Título no Brasil: Carnage Park
Título Original: Carnage Park
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Diablo Entertainment
Direção: Mickey Keating
Roteiro: Mickey Keating
Elenco: Ashley Bell, Pat Healy, Alan Ruck, James Landry Hébert, Michael Villar, Bob Bancroft
Sinopse:
Após um roubo a banco, dois criminosos tentam fugir à toda velocidade pelas estradas empoeiradas de um deserto da Califórnia. Um deles, alvejado durante a fuga, logo morre no banco de trás do carro. O outro precisa então se livrar de seu corpo o mais rapidamente possível. Com a ajuda de uma refém (que estava no porta-malas) ele dirige até uma propriedade remota, onde deixa seu parceiro do crime. O que o criminoso não sabe é que o lugar pertence a um sujeito psicopata, que pensa estar em um verdadeiro campo de batalha. Agora ele irá caçar o bandido, ao mesmo tempo em que leva sua refém para o verdadeiro inferno na Terra.
Comentários:
Temos aqui um novo thriller de terror que se destaca não pelo roteiro (pois é dos mais simples), nem pela produção em si (que é até modesta) e muito menos pelo elenco (a maioria dos atores é esforçado, mas desconhecido). O destaque de "Carnage Park" vem da forma como o jovem diretor Mickey Keating conta sua estória sangrenta. Ele se utiliza de vários tipos de linguagem cinematográfica ao longo do filme. Além de uma fotografia saturada temos uma edição ágil, rápida, que não perde tempo com bobagens ou sutilezas desnecessárias. Obviamente se trata de um filme violento, com cenas inclusive bem ao estilo gore, não recomendado para os mais sensíveis, mas isso definitivamente é o de menos. Mesmo em pequenos detalhes acabamos descobrindo que esse diretor sabe bem muito o que está fazendo com sua câmera. A trilha sonora, por exemplo, é composta por músicas e diálogos fora de rotação, como se estivéssemos ouvindo um velho vinil sendo tocado em uma vitrola quebrada! O elenco é bom, embora nenhum dos atores seja mais conhecido. O único nome que vai despertar alguma lembrança no público em geral é a do ator Alan Ruck (para quem não se lembra ele foi o amigo esquisito de Matthew Broderick no clássico juvenil "Curtindo a Vida Adoidado"). Bem diferente nos dias atuais, ele interpreta um xerife que precisa descobrir o que está acontecendo de errado na propriedade de seu irmão, o alucinado Wyatt Moss (Pat Healy). A trama também explora um tipo que anda bem mais comum nos dias de hoje, principalmente nos Estados Unidos, a do psicopata com delírios de militar que da noite para o dia se arma até os dentes e começa a fazer de outros seres humanos seus alvos ambulantes. Sim, é algo bem trágico, mas infelizmente cada vez mais comum. Nesse ponto o diretor Mickey também acertou seu próprio alvo, colocando em destaque a loucura bélica que reina dentro da doentia sociedade americana. Salve-se quem puder.
Pablo Aluísio.
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