode acabar por um gesto impensado ou uma atitude impulsiva. Por isso acabei gostando bastante do filme. Não apenas pela presença sempre cativante e carismática da atriz Saoirse Ronan, mas também e principalmente pela preciosa mensagem que ele passa.
On Chesil Beach (Inglaterra, 2017) Direção: Dominic Cooke / Roteiro: Ian McEwan / Elenco: Saoirse Ronan, Billy Howle, Emily Watson, Andy Burse / Sinopse: O ano é 1961, na Inglaterra. Edward (Billy Howle) e Florence (Saoirse Ronan) são jovens. Eles se conhecem, se apaixonam e decidem se casar. Ela tem sonhos de ser uma música de palco, se apresentando com seu quarteto clássico. Ele se forma em história, para quem sabe se tornar um professor. São apaixonados, mas imaturos para lidar com problemas de um relacionamento adulto.
Pablo Aluísio.
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