Título no Brasil: A Lei do Bravo
Título Original: White Feather
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Robert D. Webb
Roteiro: Delmer Daves, Leo Townsend
Elenco: Robert Wagner, Jeffrey Hunter, John Lund
Sinopse:
Uma tropa da cavalaria americana viaja até o distante território do Wyoming durante a década de 1870 para pacificar a região, celebrando tratados de paz e cooperação com os principais chefes nativos daquelas terras. Tudo corre relativamente bem até que questões de sucessão entre os índios Cheyennes colocam em perigo a paz e a prosperidade entre os dois povos.
Comentários:
"A Lei do Bravo" anda injustamente esquecido, mas não se engane, se trata de um western realmente acima da média. O título original que pode ser traduzido como "Pena da Paz" já dá uma ideia do que está por vir. O roteiro trabalha na complicada questão indígena que foi durante muitos anos um problema e tanto para o governo americano. Sempre em busca de paz, evitando assim novos conflitos, muitas tropas da cavalaria foram enviadas para regiões distantes, com o objetivo de costurar a paz com os líderes nativos. Isso nem sempre era fácil, seja por causa dos próprios índios, seja por falta de comprometimento do próprio homem branco, que muitas vezes rasgava os pactos assinados, ignorando completamente o que havia sido prometido aos caciques e chefes tribais. No meio de tudo ficava a velha questão do choque de civilizações entre os americanos brancos empenhados em colonizar o velho oeste e os nativos peles vermelhas que tradicionalmente ocupavam suas terras. Em termos de produção nada a criticar, pois tudo surge de forma muito bem realizada e caprichada. Idem para o elenco formado por dois galãs famosos da época, Robert Wagner e Jeffrey Hunter, que funcionam como um belo bônus para o público feminino. Muitos vão sentir talvez a falta de um pouco mais de ação e combates, mas isso é um erro, pois a moral de toda a história contada é apenas uma: apenas a paz pode gerar bons frutos entre povos inimigos.
Pablo Aluísio.
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terça-feira, 23 de abril de 2024
quinta-feira, 15 de junho de 2017
À Borda da Morte
Mais um bom faroeste dos anos 1950. Aqui temos a história de um velho xerife, Cass Silver (Robert Ryan). Ele é um honesto homem da lei que se muda para uma cidade de fronteira, um entreposto muito concorrido para onde são enviados grandes rebanhos que cruzam o velho oeste. Com a chegada de muitos cowboys a cidade acaba prosperando. E onde tem muita gente, também tem muita confusão. Lidar com cowboys armados por todos os lados pode ser um grande problema para um xerife que deseja impor lei e ordem em sua cidade. Mesmo com tantas dificuldades o xerife Cass se sai bem em suas funções, isso até a chegada de um velho desafeto, um homem inescrupuloso, dono de saloon, que sempre contratou pistoleiros para defender seus interesses. Não demora muito e sua presença se torna um foco de tensão para o xerife que precisa lidar ainda com a presença do filho de um homem que matou no passado. Thad Anderson (Jeffrey Hunter) é um cowboy que sabe que o xerife da cidade é o assassino de seu pai. Estaria ele disposto a vingar sua morte ou não?
O roteiro desse filme é bem interessante porque mostra um xerife em seus anos finais. Ele está velho, tem problemas de visão, sua vista se torna cada vez mais embaçada e isso para alguém que precisava enfrentar todos os tipos de criminosos torna tudo ainda mais delicado. O roteiro e a produção são bons, porém o grande atrativo vem do elenco, principalmente do trio principal de protagonistas. Um ainda muito jovem Jeffrey Hunter interpreta um cowboy que chega na cidade, provavelmente em busca de vingança pela morte do pai. Robert Ryan é o xerife que sabe que sua hora decisiva está muito provavelmente bem próxima e a bela Virginia Mayo é a dona de um saloon local, uma mulher que deseja vencer na vida no mundo dos negócios. Em alguns momentos o enredo me lembrou de filmes como "Onde Começa o Inferno" e até mesmo "Matar ou Morrer", mas é preciso reconhecer que esse roteiro não tem a mesma consistência psicológica ou de desenvolvimento dos principais personagens como nesses grandes clássicos do western americano. É certamente um bom faroeste, valorizado pelos momentos de tensão, porém não chega a ser um dos grandes clássicos do gênero. Competente e bem realizado, cumpre suas pretensões, mas sem chegar a um nível tão alto.
À Borda da Morte (The Proud Ones, Estados Unidos, 1956) Direção: Robert D. Webb / Roteiro: Edmund H. North, Joseph Petracca / Elenco: Robert Ryan, Virginia Mayo, Jeffrey Hunter / Sinopse: Velho xerife precisa lidar com antigos inimigos em um momento particularmente complicado de sua vida, principalmente por não ter mais a mesma habilidade do passado. .
Pablo Aluísio.
O roteiro desse filme é bem interessante porque mostra um xerife em seus anos finais. Ele está velho, tem problemas de visão, sua vista se torna cada vez mais embaçada e isso para alguém que precisava enfrentar todos os tipos de criminosos torna tudo ainda mais delicado. O roteiro e a produção são bons, porém o grande atrativo vem do elenco, principalmente do trio principal de protagonistas. Um ainda muito jovem Jeffrey Hunter interpreta um cowboy que chega na cidade, provavelmente em busca de vingança pela morte do pai. Robert Ryan é o xerife que sabe que sua hora decisiva está muito provavelmente bem próxima e a bela Virginia Mayo é a dona de um saloon local, uma mulher que deseja vencer na vida no mundo dos negócios. Em alguns momentos o enredo me lembrou de filmes como "Onde Começa o Inferno" e até mesmo "Matar ou Morrer", mas é preciso reconhecer que esse roteiro não tem a mesma consistência psicológica ou de desenvolvimento dos principais personagens como nesses grandes clássicos do western americano. É certamente um bom faroeste, valorizado pelos momentos de tensão, porém não chega a ser um dos grandes clássicos do gênero. Competente e bem realizado, cumpre suas pretensões, mas sem chegar a um nível tão alto.
À Borda da Morte (The Proud Ones, Estados Unidos, 1956) Direção: Robert D. Webb / Roteiro: Edmund H. North, Joseph Petracca / Elenco: Robert Ryan, Virginia Mayo, Jeffrey Hunter / Sinopse: Velho xerife precisa lidar com antigos inimigos em um momento particularmente complicado de sua vida, principalmente por não ter mais a mesma habilidade do passado. .
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Elvis Presley - Ama-me Com Ternura
Como superar seus sentimentos por Cathy agora? “Love Me Tender” se chamava originalmente “The Reno Brothers” e havia sido planejado como um drama de western, explorando os conflitos familiares entre os irmãos Reno em um roteiro baseado na estória original de Maurice Geraghty, uma veterana roteirista de faroestes. Quando Elvis Presley foi encaixado no filme tudo mudou, músicas foram adicionadas no enredo e o que era mais dramático ficou levemente amenizado. A primeira vez que Elvis apareceu numa tela de cinema foi justamente nesse filme, arando as terras do rancho de sua mãe ao longe quando finalmente percebe seus irmãos retornando da guerra. Presley nunca havia atuado antes na vida e tudo foi uma enorme experiência para ele. Na verdade era apenas um jovem de 21 anos deslumbrado com a chance de fazer um filme em Hollywood. De origem humilde ele jamais poderia pensar que um dia apareceria no cinema! Embora sua atuação tenha sido criticada por alguns na época o fato é que Elvis em nenhum momento compromete o filme com sua performance. Na verdade ele demonstra boa presença de cena, mesmo nos momentos em que seu personagem exige mais. Parece estar bem à vontade contracenando com os demais atores sem mostrar qualquer tipo de nervosismo ou amadorismo.
A Fox viu a presença de Elvis no elenco como um bônus para o filme. Mal sabiam eles que a partir de seu lançamento tudo iria girar em torno de Elvis Presley. Ele era o terceiro nome no elenco mas quando a Fox viu seu potencial de bilheteria mudou a estratégia de marketing e se concentrou na figura do cantor. Novos posters foram feitos e a figura de Elvis colocada em destaque. O resultado veio nas bilheterias. Os fãs de Presley lotaram os cinemas, formando filas e mais filas nas portas das salas de exibição. Todos queriam ver Elvis na tela grande! “Love Me Tender” que não passava de uma produção B da Fox logo se tornou um dos campeões de bilheteria do ano. O saldo final foi mais do que satisfatório rendendo nove vezes mais que seu custo de produção – um resultado que mostrava a força do roqueiro Elvis para os chefões dos estúdios. Afinal os jovens formavam a maior parte do público pagante do cinema americano na época e eles simplesmente adoravam as músicas de Elvis. Muitos inclusive assistiram ao filme várias vezes aumentando ainda mais sua renda final. A música tema também chegou ao primeiro lugar nas paradas e virou um clássico instantâneo.
A presença de Elvis e o sucesso causado pelo seu público ofuscaram de certa forma uma avaliação mais isenta desse faroeste. Os que não gostavam de Elvis e sua música “selvagem” obviamente aproveitaram para desmerecer o filme em si. Bobagem. “Ama-me Com Ternura” era bem na média do que se produzia na época. Não era um faroeste ruim e nem uma bomba, pelo contrário, estava de acordo com o que os estúdios produziam nos anos 50. De certa forma poderia ser até mesmo estrelado por um Randolph Scott ou qualquer outro astro de westerns dos grandes estúdios. O diretor era o competente Robert D. Webb que já havia dirigido bons faroestes antes como “A Lei do Bravo” e sem dúvida sabia muito bem o que estava fazendo, com ou sem Elvis Presley no elenco. Esse aliás adorou tudo, o clima do set de filmagens, os ensaios, as tomadas de cena, tudo. De fato não seria a última vez que Elvis Presley iria ao velho oeste em sua carreira. Ele retornaria alguns anos depois às pradarias em filmes como “Estrela de Fogo” e “Charro” mas essa é uma outra história...
Ama-me Com Ternura (Love Me Tender, EUA, 1956) Direção: Robert D. Webb / Roteiro: Robert Buckner baseado na curta estória de Maurice Geraghty / Elenco: Richard Egan, Debra Paget, Elvis Presley, Robert Middleton, William Campbell / Sinopse: Após o fim da guerra americana Vance Reno (Richard Egan) retorna para o rancho de sua mãe mas descobre que a paixão de sua vida, a jovem Cathy (Debra Paget) se casou com seu irmão caçula, Clint Reno (Elvis Presley).
Pablo Aluísio.
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