sábado, 12 de fevereiro de 2011

Marilyn Monroe - Gold Collection

Todos conhecem a atriz Marilyn Monroe mas nem todos conhecem a cantora Marilyn Monroe. Claro que para muitos Marilyn era apenas uma garota esforçada que não fazia feio nos números musicais de seus filmes. Agora seu talento vocal está sendo redescoberto, principalmente nos Estados Unidos, onde vários álbuns foram lançados nos últimos anos reunindo as faixas gravadas por ela. Entre os títulos eu destaco esse "Marilyn Monroe - Gold Collection" que traz mais de vinte canções gravadas por Marilyn Monroe nos estúdios da Fox e Columbia. Além dos CDs o fã de Marilyn ainda é presenteado com inúmeras fotos e encadernação de luxo. A aproximação de Monroe com o mundo da música começou quando os diretores de estúdio perceberam que ela não tinha uma formação artística completa. No mercado americano para ser considerado um ator completo o profissional tem que dominar não apenas a arte da interpretação mas da dança e da música também, mesmo que em relação a esses últimos sejam necessários muitas vezes apenas os conhecimentos básicos. Assim Marilyn foi designada para estudar canto com o jovem maestro Fred Karger. Embora fosse um talento em sua área Karger tinha apenas 32 anos quando começou a dar aulas a Marilyn o que facilitou bastante a aproximação. Sua primeira providência foi dar uma pilha de discos de vinil da cantora Ella Fitzgerald para ela ouvir atentamente em casa. Parece que deu certo.

Pelo que ouvimos aqui nesses registros Marilyn sem dúvida aprendeu bem a lição. Com uma voz terna, suave, mas bem colocada, a atriz consegue ótimos resultados, com destaque para a sensual (e ao mesmo tempo melancólica) "Fine Romance". Outro excelente momento é "Kiss", uma das faixas mais sexys que já ouvi em minha vida. Brincando com sua própria imagem de loira fatal e mito sexual, Marilyn também esbanja charme e ousadia em "Do It Again". O curioso em ouvir Marilyn cantando é perceber que mesmo ela não tendo um excepcional talento vocal conseguia passar por cima de tudo isso levando o ouvinte a ter uma boa sensação em ouvir suas gravações. Isso me lembrou bastante da definição do diretor Billy Wilder que descrevendo Marilyn disse que ela era uma "Amadora profissional". E por mais incrível que isso possa parecer é nisso justamente que se concentra uma das maiores virtudes da Marilyn Monroe cantora, pois a sensação que temos ao ouvi-la é a mesma que teríamos se a estivéssemos ouvindo cantando despreocupadamente em sua casa, enquanto fazia os afazeres diários. Ela nunca soa forçada ou tensa, pelo contrário, ela sempre surge muito natural cantando as músicas. Também é uma pena que Marilyn nunca tenha pensado em levar esse seu lado musical mais à sério. O fato é que ela cantava apenas se isso fosse necessário aos seus filmes. A atriz nunca viu a música como um instrumento valioso em si mesmo. De qualquer forma se tiver a oportunidade não deixe de procurar conhecer esse seu lado tão interessante. Afinal ouvir um dos maiores mitos da história do cinema soltando a voz é além de algo bem raro também muito gratificante.

Marilyn Monroe - Gold Collection (1998)
Ladies Of The Chorus / Anyone Can See I Love You / Every Baby Needs A Da-Da- Daddy / Do It Again / Kiss / She Acts Like A Woman Should / Fine Romance / Two Little Girls From Little Rock / When Love Goes Wrong / Bye Bye Baby / Diamonds Are A Girl's Best Friend / You'd Be Surprised / One Silver Dollar / I'm Gonna File My Claim / River Of No Return / Down In The Meadow / After You Get What You Want / Heatwave / Man Chases A Girl / Lazy / There's No Business Like Show Business / Rachmaninov & Chopsticks / That Old Black Magic / I Found A Dream / When I Fall In Love / Love Happy / Royal Triton Tv Commercial / Marilyn Best Actress / Edgar Bergen / Bye Bye Baby / Diamond's Are A Girl Best Friend (reprise) / Something's Got To Give / Happy Birthday Mr President.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - My Way

Estamos na Elvis Week mais uma vez. Então nada mais oportuno do que lembrar alguns momentos imortais de Elvis Presley. A primeira vez que ouvi "My Way" eu ainda era muito jovem, acredito que não tinha nem 15 anos de idade. Sinceramente falando, uma música como essa definitivamente não foi composta para alguém tão jovem. Na época eu ainda estava descobrindo aos poucos a grande riqueza que se poderia encontrar na história da música. É curioso, sempre gostei do som da minha geração, dos artistas e grupos que faziam sucesso na minha juventude, mas ao mesmo tempo comecei a me interessar bastante também pelos grandes ídolos do passado. Nesse retorno a um tempo não vivido acabei descobrindo artistas como Beatles e, é claro, Elvis Presley. "My Way" me veio pela primeira vez na voz de Elvis. Eu comprei o álbum duplo "Aloha From Hawaii" e a canção abria um dos lados do disco. Era uma faixa grandiosa, com rico arranjo (nessa fase de sua carreira Elvis se apresentava com uma orquestra completa como apoio) e me recordo bem que a intensidade de sua interpretação me deixou realmente admirado e impressionado.

É interessante que descobri Elvis de maneira cronológica, ou seja, primeiro curti seus discos de rock dos anos 50, depois fui comprando suas trilhas sonoras pop dos anos 60 e só depois, numa fase mais adiantada, foi que fui finalmente adentrando os anos 70 em sua carreira. Antes do Aloha eu já havia comprado "That´s The Way It Is", meu primeiro disco da fase madura de Elvis. Como eu era bem jovem ainda, confesso que curtia mais a fase roqueira do cantor. O Elvis que me fazia a cabeça era o de sua fase "James Dean de guitarras". Cabelos cheios de brilhantina, topete fantástico e todo aquele visual que marcou toda uma geração da história da música popular mundial. O Elvis trágico, machucado, muito profundo interiormente, que cantava sobre relacionamentos adultos, só vim a descobrir mais tarde. "My Way" também me impressionou pela força de sua letra. Ali estava um homem com muitos anos de vida, fazendo uma verdadeira revisão de seu passado. Era uma mensagem que certamente um adolescente não entenderia completamente, mas hoje, bem mais velho, entendo perfeitamente o que seu autor quis passar. Só com as experiências da vida podemos compreender completamente o que essa letra tenta transmitir.

Outro fato curioso sobre "My Way" em minha vida é que só muito tempo depois, quando comecei mesmo a estudar a história da música, lendo livros e revistas sobre o assunto, é que pude constatar que Elvis não era o primeiro a transformar a bela canção em um momento imortal. Frank Sinatra já havia feito isso antes (inclusive nos EUA ela era bem mais associada a Sinatra do que a Elvis) e indo mais além, a versão original havia se tornado um verdadeiro hino na Europa, na voz de Claude François. Paul Anka escreveu a primeira versão em língua inglesa e Sinatra ganhou um de seus maiores hits. Aliás para quem gosta realmente de música um dos maiores prazeres sobre esse assunto é realmente ler e conhecer sua rica história. Como ela foi composta, os músicos que participaram de sua sessão de gravação original, os produtores envolvidos, os primeiros selos onde foi lançada (algo que atualmente se perdeu já que a música em si não precisa mais de um meio físico para chegar até você).

Eu não sou da época de Elvis ou Sinatra, mas isso pouco importou. Na verdade o importante é ter bom gosto e ao longo da vida procurar desenvolver uma cultura musical, ouvindo de tudo, sem preconceito ou ideias pré concebidas sobre nada. O próprio Elvis era assim, uma das suas frases mais interessantes é aquela que diz que a música não tem cor e nem classificação. Ele estava certo. Se não tivesse pensado assim desde o começo da minha vida teria perdido alguns dos melhores discos que ouvi em minha existência. Gosto também muito de uma frase de John Lennon que dizia "Eu sou uma velha orquestra de Rock ´n´ Roll". Nem preciso dizer que me identifiquei totalmente com essa auto definição. Eu também sou uma velha capa de LP toda surrada. Tem coisa melhor do que isso? Absolutamente não!

Mas voltemos ao clássico. Existem canções que só crescem com o passar do tempo. Embora a tenha conhecida em minha adolescência, ainda muito jovem, "My Way" foi ganhando cada vez mais significado. Os anos passaram e "My Way" foi se tornando cada vez mais relevante. A mais pura verdade é que todos um dia irão se identificar com ela. O passar dos anos deixa sempre essa sensação de nostalgia e reflexão, além de todo um repertório de perguntas sobre as escolhas que fizemos, os caminhos que resolvemos percorrer e as vitórias, arrependimentos e conquistas que vivenciamos. No fundo é a história de nossas vidas, transformada de forma genial em uma das mais belas baladas que já tive o prazer de ouvir. E o Elvis, bem o velho Elvis sempre será imortal, não por causa do sensacionalismo e nem das excentricidades que rodeiam sua vida, mas sim pela emoção e sinceridade que conseguia colocar em cada nota musical. Nesse ponto ele foi realmente único. Ouvir "My Way" com Elvis sempre será um prazer renovado, tal como naquele distante passado quando o ouvi pela primeira vez em vinil. Certas coisas não mudam, não importando o tempo e nem o espaço.

Pablo Aluísio.

Paul Anka - Diana

Paul Anka fez parte da geração pasteurizada que tomou de assalto às paradas americanas com a crise que o rock ´n´ roll enfrentou em fins dos anos 1950. De repente todos os grandes ídolos estavam afastados de suas carreiras de roqueiros (Elvis no exército, Chuck Berry na cadeia, Buddy Hole morto em acidente de avião, etc, etc). Para cobrir a lacuna deixada as gravadoras apostaram numa série de jovens brancos de boa aparência, todos de classe média, sem postura rebelde ou ameaçadora. Simbolizavam os namorados perfeitos das garotas de meia soquete que frequentavam o high school. Era a forma que o rock (se é que podemos chamar isso de rock) encontrou para sobreviver à sua própria crise. De todos os hits que Paul Anka gravou esse é certamente um dos mais populares (inclusive no Brasil onde ganhou versão de sucesso na voz do excelente cantor brasileiro Carlos Conzaga). A canção foi escrita de forma modesta, sem qualquer pretensão, em um caderno escolar. Existem duas versões para a inspiração de sua composição. A primeira foi divulgada pelo cantor Don Costa que disse ter sido inspirada em uma amiga de escola do próprio Paul Anka chamada Diana Ayoub. Já o próprio Anka afirmara certa vez que a verdadeira Diana era uma garota linda que ele mal conhecia e que frequentava sua igreja. Ele teria nutrito uma paixão platônica por ela que durou anos e anos, mas quando finalmente teve a chance de conversar com a garota ficou tão nervoso que mal conseguiu falar meia dúzia de palavras. 

Já que não conseguiu falar o que sentia por ela pessoalmente, cara a cara, resolveu desabafar na própria música, que é muito bonita e tem linda melodia. Claro que por se enquadrar em determinados limites comerciais da época "Diana" passa longe de ser revolucionária ou inovadora. É bem na média do que era produzido e gravado naquela virada de década, principalmente por essa geração de bons rapazes modelos com seus ternos impecáveis e sorrisos Colgate. Como Anka não tinha ainda um grande nome dentro da indústria a música foi lançada antes com Don Costa nos vocais em maio de 1957. Paul Anka ficou tão mal em ver sua querida música na voz de outro cantor que se apressou em também gravar sua própria versão que chegou nas lojas americanas apenas dois meses depois do lançamento original. Para sua sorte foi justamente o seu single que caiu no gosto popular, chegando ao incrível number one da parada Billboard em poucos dias, transformando Paul Anka em astro literalmente da noite para o dia. De repente o jovem desconhecido estava se apresentando em programas de rádio, TV e cinema. Quando atingiu a incrível marca de nove milhões de cópias vendidas Paul Anka se convenceu que iria se tornar o novo Elvis Presley, mas para seu azar ele logo perceberia também que era apenas mais um dos "maiores cantores de todos os tempos da última semana", ou seja, artistas que surgiam tão rapidamente quanto sumiam. Os novos tempos acabavam de inventar o astro descartável de plástico.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Elvis Presley Recording Sessions - 1968

Hoje publiquei no blog sobre Elvis o texto compilado do álbum Elvis Sings Flaming Star, um disco que poucos dão importância mesmo entre os colecionadores estrangeiros. Há uma certa má vontade em relação a esse álbum por duas razões básicas: foi lançado pelo selo promocional RCA Camden e era, em resumo, uma colcha de retalhos produzida pela RCA com músicas que estavam sobrando em seus arquivos há anos. De novidade apenas uma versão ao vivo com muita energia de "Tiger Man". Nos Estados Unidos o disco na época em que chegou pela primeira vez aos consumidores não despertou muito interesse, mas na Inglaterra ele conseguiu se destacar nas paradas chegando em um fantástico terceiro lugar entre os mais vendidos! Os ingleses sempre amaram o som de Elvis e estavam sempre especulando sobre uma possível turnê do cantor na ilha - algo que infelizmente nunca aconteceria por causa do empresário Tom Parker que, como se sabe, não poderia deixar o país por ser um imigrante ilegal que não podia tirar passaporte! Achou absurdo? Pois é, bem vindo ao mundo de Elvis!

Esse ano de 1968 é emblemático dentro da carreira de Elvis porque hoje em dia é considerado o ano em que ele voltou aos bons e velhos tempos, cantando novamente ao vivo, relembrando seus sucessos no especial de TV que o consagraria novamente. Essa visão é um pouco simbólica demais. Se formos parar para analisar as sessões de gravação de Elvis nesse ano veremos que as coisas não foram bem assim. Durante praticamente todo o ano Elvis fez basicamente o mesmo que estava fazendo nos anteriores: gravando muitas músicas para trilhas sonoras de Hollywood, tentando a todo custo levantar e ressuscitar sua carreira no cinema. Duvida? Então vejamos. A primeira sessão de gravação desse ano aconteceu em janeiro quando Elvis foi a Nashville terminar as músicas do péssimo filme "Stay Away Joe" (um faroeste pastelão, por mais estranho que isso possa parecer!). Claro que nessa sessão em particular ele conseguiu registrar algumas excelentes músicas como "Too Much Monkey Business" e "U.S. Male", mas esse não era o ponto focal principal da sessão.

Depois em março Elvis retornou aos estúdios para a gravação de mais uma trilha sonora medíocre, dessa vez do filme "Live a Little, Love a Little". Essa sessão só não foi um desperdício completo porque afinal de contas nela Presley gravou "A Little Less Conversation" que iria se tornar um hit mundial muitos anos depois com um remix que venderia milhões de cópias ao redor do mundo. Houve também a gravação de "Almost in Love", uma bossa nova, a única composição de um brasileiro (Luiz Bonfá) a ser gravada por Elvis Presley em toda a sua carreira. Pois bem, em junho Elvis foi até a Califórnia para a gravação do NBC TV Special, esse sim um ponto de reviravolta em sua trajetória artística, mas depois disso o que ele fez no resto do ano? Em outubro lá estava Elvis em Hollywood novamente gravando mais trilhas sonoras, dessa vez do faroeste spaguetti "Charro" e da confusa comédia romântica musical "The Trouble with Girls". Trocando em miúdos, mesmo após o NBC, que para muitos significava a volta triunfal do Rei do Rock, ele ainda voltou para a velha fórmula desgastada de sua cambaleante carreira em Hollywood.

A verdade é que em termos de qualidade musical a discografia de Elvis Presley só sofreria mesmo um impacto de verdade no ano seguinte, nas maravilhosas sessões realizadas em Memphis, no American Sound Studios. Ali realmente foi um pico de qualidade sem precedentes. Elvis deixou os temas bobinhos de trilhas de filmes para se concentrar em algo muito mais substancial, canções realmente significativas, relevantes e extremamente bem compostas. Ao invés de ficar posando de eterno adolescente namorador nas telas Elvis finalmente assumia sua idade cronológica, cantando letras sobre relacionamentos e problemas adultos, deixando as musiquinhas de namoricos adolescentes de lado. Afinal ninguém aguentava mais aquilo. Já tinha passado do prazo de validade. Mudar para melhor só aconteceria mesmo dentro do American. Aquele sem dúvida foi um momento crucial em sua carreira. Isso porém aconteceu em 1969 e não em 1968 onde Elvis ainda insistiu em seguir por caminhos equivocados. Todo o resto é apenas uma simplificação simplória da história do cantor.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Elvis Presley - Discografia Oficial Americana

1) ELVIS PRESLEY (1956) #
2) ELVIS(1956) #
3) LOVING YOU (1957) Trilha Sonora #
4) ELVIS CHRISTMAS ALBUM (1957) #
5) ELVIS GOLDEN RECORDS (1958) Coletânea #
6) KING CREOLE (1958) Trilha Sonora
7) FOR LP FANS ONLY (1959) Coletânea
8) A DATE WITH ELVIS (1959) Coletânea
9) ELVIS GOLDEN RECORDS Vol.2 (1959) Coletânea #
10)ELVIS IS BACK! (1960)
11)G.I.BLUES (1960) Trilha Sonora #
12)HIS HAND IN MINE (1960) LP Gospel #
13)SOMETHING FOR EVERYBODY (1961)
14)BLUE HAWAII (1961) Trilha Sonora #
15)POT LUCK (1962)
16)GIRLS,GIRLS,GIRLS (1962) Trilha Sonora #
17)IT HAPPENED AT WORLD'S FAIR (1963) Trilha Sonora
18)FUN IN ACAPULCO (1963) Trilha Sonora
19)ELVIS GOLDEN RECORDS Vol.3 (1963) Coletânea #
20)KISSIN COUSINS (1964) Trilha Sonora
21)ROUSTABOUT (1964) Trilha Sonora #
22)GIRL HAPPY (1965) Trilha Sonora
23)ELVIS FOR EVERYONE (1965)
24)HARUM SCARUM (1965) Trilha Sonora
25)FRANKIE AND JOHNNY (1965) Trilha Sonora
26)PARADISE, HAWAIIAN STYLE (1966) Trilha Sonora
27)SPINOUT (1966) Trilha Sonora
28)HOW GREAT THOU ART (1967) LP Gospel #
29)DOUBLE TROUBLE (1967) Trilha Sonora
30)CLAMBAKE (1967) Trilha Sonora
31)ELVIS GOLD RECORDS Vol.4 (1968) Coletânea #
32)SPEEDWAY (1968) Trilha Sonora
33)ELVIS SINGS FLAMING STAR (1968)
34)ELVIS NBC TV SPECIAL (1968) #
35)FROM ELVIS IN MEMPHIS (1969) #
36)FROM MEMPHIS TO VEGAS/FROM VEGAS TO MEMPHIS (1969) #
37)LET'S BE FRIENDS (1970)
38)ON STAGE (1970) Ao Vivo #
39)WORLDWIDE 50 GOLD AWARDS HITS (1970) Coletânea #
40)ELVIS IN PERSON AT INTERNATIONAL HOTEL (1970) Ao Vivo #
41)BACK IN MEMPHIS (1970)
42)ALMOST IN LOVE (1970)
43)THAT'S THE WAY IT IS (1970) Trilha Sonora #
44)ELVIS COUNTRY (1970) #
45)YOU'LL NEVER WALK ALONE (1970) Coletânea #
46)LOVE LETTERS FROM ELVIS (1971)
47)THE OTHER SIDES-WORLDWIDE 50 GOLDEN HITS (1971) Coletânia #
48)C'MOON EVERYBODY (1971) Coletânia
49)I GOT LUCK (1971) Coletânia
50)ELVIS SINGS THE WONDERFULL WORLD OF CHRISTMAS (1971) #
51)ELVIS NOW (1972) #
52)HE TOUCHED ME (1972) LP Gospel #
53)ELVIS SINGS HITS FROM HIS MOVIES (1972) Coletânia
54)ELVIS AS RECORDED LIVE AT MADISON SQUARE GARDEN (1972) #
55)ELVIS SING BURNING LOVE AND HITS FROM MOVIES Vol.2(1972) #
56)SEPARATE WAYS (1972) Coletânia
57)ALOHA FROM HAWAII VIA SATELITE (1973) Ao Vivo #
58)ELVIS (1973)
59)RAISED ON ROCK/FOR OLD TIMES SAKE (1973)
60)A LEGENDARY PERFORMER Vol.1 (1974) Coletânia #
61)GOOD TIMES (1974)
62)ELVIS AS RECORDED LIVE ON STAGE IN MEMPHIS (1974)
63)HAVING FUN WITH ELVIS ON STAGE (1974)
64)PROMISED LAND (1975)
65)PURE GOLD (1975) #
66)ELVIS TODAY (1975)
67)A LEGENDARY PERFORMER Vol.2 (1975) Coletânia #
68)DOUBLE DYNAMITE (1975) Coletânia
69)THE SUN SESSIONS (1976) Coletânia
70)FROM ELVIS PRESLEY BOULEVARD,MEMPHIS,TENNESSEE (1976) #
71)WELCOME TO MY WORLD (1976) Coletânea #
72)MOODY BLUE (1977) #
73)ELVIS IN CONCERT (1977) LP Póstumo #

Todos os Lps Foram Lançados Pela RCA Victor
# LPs Premiados com Disco de ouro e/ou Platina

Lisa Marie Presley - Now What

Infelizmente dessa vez não deu. O segundo CD da filha de Elvis, Lisa Marie Presley, foi um grande fracasso de vendas nos Estados Unidos, com menos de 100 mil cópias vendidas. Lisa Marie tem talento de sobra, mas parece faltar a ela uma assessoria mais presente, evitando por exemplo que ela se exponha demais na mídia. Ao se apresentar mais como celebridade do que como artista, Lisa Marie não consegue se impor e conquistar novos fãs. E olha que ela até se esforçou, fazendo uma turnê universitária, se apresentando em campus de universidades por todos os Estados Unidos.

Parece que passada a curiosidade inicial sobre sua voz e seu modo de cantar, os fãs de Elvis não voltaram às lojas para repetir o sucesso do disco anterior dela. Mesmo assim é de se indicar algumas faixas desse trabalho. Lisa Marie Presley parece demonstrar afinidade com um estilo musical que eu poderia até mesmo denominar de "Country Dark". As letras muitas vezes são pessimistas, com teor sombrio. Ao que tudo indica a filha única do Rei do Rock também tem seus próprios demônios pessoais para superar.  

Lisa Marie Presley - Now What (2005)
 1. I'll Figure It Out;
2. Turbulence;
3. Thanx;
4. Shine (featuring Pink)
5. Dirty Laundry
6. When You Go
7. Idiot
8. High Enough
9. Turn To Black
10. Raven

Pablo Aluísio. 

Lisa Marie Presley - To Whom It May Concern

A questão principal é: a filha de Elvis Presley tem talento? A resposta é sim. Gostei muito de todo o CD, acho que é um trabalho que vai surpreender muita gente. De boba a garota não tem nada, se cercou de gente competente e mandou ver em uma dúzia de canções que surpreendem de tão bem escritas. Não vou comparar com Elvis porque aí é covardia, mas merece uma boa nota pelo álbum, principalmente por ser o primeiro CD dela.

As faixas possuem uma certa melancolia. Não é um trabalho pop como muita gente está acostumada a ouvir por aí. E nesse aspecto a Lisa Marie se sai bem, principalmente por optar em não imitar ninguém, nem seu pai famoso e nem muito menos outras estrelas da pop music. Assim ela escolheu de forma certa seguir por seu próprio caminho. Depois com o tempo a Lisa Marie meio que se decepcionou com sua carreira e após problemas envolvendo drogas deixou a profissão de cantora de lado, o que foi uma pena. Ela deveria ter insistido mais por seguir esse lado de artista. Uma grande perda mesmo ela ter largado tudo cedo demais. Teria sido uma cantora realmente muito boa.

Lisa Marie Presley - To Whom It May Concern (2003)
1.S.O.B.
2.The Road Between
3.Lights Out
4.Better Beware
5.Nobody Noticed It
6.Sinking In
7.Important
8.So Lovely
9.Indifferent
10.Gone
11.To Whom It May Concern
12.Excuse Me
13.Lights Out

Pablo Aluísio.

Frank Sinatra - Sinatra '57 in Concert

Ao contrário de Elvis que lançou muitos discos gravados ao vivo, principalmente na década de 1970, poucos foram os álbuns lançados nesse estilo por Frank Sinatra. O cantor era muito perfeccionista e não se sentia confortável ou confiante para lançar discos gravados ao vivo, uma vez que a qualidade sonora nem sempre ficava muito boa, além das eventuais falhas que sempre ocorriam nesse tipo de apresentação, onde o imprevisto e o erro eram a regra. Assim apenas muito mais tarde na carreira foi que Sinatra sentiu-se seguro o suficiente para autorizar o lançamento de discos gravados em concertos na sua discografia oficial. Por tudo isso esse CD tem um valor e tanto para os fãs do The Voice. Afinal de contas ele traz um concerto de Sinatra gravado em Seatlle no ano de 1957. Ao ouvir a íntegra do show não posso ficar surpreso com a boa qualidade sonora. Certamente passa longe da perfeição pois de certa maneira a maravilhosa orquestra que acompanhava Sinatra ficou um pouco abafada ao fundo, mesmo assim considerei realmente excelente o tratamento que foi realizado nas fitas originais. Não é preciso lembrar que nos anos 1950 a técnica de gravação de shows era muito precária, quase primitiva. Apenas faixas gravadas em estúdios profissionais apresentavam boa qualidade sonora.

Outro aspecto que merece destaque é a própria postura de Sinatra no palco. Não há espaço para maiores improvisos ou brincadeiras. Nesse ponto Sinatra era realmente um profissional admirável. Ele tinha um repertório para interpretar e o fazia com extrema maestria e cuidado técnico. Como eu escrevi, para alguém tão perfeccionista não havia espaço para falhas. No máximo ele se dava o prazer e privilégio de cantar alguma música com uma entonação mais divertida. Em pequenos momentos ele se divertia mais como em "I Get a Kick Out of You", onde acabava perdendo por um momento o fio da meada do acompanhamento de seus músicos. É interessante que esse tipo de show era bem diferente do que ele estava mais acostumado a realizar em Las Vegas. Ao lado do Rat Pack a proposta era bem outra. Quando estava acompanhado de Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford ou Joey Bishop, o cantor com copo de whisky na mão adotava outra postura, outro comportamento, quase como um comediante. A intenção não era apenas cantar bem, mas acima de tudo divertir o público, contando piadinhas e histórias engraçadas. Nem sempre esse tipo de material foi bem apreciado pelos críticos, já que todos queriam mesmo ouvir o talento de Sinatra com a devida perfeição e profissionalismo. Se esse for o seu caso então recomendo esse CD sem receios.

Frank Sinatra - Sinatra '57 in Concert
1. Introduction / You Make Me Feel So Young
2. It Happened in Monterey
3. At Long Last Love
4. I Get a Kick Out of You
5. Just One of Those Things
6. A Foggy Day
7. The Lady Is a Tramp
8. They Can't Take That Away From Me
9. I Won't Dance
10. Sinatra Dialogue
11. When Your Lover Has Gone
12. Violets For Your Furs
13. My Funny Valentine
14. Glad to Be Unhappy
15. One For My Baby
16. The Tender Trap
17. Hey Jealous Lover
18. I've Got You Under My Skin
19. Oh! Look at Me Now

Pablo Aluísio.