Para quem sempre gostou da história do cinema esse filme, apesar de ser basicamente uma comédia despretensiosa, valeu muito a pena. Isso porque o elenco reuniu três veteranos das telas. Jack Lemmon e Walter Matthau formaram uma das duplas mais produtivas de Hollywood. Juntos realizaram dez filmes, algo que começou bem lá atrás, ainda nos tempos em que Billy Wilder percebeu que eles poderiam funcionar muito bem nas telas interpretando basicamente eles mesmos. Matthau representava sempre o mal humorado, um tipo bem representativo do lado mais ranzinza da dupla enquanto Lemmon geralmente interpretava o lado mais amigável deles, o que não o lhe livrava de também apresentar certas neuroses e manias irritantes. Basta assistir a "Um Estranho Casal" de 1968 para entender bem como eles funcionavam juntos, qual era a química entre a dupla. Aquele foi o filme síntese de sua parceria duradoura. Nesse filme melhoraram tudo com a presença de Ann-Margret (velha conhecida dos fãs de Elvis por causa do filme "Viva Las Vegas").
Eles basicamente lutam pelo amor e afeição dela (que, apesar da idade, continuava ainda a ser uma mulher exuberante, muito bonita!). O enredo se passa no frio estado de Minnesota onde parece nevar o ano inteiro, não importando a estação. Apesar de divertir bastante, onde os dois atores demonstram claramente que o velho jeito para o humor jamais desaparecera, faltou um diretor como Billy Wilder para apimentar ainda mais a história. O cineasta Donald Petrie foi polido demais, familiar além da conta. Quem assistiu aos filmes da dupla no passado sabe muito bem que eles sempre foram muito além, fazendo inclusive um ótimo humor negro juntos (basta conferir "Uma Loira por Um Milhão" para entender bem isso). Aqui eles surgem um tanto empacotados. De qualquer forma a fita, apesar de ser um tanto bobinha, acabou ganhando uma sequência dois anos depois, "Dois Velhos Mais Rabugentos", onde eles finalmente se despediram da parceria nas telas.
Dois Velhos Rabugentos (Grumpy Old Men, EUA, 1993) Direção: Donald Petrie / Roteiro: Mark Steven Johnson / Elenco: Jack Lemmon, Walter Matthau, Ann-Margret / Sinopse: A tediosa rotina de dois velhinhos aposentados muda completamente quando eles conhecem uma dama pela qual se apaixonam perdidamente. A partir daí um tentará passar a perna no outro para conquistar o coração dela. Filme vencedor do BMI Film & TV Awards na categoria de Melhor Trilha Sonora Incidental (Alan Silvestri).
Pablo Aluísio
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.2
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Esse filme mostra uma coisa cruel Pablo. Mulher tem que ser muito jovem. A Ann-Margret neste filme, apesar de, como você disse, ainda ser bonita, já era uma velha rançosa, aquele viço maravilhoso dos tempos do Elvis havia se esvaído; a Grace Kelly, que deve ser o rosto mais lindo do mundo do cinema, quando morreu com 52 anos já tinha perdido mais da metade da beleza; a que durou mais foi a Catherine Deneuve, mas hoje está bem destruída. É ruim falar esses coisas, mas da dó destas mulheres muito lindas, porque a diferença que a idade trás é um estrago extraordinário e não tem jeito, de um dia para o outro já não é a mesma coisa e ai é ladeira abaixo. A Cybill Shepherd, do Taxi Driver e da serie a Gata e o Rato, falou na Oprah que ela se lembrava do dia em que os homens passaram a não olha-la mais com o mesmo interesse sexual e ela sentiu que a idade havia chegado; foi triste.
ResponderExcluirEstou falando somente de mulheres e não de homens, porque as mulheres são maravilhosas quando jovens, agora, os homens já são feios sempre, então não faz diferença a idade. A beleza do homem é o sucesso, o poder, e...a grana; Estão vários que não me deixam mentir: Onassis, Ronaldinho e a maioria do jogares de futebol, políticos em geral, etc.
Você citou mulheres que ficaram notabilizadas no cinema por causa de suas belezas. É a tal coisa, se uma mulher se confiar apenas na beleza física de si mesma, certamente um dia tudo se vai. Porém há outros tipos de beleza... Algumas mulheres podem, por exemplo, superar esse tipo de desafio sendo charmosas, sensuais, elegantes. Se confiar apenas no quesito da atração sexual baseada na pura aparência física como fez a Cybill Shepherd é um erro. Há outras formas de se tornar interessante aos homens. PS: Uma fã de Elvis deixou um recado para você lá no outro blog.
ResponderExcluirVocê tem razão, a Helen Mirren é um exemplo de mulher bonita, sem ser uma deusa, mas com outros atrativos e por conta destes, hoje já com 70 anos, tem um sensualidade impar.
ResponderExcluirObrigado pelo aviso.