terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Anjos da Noite - A Evolução

Título no Brasil: Anjos da Noite - A Evolução
Título Original: Underworld - Evolution
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Lakeshore Entertainment
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Danny McBride, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Bill Nighy
  
Sinopse:
"Underworld: Evolution" continua a saga da guerra entre os vampiros e os lobisomens. O enredo volta no tempo para mostrar os primórdios da antiga rivalidade entre as duas tribos que deram origem às criaturas que tentam se destruir na atualidade. Assim a vampira Selene (Kate Beckinsale) e o híbrido Michael (Scott Speedman) tentam desvendar os segredos de suas linhagens. Filme indicado a cinco categorias no Fangoria Chainsaw Awards. Também indicado nos prêmios MTV Movie Awards e Scream Awards.

Comentários:
Eu assisti ao primeiro filme com reservas. Apesar de gostar bastante de filmes sobre vampiros em geral essa franquia Underworld nunca esteve entre as minhas preferidas. Em minha forma de entender são filmes bastante influenciados pela cultura game e pelo universo Matrix, embora poucos realmente parem para pensar sobre isso. O ritmo é sempre frenético, com muitas cenas de ação (bem elaboradas, é verdade, mas também vazias e destituídas de emoção). Os pontos realmente interessantes se resumem na bonita direção de arte (bebendo de fontes ao estilo vintage futurista) e o elenco. Kate Beckinsale é uma atriz versátil, que pula de filmes pop como esse diretamente para dramas mais bem elaborados. É uma mulher bonita, ao estilo clássica, que consegue manter os olhos do espectador interessados no que se passa na tela. O enredo em si não muda muito em relação ao filme original, seguindo a linha mais pop e comic. Mesmo assim, para não perder a franquia de vista, compensa ao menos uma visita.

Pablo Aluísio.

A Balada do Pistoleiro

Título no Brasil: A Balada do Pistoleiro
Título Original: Desperado
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Joaquim de Almeida
  
Sinopse:
El Mariachi (Antonio Banderas) cruza as estradas empoeiradas do México com seu violão a tiracolo. A todos avisa que é apenas um artista em viagem, procurando por alguém que lhe pague alguns pesos por apresentação. Na verdade ele é algo mais além disso, um pistoleiro bom de gatilho que acaba se envolvendo numa guerra de traficantes. Filme indicado ao prêmio do Chicago Film Critics Association na categoria de Melhor Revelação Feminina (Salma Hayek). Também indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Beijo!

Comentários:
E por falar em Antonio Banderas eis aqui o remake de "O Mariachi", filme de baixo orçamento realizado em 1992. Imagine que no filme original o diretor Robert Rodriguez contou com apenas 5 mil dólares para rodar sua produção. Isso em termos de cinema é praticamente nada, uma quantia tão irrisória que não se consegue nem ao menos cobrir o custo dos equipamentos em um filme de orçamento médio. De qualquer maneira Rodriguez conseguiu realizar seu precário filme. Três anos depois o ator Antonio Banderas decidiu que queria estrelar um remake americano do mesmo roteiro. Afinal de contas em sua opinião havia muito potencial nesse enredo de um cantor errante das estradas que trazia algo a mais em sua caixa de violão. Banderas lutou e conseguiu levantar sete milhões de dólares no mercado americano e assim o filme foi finalmente feito. Em termos de Hollywood esse valor também não significa um orçamento satisfatório, mas como todos tencionavam repetir o espírito do primeiro filme seguiram em frente. O resultado é apenas mediano. Você como espectador precisa comprar a ideia, gostar dos personagens, do cenário e da proposta mais tosca desse enredo primário. Não é um filme sofisticado e nem muito desenvolvido. Está mais para um bangue-bangue moderno, sem cowboys e nem bandoleiros. No geral vale como uma mera curiosidade realmente. Para assistir apenas uma vez, conhecer e seguir adiante.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A Saga Crepúsculo - Lua Nova

Título no Brasil: A Saga Crepúsculo - Lua Nova
Título Original: The Twilight Saga - New Moon
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Chris Weitz
Roteiro: Melissa Rosenberg
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Rachelle Lefevre, Dakota Fanning, 
  
Sinopse:
Segunda adaptação para o cinema dos romances de grande sucesso escritos pela autora Stephenie Meyer. O enredo começa quando Bella Swan (Kristen Stewart) passa mal em sua própria festa de aniversário. Para seu próprio bem seu namorado vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) decide ir embora ao lado de sua família, pois em sua forma de pensar ela sempre correrá riscos com eles por perto. A distância de Edward acaba abrindo espaço para que Jacob Black (Taylor Lautner) tente conquistar novamente o coração de Bella, algo que não será fácil pois ela ainda sente um profundo sentimento por seu ex-namorado, que agora procura por um novo sentido para sua existência.

Comentários:
Segundo filme da franquia "Crepúsculo". Como se trata de um roteiro adaptado bem no meio da saga não há maiores novidades. Uma vez que os personagens foram apresentados ao público no primeiro filme aqui temos apenas o desenvolvimento do complicado romance entre Bella, uma jovem humana normal, e Edward, uma criatura da noite, um vampiro, que se apaixona perdidamente por ela. Depois de muito sofrimento Edward resolve ir embora após sua amada sangrar na festa de seu aniversário. Jacob, que todos sabemos faz parte de um clã de lobisomens na região, se propõe então a fazer de tudo para que Bella fique segura. Afinal de contas a tentativa de se levar uma vida como a que tinha antes de conhecer Edward se mostra frustrada pois ela ainda chama a atenção de outros vampiros, em especial da de Victoria (Rachelle Lefevre), que parece sempre estar à sua espreita no meio da escuridão da floresta. Não se sabe exatamente o que ela quer com Bella, mas Jacob fareja sinais de perigo em sua estranha presença. 

Enquanto isso Edward vive sua fase de profunda tormenta por causa da perda da mulher amada. Refugiado no Rio de Janeiro, ele começa a passar por uma crise emocional violenta. Quando descobre por uma falsa informação que Bella estaria morta após pular de um rochedo, ele decide colocar um fim em sua própria existência. Em "Lua Nova" temos além dos competentes efeitos especiais (principalmente na cenas de lutas dos lobisomens na floresta), um momento que ficaria famoso dentro da saga quando Edward resolve se expor ao sol e... brilha! Claro que isso não passou despercebido aos que adoram tirar uma onda dos filmes dessa saga. Deixando o humor involuntário de lado temos que admitir que o filme também tem seus méritos. Em termos de bons momentos, por exemplo, podemos aqui recordar o encontro entre Edward e o Clã Volturi, os únicos personagens que fazem jus aos vampiros ditos mais clássicos do passado. Para um filme que é acusado de ser morno demais essas cenas de luta e tensão acabam fazendo valer o ingresso.

Pablo Aluísio.

Monstros vs Alienígenas

Título no Brasil: Monstros vs Alienígenas
Título Original: Monsters vs. Aliens
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Rob Letterman, Conrad Vernon
Roteiro: Maya Forbes, Wallace Wolodarsky
Elenco: Reese Witherspoon, Rainn Wilson, Stephen Colbert
  
Sinopse:

Um meteorito vindo do espaço cai numa cidade da Califórnia. Entra as vítimas da colisão se encontra Susan Murphy (Reese Witherspoon). Imediatamente ela é levada para um complexo militar do governo americano onde descobre espantada que está se travando uma verdadeira guerra entre monstros e aliens, aqui mesmo no nosso planeta Terra! Animação indicada ao Annie Awards em três categorias (Melhor Storyboarding, Melhores Efeitos Visuais e Melhor dublagem).

Comentários:
Não se pode acusar a Dreamworks de não tentar. Na verdade o estúdio vem tentando acertar no rico mundo das animações já há bastante tempo. Também não podemos criticar a empresa por falta de originalidade. De uma maneira em geral temos que reconhecer que a Dreamworks é de fato uma das produtoras mais criativas nesse setor do mercado cinematográfico. Eles criam realmente novos personagens sem maiores referências em relação aos filmes da Disney. O filme procura se inspirar lá atrás, nos filmes de ficção dos anos 1950, onde a fantasia e a imaginação não encontravam barreiras. Talvez algumas citações a Roswell e outros eventos da ufologia passem despercebidos pela criançada (até porque elas não possuem idade para entender todas as referências), mas não precisa se preocupar sobre esse aspecto pois certamente a garotada gostará bastante do resultado final. Os personagens são ao estilo cartoon, lembrando até o antigo traço de Hanna-Barbera (os nostálgicos vão curtir isso). Assim fica a dica de animação no domingo. Uma animação bem bacaninha e divertida.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Para o Que Der e Vier

Título no Brasil: Para o Que Der e Vier
Título Original: Are You Here
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Gilbert Films
Direção: Matthew Weiner
Roteiro: Matthew Weiner
Elenco: Owen Wilson, Zach Galifianakis, Amy Poehler
  
Sinopse:
Dallas (Owen Wilson) e Ben (Zach Galifianakis) são amigos desde a infância. Agora, quarentões, passam o dia fumando maconha na casa caindo aos pedaços de Ben. Dallas pelo menos tem um emprego medíocre como "homem do tempo" em um noticiário de TV local de quinta categoria. Ben é um intelectual, mas nunca conseguiu se endireitar na vida. Vive desempregado, passando por apuros financeiros. Além disso mora em um trailer! Ele tem várias ideias mirabolantes porém jamais as coloca em prática. Quando seu pai morre, Ben se torna herdeiro de uma fortuna avaliada em 2,5 milhões de dólares, algo que enfurece sua irmã raivosa Terry (Amy Poehler) que definitivamente não fica satisfeita com a parte da herança que lhe cabe.

Comentários:
Bom filme. A presença dos comediantes Owen Wilson e Zach Galifianakis pode em um primeiro momento passar a impressão que se trata de uma comédia escrachada, dessas de fazer você rolar de rir pelo chão, mas não! Claro que o humor está presente, principalmente quando os amigos se juntam e começam a falar e fazer besteiras, mas isso nem é a tônica principal do filme. Há um bom roteiro por trás de tudo que procura explorar a complicada relação entre uma irmã que sempre procurou fazer tudo certo e um irmão que não parece muito antenado com a vida e que prefere passar o dia inteiro fumando maconha com o amigo. Grande parte do enredo se passa numa daquelas cidadezinhas americanas do meio oeste onde todos parecem se conhecer. O personagem de Zach Galifianakis é um achado, um sujeito que vive chapado, mas que tem bom coração e boas intenções e que de repente se vê milionário da noite para o dia. Já Owen Wilson retorna ao seu tipo habitual, a do cara boa praça, que não parece se preocupar muito com a vida e que vai levando em frente sua existência sem planejar muito ou se preocupar com o futuro. Ele também repete de certa forma sua caracterização que fez tanto sucesso em "Penetras bons de bico" pois aqui seu personagem também é um canastrão, levemente cafajeste, que tenta levar todas as garotas que encontra pela frente para a cama. Enfim, diversão garantida.

Pablo Aluísio.

Joe Contra o Vulcão

Título no Brasil: Joe Contra o Vulcão
Título Original: Joe Versus the Volcano
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Patrick Shanley
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Tom Hanks, Meg Ryan, Lloyd Bridges
  
Sinopse:
Joe (Tom Hanks) é um hipocondríaco que acaba descobrindo que está morrendo. Ele tem um emprego horrível e uma rotina chata e massacrante. Com a vida praticamente encerrada aceita uma oferta surreal: se jogar em um vulcão em uma ilha tropical, para supostamente acalmar um Deus que vive na cratera. Ao longo do caminho acaba descobrindo o verdadeiro significado da vida e da existência de todos nós.

Comentários:
Assisti na época do VHS. Nunca consegui gostar desse filme. Ele se desenvolve em ritmo de fábula. O personagem Joe é um sujeito que vive preocupado em ficar doente até o dia em que isso finalmente acontece. A partir daí sua vida maçante e tediosa sofre uma guinada e tanto. Como é um homem de extremos também aceita a maluca oferta de pular dentro de um vulcão prestes a entrar em erupção na ilha de Waponi Woo. Como está prestes a morrer assume também uma postura exagerada e ultrajante para curtir seus últimos momentos de vida e nesse processo acaba encontrando o amor de sua vida. Esse é exatamente aquele tipo de filme que você precisa comprar a ideia do roteiro, caso contrário tudo se perde. Gosto muito de Tom Hanks, principalmente nessa época em que sua carreira era mais direcionada para comédias (inclusive românticas, como essa). O fato da dupla central ter muito carisma ajuda a passar o tempo, mas tudo vai por água abaixo na péssima cena final, que deixou certamente muita gente aborrecida (inclusive esse que vos escreve). Enfim, nada memorável e nada relevante. Melhor esquecer.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de janeiro de 2015

A Grande Ilusão

Título no Brasil: A Grande Ilusão
Título Original: The Truth About Emanuel
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: MRB Productions
Direção: Francesca Gregorini
Roteiro: Francesca Gregorini, Sarah Thorp
Elenco: Kaya Scodelario, Jessica Biel, Alfred Molina
  
Sinopse:
Emanuel (Kaya Scodelario) aparenta ser uma garota normal, mas carrega um sentimento de culpa pois ao nascer sua mãe morreu. Assim ela desenvolveu ao longo dos anos um tipo de trauma psicológico desse acontecimento trágico. Ela mora com seu pai e uma madrasta que não simpatiza. Precisando de grana acaba aceitando o convite para trabalhar como babysitter da nova vizinha, Linda (Jessica Biel). O que ela não suspeita é que existe algo de muito estranho naquela casa. Filme indicado ao Sundance Film Festival na categoria de Melhor Filme (Drama).

Comentários:
Um filme de complicada definição. De certa maneira todo o enredo se apóia bastante na carismática presença da personagem Emanuel (interpretada pela ótima Kaya Scodelario). Com uma personalidade um tanto mórbida ela vai levando sua vidinha sem muitos planos para o futuro. De dia trabalha em uma loja de produtos médicos e à noite descola alguns trocados trabalhando como babá nas redondezas. A nova vizinha parece ser mãe solteira e alega ter um bebezinho que precisa de cuidados. Quando Emanuel chega lá para trabalhar descobre que a criança simplesmente não existe e Linda (Biel, sem nenhuma sensualidade) parece delirar ao tratar uma boneca como se fosse sua própria filha real! O interessante nesse roteiro é que ele começa a tentar desorientar ao espectador ao criar um certo clima surreal onde o público fica sem saber direito se a mãe está completamente surtada ou se é a babá que criou um mundo estranho em sua própria mente (ela também tem delírios esquisitos, como se estivesse sendo afogada nos lugares mais inusitados). Com duas mulheres que parecem enlouquecidas em cena tudo vira um enorme jogo de manipulação e segredo sobre o que realmente estaria acontecendo. Particularmente gostei do argumento diferente e da proposta fora do comum. Além disso há pequenos detalhes que vão melhorando o filme conforme sua trama vai se desenvolvendo como a bem sacada trilha sonora (só com canções francesas) e o estranho namoro de Emanuel com um carinha que ela conhece no metrô (a forma como eles fazem para sempre sentarem juntos durante as viagens é divertida e rende bons momentos). Vale a visita.

Pablo Aluísio.

Justiça Cega

Título no Brasil: Justiça Cega
Título Original: Internal Affairs
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mike Figgis
Roteiro: Henry Bean
Elenco: Richard Gere, Andy Garcia, Nancy Travis
  
Sinopse:
Raymond Avilla (Andy Garcia) é um membro da corregedoria do departamento de polícia de Los Angeles que começa uma investigação envolvendo o policial Dennis Peck (Richard Gere). Ele aparenta ser um tira acima de qualquer suspeita, bem visto pelos colegas de profissão. Raymond porém desconfia de sua honestidade nas ruas, já que há muitas evidências apontando contra ele e seu modo de agir. Suas movimentações financeiras levam a crer que há algo de muito obscuro naquele policial tão conceituado em sua profissão.

Comentários:
Um muito bem realizado thriller policial colocando em lados opostos dois atores carismáticos, Richard Gere e Andy Garcia. Gere interpreta um policial manipulador, mulherengo e desonesto que descobre que as ruas podem lhe trazer muito dinheiro. Usando de todos os tipos de extorsões e chantagens ele começa a reunir um belo patrimônio pessoal. Incompátivel com o que ganha, suas contas bancárias logo chamam a atenção da corregedoria. Andy Garcia interpreta Raymond Avilla, o agente encarregado de desmascarar sua vida de crimes. Ele é um mauricinho, que se veste de forma impecável, com cabelo engomadinho e que não goza de popularidade entre os demais policiais. Bem diferente do estilo de Peck (Gere), que é popular, falastrão e querido entre seus colegas. O problema é que o primeiro está na linha e o segundo é um contumaz violador da lei. Roteiro bem trabalhado, apoiado basicamente nas diferenças de estilos dos dois personagens principais, sempre prontos a destruírem um ao outro. O cenário é as ruas violentas de Los Angeles. Por falar nisso uma crítica comum que se fez ao filme em seu lançamento foi a de que o diretor inglês Mike Figgis não tinha familiaridade suficiente com o dia a dia da costa oeste americana, em especial de suas grandes cidades, para rodar um filme de caos urbano como esse. Bobagem, tudo já estava devidamente criado em seu roteiro, então era apenas uma questão de não atrapalhar um enredo que já era bom o suficiente por si próprio. Então é isso, "Internal Affairs" é um bom filme policial, onde se inverte a ordem natural das coisas nesse tipo de filme, sendo que os membros da corregedoria dessa vez é que são os mocinhos da estória. Está bem recomendado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A Luta Pela Esperança

Título no Brasil: A Luta Pela Esperança
Título Original: Cinderella Man
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Miramax
Direção: Ron Howard
Roteiro: Cliff Hollingsworth, Akiva Goldsman
Elenco: Russell Crowe, Renée Zellweger, Paul Giamatti, Craig Bierko
  
Sinopse:
Com história baseada em fatos reais o filme "A Luta Pela Esperança" conta as dificuldades pelas quais passam Jim Braddock (Russell Crowe) e sua esposa Mae (Renée Zellweger), um casal que luta pela sobrevivência durante os anos da grande depressão da economia americana. Ele tenciona se tornar um lutador de boxe de sucesso, mas as derrotas e os fracassos estão sempre presentes em sua trajetória. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Russell Crowe) e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti).

Comentários:
Muita gente boa não gostou do clima depressivo desse filme. Alegaram que o enredo era muito baixo astral, com um final mordaz. Eu penso de outra maneira. Acredito que a atual infantilização do cinema americano tem prejudicado dramas mais sérios e centrados como esse. O realismo do mundo real, das dificuldades financeiras e da pobreza precisam ser explorados pelo cinema, caso contrário teremos apenas fantasia e mais fantasia, transformando a sétima arte em um labirinto de hedonismo desenfreado. A realidade social deve sempre ser explorada nas telas, afinal como arte o cinema também tem muito a contribuir com a conscientização da sociedade como um todo. Além disso não podemos ignorar que os grandes clássicos da história foram moldados em torno de histórias reais de luta pela sobrevivência de seus principais personagens. 

Dito isso também temos que reconhecer que temos aqui em mãos um belo roteiro e uma reconstituição sublime de época, tudo aliado a excelentes interpretações. O personagem Jim Braddock se mostrou muito adequado para Russell Crowe. Ele é do tipo rude, mas de bom coração. Renée Zellweger, por outro lado, já demonstrava que suas obsessões com plásticas começavam a prejudicar seu trabalho, afinal de contas como tornar verossímil uma caracterização de dona de casa dos anos 1930 aparecendo na tela com os lábios cheios de botox?! Hoje inclusive ela está simplesmente  irreconhecível pois fez uma plástica desastrosa ano passado que descaracterizou suas feições, a transformando praticamente em outra pessoa! Melhor se sai Paul Giamatti, um grande ator, de muitos recursos, geralmente roubando as atenções para si por causa de suas inspiradas atuações. Deixando tudo isso de lado temos que reconhecer que "Cinderella Man" é de fato uma ótima opção que agradará aos mais conscientes que estejam em busca de algo mais em termos de conteúdo e profundidade.

Pablo Aluísio.

Como Treinar o Seu Dragão 2

Título no Brasil: Como Treinar o Seu Dragão 2
Título Original: How to Train Your Dragon 2
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: Dean DeBlois
Roteiro: Dean DeBlois, Cressida Cowell
Elenco: Jay Baruchel, Cate Blanchett, Gerard Butler
  
Sinopse:
Cinco anos depois das aventuras do primeiro filme Soluço e seu fiel dragão de estimação seguem sua saga. Agora encontram um novo vilão pela frente, um sujeito mau que deseja transformar todos os dragões em armas de guerra. Para sua alegria porém o jovem viking finalmente conhece sua mãe, há muitos anos dada como desaparecida. Ela agora dedica sua vida à proteção dos dragões ao redor do mundo. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Animação. Também indicado ao Annie Awards em dez categorias, entre elas Melhor Animação e Melhores Efeitos Digitais.

Comentários:
Dentro do milionário mundo das animações digitais essa é uma das franquias mais lucrativas da Dreamworks (para quem não sabe o estúdio de Steven Spielberg fundado há 20 anos). Com personagens carismáticos e uma infinidade de bichinhos em cena (sim, os próprios dragões aqui viram pets simpáticos), "How to Train Your Dragon 2" traz todos os ingredientes da fórmula para repetir o sucesso do primeiro filme. Em termos de roteiro essa sequência pode até ser considerada mais bem desenvolvida, com a adição de novos personagens, alguns muito bons, como a própria mãe do protagonista, uma doce senhora que aprendeu a conviver com os dragões de forma pacífica e harmoniosa. Era agora dedica sua vida pela proteção dos animais. Além disso um filme para crianças como esse não pode abrir mão de desfilar centenas de novos dragões na tela para alegria da garotada que aqui conhecerá também aquele que é considerado o "maior de todos os dragões", um tipo enorme, mas também muito justo e que no fundo só pede respeito por sua espécime. Enfim, uma animação que com absoluta certeza agradará aos garotos e garotas na faixa entre sete e dez anos, pois foi justamente para eles que tudo foi produzido. Diversão garantida.

Pablo Aluísio.