Já que não conseguiu falar o que sentia por ela pessoalmente, cara a cara, resolveu desabafar na própria música, que é muito bonita e tem linda melodia. Claro que por se enquadrar em determinados limites comerciais da época "Diana" passa longe de ser revolucionária ou inovadora. É bem na média do que era produzido e gravado naquela virada de década, principalmente por essa geração de bons rapazes modelos com seus ternos impecáveis e sorrisos Colgate. Como Anka não tinha ainda um grande nome dentro da indústria a música foi lançada antes com Don Costa nos vocais em maio de 1957. Paul Anka ficou tão mal em ver sua querida música na voz de outro cantor que se apressou em também gravar sua própria versão que chegou nas lojas americanas apenas dois meses depois do lançamento original. Para sua sorte foi justamente o seu single que caiu no gosto popular, chegando ao incrível number one da parada Billboard em poucos dias, transformando Paul Anka em astro literalmente da noite para o dia. De repente o jovem desconhecido estava se apresentando em programas de rádio, TV e cinema. Quando atingiu a incrível marca de nove milhões de cópias vendidas Paul Anka se convenceu que iria se tornar o novo Elvis Presley, mas para seu azar ele logo perceberia também que era apenas mais um dos "maiores cantores de todos os tempos da última semana", ou seja, artistas que surgiam tão rapidamente quanto sumiam. Os novos tempos acabavam de inventar o astro descartável de plástico.
Pablo Aluísio.