Título no Brasil: Indomável
Título Original: The Spoilers
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ray Enright
Roteiro: Rex Beach, Lawrence Hazard
Elenco: Marlene Dietrich, Randolph Scott, John Wayne, Margaret Lindsay, Harry Carey
Sinopse:
Durante a corrida do ouro no século XIX, dois mineiros e exploradores, Roy Glennister (John Wayne) e Al Dextry (Harry Carey), tentam descobrir uma mina com o valioso metal nas montanhas geladas da região, financiados pela cantora de saloons Cherry Malotte (Marlene Dietrich). Antes porém terão que enfrentar o ganancioso Alexander McNamara (Randolph Scott) que também está de olho em toda aquela riqueza mineral do subsolo. Roteiro baseado na novela escrita por Rex Beach.
Comentários:
O elenco desse western é simplesmente maravilhoso. Imagine ter em um mesmo cast três grandes nomes da história do cinema, a saber: John Wayne, Randolph Scott e Marlene Dietrich. Para fãs de faroeste ter dois grandes mitos do gênero na mesma produção já é algo que o torna completamente obrigatório. É uma pena que Wayne e Scott não tenham trabalhado mais vezes juntos. Além de grandes ícones do estilo, eles se entrosavam muito bem em cena. Talvez o fato de Randolph Scott ter abandonado o cinema no começo da década de 1960 explique a ausência de mais filmes com a dupla. Infelizmente Scott pendurou as esporas cedo demais, já que John Wayne seguiria trabalhando até o fim de sua vida e após a aposentadoria de Scott entraria numa das fases mais importantes de sua carreira, estrelando grandes clássicos do cinema de faroeste. Já Marlene Dietrich repete de certa forma um tipo de papel que seria muito comum e recorrente em sua filmografia, a da cantora e dançarina de cabarés, esbanjando sensualidade e uma personalidade forte e marcante - o que no final das contas a tornavam ainda mais sensual e atraente para os homens. Já que o filme se passa no velho oeste seu cenário se torna um saloon, cheio de pistoleiros, cowboys e toda a fauna típica desse tipo de filme. A produção recebeu uma única indicação ao Oscar, na categoria de melhor direção de arte, mas merecia muito mais, pois é de fato um faroeste acima da média, bem marcante, que hoje em dia frequenta tranquilamente todas as listas dos cem maiores títulos do gênero.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 29 de abril de 2025
segunda-feira, 28 de abril de 2025
Rasputin - O Monge Louco
Christopher Lee interpretando o louco Rasputin?! Ora, meu caro, não precisava falar mais nada para que eu prontamente fosse assistir a esse clássico da Hammer. Você, prezado cinéfilo, aliás pode falar qualquer coisa sobre esse estúdio de cinema inglês, menos que os profissionais que lá trabalhavam não tinham classe. Isso eles tinham de sobra e isso fica claro em cada cena desse filme. Claro que não haveria como contar a história de Rasputin, com tantas nuances históricas, em um filme curto, feito nos anos 60 e que tinha a proposta singela apenas de ser mais uma fita de terror da Hammer. Só que, a despeito disso, o que temos aqui é um filme muito, mas muito bom! Diria até surpreendemente muito acima da média, inclusive do que a Hammer produzia naquela década.
O Rasputin de Lee é um insano, um bruto, que diz curar as pessoas. Usando de técnicas de hipnose ele sai controlando quem cai em sua teia de charlatanismo e misticismo barato! E quando a própria imperatriz da Rússia cai em sua lábia, ele começa a abusar do poder conquistado. Na história real a presença de Rasputin na monarquia representou sua desgraça. No filme, sem tempo para entrar nesses detalhes históricos, o que vemos é um roteiro que consegue até mesmo ser bem respeitoso com a história real.
Não é historicamente preciso em detalhes, afinal essa é uma fita de terror da Hammer, mas mesmo em sua singeleza conseguiu preservar o mais essencial dessa estranha e bizarra figura histórica. E Christopher Lee como Rasputin é um show á parte. Quando interpretava Drácula ele realmente não tinha muito o que dizer. Era apenas um monstro, praticamente mudo! Com Rasputin esse ator teve a oportunidade de declamar com a maior convicção seus diálogos. O Lee realmente era um ator diferenciado e sua presença faz todo o diferencial. Então é isso. Gosta de clássicos do terror da Hammer com pitadas de história? Então não deixe de conhecer esse Rasputin do Christopher Lee.
Rasputin - O Monge Louco (Rasputin: The Mad Monk, Estados Unidos, 1966) Direção: Don Sharp / Roteiro: Anthony Hinds / Elenco: Christopher Lee, Barbara Shelley, Richard Pasco / Sinopse: O filme conta a história, baseada em fatos reais, de um religioso chamado Rasputin que no começo do século XX caiu nas graças da família imperial russa, trazendo discórdia, ódio e desavenças no reinado do Czar Nicolau II.
Pablo Aluísio.
domingo, 27 de abril de 2025
The Witcher: Sereias das Profundezas
Engraçado, mas a verdade é que eu apenas suporto esse personagem do Witcher em animações. Pois é, eu gosto das animações do personagem, mas já tentei e não gostei nem da série original e muito menos dos seus derivados. Acho bem fracos, quase bregas. Só que quando suas histórias são colocadas em animação a coisa toda funciona muito bem. Gente, esse personagem nasceu para virar desenho animado, não tem jeito! Até pela presença de monstros que ele vai lutando ao longo de sua jornada do herói. Um monstrengo desses é mais fácil de engolir numa boa animação de fantasia. É justamente o que acontece por aqui.
Nessa história ele chega numa região para matar monstros marinhos que estão atacando e matando pescadores. Só que o Bruxo logo descobre que tem algo a mais acontecendo. Há um reino de sereias naquelas águas. Mais do que isso, o próprio herdeiro do Reino está apaixonado por uma das sereias. Isso é um problema e tanto para o Rei. Afinal aquele é o herdeiro de seu trono. A história assim se desenvolve. Tem boas cenas com muita ação e fantasia. Quem curte o gênero não tem mesmo nada a reclamar. E há monstros em diversos tipos, com direito a um Kraken (uma espécie de polvo gigante) atacando aquelas velhas naus de madeira do passado. Enfim, pode encarar sem problemas. Está na Netflix e é uma diversão garantida para quem gosta especialmente do gênero Fantasia com monstros e seres mitológicos.
The Witcher: Sereias das Profundezas (The Witcher: Sirens of the Deep, Estados Unidos, Japão, 2025) Direção: Kang Hei Chul / Roteiro: Mike Ostrowski, Rae Benjamin, Andrzej Sapkowski/ Elenco: Doug Cockle, Joey Batey, Anya Chalotra / Sinopse: Um caçador de seres sobrenaturais é contratado para matar um monstro que está matando pescadores e homens que vivem do mar. E ele acaba descobrindo que existe toda uma civilização desenvolvida nas profundezas dos oceanos.
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de abril de 2025
Papa Francisco
Hoje foi sepultado o Papa Francisco. Sempre será lembrado por esse que escreve essas linhas como um bom homem que procurou priorizar os mais pobres, os marginalizados da sociedade. Não por acaso adotou o nome de Francisco, baseado na vida de Francisco de Assis, o santo conhecido em sua época como "o pobrezinho", um homem também de espírito elevado que procurava seguir os ensinamentos de Jesus ao pé da palavra. Ao ler que Jesus havia falado que devíamos abdicar de todos os bens terrenos, ele assim o fez, vivendo uma vida de pobreza e humildade.
Um aspecto interessante do Papado de Francisco é que ele também sempre será lembrado como, muito provavelmente, o mais progressista (entenda-se esquerdista) de todos os Papas que já passaram pelo Vaticano. E isso se deu depois de dois Papas bem conservadores, João Paulo II e Bento XVI. Não é de se admirar que seus posicionamentos tenham criado certa controvérsia entre os conservadores (tanto os verdadeiros como os falsos). Eu nunca pensei assim, sempre o vi como um Humanista, acima de tudo, mas respeito os que pensam de forma diversa.
Penso de modo diferente. Todas as pessoas possuem seu contexto de vida e isso delimita seus posicionamentos políticos e ideológicos na vida. Francisco foi um humanista cristão puro pois viveu os horrores da Ditadura Militar na Argentina. Ao ver seus amigos padres jesuítas sendo mortos pelos militares, não haveria outro posicionamento a se tomar. Claro que ele adotou um modo de pensar mais de acordo com a esquerda, não haveria como pensar diferente, ao viver tamanho brutalidade durante a sanguinária Ditadura Militar em seu país, mas no fundo ele priorizou mesmo o humanismo, não o esquerdismo. Foi acima de tudo uma defesa! Não se poderia compactuar com aqueles assassinos.
Mas deixemos tudo isso de lado. Francisco foi acima de tudo um bom homem. Sim, ele muitas vezes bateu de frente com a visão mais conservadora da Igreja, mas isso também era de esperar. Para uma organização que já tem 2 mil anos de existência há de se supor que ela também seja moldada pelas mudanças dentro da própria sociedade. Não há como parar no tempo, com pensamentos e posições presas na rocha! Na cultura humana isso simplesmente não existe. Há de se ter algum avanço para frente. Francisco tentou esse tipo de posicionamento, embora tenha sofrido com isso uma intensa campanha de difamação, calúnia e destruição de reputação. Nesse aspecto também foi um herdeiro de Pio XII que também foi muito difamado e caluniado, tanto em vida como após sua morte.
Tudo isso agora é história. E de história a Igreja Católica é imbatível. Tradição e história formam os alicerces dessa religião que já passou por tudo, mas ainda está aí. Penso que Francisco, como já frisei, será lembrado como um bom homem e um Papa controvertido. Tudo de acordo com o que ele pensava e pregava. Afinal dizia que devemos romper com certos tipos de mentalidades do passado. Ele estava mais do que certo nesse aspecto. Ao seu modo foi um homem livre e esse será, no meu ponto de vista, seu grande legado como Papa.
Pablo Aluísio.
O Julgamento do Papa Formoso
Quando o Papa Formoso subiu ao trono de Pedro no dia 6 de outubro de 891 o povo de Roma celebrou. Ele era bem visto dentro de um clero católico que era marcado pela corrupção. Naqueles tempos, hoje distantes, o poder de um Papa era maior do que o poder de qualquer rei, imperador ou monarca europeu. De certa forma todos os que tinham ambição de subir ao poder máximo em suas nações precisava da aprovação do Papa em Roma.
E Formoso não era um Papa fácil de convencer nesse sentido. Ele não gostava da família Espoleto que almejava subir ao poder máximo do Sacro Império Romano-Germânico. Por essa razão não deu sua aprovação para tal. Também impediu a subida de pessoas corruptas ao trono do Patriarcado de Constantinopla. Do mesmo modo entrou na sucessão do trono da França, o que lhe rendeu muitos inimigos poderosos. De certa maneira muitos nobres da época queriam a morte de Formoso.
O Pontificado de Formoso foi curto, durou apenas 4 anos. Ele escapou de várias tentativas de envenenamento, mas acabou morrendo de um AVC fulminante, que o matou enquanto ele estava sentado no trono de Pedro, numa audiência pública. Ao falecer tinha 80 anos de idade. Na Idade Média essa era uma expectativa de vida de surpreender, pois a maioria das pessoas morriam por volta dos 40 anos!
Com sua morte todos os seus inimigos finalmente chegaram ao poder. Esses novos reis e imperadores subornaram o corrupto Papa Estêvão VI para que julgasse o Papa Formoso, com o objetivo de destruir sua reputação, ainda que ele estivesse morto. O que se deu depois foi um julgamento completamente bizarro!
O corpo em decomposição do Papa Formoso foi retirado de sua tumba e levado para uma sala de julgamentos no Vaticano. Colocaram seu corpo ali e começaram uma série de acusações contra o falecido. O corrupto Papa Estêvão VI apontava o dedo para o corpo de Formoso, dizendo que ele era herege e filho de Lúcifer. Depois tiraram as vestes papais do Papa morto e o condenaram. A sentença dizia que seus restos mortais deveriam ser jogados no Rio Tibre! E assim fizeram. Quando o povo de Roma soube de tudo houve um choque coletivo. Mesmo na Idade Média aquilo era demais! Uma coisa horrenda que revelava o lado corrupto e perverso do novo Papa.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de abril de 2025
O Brutalista
Esse filme conta a história do arquiteto László Toth. Judeu, conseguiu sobreviver ao campo de concentração nazista para onde foi enviado. Em liberdade, decidiu ir embora para os Estados Unidos. Conseguiu um pequeno trabalho na loja de móveis de um amigo, mas a verdade é que sua realidade era bem dura nesses primeiros tempos, chegando a trabalhar como peão comum em obras de construção civil para sobreviver. Sua sorte mudou quando foi contratado pelos filhos de um milionário para melhorar a biblioteca de sua mansão. Com o tempo esse mesmo magnata chamado Harrison Lee Van Buren o contrataria para a obra de sua vida, uma grande construção feita inicialmente para a comunidade, mas que com o tempo ganhou ares de revolução na arquitetura moderna. O interessante é que depois ficamos sabendo que essa obra teria se inspirada na crueza e na brutalidade dos próprios campos de concentração. Então a denominação de brutalismo para esse tipo de arquitetura estava mais do que adequada. Sua grande genialidade foi tornar suas tristes e amargas lembranças em uma obra-prima! Transformar o pesadelo do passado em algo bom, bonito, para deleite das pessoas.
Em linhas gerais esse é um bom filme. Para o ator Adrien Brody significou o Oscar de melhor ator. Um prêmio que teve sua dose de controvérsia. Isso porque descobriu-se depois que a Inteligência Artificial havia sido utilizada para melhorar seu sotaque estrangeiro! Pois é, nem tudo o que você ouvirá nesse filme veio diretamente da boca do ator, mas de uma máquina! A que ponto chegamos! De qualquer maneira não vou aqui desmerecer seu trabalho de atuação. Ele se entrega mesmo ao papel, principalmente nas cenas mais complicadas, como o abuso de drogas por parte do protagonista. Foi uma vida sofrida, mas que gerou bons e belos frutos. Esse tipo de história merece mesmo ser contada pelo cinema.
O Brutalista (The Brutalist, Estados Unidos, 2024) Direção: Brady Corbet / Roteiro: Brady Corbet, Mona Fastvold / Elenco: Adrien Brody, Felicity Jones, Guy Pearce / Sinopse: O filme conta a história real de um arquiteto judeu que imigra para os Estados Unidos após sobreviver a um campo de concentração nazista. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor música, melhor direção de fotografia (Lol Crawley) e melhor ator (Adrien Brody).
Pablo Aluísio.
Stuart Sutcliffe: O Beatle que Foi Esquecido
Documentário sobre esse Beatle que não chegou a ver o grande sucesso da banda. Ele morreu muito jovem, com apenas 21 anos de idade! Era grande amigo de John Lennon e apesar de não saber tocar direito foi colocado no grupo. Ele nunca saberia, por exemplo, que aquele pequeno grupo de amigos ingleses que tocavam covers de rocks americanos em boates de quinta categoria em Hamburgo na Alemanha, se tornaria a maior banda de rock da história! Olhando para o passado foi algo bem trágico. Ele tinha toda uma vida pela frente, queria ser pintor, estava ao lado de uma garota alemã, a Astrid, que ele considerava o amor de sua vida. Assim morrer tão precocemente, realmente é uma história muito triste.
O que mais vale a pena nesse documentário, além de relembrar o próprio Stu, é o fato de que a história é contada por quem a viveu, em especial a própria Astrid. Essa mesmo história já foi contada pelo cinema no ótimo filme "Os Cinco Rapazes de Liverpool", mas aqui vemos as pessoas reais, relembrando os eventos reais. Não se trata de um roteiro para cinema. E nele ficamos sabendo que Stu morreu de uma hemorragia cerebral, causada por uma forte pancada. Lennon meio que se culpava de sua morte, pois houve mesmo um ato de violência entre os dois. Teria sido essa a causa de sua morte? Nunca saberemos ao certo, pois a verdade foi para o túmulo com quem a viveu! De qualquer forma podemos ver muitos paralelos entre ele e um de seus grandes ídolos, James Dean. Ele não apenas se parecia com Dean, mas de certa maneira viveu também uma tragédia pessoal muito semelhante. É a tal máxima de viver muito intensamente, de maneira rápida, para morrer jovem! Ele foi o James Dean da história dos Beatles e de quebra deixou sua voz imortalizada numa interessante versão em que cantava Love Me Tender do Elvis. Mais anos 50 do que isso, impossível!
Stuart Sutcliffe: O Beatle que Foi Esquecido (Stuart Sutcliffe: The Lost Beatle, Inglaterra, 2005) Direção: Steve Cole / Roteiro: Steve Cole / Elenco: Stuart Sutcliffe, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison (em imagens de arquivo), Astrid Kirchherr,Tony Sheridan, Klaus Voormann / Sinopse: Documentário que resgata a figura do primeiro baixista dos Beatles, morto precocemente.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 24 de abril de 2025
Redes do Crime
Esse filme me lembrou muito de "Os Bons Companheiros" de Martin Scorsese. A história é muito parecida e curiosamente são dois filmes baseados em fatos reais. Na trama temos dois amigos. Eles foram criados em um bairro dominado pela Máfia de Boston. E ainda jovens eles passam a ser protegidos por um Capo da Cosa Nostra. Só que os anos passam e eles continuam sem oportunidades de crescer dentro da hierarquia do crime. Estão sempre fazendo os "serviços" sem importância. Coisa de gente mixuruca. Então decidem agir por contra própria, algo que sempre foi proibido pelas regras do crime organizado.
De forma insensata e mal planejada eles decidem roubar um daqueles carros fortes que transportam dinheiro entre agências bancárias. Isso tudo realizado em plena luz do dia. Algo que vai causar muitos problemas para a dupla, e não apenas em relação aos policiais, mas aos mafiosos também que não deram ordens para que aquele tipo de crime fosse executado por alguma das famílias mafiosas da cidade. O tempo, obviamente fecha para eles. Gostei bastante desse filme. Apesar de ser bem mais modesto do que "Os Bons Companheiros", é um filme bem realizado com roteiro muito bom. É um retrato bem realista da entrada de jovens criminosos nesse tipo de organização criminosa.
Redes do Crime (What Doesn't Kill You, Estados Unidos, 2008) Direção: Brian Goodman / Roteiro: Brian Goodman, Paul T. Murray, Donnie Wahlberg / Elenco: Ethan Hawke, Mark Ruffalo, Brian Goodman / Sinopse: Dois amigos, que cometem pequenos crimes há muitos anos, decidem realizar o roubo de um carro forte em plena luz do dia, em Boston. O crime, ousado e mal planejado, vai acabar colocando os dois em muitos problemas.
Pablo Aluísio.
Seals: Operação Resgate
Nos tempos em que ainda havia a venda de mídia física se dizia que esse era o tipo de produção que era feita para venda direta ao consumidor, em DVD. Como hoje em dia isso praticamente acabou, essas empresas de produção de filmes B lançam esses filmes diretamente no mercado de streaming. Pois é, temos aqui um filme tipicamente B, para consumo rápido. O roteiro não traz nada de novo, apenas mais uma variação do velho tema do "Exército de um homem só". Um neto do Rambo! No enredo temos um soldado americano das tropas de elite, Seals. Ele é o único sobrevivente da queda de um helicóptero de seu grupo, que agora se vê cercado por todos os lados por membros do Talibã.
A luta pela sobrevivência nessa montanha do Afeganistão se torna mais complicada depois que ele encontra uma garotinha americana, a única sobrevivente de um massacre de missionários. Assim o soldado agora precisa não apenas sobreviver ao Talibã, como também proteger aquela menininha. Na sua perseguição os Talibãs querem sangue e vingança contra os que fizeram tanto mal ao seu país. Então o filme é basicamente isso. Embora tenha aquelas cenas todas de mortes em massa (do inimigo, claro), o filme tem também suas pausas, afinal há uma criança no meio do tiroteio. Pena que o ator Johnny Strong que interpreta o soldado, seja tão brucutu que não consiga transmitir sequer uma emoção real que seja em sua "interpretação". Se bem que, pensando bem, o público que curte esse tipo de filme também não vai reclamar muito de seus poucos dotes dramáticos.
Seals: Operação Resgate (Warhorse One, Estados Unidos, 2023) Direção: William Kaufman, Johnny Strong / Roteiro: Johnny Strong, William Kaufman / Elenco: Johnny Strong, Athena Durner, Raj Kala / Sinopse: Durante a Guerra do Afeganistão um soldado da tropa de elite da Marinha americana (Seals) tenta sobreviver após seu helicóptero ser abatido por forças inimigas. E ele também vai ter que proteger uma criança que encontra pelo meio do caminho.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de abril de 2025
O Último Capítulo
Título Original: I Am the Pretty Thing That Lives in the House
Ano de Lançamento: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Osgood Perkins
Roteiro: Osgood Perkins
Elenco: Ruth Wilson, Paula Prentiss, Bob Balaban
Sinopse:
Uma jovem enfermeira e cuidadora é contratada para viver ao lado de uma idosa que sofre de demência (Doença de Alzheimer). No passado essa senhora foi uma escritora de sucesso de livros de terror. Agora, sozinha e tendo ataques de delírio, ela parece tentar se comunicar com uma antiga personagem de seus contos. E para surpresa da cuidadora essa estranha presença também se manifesta a ela, pelas sombras da madrugada, naquela casa sinistra.
Comentários:
Essa película é o que eu chamaria de um bom filme de terror psicológico. É a tal coisa, quanto mais intimista, quanto mais sutil um filme de terror, melhor ele será. Não tem jeito. O próprio Alfred Hitchcock sempre dizia que um bom suspense é construído através de climas e sugestões. Nada de escancarar ou partir para o sensacionalismo. É justamente o que vemos nesse filme que tem um roteiro que fez todas as escolhas certas. Antecipo que é um filme de fantasmas, então se você curte esse tipo de história, assista sem maiores receios. Também deixo claro que é tudo desenvolvido no seu próprio tempo. A trama vai se desvendando aos pouquinhos, sem pressa. Por isso cinéfilos apressadinhos demais podem ficar impacientes. Entre no clima do filme e aproveite todas as revelações. Espere e respeite o tempo do roteiro. Eu sinceramente matei muitas das charadas, mas cada um é cada um. Quem sabe o desenrolar dos acontecimentos não vai lhe causar grandes surpresas! Enfim, não deixe de ver.
Pablo Aluísio.
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