quarta-feira, 24 de setembro de 2014
3 Dias Para Matar
Assim começa o novo filme de Kevin Costner. O roteiro tenta mesclar aspectos da conturbada vida familiar de um ex-agente da CIA com sua nova realidade, a de assassino profissional da "iniciativa privada". Assim que vi o nome do diretor McG na ficha técnica desanimei completamente, afinal de contas o que poderíamos esperar de um sujeito que assinou abobrinhas ao estilo de "As Panteras: Detonando" e "Guerra é Guerra!"? Felizmente o roteiro de Luc Besson consegue salvar parte do filme da banalidade completa. Digo em parte, porque nem tudo tem salvação nesse filme. Para começo de conversa a fita se mostra longa demais e com sérios problemas de ritmo pois ora a trama avança a passos largos, ora puxa o freio de mão. Outro problema é que o filme desliza no fio da navalha entre três gêneros diferentes sem ser bom em nenhum deles. Falha na aproximação entre pai e filha, deixa a desejar nas cenas de ação e funciona muito pouco nas cenas mais cômicas ou divertidas. De bom mesmo o espectador encontrará mesmo uma Paris cada vez mais linda e bem fotografada, inclusive com direito a um show de luzes nas costas do astro Costner. Outro bom ponto vem da trilha sonora, com muita música dance e hits franceses. Kevin Costner talvez por ser "americano demais" não se enquadra muito bem no cenário, mas no geral o filme fica mesmo no padrão mediano por causa de sua presença. Há pequenos detalhes no roteiro que nos remete a outros filmes de Besson como "Nikita - Criada Para Matar" e "O Profissional ", mas curiosamente o visual arrebatador e diferenciado que sempre foi a marca do cineasta aqui se mostra ausente pois o filme é esteticamente bem quadradinho e careta, quase burocrático. Talvez se Besson tivesse assumido mesmo a direção teríamos algo bem melhor do que o toque pesado e sem graça de McG.
3 Dias Para Matar (3 Days to Kill, Estados Unidos, França, 2014) Direção: McG / Roteiro: Adi Hasak, Luc Besson / Elenco: Kevin Costner, Hailee Steinfeld, Connie Nielsen, Tómas Lemarquis / Sinopse: Ex-agente da CIA aposentado por invalidez acaba sendo contratado por misteriosa mulher para localizar e matar um assassino chamado "O Lobo" pelas ruas de Paris.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Sexta-feira 13 - Parte 5 - Um Novo Começo
Título Original: Friday the 13th - A New Beginning
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Danny Steinmann
Roteiro: Martin Kitrosser, David Cohen
Elenco: Melanie Kinnaman, John Shepherd, Shavar Ross
Sinopse:
Dez anos depois de matar o assassino mascarado Jason Voorhees, Tommy Jarvis está finalmente se recuperando. Ele passou seus últimos anos internado em hospitais psiquiátricos. Apesar do longo tratamento ainda não conseguiu se livrar de pesadelos sobre o retorno de Jason. Quando Tommy é enviado para uma casa de recuperação rural na Califórnia para adolescentes com transtornos mentais, uma série de terríveis assassinatos começam a novamente acontecer. Teria Tommy enlouquecido de vez ou Jason teria encontrado uma saída para o mundo dos mortos?
Comentários:
Depois do filme anterior que se denominava "O Capítulo Final" o que os fãs poderiam esperar? Pelo lógica nada mais, afinal seria o fim da franquia mas... o fato é que a lógica não se aplica muito nos filmes da série "Friday the 13th". Os executivos então tiraram da cartola "Um Novo Começo"! Ora, não era segredo para ninguém que os filmes de Jason Voorhees tinham se transformado numa mina de ouro para a Paramount. Afinal as produções eram baratas, não precisavam contar com elenco famoso e caro e rendiam seus milhões de dólares na bilheteria sem muito esforço. E como Jason estava sempre usando máscaras não havia problemas em substituir o ator que o encarnava a cada novo filme sangrento! Bem ao contrário de "A Hora do Pesadelo", por exemplo, que a cada nova produção havia problemas para aceitar o cachê pedido por Robert Englund para voltar à pele de Freddy Krueger. Essa quinta aventura optou por incorporar elementos que estavam na moda nos filmes de terror da época (estamos falando de meados dos anos 80). O resultado em minha opinião é muito bom até, apesar da apelação. Durante toda a projeção ficamos curiosos em saber como os roteiristas levam em frente um enredo que já deveria ter acabado no filme anterior. A imaginação a serviço do lucro!
Pablo Aluísio.
Sexta-feira 13 - Parte 6
Título Original: Jason Lives - Friday the 13th Part VI
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tom McLoughlin
Roteiro: Tom McLoughlin
Elenco: Thom Mathews, Jennifer Cooke, David Kagen
Sinopse:
Tommy Jarvis (Thom Mathews) vai ao cemitério para se livrar de uma vez por todas do corpo do serial killer Jason Voorhees (C.J. Graham), mas ao invés disso vez acaba inadvertidamente o trazendo de volta à vida! O assassino de milhares de jovens inocentes estava de volta. Agora Jason quer vingança, e Tommy deverá derrotá-lo de uma vez por todas. Indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor coleção em DVD / Blu-Ray.
Comentários:
Certa vez li uma crítica sobre o personagem Jason Voorhees dizendo que ele era o psicopata mais sem graça do cinema. Isso porque ele não passava de um assassino com um facão matando um bando de jovens em todos os filmes da franquia "Friday the 13th". Para piorar parecia imortal pois nunca morria, apesar de ser esfaqueado, baleado, decapitado e tudo mais que você possa imaginar. Certamente após um tempo Jason ficou mesmo completamente ridículo. A Paramount porém não queria perder sua lucratividade e por essa razão tomou um dos poucos caminhos que ainda restavam para o personagem, se auto satirizar. "Jason Lives - Friday the 13th Part VI" segue a linha violenta dos demais filmes mas pela primeira vez se dá ao luxo de rir de si próprio. Talvez por essa razão tenha sido elogiado em seu lançamento, encontrando o sucesso no mercado de VHS, onde se tornou um campeão de locações. Provavelmente o público já estava cansado de pagar entradas de cinemas para ver Jason, mas ele ainda valia o preço de uma locação no fim de semana. Assim no final das contas o humor (mesmo que negro) salvou a fita da irrelevância completa. Até hoje o filme é considerado um dos melhores da franquia. Se ainda não conhece dê uma chance a mais para Jason e sua incrível sede de sangue.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Eu Sou o Número Quatro
O elenco é todo formado por desconhecidos. O único ator em cena que conheci foi o Timothy Olyphant dos seriados Damages e Justified. Ele interpreta um guerreiro que protege justamente o número quatro, que recebe o nome de John Smith. Esse ator que faz esse papel, chamado Alex Pettyfer, é muito fraco. Não tem expressão e nem muita presença mas tem bom look, o que no final das contas deve ser a única coisa que vá importar para as adolescentes que assistirão ao filme. A direção do D.J. Caruso é sem novidades, burocrática, feita sob encomenda para o estúdio. Enfim, o filme é isso, nada de muito relevante mas quem sabe possa vir até mesmo agradar ao público a que se destina.
Eu Sou o Número Quatro (I Am Number Four, Estados Unidos, 2011) Direção: David J. Caruso / Roteiro: Alfred Cough, Milles Milar / Elenco: Timothy Olyphant, Alex Pettyfer, Dianna Agron / Sinopse: Seres de outros planetas envolvidos numa disputa intergalática procuram se disfarçar de terráqueos. Um deles se faz passar por um simples adolescente de High School. Não tardará para que seus inimigos extraterrestres o venham caçar na Terra.
Pablo Aluísio.
Os Últimos Dias em Marte
Título Original: The Last Days on Mars
Ano de Produção: 2013
País: Inglaterra, Irlanda
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ruairi Robinson
Roteiro: Sydney J. Bounds, Clive Dawson
Elenco: Liev Schreiber, Romola Garai, Elias Koteas
Sinopse:
Um grupo de pesquisadores em Marte está em seu último dia de expedição no planeta vermelho. Durante um procedimento padrão de rotina um dos membros da equipe acaba sendo engolido por uma fenda. Enquanto os demais tentam lhe socorrer algo inesperado acontece. Uma bactéria desconhecida começa a infectar a todos, transformando a missão em uma terrível luta pela sobrevivência.
Comentários:
"The Last Days on Mars" até que começa muito bem. Em seus trinta primeiros minutos a tônica do roteiro é de seriedade, com muitas informações cientificas e bons efeitos digitais. A direção de arte, figurino e designs dos rovers espaciais são bem realizados. Eles se parecem até com antigas diligências do velho oeste, numa óbvia referência usada pelo diretor para criar um vínculo entre os pioneiros da colonização americana e aquelas astronautas em Marte, que afinal de contas também são pioneiros do espaço. Em determinado ponto chegamos mesmo a pensar que estamos vendo um filme realmente sério sobre o assunto. O problema é que como consta na sinopse logo uma bactéria começa a se alastrar entre os pesquisadores, transformando os infectados em verdadeiros zumbis espaciais. Pois bem, a partir do momento em que isso acontece a coisa toda desanda. O roteiro se torna extremamente derivativo a ponto de ser impossível não encontrar paralelos com a conhecida franquia "Aliens". Há uma tentativa de resgate desesperado dos sobreviventes mas isso também se torna caótico. No final das contas não chega a ser um filme ruim mas que deixa muito a desejar, principalmente para quem esperava encontrar por algo diferente. O clímax deixa a porta aberta para futuras continuações. Será que alguém vai se interessar?
Pablo Aluísio.
domingo, 21 de setembro de 2014
O Álamo
Título no Brasil: O Álamo
Título Original: The Alamo
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Wayne
Roteiro: James Edward Grant
Elenco: John Wayne, Richard Widmark, Laurence Harvey, Frankie Avalon
Sinopse:
Durante o ano de 1836 cresce o sentimento de separação do Texas do México. A intenção dos revolucionários é transformar o isolado estado em uma República independente. Para destruir o foco rebelde o governo mexicano envia um formidável exército de repressão comandado pelo general Santa Anna. Para resistir a invasão se insurge um pequeno mas valente grupo de homens no Álamo. Formado por soldados de carreira, voluntários e americanos do Tennessee liderados pelo coronel Davy Crockett (John Wayne) eles resolvem ficar no local para enfrentar bravamente o inimigo. Filme indicado aos Oscars de Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Música e Melhor Ator Coadjuvante (Chill Wills). Filme vencedor do Oscar de Melhor Som. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Trilha Sonora Original (Dimitri Tiomkin).
Comentários:
Ao longo da carreira John Wayne dirigiu oficialmente apenas dois filmes, esse "O Álamo" e "Os Boinas Verdes" em 1968. De maneira não creditada ainda participou como co-diretor de "Rota Sangrenta" de 1955, "Os Comancheros" de 1961 (quando o diretor Michael Curtiz ficou doente demais para finalizar o filme) e por fim "Jake Grandão" de 1971. Em todas essas produções Wayne não fez feio como cineasta, muito pelo contrário, sempre pareceu tomar todas as decisões corretas. De todos os que assinou a direção nenhum foi tão pessoal quanto esse ousado faroeste de 1960. A intenção era recriar em cores épicas o famoso combate pela luta do forte Álamo (na verdade uma missão abandonada) no Texas. O evento histórico até hoje é celebrado no estado da rosa amarela justamente por ter sido um exemplo da bravura e orgulho do homem texano, que se recusou a se render mesmo diante de um poderoso exército mexicano que estava ali para garantir que o Texas continuasse a ser parte do México. No total o Álamo contava com apenas 185 homens que lutaram de forma corajosa contra mais de sete mil soldados sob comando do generalíssimo Santa Anna. Vale a pena ressaltar a coragem de John Wayne em algumas decisões que tomou ao rodar essa produção. A primeira delas foi o comprometimento com a história, evitando se render a meras concessões comerciais. Isso fez com que Wayne rodasse um filme longo, com duas horas e quarenta minutos de duração.
Como bem sabemos filmes longos demais vendem menos ingressos pois ganham menos sessões de cinema durante o dia. Isso porém não depõe contra o resultado final, pois o filme jamais se torna pesado ou cansativo de assistir. O importante é que Wayne quis contar sua história da forma correta, sem perder nenhum detalhe histórico importante. A boa notícia é que seu objetivo foi alcançado. No desenrolar da trama também podemos notar que o cineasta John Wayne trouxe para a película muita coisa que aprendeu ao trabalhar ao lado de grandes diretores em sua carreira. A influência mais notável vem de John Ford. Wayne tenta recriar na tela pequenas nuances e detalhes que eram muito presentes na obra de Ford. Obviamente não consegue o mesmo impacto, até por falta de maior experiência atrás das câmeras, mas se sai muito bem. Assim "The Alamo" é uma prova que se quisesse, John Wayne poderia ter tido também uma bela carreira como diretor. Infelizmente o ator achava que dirigir trazia muita pressão, responsabilidades e riscos e por isso preferiu seguir trabalhando apenas como ator, atuando em seus bons e velhos faroestes. Uma pena, se tivesse seguido certamente teríamos por aí algumas pequenas jóias cinematográficas como esse "O Álamo".
Pablo Aluísio.
A Verdadeira História de Martin e Lewis
Título Original: Martin and Lewis
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: John Gray
Roteiro: John Gray, Arthur Marx
Elenco: Sean Hayes, Jeremy Northam, Paula Cale
Sinopse:
Jerry Lewis (Sean Hayes) é um comediante de night clubs de Nova Iorque que conhece o cantor e ator Dean Martin (Jeremy Northam). Depois de algum tempo se apresentando nas mesmas casas noturnas eles percebem que podem fazer um belo número juntos. A união de um palhaço careteiro e um galã de voz bonita acaba caindo no gosto do público e não demora para que todas as portas do show business se abram para eles, inclusive do cinema em Hollywood. Filme indicado ao Screen Actors Guild na categoria de Melhor Ator (Sean Hayes).
Comentários:
Telefilme bem realizado que se propõe a contar a história da dupla Jerry Lewis e Dean Martin. Juntos eles fizeram grande sucesso não apenas nos palcos, mas no cinema também. Foi uma parceria muito bem sucedida mas também repleta de dramas e problemas e o roteiro procura explorar o que acontecia nos bastidores. O filme é de certa forma didático e vai avançando na história até o rompimento entre eles. O primeiro desafio de se realizar uma produção como essa era encontrar uma dupla convincente de atores. Em relação ao papel de Jerry Lewis o ator Sean Hayes se sai muito bem. Para quem não lembra ele fez muito sucesso na série Will & Grace onde interpretava um gay muito divertido. Fisicamente ele lembra um pouco Lewis, mas o diferencial vem mesmo em sua atuação, que se revela bem inspirada. Já Jeremy Northam como Dean Martin está apenas correto. Também pudera, interpretar o Mr. Cool Martin não era mesmo uma tarefa das mais simples. Assim deixo a dica. O filme certamente não esgota o tema mas divertirá a quem é fã da dupla e da história do cinema americano.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de setembro de 2014
Poltergeist III
Título Original: Poltergeist III
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Gary Sherman
Roteiro: Gary Sherman, Brian Taggert
Elenco: Heather O'Rourke, Tom Skerritt, Nancy Allen
Sinopse:
A pequena Carol Anne (O'Rourke) dessa vez é enviada para morar com seus tios, uma forma de tentar livrar a jovem dos fantasmas que a atormentam. No novo lar, em um apartamento sofisticado de um grande edifício, tudo parece ter sido deixado para trás definitivamente. Mas será que a paz realmente reinará na vida de Carol Anne? Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz Coadjuvante (Zelda Rubinstein).
Comentários:
Se o segundo filme da franquia não tinha muita razão de ser, imagine a terceira parte! Infelizmente muitas séries vão ao limite simplesmente porque continuam rendendo uma margem de lucro considerada satisfatória pelos estúdios. Assim resolveram apelar, trazendo novamente a garotinha Carol Anne Freeling (O'Rourke) e os fantasmas que giram em torno dela de volta às telas. Nem preciso dizer que esse é o pior filme de todos. Se no segundo filme tínhamos um enredo que só fazia sentido em parte, aqui temos um roteiro que não faz sentido nenhum. O próprio argumento é muito fraco, tentando fazer terror em um arranha-céu de uma grande cidade americana! Existe cenário mais inadequado do que esse? Certamente não e por isso o filme tenha uma carga mínima de suspense e tensão. Tudo muito fraco e sem graça. Sinceramente não deveria nem mesmo existir para ser sincero. Em termos de "Poltergeist" ainda vale a mesma dica: assista ao primeiro e esqueça todos os demais.
Pablo Aluísio.
Poltergeist 2 - O Outro Lado
Título Original: Poltergeist II The Other Side
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Brian Gibson
Roteiro: Michael Grais, Mark Victor
Elenco: JoBeth Williams, Craig T. Nelson, Heather O'Rourke
Sinopse:
Depois dos acontecimentos terríveis do primeiro filme a família Freeling parece finalmente ter encontrado a paz, mas para sua decepção a garotinha Carol Anne Freeling (Heather O'Rourke) continua a despertar a atenção das pessoas, em especial de um grupo ligado ao mundo oculto e obscuro do mal. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Especiais. Indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Terror e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Sequência do grande sucesso Poltergeist. A primeira grande ausência é a do próprio Steven Spielberg, que havia dado uma significativa ajuda no primeiro filme - que é considerado um clássico dos filmes de terror até nos dias atuais. Sua produção e seu dedo aqui fazem falta. Esse segundo filme tem aspectos interessantes, mas o roteiro apenas dá voltas em torno de si mesmo, tentando levar em frente um enredo que já havia se fechado muito bem no primeiro filme. O grande destaque vai para a equipe que criou os efeitos especiais, que são realmente ótimos, justificando as várias indicações que recebeu, inclusive da Academia. A garotinha Heather O'Rourke também chama a atenção pelo talento, apesar da pouca idade. Infelizmente morreu muito cedo o que acabou elevando ainda mais o status dessa franquia entre os fãs de filmes de terror. No geral é isso, um filme tecnicamente muito bem realizado, mas com um roteiro que deixa a desejar.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Heróis de Ressaca
Título Original: The World's End
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures, Focus Features
Direção: Edgar Wright
Roteiro: Simon Pegg, Edgar Wright
Elenco: Simon Pegg, Nick Frost, Martin Freeman, Pierce Brosnan
Sinopse:
Depois dos quarenta anos, Gary King (Simon Pegg) resolve reunir seus quatro melhores amigos da escola secundária para um reencontro, fazendo o chamado quilômetro dourado, um caminho onde terão que beber em 12 bares (pubs) até chegar ao último conhecido como The World's End! Quando jovens eles tentaram cumprir toda a maratona de bebedeiras, mas não conseguiram. Agora é a chance de realizar esse feito que havia ficado para trás.
Comentários:
Sinceramente eu já assisti muito filme louco na minha vida, mas como esse estou pra ver... Começa quase como uma comédia de costumes, com uma reunião de cinco amigos. Quatro deles não estão muito empolgados de voltar para uma última grande rodada nos pubs da velha cidade onde moravam, mas para Gary King (Simon Pegg) isso parece ser a coisa mais importante de sua vida. E então, como do nada, o filme dá uma reviravolta completa, robôs (sim, robôs!) surgem, começam a atacar os cinco amigos e aí meu camarada poucas coisas são mais malucas do que o roteiro dessa produção. Tudo bem, os ingleses são conhecidos por terem um tipo de humor próprio, excêntrico e fora dos padrões, mas nada irá lhe preparar para algo assim, tão nonsense! No elenco não há nenhum ator que seja mais conhecido dos brasileiros, a não ser o ex-James Bond Pierce Brosnan, em um papel sem a menor importância, com pequenas aparições no começo e no fim do filme. No geral é aquele tipo de enredo que você fica se perguntando onde diabos estava a cabeça do roteirista quando resolveu escrever algo assim? Só para ter uma ideia a última cena nos lembra de um típico filme pós-apocalíptico ao estilo Mad Max! Insanidade pouca é bobagem!
Pablo Aluísio.