Paul McCartney esteve recentemente no Brasil novamente e devo dizer que ele sempre foi meu Beatle preferido. Sou fã confesso do Macca (como seus fãs carinhosamente o chamam), e isso por várias razões, não só por ter assinado junto a Lennon algumas das melhores músicas já compostas mas também por ter uma carreira solo maravilhosa, com discos que nunca deixaram de tocar nas minhas caixas de som. Paul realmente é um talento fantástico, desses raros de se encontrar por aí. Aliás um dado curioso: meu primeiro vinil foi do Paul. Tive sorte nessa questão pois "Tug Of War" é um clássico absoluto da sua discografia e foi justamente com esse álbum que comecei a criar gosto por música e me interessei a criar esse hobby que jamais abandonei, a de colecionar discos (primeiramente os antigos bolachões de vinil e atualmente CDs).
Outro aspecto que sempre me levou a ser fã de Paul McCartney é a sua personalidade. Paul sempre foi o ponto de equilibrio dentro dos Beatles. John Lennon era explosivo demais, George Harrison muito tímido e retraído e Ringo, ora, Ringão era apenas o baterista. Paul era o ponto que manteve o quarteto unido por anos. Viciado em trabalho era sempre ele o responsável a unir a trupe para novas gravações. Por isso caro colega beatlemaníaco agradeça a ele por termos tantas gravações do grupo. Existe até mesmo uma história muito engraçada sobre John realmente abismado com a capacidade de trabalho do parceiro. Enquanto Lennon lutava para trazer duas ou três novas músicas para os discos dos Beatles, Paul já entrava em estúdio com oito ou dez canções prontas para gravação. Realmente, Macca literalmente nunca brincou em serviço. É um workaholic assumido. E o mais incrível é que ele simplesmente não abandonou essa característica nem com a chegada da idade, pois ainda atravessa o oceano para realizar concertos, como essa recente turnê que fez no Brasil. Aposentadoria? Nem pensar.
Hoje tenho orgulho em dizer que tenho toda a discografia de Sir Paul McCartney. No mundo do CD isso facilitou e muito a aquisição de antigos álbuns, até mesmo porque ele próprio relançou toda a obra alguns anos atrás, mas nos anos 80 quando coloquei na cabeça de completar a coleção de Paul era bem diferente, tinha que fuçar em sebos atrás de discos dele dos anos 70, alguns em péssimo estado de conservação. Ainda bem que a tecnologia veio e mudou completamente esse quadro. Menos mal para um apaixonado por sua música como eu. Pretendo depois ir escrevendo um pouco mais sobre seus discos, suas grandes parcerias na carreira solo (Michael Jackson, Steve Wonder, Elvis Costello, entre outros). Acredito inclusive que esse cidadão ainda vai trazer grandes alegrias aos amantes da boa música por muitos anos ainda. Vida longa ao Macca!
Pablo Aluísio.
Paul McCartney
ResponderExcluirPablo Aluísio.