quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Back to Black

Título no Brasil: Back to Black
Título Original: Back to Black
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: StudioCanal UK
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Matt Greenhalgh
Elenco: Marisa Abela, Eddie Marsan, Jack O'Connell

Sinopse:
O filme conta a história da cantora Amy Winehouse, desde seus primeiros passos em sua carreira, quando era apenas uma cantora desconhecida em Londres, passando por seus momentos de sucesso mundial, chegando até seu trágico e precoce fim, quando morreu com apenas 27 anos de idade. 

Comentários:
Não me entenda mal, o filme é bom, mas preciso fazer algumas ressalvas. A personagem Amy Winehouse que surge nesse filme é apenas uma versão muito suavizada e romanceada da verdadeira Amy Winehouse. A cantora real era muito talentosa, disso ninguém tem dúvidas, mas era igualmente muito bagaceira. Ela se envolveu com um cara errado e junto a ele afundou no mundo das drogas pesadas. Ela era vista usando crack nas ruas mais conhecidas de viciados em Londres. De pés descalços, andando pelas ruas totalmente drogada, parecia mais um zumbi. Infelizmente as drogas transformaram ela numa mulher de sarjeta mesmo, sem exagerar em nada. Amy ficou desdentada, suja, maltrapilha, mal cheirosa, tomando drogas pelas ruas, um verdadeiro horror! No filme tudo isso é jogado para debaixo do tapete. Igualmente não é mostrado quase nada de suas apresentações desastrosas, onde caindo de drogada, mal conseguia cantar um verso no microfone. No Youtube você assiste a milhares de registros desse tipo feito por pessoas da plateia. Então é isso. O que temos aqui é até um bom filme, mas uma versão muito adocicada, suavizada e romanceada da história real. A Amy desse filme é um doce de pessoa, praticamente uma patricinha. Assim não dá para levar à sério! 

Pablo Aluísio.

Meu Sangue Ferve por Você

Título no Brasil: Meu Sangue Ferve por Você
Título Original: Meu Sangue Ferve por Você
Ano de Lançamento: 2023
País: Brasil
Estúdio: Mar Filmes
Direção: Paulo Machline
Roteiro: Roberto Vitorino, Homero Olivetto
Elenco: Filipe Bragança, Giovana Cordeiro, Sidney Magal 

Sinopse:
No final da década de 1970 o cantor popular Sidney Magal viaja até Salvador para realizar shows e se apresentar na TV local para um concurso de beleza. Até que conhece uma jovem baiana chamada Magali e se apaixona por ela. Mas não vai ser fácil conquistar seu coração. 

Comentários
O cinema americano vive uma moda de cinebiografias de músicos e cantores, cantoras e astros da música em geral. Era de se esperar que essa onda viesse também ao Brasil. Vários nomes da música popular brasileira já viraram filme e agora chegou a vez do Sidney Magal. Embora eu nunca tenha comprado discos dele e nem acompanhado sua carreira, obviamente já conhecia seus maiores sucessos. O filme é simpático e não se trata de uma cinebiografia, que mostre tudo que aconteceu em sua longa carreira, mas sim de um recorte de um momento de sua vida quando conheceu a mulher que iria se tornar sua esposa até os dias de hoje. O Magal era um tipo de artista popular que trazia para suas apresentações muitas poses e cenografias, várias delas da cultura cigana. Penso que os fãs de sua música vão gostar do filme e se divertir com ele. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Jane Eyre

Título no Brasil: Jane Eyre - Encontro com o Amor
Título Original: Jane Eyre 
Ano de Lançamento: 1996
País: Reino Unido, Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Franco Zeffirelli
Roteiro: Charlotte Brontë, Hugh Whitemore
Elenco: William Hurt, Charlotte Gainsbourg, Anna Paquin, Geraldine Chaplin, Joséphine Serre, Nic Knight

Sinopse:
Jane Eyre, uma jovem órfã, é criada vivenciando a dura realidade de uma mulher pobre que precisa vencer na vida através de seus próprios esforços pessoais. Ela se torna professora e é contratada como empregada em Thornfield Hall, uma bela mansão administrada pela governanta Sra. Fairfax. A trama gira em torno de suas experiências nessa nova fase de sua vida.

Comentários:
Mais uma adaptação desse famoso romance. Muitas pessoas se perguntam por que existem tantas versões para o cinema desse livro. Bom, é até fácil responder a essa questão. Esse romance clássico é item de leitura obrigatório para jovens estudantes do ensino médio nos Estados Unidos e Reino Unido. Então os produtores sabem que sempre haverá mercado para mais uma adaptação, até porque muitos alunos preferem assistir a um filme do que encarar as centenas de páginas de um longo romance. Efeitos dessa nova era em que as pessoas já deixaram os livros um tanto de lado em suas vidas. De uma maneira ou outra, é inegável que essa adaptação ficou muito bem produzida, contando com um elenco muito bem escolhido, diria até acima da média. Charlotte Gainsbourg interpreta a protagonista. Sempre achei essa atriz muito talentosa e nunca vi uma atuação sua que pudesse ser qualificada como medíocre. William Hurt como Rochester é outro ponto alto do filme. Por fim ainda temos uma bela Anna Paquin interpretando a jovem Eyre. Somando todos os talentos envolvidos não poderia dar em outra coisa. É realmente uma versão muito boa desse romance. 

Pablo Aluísio.

O Sedutor

Título no Brasil: O Sedutor
Título Original: The Leading Man
Ano de Lançamento: 1996
País: Reino Unido
Estúdio: BMG Independents
Direção: John Duigan
Roteiro: Virginia Duigan
Elenco: Jon Bon Jovi, Anna Galiena, Thandie Newton, Lambert Wilson, Linda McPherson

Sinopse:
Um dramaturgo de sucesso se apaixona por sua nova atriz Hilary (Thandie Newton) e, na tentativa de deixar sua esposa Elena (Anna Galiena) sem incidentes, recruta um belo ator de Hollywood (Jon Bon Jovi) para seduzi-la.

Comentários:
Filme romântico britânico com leves pitadas de suspense, que tinha como maior atrativo a presença do popstar Jon Bon Jovi, na época curtindo o auge do sucesso musical, fazendo desfiles, aparecendo em capas de revistas, aquele frenesi todo que ocorre quando se está surfando a crista da onda, do sucesso. E como tantos nomes da música do passado ele também tentou uma carreira de ator no cinema. Bom, conhecemos muito bem essa história e ela nem sempre termina bem para esses astros do mundo musical. De qualquer forma esse é um filme inofensivo e dentro de seus modestos recursos até que agrada. É um daqueles filmes até agradáveis de assistir, com um elenco todo bonito, de gente que parece estar muito bem com sua própria vida, isso apesar das traições amorosas, etc. Tudo fazendo parte do jogo. Enfim, um filme especialmente indicado para o público feminino que já foi um dia fã do Bon Jovi. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Consciências Mortas

Título no Brasil: Consciências Mortas
Título Original: The Ox-Bow Incident
Ano de Lançamento: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Lamar Trotti, Walter Van Tilburg Clark
Elenco: Henry Fonda, Anthony Quinn, Dana Andrews

Sinopse:
Um rancheiro é supostamente assassinado por três homens nas proximidades de uma pequena cidade do velho oeste. Alarmados pela notícia os moradores formam um grupo de justiceiros que vão até as colinas próximas para encontrar e enforcar os criminosos, ou pelo menos, aquelas pessoas que eles acreditam ser os culpados. E toda essa ira e violência sem freios logo se transforma numa grande tragédia. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme. 

Comentários:
Você não precisa ser formado em Direito. Em algum momento de sua vida você deve ter ouvido a frase "Todos são inocentes até que se prove o contrário". Essa é a base do princípio da presunção da inocência, um dos pilares de um verdadeiro Estado Democrático de Direito. Esse filme, que tem um excelente roteiro, mostra com sua história a importância desse pilar da ciência jurídica. Não foi algo que alguém inventou, mas sim uma construção histórica e social, baseada nas experiências da vida! Não adianta fazer justiça com as próprias mãos, não adianta eleger a violência como solução para a criminalidade dentro de uma sociedade. E jamais se deve deixar nas mãos de um grupo de imbecis a realização da justiça. O que vemos acontecer nesse filme é a tragédia que surge quando esses princípios jurídicos são deixados de lado por um grupo que se auto intitula dono da verdade, do bem e da honestidade. Sempre desconfie de pessoas assim! Já conhecemos bem como termina uma história dessas. E a vemos se repetir, lamentavelmente, nos dias atuais. Pelo visto essas pessoas brutalizadas e ignorantes nunca vão mesmo aprender com as lições que a História nos deixou. 

Pablo Aluísio.

A Grande Jornada

Título no Brasil: A Grande Jornada
Título Original: The Big Trail
Ano de Produção: 1930
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Film Corporation
Direção: Raoul Walsh, Louis R. Loeffler
Roteiro: Hal G. Evarts
Elenco: John Wayne, Marguerite Churchill, El Brendel

Sinopse:
Breck Coleman (John Wayne) é um cowboy que tem uma complicada tarefa a realizar. Ele precisa liderar uma caravana de pioneiros em direção ao oeste selvagem. No caminho enfrentará todos os tipos de adversidades, como ataques de índios selvagens, desertos, tempestades e rios caudalosos. Além disso precisa encontrar um assassino entre os viajantes, um criminoso que matou covardemente um caçador de peles.

Comentários:
Sempre considerei esse o primeiro filme de John Wayne de fato. Claro que cronologicamente não foi, ele participou de vários antes, mas no geral eram participações quase inexistentes, onde seu nome sequer era mencionado nos créditos e seus "personagens", se podemos chamar assim, sequer tinham nomes. No geral ele era apenas o cara fortão que se envolvia em alguma briga ou o membro de alguma quadrilha do mal, trocando tiros com o mocinho. Em "The Big Trail", por outro lado, já temos nos créditos o nome de John Wayne que aqui interpreta Breck Coleman! Não vá porém esperando por algo que lembre em muita coisa o Wayne que os fãs aprenderam a gostar ao longo das décadas seguintes. Tudo é muito simples em "A Grande Jornada", fruto de uma época em que o cinema ainda engatinhava. Mesmo assim ver o grande Wayne em seu figurino de Daniel Boone é sempre algo muito gratificante, principalmente para os fãs da sétima arte. Um pouco de história dessa arte que tanto cativa os espectadores até nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

A Morte de Alain Delon

A Morte de Alain Delon
Morreu nesse fim de semana o ator Alain Delon. Ele foi certamente o astro mais popular do cinema francês. E sua fama também veio ao Brasil. Seu nome virou sinônimo de beleza masculina em nosso país, tanto que virou até mesmo quase um adjetivo. Quando alguém queria falar que outra pessoa era bonita o chamava de Alain Delon. E quando se queria satirizar a feiura de um homem também se dizia ironicamente que ele era praticamente um Alain Delon! Brincadeiras à parte, o fato é que ele realmente teve uma carreira cheia de glórias!

E ao contrário do que muitos possam pensar ele não fez apenas filmes baseados em sua beleza, muito pelo contrário, Alain Delon atuou em filmes extremamente relevantes para a história do cinema. Alguns desses filmes são considerados verdadeiras obra-primas da sétima arte. 

Nessa categoria de grandes filmes podemos citar, por exemplo, o clássico "O Sol por Testemunha" do cineasta René Clément. Um filme que não foi apenas um grande sucesso comercial, mas também uma obra que ganhou todos os elogios da crítica internacional. Logo em seguida fez aquele que talvez tenha sido seu filme mais aclamado. Estou me referindo ao notório "Rocco e Seus Irmãos" de Luchino Visconti. Esse filme sozinho teria colocado o nome do ator para sempre na história do cinema mundial. 

Alain Delon teve uma vida longa e produtiva. Sua filmografia contou com quase 110 títulos, demonstrando que o ator nunca parou, estava sempre atuando e filmando. Infelizmente o ser humano tem seus limites. Com a chegada da idade também veio vários problemas graves de saúde. O ator sofreu bastante em seus últimos anos de vida, a ponto de pensar em cometer um suicídio assistido, algo que dominou o noticiário sobre ele nesses últimos meses de vida. De qualquer forma o homem e o profissional cumpriram o seu destino. Alain Delon sempre será lembrado e não apenas por sua beleza, mas também pelos ótimos filmes em que atuou com muito charme e elegância. 

Pablo Aluísio. 

Uma Mulher Original

Título no Brasil: Uma Mulher Original
Título Original: Susan and God
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Cukor
Roteiro: Anita Loos, Rachel Crothers
Elenco: Joan Crawford, Fredric March, Rita Hayworth, Ruth Hussey, John Carroll, Nigel Bruce

Sinopse:
Susan Trexel (Joan Crawford) é uma socialite rica, que enquanto passa férias na Europa acaba experimentando uma transformação religiosa em sua vida. Em seu retorno aos Estados Unidos, Susan assume a tarefa de espalhar sua nova experiência religiosa para seus amigos mais próximos, mas acaba enlouquecendo todos eles com suas manias. Enquanto isso, seu marido Barrie e a filha Blossom anseiam por uma vida familiar mais estável e normal, o que daqui para frente não será tão fácil.

Comentários:
Uma produção de complicada definição. Embora seja classificado como um drama também tem vários toques de comédia de costumes em toda a estória. O elenco de apoio é muito bom, com destaque para uma jovenzinha atriz chamada Rita Hayworth! Ela está muito charmosa e bonita, com um longo vestido preto, dançando e cantando durante uma festa grã-fina. Por falar em ricos, o enredo se passa no meio deles, com figurinos elegantes, passeios a cavalo e muito glamour. O roteiro também explora os problemas do alcoolismo. Com tantos ingredientes em um só filme, não é de se admirar que tenha sido tão elogiado em seu lançamento. A diva absoluta Joan Crawford tinha esperanças de ser indicada ao Oscar por esse trabalho, principalmente por estar ao lado em cena, pela primeira vez, com o ator Fredric March. Fato amplamente divulgado e explorado pelo próprio estúdio na promoção do filme, mas não conseguiu a indicação, fato que a deixou furiosa! Em suma, belo trabalho do genial George Cukor, um dos mais elegantes cineastas que já passaram por Hollywood.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de agosto de 2024

Goodfather of Harlem

Título no Brasil: Goodfather of Harlem
Título Original: Goodfather of Harlem
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC Signature
Direção: Joe Chappelle, Guillermo Navarro
Roteiro: Chris Brancato, Paul Eckstein
Elenco: Forest Whitaker, Vincent D'Onofrio, Nigel Thatch

Sinopse:
Nos anos 60 um criminoso chamado Bumpy Johnson (Forest Whitaker) forma um quadrilha de mafiosos formada apenas por homens negros do Harlem. Seu maior objetivo é retirar a influência da máfia italiana de seu bairro, dominando assim o controle do tráfico de drogas da região. Série parcialmente baseada em fatos reais. 

Comentários:
Essa é a primeira temporada dessa série e certamente é a melhor que assisti até agora. Esse personagem do Bumpy Johnson interpretado pelo sempre ótimo Forest Whitaker realmente existiu, mas essa série não deve ser levada como um retrato tão próximo da realidade dos fatos do passado. Tem muita coisa que é a mais pura ficção e isso não é um problema. A série é muito boa justamente por isso, por ter uma ótima linha narrativa e dramática. O verdadeiro Bumpy Johnson era um criminoso bem mais modesto do que vemos nessa série. Na realidade era praticamente um líder de gangue, nada parecido com o homem rico e poderoso que vemos nesses episódios. Ele certamente não desafiava o controle dos mafiosos italianos no bairro do Harlem. Não tinha meios, nem poder e nem dinheiro para tanto. Assim esse personagem que vemos na série é mais ficcional do que qualquer outra coisa. De qualquer maneira não deixe de assistir. Nesse nicho de séries e filmes sobre criminosos e mafiosos certamente é uma das melhores coisas já produzidas nos últimos anos. 

Pablo Aluísio.

Nova Iorque Contra John Gotti

Título no Brasil: Nova Iorque Contra John Gotti 
Título Original: Get Gotti
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Sebastian Smith
Roteiro: Sebastian Smith
Elenco: John Gotti, George Gabriel, Fred Rayano

Sinopse:
A história do mafioso John Gotti, um sujeito violento e criminoso que subiu dentro da hierarquia da cosa nostra após assassinar um dos líderes de uma das maiores famílias mafiosas de Nova Iorque. Depois desse crime o departamento de justiça de nova Iorque iniciou uma frente ampla para colocar Gotti atrás das grades. 

Comentários:
John Gotti foi o último grande chefão da máfia italiana em Nova Iorque. Ele era um sujeito vaidoso, adorava os holofotes da imprensa e não escondia de ninguém que comandava um dos maiores grupos criminosos de Nova Iorque. Era o todo poderoso chefão da família de mafiosos Gambino. Inicialmente nada parecia colar nele, nenhuma acusação. Era sempre inocentado de seus crimes. A imprensa o chamava de Don Teflon por essa razão. Então o FBI e o departamento de justiça se uniram para promover uma ampla campanha de coleta de provas, tentando pegar a tão aguardada prova que iria colocar esse chefão do crime organizado atrás das grades de uma vez por todas. O maior erro de Gotti foi mesmo tentar ser uma celebridade. O segredo dos grandes chefões do passado era mesmo a discrição. Mas Gotti queria ser capa de revistas e jornais. Acabou morrendo na prisão por ser tão vaidoso e egocêntrico. 

Pablo Aluísio.