segunda-feira, 2 de abril de 2018

Virando o Jogo

Se tem um ator que faz falta no cinema nos dias de hoje esse é certamente Gene Hackman. Aposentado há quase quinze anos, ele era aquele tipo de ator que fazia valer praticamente qualquer filme em que atuasse. Esse "Virando o jogo" foi um de seus últimos trabalhos, quando ele já estava com um pé na aposentadoria. Como o tema do filme era o futebol americano (esporte que os brasileiros em geral desconhecem ou detestam) o filme acabou não ganhando espaço em nossos cinemas, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo em nosso país. Essa má vontade nem se justifica, uma vez que o filme é bonzinho, calcada numa estória interessante.

Aqui Gene Hackman interpreta um treinador que chega para trabalhar em um time sem grandes recursos. Ele então começa a procurar por jogadores mais veteranos ou jovens que não cumpriram as expectativas nas suas carreiras, entre eles Shane Falco (Keanu Reeves) . Dito como um atleta de futuro promissor não conseguiu despontar, ficando restrito a pequenos times sem expressão. O treinador então decide lhe dar mais uma chance, para quem sabe venha a brilhar como nos tempos do futebol universitário. E assim se desenvolve esse drama esportivo. Não é obviamente uma obra prima, mas consegue manter a atenção. Reeves fica à sobra de Hackman, óbvio. Isso porém era mais do que previsível. O resultado final é bem bacaninha.

Virando o Jogo (The Replacements, Estados Unidos, 2000) Direção: Howard Deutch / Roteiro: Vince McKewin / Elenco: Keanu Reeves, Gene Hackman, Brooke Langton / Sinopse: Velho treinador de futebol americano decide contratar um jovem jogador que nunca conseguiu se tornar uma estrela no esporte. O veterano treinador quer um time formado por jogadores que amem o esporte, que joguem com o coração, acima de tudo.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. Virando o Jogo
    The Replacements
    Nota 7.2
    Pablo Aluísio.

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  2. Nem sei o que falar do Gene Hackman participar de um filminho desses se levarmos em consideração a filmografia de altíssima qualidade dele.

    O engraçado é que eu nunca gostei dele como gostava de um Sean Connery, Harrison Ford, Clint Eastwood, por exemplo, entretanto, depois que eu via um filme com ele o achava maravilhoso. Como nos esquecer do Lex Luthor, do Popeye Doyle, de filmes como Mississippi Burning, Os Imperdoáveis, A Gaiola das Loucas, O Nome do Jogo e mais dezenas do mesmo calibre?
    Esse é um caso diferente daquele ator em o astro supera o artista. No caso dele o artista supera o astro, com muita folga.

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  3. Esse é um caso clássico. Ator grande demais para filme diminuto. Acontece muito, com Hackman a situação se repetiu. Mesmo assim, como eu disse, o filme é bacaninha, bacaninha.

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