Esse é um filme muito humano, muito digno, que retrata os últimos dias
de vida em comum do casal formado por Anne (Emmanuelle Riva) e Georges
(Jean-Louis Trintignant). São músicos talentosos, pianistas,
intelectuais, que vivenciam a velhice, as doenças e os problemas
inerentes à sua idade. O filme adota um tom melancólico, triste, em que a
câmera do diretor atesta a decadência física dos protagonistas que vão
aos poucos tomando consciência do fim mas que se recusam a perder a
dignidade, mesmo sob condições completamente adversas. A filha é também
uma música erudita, como os pais, mas mantém uma vida independente e
também distante deles. A família que sempre adotou uma postura racional e
até mesmo distante sente o peso da nova situação quando a mãe Anne
sofre um grave acidente que lhe coloca em risco sua vida. A partir daí
os laços emocionais e afetivos da família são colocados à prova.
O diretor Michael Haneke, com raro talento, conseguiu captar toda a sensibilidade que o tema exige e extraiu de seus atores atuações simplesmente perfeitas. De fato esse é um dos poucos filmes que assisti recentemente que conseguiram lidar com os desafios próprios da terceira idade de seus personagens com o devido respeito e sensibilidade. O roteiro foge da armadilha fácil de cair em um dramalhão pesado para propor uma reflexão mais profunda sobre os caminhos da vida e os lugares para onde um dia todos nós iremos. Por essa razão não é surpresa nenhuma a coleção de prêmios e indicações que o filme vem recebendo desde o seu lançamento. Além de ter vencido o Oscar de Mlehor filme estrangeiro também recebeu indicações nas categorias de Melhor Filme, Atriz (Emmanuelle Riva), Diretor e Roteiro Original. Também se tornou vencedor na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro, Bafta e César (O Oscar do cinema francês). Assim fica a dica mais do que preciosa: “Amor”, um filme delicado, especialmente indicado para pessoas sensíveis e emotivas.
Amor (Amour, França, 2012) Direção: Michael Haneke / Roteiro: Michael Haneke / Elenco: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert, Alexandre Tharaud / Sinopse: “Amor” narra os desafios, lutas e batalhas de um casal de idosos na terceira idade.
Pablo Aluísio.
O diretor Michael Haneke, com raro talento, conseguiu captar toda a sensibilidade que o tema exige e extraiu de seus atores atuações simplesmente perfeitas. De fato esse é um dos poucos filmes que assisti recentemente que conseguiram lidar com os desafios próprios da terceira idade de seus personagens com o devido respeito e sensibilidade. O roteiro foge da armadilha fácil de cair em um dramalhão pesado para propor uma reflexão mais profunda sobre os caminhos da vida e os lugares para onde um dia todos nós iremos. Por essa razão não é surpresa nenhuma a coleção de prêmios e indicações que o filme vem recebendo desde o seu lançamento. Além de ter vencido o Oscar de Mlehor filme estrangeiro também recebeu indicações nas categorias de Melhor Filme, Atriz (Emmanuelle Riva), Diretor e Roteiro Original. Também se tornou vencedor na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro, Bafta e César (O Oscar do cinema francês). Assim fica a dica mais do que preciosa: “Amor”, um filme delicado, especialmente indicado para pessoas sensíveis e emotivas.
Amor (Amour, França, 2012) Direção: Michael Haneke / Roteiro: Michael Haneke / Elenco: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert, Alexandre Tharaud / Sinopse: “Amor” narra os desafios, lutas e batalhas de um casal de idosos na terceira idade.
Pablo Aluísio.