Paul McCartney nunca foi um artista politicamente engajado! Enquanto John Lennon passava a impressão de estar sempre falando sobre política, Paul seguia compondo suas belas baladas de amor. Esse rótulo de baladeiro começou a incomodar Paul quando John o usou para lhe rebaixar artisticamente. Lennon dizia a jornalistas americanos que Paul só sabia fazer canções de amor vazias, do tipo "Ela ama você, você me ama, todos nós te amamos". Era uma piada, mas uma piada bem ofensiva.
Para rebater esse tipo de ataque de John Lennon, Paul então resolveu também escrever sua própria canção de protesto, "Give Ireland Back to the Irish"! O próprio título já era uma afirmação perigosa para um inglês, pois se colocava ao lado dos irlandeses que naquela época lutavam para se livrar da dominação inglesa em seu país. Paul estava ao lado de sua causa, propondo que a Irlanda fosse devolvida aos irlandeses! Nem John Lennon havia sido tão direto antes!
Paul sabia que a música iria sofrer represálias por parte do governo inglês e assim resolveu lançar a canção em um single, pois se estivesse em um álbum as consequências comerciais poderiam ser bem ruins. O compacto chegou nas lojas em fevereiro de 1972 e causou um impacto maior do que Paul previa. A canção foi simplesmente banida da programação de certas emissoras e Paul foi chamado pelo presidente da EMI, que preocupado, tinha receios que ele e a gravadora fossem processados criminalmente por traição ao império britânico. Paul manteve-se firme e aguentou o tranco. No final das contas Paul achou a experiência de se declarar politicamente sobre algo como válida, apesar dos problemas.
Ele resumiu a questão ao afirmar: "Do nosso ponto de vista foi a primeira vez que as pessoas questionaram sobre o que estávamos fazendo na Irlanda. Era tão chocante pensar sobre isso. Fico feliz que a canção tenha trazido o assunto para dentro dos lares do povo inglês". Assim "Give Ireland Back to the Irish" acabou sendo uma das poucas experiências de Paul nesse campo político, pois ele logo se retiraria de assuntos polêmicos como esse para voltar ao seu velho (e bom) estilo romântico. O mundo já tinha John Lennon para protestar e essa nunca tinha sido mesmo a praia de Paul. Sábia decisão.
Pablo Aluísio.
Para rebater esse tipo de ataque de John Lennon, Paul então resolveu também escrever sua própria canção de protesto, "Give Ireland Back to the Irish"! O próprio título já era uma afirmação perigosa para um inglês, pois se colocava ao lado dos irlandeses que naquela época lutavam para se livrar da dominação inglesa em seu país. Paul estava ao lado de sua causa, propondo que a Irlanda fosse devolvida aos irlandeses! Nem John Lennon havia sido tão direto antes!
Paul sabia que a música iria sofrer represálias por parte do governo inglês e assim resolveu lançar a canção em um single, pois se estivesse em um álbum as consequências comerciais poderiam ser bem ruins. O compacto chegou nas lojas em fevereiro de 1972 e causou um impacto maior do que Paul previa. A canção foi simplesmente banida da programação de certas emissoras e Paul foi chamado pelo presidente da EMI, que preocupado, tinha receios que ele e a gravadora fossem processados criminalmente por traição ao império britânico. Paul manteve-se firme e aguentou o tranco. No final das contas Paul achou a experiência de se declarar politicamente sobre algo como válida, apesar dos problemas.
Ele resumiu a questão ao afirmar: "Do nosso ponto de vista foi a primeira vez que as pessoas questionaram sobre o que estávamos fazendo na Irlanda. Era tão chocante pensar sobre isso. Fico feliz que a canção tenha trazido o assunto para dentro dos lares do povo inglês". Assim "Give Ireland Back to the Irish" acabou sendo uma das poucas experiências de Paul nesse campo político, pois ele logo se retiraria de assuntos polêmicos como esse para voltar ao seu velho (e bom) estilo romântico. O mundo já tinha John Lennon para protestar e essa nunca tinha sido mesmo a praia de Paul. Sábia decisão.
Pablo Aluísio.
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