quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O Protetor

Título no Brasil: O Protetor
Título Original: Blackway
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Enderby Entertainment, Gotham Group
Direção: Daniel Alfredson
Roteiro: Castle Freeman Jr, Joe Gangemi
Elenco: Anthony Hopkins, Julia Stiles, Ray Liotta, Alexander Ludwig, Hal Holbrook, Lochlyn Munro
  
Sinopse:
Após ser assediada em seu lugar de trabalho, Lillian (Julia Stiles) começa a ser perseguida pelo ex-xerife Blackway (Ray Liotta). Ele passa a rondar a casa da jovem, fazendo atos de terrorismo psicológico como matar seu gato de estimação. Aterrorizada, Lillian vai até o xerife local, mas esse não parece disposto a enfrentar o famigerado Blackway. Assim ela acaba encontrando apoio no veterano Lester (Anthony Hopkins) e no jovem Nate (Alexander Ludwig) que querem acertar velhas contas com o sujeito. Juntos, passam a procurar por Blackway por toda a cidade, elevando a tensão para um sangrento encontro que está prestes a acontecer.

Comentários:
O bom e velho thriller de suspense, que tantas obras primas legou ao cinema em um passado até recente, já não consegue mais animar os cinéfilos. É um gênero cinematográfico que anda em plena decadência. Um exemplo temos aqui nesse "O Protetor". O roteiro é dos mais simples, como se pode ver na sinopse. Há apenas uma situação em cena, um trio em busca de vingança contra um ex-policial que agora ganha a vida explorando o tráfico de drogas e a prostituição (usando inclusive garotas menores de idade para atrair maior clientela!). O vilão do filme é interpretado pelo quase sempre bom Ray Liotta. Ele é o tal de Blackway do título original. O problema é que nada é muito bem desenvolvido. Anthony Hopkins com um velho rifle de caçar gansos, indo pra lá e pra cá, atrás do criminoso não é algo muito interessante de se acompanhar, vamos ser sinceros. Como o filme se resume nisso logo se torna cansativo, apesar de ter curta duração. A aparência da atriz Julia Stiles me deixou surpreso pois ela está bem envelhecida, com problemas de peso. O trio de "vingadores" é completado por Alexander Ludwig, um sujeito bom de briga, mas com retardo mental. No final das contas quem acaba se destacando, mesmo sem ter muito espaço, é justamente Ray Liotta. Ela dá uma cantada de bar que não dá muito certo. Leva um fora, tenta estuprar a garçonete (Stiles) e começa um jogo de stalker com ela. Basicamente é isso. O filme só se destaca um pouquinho mais por causa da bela fotografia - já que foi rodado no Canadá - com aquelas belas florestas fechadas (que são até um pouco sombrias, para falar a verdade). Pena que nada disso salvo a produção do lugar comum. É em suma uma fita de suspense bem esquecível, nada marcante, que muito em breve irá para o oceano de irrelevâncias cinematográficas.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Avaliação:
    Direção: ★★
    Elenco: ★★★
    Produção: ★★★
    Roteiro: ★★
    Cotação Geral: ★★
    Nota Geral: 6.2

    Cotações:
    ★★★★★ Excelente
    ★★★★ Muito Bom
    ★★★ Bom
    ★★ Regular
    ★ Ruim

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  2. Pablo, Pablo... a coisa vai mal. A decadência do Ray Liotta desde Os Bons Companheiros é continua e uniforme, apesar dele ser bom, como você disse; quase o mesmo se pode dizer do Anthony Hopkins desde o Hannibal; a Julia Stiles era uma atriz carismática, lindinha/gostosinha com aquela carinha chata dela e agora você diz que ela está perdendo isso também; complicou. Esses bons atores estão se especializando nestes filmes menores para não ficar sem trabalhar e isso é triste.

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  3. Pois é... Não está fácil para ninguém...

    O Liotta, pra falar a verdade, fez poucos filmes que podem ser considerados obras primas - Os Bons Companheiros é um deles. Penso que depois que a idade chega os convites vão ficando cada vez mais raros. Assim eles topam fazer o que aparecer pela frente.

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  4. Pablo, acabei de rever Terra em Transe, do Glauber Rocha. Eu não sei se você já viu esse se filme; se não, veja: ele nos traz um entendimento sobre o nosso momento atual muito mais claro do que se lêssemos todos os jornais, revistas e blogs de hoje sobre politica. Acredite, o Glauber Rocha está mais atual que nunca.

    Apenas como observação: nunca fui fã do jeito do Glauber Rocha fazer cinema, apesar de reconhecer um toque de gênio nos detalhes.

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  5. Eu até gosto do Glauber Rocha.
    Esse filme eu assisti há muito tempo, hoje já não me lembro de muita coisa. Vou tentar rever pois já esqueci de grande parte do que vi. O tempo cobra seu preço.

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