segunda-feira, 22 de julho de 2024

O Ataúde do Morto-Vivo

Título no Brasil: O Ataúde do Morto-Vivo
Título Original: The Oblong Box
Ano de Lançamento: 1969
País: Reino Unido
Estúdio: American International Pictures (AIP)
Direção: Gordon Hessler
Roteiro: Lawrence Huntington, Christopher Wicking
Elenco: Vincent Price, Christopher Lee, Alister Williamson, Rupert Davies, Sally Geeson, Uta Levka

Sinopse:
Dois nobres ingleses são atacadas na África, durante um culto de vodu. Um deles fica com o rosto desfigurado. De volta à Inglaterra o irmão que agora não pode mais mostrar sua face em público, decide se vingar de todos os responsáveis por sua situação crítica. Usando um capuz vermelho, nas sombras da noite, ele passa a atacar e matar todos os que considera seus inimigos. 

Comentários:
Esse filme reúne dois dos maiores atores clássicos do terror, Vincent Price e Christopher Lee. Além disso o roteiro é baseado na obra de Edgar Allan Poe. Esses requisitos já o tornam essencial para fãs do gênero. E sem dúvida é um filme com muitos méritos cinematográficos. Gostei muito da direção de arte. É tudo muito bem refinado e requintado. Vincent Price foi um ator subestimado. Ele não era lembrado em premiações e prêmios porque fazia filmes de terror. Puro preconceito! Só que não se engane, era um ótimo profissional da arte de atuar. Seu nobre personagem dessa história tinha muito a ver com ele na vida real. Era um homem culto e fino, colecionador de obras de arte. Outro ponto positivo é que essa história foge completamente dos padrões. Esse Morto-vivo citado no título nacional nada tem a ver com os monstros de Romero. É outra coisa, baseada em vodu. Assim se ainda não conhece, assista a esse clássico do terror dos anos 60. Na pior das hipóteses você vai achar esse filme interessante e sui generis. 

Pablo Aluísio.

Nasceste Para Mim

Título no Brasil: Nasceste Para Mim
Título Original: You Were Meant for Me
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lloyd Bacon
Roteiro: Elick Moll, Valentine Davies
Elenco: Jeanne Crain, Dan Dailey, Oscar Levant, Marilyn Monroe

Sinopse:
Chuck Arnold é um músico e líder de banda que acaba se apaixonando por Peggy, uma garota de sua cidade natal que acaba conhecendo durante um baile. Poucas semanas depois acaba se casando com ela. A vida de músico, sempre viajando para outras cidades, passando longas temporadas fora de casa, porém acaba prejudicando seu relacionamento com a esposa e as coisas pioram ainda mais quando sua banda começa a realmente fazer sucesso.

Comentários:
Mais um filme do comecinho da carreira de Marilyn Monroe. Aqui ela não teve tanta sorte como nos demais filmes pois sua participação acabou no chão da sala de edição pois o diretor cortou justamente a cena em que ela tinha maior presença - muito embora tenhamos consciência que suas duas linhas de diálogo eram pouco mais do que uma figuração comum. Mesmo assim ela ainda pode ser visualizada rapidamente numa cena gravada durante uma animada festa, na pista de dança. Ela, acredite, está na pista de dança lotada que foi captada pelo filme. Anos depois a própria Marilyn comentou o começo duro de sua carreira ao falar ironicamente sobre sua ofuscada participação nesse filme: "Que papel foi aquele?!". Papel é forma de dizer pois no fundo ela não passa de uma figurante anônima. É uma pena pois o filme, cujo enredo se passa inteiramente na década de 1920, poderia dar a chance para Marilyn pelo menos surgir na tela muito bonita, com aquele figurino do passado. De uma forma ou outra vale a pena ver o filme para tentar achar Marilyn em seus poucos segundos de fama.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de julho de 2024

Marlon Brando - Hollywood Boulevard - Parte 32

Cem Anos de Marlon Brando
Agora em 2024 o cinema celebra os 100 anos de nascimento do ator Marlon Brando. Muito se falou sobre ele nessa data, mas muitos textos e matérias esqueceram de um aspecto bem relevante de sua carreira que não tem a ver com O Poderoso Chefão e outros grandes filmes que ele fez na década de 1970, mas sim de sua influência na cultura jovem quando surgiu nos cinemas pela primeira vez, ainda nos anos 1950.

Na década de 1950 houve uma revolução cultural nos Estados Unidos. Nessa fase surgiu a cultura jovem tal como conhecemos hoje em dia. Durante toda a história não havia muito espaço para os jovens. Ou se era criança ou se era adulto. Os jovens não tinham vez. Até que no período do pós guerra houve uma mudança significativa. Os jovens tinham seus próprios gostos musicais, assistiam aos filmes que eram produzidos para eles, as roupas não eram as mesmas dos adultos, tampouco seus cabelos. Os jovens tinham agora identidade própria. 

James Dean e Elvis Presley foram ícones nesse momento histórico. Mas a verdade é que antes deles já existia Marlon Brando. Ele foi o primeiro rebelde e o primeiro grande ídolo da juventude americana. Fazendo filmes como "O Selvagem" e tantos outros clássicos do cinema. esse jovem ator realmente revolucionou não apenas o cinema, mas também os costumes e o modo de agir, influenciando milhares de jovens ao redor do mundo. 

Brando era considerado realmente um tipo selvagem, que não fazia concessões. Ele  odiava dar entrevistas e fazia pouco daqueles que queriam levar tudo à sério demais. Suas respostas completamente fora dos padrões nas entrevistas, deixavam os produtores e executivos dos grandes estúdios de cinema completamente enfurecidos. Só que era justamente esse comportamento fora da rota que fazia com que milhões de jovens adorassem Brando. Ele foi dessa forma o primeiro rebelde, muitos anos antes de Dean e de Presley. 

Só que ao contrário de outros ícones culturais, Brando teve uma vida longa, atravessando várias décadas. Hoje em dia as pessoas que gostam de cinema o lembram basicamente como o ator que interpretou o chefe da máfia Corleone no clássico "O Poderoso Chefão". Tudo bem, esse foi outro grande momento de sua carreira. Só que antes de Corleone houve o Jovem Brando que trabalhou com Kazan e Tennessee Williams, que fez filmes marcantes, principalmente nos anos 50. O jovem motoqueiro que colocava o Meio Oeste e sua sociedade conservadora em polvorosa. O autêntico rebelde selvagem.

Nesse ano em que se celebra 100 anos de seu nascimento, o fato é que Marlon Brando segue sendo mais atual do que nunca. Além disso é aquele tipo de ator que não deixou herdeiros. Um grande nome da história do cinema mundial!

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de julho de 2024

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 5

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 5
Então chegamos no texto final sobre esse álbum dos Beatles. Inclusive é bom salientar que esse disco está completando 60 anos de seu lançamento justamente nessa semana! Como o tempo voa, não é mesmo? E se você gosta de John Lennon eu sempre gosto de dizer que esse é o seu disco dos Beatles. Certamente foi o título em que John mais se empenhou, onde a maioria das músicas foram compostas por ele, com pequenas pinceladas de Paul McCartney. O disco é o mais autoral de John Lennon nessa primeira fase dos Beatles. 

E isso fica bem claro na faixa "When I Get Home", uma canção em que John Lennon fez praticamente tudo, a letra, a melodia, os arranjos e o vocal principal. Reza a lenda que John a compôs quase como um pedido de desculpas para sua primeira esposa pois vivia tanto tempo na estrada, fazendo shows com os Beatles, que praticamente não ficava mais em casa. Mal a via, nem seu filho Julian. Parece que John se sentiu culpado por ser um pai e um marido ausente. Então usou esses versos para se desculpar. 

O álbum termina com a faixa "I'll Be Back". Uma pena que não tenha feito parte do lote de músicas que foram usadas no filme pois é muito boa. Acontece que apenas as músicas do Lado A realmente ganharam cenas no filme. O Lado B, apesar das boas músicas presentes nele, ficaram de fora. E entre elas estava essa. 

Um fato curioso é que essa canção faz parte de um seleto grupo de músicas. Canções que tinham o mesmo título, mas que eram músicas diferentes, gravadas pelos Beatles e por Elvis. A música de Elvis também fez parte de uma trilha sonora dos anos 60, "Double Trouble". E essa dos Beatles, como já sabemos, foi a faixa final do Lado B do disco original. E se esses artistas cumpriram ou não suas promessas de voltarem, uma coisa é certa, parece que eles nunca se foram, pois suas músicas continuam sendo ouvidas até hoje em dia, mesmo após muitas décadas de seu lançamento original. 

Pablo Aluísio. 

Raulzito e os Panteras

Raulzito e os Panteras
Quanto Raul Seixas gravou esse disco (o primeiro de sua carreira) ele era apenas um jovem baiano cheio de sonhos e esperanças de fazer sucesso pelo Brasil afora. Ao ouvir o álbum vemos claramente que Raul tentava, ao lado de seus companheiros de banda, embarcar na onda da jovem guarda. O disco é claramente nesse sentido, com sonoridade bem de acordo com esse movimento musical que fazia grande sucesso no Brasil na época. Só que um artista como Raul jamais ficaria preso numa caixinha, afinal ele era mesmo um cantor e compositor fora da casinha! Tanto isso é verdade que quando você ouve o disco percebe logo que há uma estranha mistura aqui. A sonoridade é da jovem guarda, mas algumas das letras traz toques de pura filosofia! Além disso que artista poderia arriscar de cara uma versão de um dos grandes clássicos psicodélicos dos Beatles logo em seu disco de estreia? E todos vestidos de figurino dos Beatles na primeira fase! Só o maluco beleza mesmo para ter esse tipo de ousadia. 

Infelizmente o disco não fez qualquer sucesso. Como explicaria anos depois numa entrevista, Raul foi percebendo que a gravadora não iria fazer nada pelo disco. Não trabalhou para promover o álbum, não enviou cópias para as rádios, não fez nada. Com isso o disco não vendeu nada. A filial brasileira da EMI apenas gravou o disco para preencher uma cota de LPs que a matriz inglesa exigia. Foi feito apenas para constar no catálogo. Uma pena! Logo o primeiro disco de um dos maiores roqueiros do Brasil ser tratado assim com tanto desprezo pela gravadora. De qualquer forma Raul não iria desistir. Ele continuaria no Rio, trabalhando como produtor na CBS, até o dia em que finalmente teria sua grande chance para mostrar seu talento musical, só que dessa vez como artista solo. O resto é história! 

Raulzito e os Panteras (1967)
Brincadeira
Por quê? Pra quê?
Um Minuto mais (I Will)
Vera Verinha
Você Ainda Pode Sonhar (Lucy in the Sky with Diamonds)
Menina de Amaralina
Triste Mundo
Dê-me tua Mão
Alice Maria
Me Deixa em Paz
Trem 103
O Dorminhoco

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Furiosa: Uma Saga Mad Max

Furiosa: Uma Saga Mad Max
Esse novo filme da saga Mad Max fracassou nas bilheterias. O filme custou quase 170 milhões de dólares e não conseguiu recuperar o seu investimento, o seu custo nas salas de cinema. Atribuo isso a vários fatores, mas o principal é que fizeram as escolhas erradas. O primeiro erro foi produzir um filme que se auto intitula da Saga Mad Max, mas que não tem o personagem Mad Max. É como fazer um filme do Batman, mas sem o Batman. Depois decidiram contar a história de uma personagem secundária, a Furiosa. Se tinham a intenção de contar as origens de algum personagem teria sido mais sensato contar as origens do próprio Mad Max. E para piorar, o público em geral não entendeu a proposta do filme, já que a Furiosa tinha ganho grande espaço no filme anterior. Foi a pá de cal em relação a esse filme. O público em geral simplesmente não estava interessado mais nessa personagem. então ignoraram o filme. O desastre nas bilheterias de cinema foi grande. O estúdio agora tenta correr atrás do prejuízo lançando no streaming. Não vai recuperar o dinheiro investido, mas pelo menos vai diminuir o rombo. 

Agora, deixando esse aspecto comercial de lado, devo dizer que até gostei do filme. Ele demora um pouquinho a pegar ritmo, mas quando pega, o filme funciona. É uma daquelas produções muito bem feitas que você vê onde todo o dinheiro foi gasto. Os grandes cenários estão lá, a multidão de figurantes, etc. E as cenas de ação em geral também são muito boas. É interessante que se formos fazer uma comparação com os filmes da trilogia inicial de Mad Max poderíamos dizer que ele está mais próximo de A Cúpula do Trovão do que de Mad Max 2, por exemplo. Ainda assim é um bom filme. Lamento pelo veterano diretor George Miller. Provavelmente pela idade e pelo fato do filme ter dado prejuízo pode ser que esse seja seu último filme. Uma pena. De uma maneira ou outra, deixo a recomendação. O filme tem seus problemas, isso é inegável, mas pelo menos serve como bom entretenimento. 

Furiosa: Uma Saga Mad Max (Furiosa: A Mad Max Saga, Estados Unidos, 2024) Direção: George Miller / Roteiro: George Miller, Nick Lathouris / Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke / Sinopse: Nesse novo filme da franquia Mad Max conhecemos as origens da personagem Furiosa. É o quinto filme passado no universo pós-apocalíptico de Mad Max. 

Pablo Aluísio.

Muti: Crime e Poder

Título no Brasil: Muti: Crime e Poder
Título Original: The Ritual Killer
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Black Diamond Films
Direção: George Gallo
Roteiro: Joe Lemmon, Francesco Cinquemani
Elenco: Morgan Freeman, Cole Hauser, Vernon Davis

Sinopse:
Um policial do departamento de homicídios de Los Angeles vai em busca de respostas com um professor universitário especialista em rituais de cultos de religiões africanas antigas. Várias pessoas surgem mortas em cenas de crimes onde esses cultos são ritualizados. Apenas entendendo essas religiões é que se poderá chegar na identidade do verdadeiro assassino. 

Comentários:
Esse é um filme meramente regular que nos deixa com saudades dos bons filmes do passado da carreira do ator Morgan Freeman. Daqueles tempos em que sua carreira era muito relevante para a indústria do cinema. É claramente uma produção B, mas que felizmente mantém a dignidade. Digo isso porque apesar do pouco orçamento, do fato de ser um filme sem muitos recursos, eles até que conseguem passar o recado, contar a história direitinha. Assim diante da modesta produção podemos qualificar como um filme que conta a sua história de forma honesta, em um roteiro até que bem redondinho. Além disso, esse enredo tem até mesmo uma certa dose de coragem. Colocar um vilão como um praticante de um culto de religão africana é sem dúvida uma ousadia. Escaparam do cancelmento por um triz! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Guardiões da Galáxia Vol. 3

Título no Brasil: Guardiões da Galáxia Vol. 3 
Título Original: Guardians of the Galaxy Vol. 3
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn, Jim Starlin
Elenco: Chris Pratt, Chukwudi Iwuji, Bradley Cooper, Vin Diesel, Pom Klementieff, Karen Gillan

Sinopse:
Rocket precisa enfrentar velhos fantasms do passado. Ele foi fruto de um processo inovador de engenharia genética e agora vai se ver frente a frente com o mesmo vilão que de certa maneira foi o responsável por sua própria transformação. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. 

Comentários:
Eu gostei desse filme! E isso não deixa de ser uma surpresa porque eu ando mais do que saturado de ver esses filmes baseados em quadrinhos. Só que verdade seja dita, não tem nenhum filme ruim dessa boa franquia dos Guardiões da Galáxia. No mundo dos gibis a Marvel desenvolveu uma linha de publicações baseadas em personagens de ficção que viviam suas aventuras no espaço. Era pura Sci-fi dos anos 60. O tempo passou e muitos desses personagens ganharam uma nova roupagem e deram muito certo, ainda nos dias atuais. Esse terceiro filme inclusive tem o melhor roteiro de todos, usando muito bem de duas linhas narrativas que se complementam, uma no passado, outra no presente. E o destaque vai para o Rocket. Na história desse filme você vai entender porque ele sempre foi tão inteligente e ranzinza ao mesmo tempo. Enfim, uma ótima aventura para entretenimento e passatempo, nunca ofendendo a inteligência do espectador. 

Pablo Aluísio.

Doce País

Título no Brasil: Doce País
Título Original: Sweet Country
Ano de Lançamento: 2017
País: Austrália
Estúdio: Bunya Productions
Direção: Warwick Thornton
Roteiro: David Tranter, Steven McGregor
Elenco: Sam Neill, Bryan Brown, Hamilton Morris, Shanika Cole, Ewen Leslie, Natassia Gorey Furber

Sinopse:
No começo do século XX, em uma região muito remota no interior da Austrália, um homem nativo acaba matando um homem branco, dono de terras, em legítima defesa. O caso vira o lugar de ponta cabeça, trazendo um juiz da capital para julgar a questão naquela pequena cidade perdida no meio do deserto. 

Comentários:
Filme muito interessante e também muito duro! É uma daquelas histórias secas, mais seca que o próprio deserto australiano onde se passam os acontecimentos. Os personagens são assim também, brutalizados pelo meio onde vivem. Agora imaginem a morte de um homem branco, dono de uma fazenda, por um aborígene australiano que no fundo só estava se defendendo de um sujeito alucinado com uma arma de fogo nas mãos. Claro que o julgamento vira um acontecimento que vai contra a vontade dos homens de elite daquele lugar. Afinal o morto era branco, o assassino era um aborígene. Na visão daqueles pessoas nada poderia justificar algo assim. Mas o mundo do Direito e da Justiça tem seu próprio ritmo, seus próprios valores. Nesse ponto de vista esse filme é uma grande lição. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de julho de 2024

A Morte de Shannen Doherty

A Morte de Shannen Doherty
Eu fico pasmo com o passar do tempo! Parece que foi ontem que eu assistia "Barrados no Baile" nas tardes de Sábado na Rede Globo! Só que isso foi há 30 anos! Como é que o tempo passou assim tão rápido? E nessa semana fomos informados que a atriz Shannen Doherty faleceu de câncer de mama! Meu Deus! 

Ela sempre vai ser a Brenda Wash, aquela garota bonita e adolescente da série, uma jovem que sai do gelado Minessota para morar na ensolarada Beverly Hills. Ela e o irmão, interpretado pelo Jason Priestley (que as revistinhas adolescentes de fofocas diziam ser o filho bastardo do Elvis!), Sua família então ia morar numa nova cidade, frequentando uma nova escola, onde formavam um novo grupo de amigos. E a série era basicamente isso. A cara dos anos 90! 

A série era meio bobinha, mas isso fazia parte do charme. E foi um grande sucesso de audiência, inclusive no Brasil. E com o grande sucesso a Shannen Doherty perdeu o rumo, pois o sucesso lhe subiu a cabeça. Ela era uma jovem festeira e tinha muitos casos amorosos, mas também tinha uma personalidade muito forte. Não demorou muito e criou uma série de brigas com os demais jovens do elenco. Queria aproveitar ao máximo do status de superstar teen que havia conquistado tão cedo em sua carreira! Queria testar todos os limites! Tanta confusão fez que a emissora simplesmente a demitiu!

Ela ficaria queimada na indústria por algum tempo, mas conseguiu muitos anos depois emplacar um novo sucesso, a série Charmed. Essa nunca assisti. Eu nunca vi nenhum episódio pois a série tinha um tema de bruxaria e magia, fantasia, que nunca me fez interessar por ela. De qualquer forma foi uma volta por cima, um momento de redenção. Por isso digo que pelo menos no meu caso ela sempre será mesmo a Brenda, a jovem que eu conheci pela TV nos anos 90. Enfim, lamento por sua morte, com apenas 53 anos de idade! Como o tempo passa rápido, rápido demais mesmo para ser feliz... Descanse em paz!

Pablo Aluísio.