sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

O Homem Cordial

Título no Brasil: O Homem Cordial 
Título Original: O Homem Cordial 
Ano de Lançamento: 2019
País: Brasil
Estúdio: Momento Filmes
Direção: Iberê Carvalho
Roteiro: Iberê Carvalho, Pablo Stoll
Elenco: Paulo Miklos, Theo Werneck, Bruno Fatumbi Torres, Geraldo Rodrigues, Pedro Lima

Sinopse:
Um veterano roqueiro paulista decide voltar aos palcos depois de muitos anos, mas acaba sendo hostilizado por causa de um vídeo que viraliza na internet. Ele é acusado de ter envolvimento na morte de um PM, em uma grande confusão que ocorreu no passado. 

Comentários:
De maneira em geral considerei um bom filme nacional. Tem uma boa edição e um roteiro que se segura bem em sua primeiras cenas. O problema maior que vejo aqui é que a partir de um determinado momento a história fica um pouco sem rumo, perdida, com o protagonista mergulhando na noite paulistana sem ter muito o que fazer. As coisas só voltam a melhorar quando um longo flashback surge mostrando o começo de toda a confusão envolvendo um jovem menor de idade e um PM, o que explicaria a morte do policial. No fundo o mais interessante no filme é a crítica que faz do uso da internet como ferramenta de julgamentos injustos e parciais. E sobra também críticas justas e corretas para esses justiceiros de rua, que movidos por uma mentalidade fascista, pensam estar sempre com a razão, dando soluções simplistas e violentas para questões que no fundo são bem complexas. A ignorância jamais poderá prevalecer dentro da nossa sociedade. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Destemida

Título no Brasil: Destemida
Título Original: True Spirit
Ano de Lançamento: 2023
País: Austrália
Estúdio: Resonate Entertainment
Direção: Sarah Spillane
Roteiro: Sarah Spillane, Rebecca Banner
Elenco: Teagan Croft, Anna Paquin, Cliff Curtis, Alyla Browne,  Vivien Turner, Freya Callaghan

Sinopse:
O filme conta a história real de uma adolescente de 16 anos de idade que decidiu que iria dar a volta ao mundo, pelo oceano, no seu pequeno veleiro. A aventura chamou muito atenção da mídia e ela acabou se tornando uma espécie de heroína do povo australiano. Jessica Watson queria se tornar a pessoa mais jovem a dar a volta ao mundo sozinha, desafiando os perigos dos sete mares. 

Comentários:
Um filme muito bom, produzido na Austrália, que conta a história dessa jovem que alcançou um feito realmente extraordinário. Sobre essa história, eu fiquei com um sentimento dúbio. De um lado aplaudo as conquistas dessa adolescente. Realmente dar a volta ao mundo em um veleiro nos dias atuais é algo realmente impressionante. Uma viagem que durou mais de 1 ano. Por outro lado fico me perguntando se essa menina (sim, ela era uma menina) não foi alvo da ganância dos próprios pais. Afinal que tipo de gente aceitaria colocar a própria filha em algo tão perigoso assim, ainda mais se tratando de uma menor de idade? Tudo tem limite. Pais que realmente amam seus filhos jamais aceitariam ou deixariam seus filhos participarem de algo desse tipo. Os perigos eram muitos, como bem mostrados no filme. Ela quase morreu nessa jornada. Então eu realmente fiquei com um pé atrás em relação aos pais dela. No Brasil não iria acontecer. Temos leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente que protegem pessoas dessa idade. De qualquer maneira ela foi lá e fez. Não recomendaria e nem aprovaria algo assim, mas ao mesmo tempo deixo aqui meus aplausos por sua conquista. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Elvis Presley - Let's Be Friends - Parte 2

Elvis Presley - Let's Be Friends - Parte 2
A faixa "Let's Forget About The Stars" foi gravada em outubro de 1968 para fazer parte da trilha sonora do western "Charro". Como não houve intenção nenhuma da RCA Victor em lançar essa música ela foi deixada de lado. É curioso porque apesar de ter sido uma das gravações mais negligenciadas da carreira de Elvis ela foi ganhando, ao longo do tempo, um status cult entre os fãs, com muitos elogiando sua bonita melodia. É uma música bem fora de rota do que Elvis produziu nos anos 60, criada por um compositor chamado A.L. Owens. No saldo geral tem seus méritos, é sim uma bela balada que merecia ter tido melhor sorte dentro da discografia do cantor.

Uma boa razão para se comprar esse disco na época de seu lançamento foi a inclusão de "Mama" em seu repertório. Essa era uma antiga faixa que embora tenha sido gravada para a trilha sonora do filme "Girls, Girls, Girls" foi deixada de lado pelos produtores da RCA. A razão segue sendo desconhecida, uma vez que Mama tinha sua importância dentro do filme, sendo ouvida e executada entre as cenas. Alguns autores dizem que a RCA Victor ficou incomodada com o excesso de músicas gravadas para essa trilha sonora e por isso cortou Mama e outras faixas, como por exemplo, "Plantation Rock". Essa última nem fez muita falta, mas Mama certamente deveria ter sido incluída. Foi mais um dos vários erros cometidos pelos responsáveis pela discografia de Elvis.

A música "I'll Be There" foi composta pelo cantor e compositor Bobby Darin. Ela foi lançada originalmente em 1960 com relativo sucesso comercial. Anos depois, em 1965, foi relançada pelo grupo inglês Gerry and the Pacemakers. Essa banda era rival dos Beatles ainda nos tempos do Cavern Club. Eles também faziam parte do círculo de conjuntos de rock que surgiram no eixo Liverpool - Manchester, ainda no final dos anos 1950. Foi justamente dentro desse movimento musical que surgiram os próprios Beatles. Lançada em single pelos ingleses não teve muito sucesso. A versão de Elvis veio em 1969. É uma boa gravação de uma música apenas mediana, não muito vocacionada para o sucesso.

Esse álbum tem algumas músicas bem obscuras dentro da discografia de Elvis. São gravações que ou ficaram arquivadas por bastante tempo ou então não chamaram atenção nenhuma dos fãs quando foram lançadas originalmente. "Almost" é um exemplo disso. Ela foi composta por Ben Weisman e Buddy Kaye. O compositor Weisman foi um campeão em emplacar canções para as trilhas sonoras de Elvis durante os anos 60. Pena que a imensa maioria de suas composições eram bem descartáveis, sem importância artística. Essa fez parte da trilha sonora do filme "The Trouble With Girls" (Lindas Encrencas: As Garotas), mas foi considerada tão fraca que foi arquivada, ressurgindo aqui nesse disco, sem maior repercussão.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Inferno nos Trópicos

Título no Brasil: Inferno nos Trópicos
Título Original: Tycoon
Ano de Lançamento: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Richard Wallace
Roteiro: Borden Chase, John Twist
Elenco: John Wayne, Anthony Quinn, Laraine Day, Cedric Hardwicke, Judith Anderson, James Gleason

Sinopse:
O engenheiro Johnny Munroe (John Wayne) é contratado para construir um túnel ferroviário através de uma montanha localizada na América do Sul. O desafio é criar uma estrada para chegar às minas da região. Sua tarefa fica complicada e sua ética fica comprometida quando ele acaba se apaixonando pela filha de seu chefe nesse projeto ousado e desafiador. 

Comentários:
A RKO estava em dificuldades financeiras, por isso voltou a contratar John Wayne para estrelar essa aventura passada na América do Sul. O próprio ator aceitou o convite de bom grado pois tinha uma dívida de gratidão com a RKO desde o começo de sua carreira. O filme é interessante, bem produzido e com roteiro um pouco irregular pois apresenta elementos que no meu ponto de vista seriam desnecessários nesse tipo de história. Eu considerei a parte romântica do filme um pouco valorizada acima do que era esperado. Alguém que ia atrás de um filme de aventuras com John Wayne não estava necessariamente esperando uma atuação de galã romântico por parte dele. Aliás ele nunca funcionou direito nesse tipo de papel. Talvez por essa razão o filme não tenha sido bem sucedido nas bilheterias de cinema na época de seu lançamento. Como foi uma produção muito cara, acabou trazendo prejuízo para a já problemática vida financeira da RKO que algum tempo depois iria acabar indo á falência, fechando suas portas definitivamente. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Morituri

Título no Brasil: Morituri
Título Original: Morituri
Ano de Lançamento: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bernhard Wicki
Roteiro: Werner Jörg Lüddecke, Daniel Taradash
Elenco: Marlon Brando, Yul Brynner, Janet Margolin, Trevor Howard, Wally Cox, Hans Christian Blech

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial um estranho sujeito, Robert Crain (Marlon Brando), se faz passar por um oficial nazista SS em um cargueiro em alto-mar que transportava uma preciosa carga para o esforço de guerra alemão. Na realidade ele seria um agente britânico infiltrado na embarcação. Seu objetivo seria facilitar a captura do cargueiro pela marinha inglesa antes que ele chegasse em seu porto de descarga. E se para isso fosse preciso atuar como sabotador, ele estaria pronto para alcançar esse desafio. 

Comentários:
Marlon Brando não queria fazer esse filme, mas precisando de dinheiro, acabou aceitando. As filmagens foram complicadas, realizadas em um velho cargueiro ancorado no porto de Los Angeles. A velha embarcação estava cheia de ferrugem e Brando confessou que tinha até mesmo medo de trabalhar naquele lugar. De qualquer forma ele usou sua influência de grande astro para mudar o roteiro, que originalmente era muito bom, escrito pelo mesmo roteirista do clássico "A Um Passo da Eternidade". Não foi uma boa ideia pois Brando não era roteirista de cinema. Suas mudanças prejudicaram o desenvolvimento da história do filme. Também forçou a contratação de seu amigo de longa data, Wally Cox. O resultado ficou apenas regular. O filme teve duas honrosas indicações ao Oscar nas categorias de melhor fotografia em preto e branco (indicação mais do que merecida) e melhor figurino. Comercialmente o filme foi um fracasso de bilheteria o que para Brando na época foi uma péssima notícia pois seus últimos filmes também não tinham feito qualquer sucesso. De uma forma ou outra, mesmo com tantos problemas, ainda considero um dos filmes mais interessantes da filmografia de Marlon Brando. Claro, poderia ser muito melhor, mas do jeito que ficou, até que não se tornou tão ruim como muitos dizem. 

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

A Noite das Bruxas

Título no Brasil: A Noite das Bruxas
Título Original: A Haunting in Venice
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos, Reino Unido, Itália
Estúdio: Scott Free Productions
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Michael Green
Elenco: Kenneth Branagh, Tina Fey, Kelly Reilly, Michelle Yeoh, Jamie Dornan, Rowan Robinson, Riccardo Scamarcio

Sinopse:
O inspetor Hercule Poirot (Kenneth Branagh) é desafiado a solucionar mais um mistério. A morte de uma jovem adolescente, em uma velha mansão de Veneza, se torna estopim para novos assassinatos na noite de Halloween, só que o verdadeiro assassino (ou assassina) parece ter coberto bem seus rastros nos crimes. Apenas Poirot com sua lógica dedutiva vai conseguir solucionar esse grande mistério. 

Comentários:
Pelo visto o ator Kenneth Branagh tomou mesmo gosto pelas adaptações para o cinema dos livros escritos por Agatha Christe, em especial os que envolvem o personagem Hercule Poirot. E isso é interessante porque no passado, principalmente entre os anos 80 e 90, Branagh se especializou em levar para o cinema grandes e fidedignas adaptações de textos de Shakespeare, mas tudo bem, muda-se o tempo, mudam-se as fases na carreira. Nada é para sempre. Pois bem, aqui nada temos a reclamar em termos essencialmente cinematográficos. O filme é muito bem realizado, com ótima produção e aquele clima de filme antigo que faz falta nos cinemas nos dias atuais. Claro que, com a evolução do cinema, não se vai ter mais o mesmo impacto em relação a esse tipo de história. O mundo mudou desde que a autora publicou esse livro originalmente. Agatha Christie era excelente, mas temos que admitir que sua fórmula soa agora bem antiquada. De qualquer maneira sempre é uma diversão descobrir quem seria o assassino, ainda mais em clima de noite das bruxas, com supostos eventos sobrenaturais ocorrendo em cada quarto escuro daquela velha mansão. 

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Em Ruínas

Título no Brasil: Em Ruínas
Título Original: Hwang-ya
Ano de Lançamento: 2024
País: Coreia do Sul
Estúdio: Big Punch Pictures
Direção: Heo Myeong Haeng
Roteiro: Kim Bo-Tong, Kwak Jae-Min
Elenco: Ma Dong-seok, No Jeong-ee, Ahn Ji-hye

Sinopse:
Seul está em ruínas. Os sobreviventes lutam por comida, água e um lugar seguro para viver pois as ruas estão dominadas por gangues de jovens criminosos violentos. Então surge a oportunidade de ir até uma comunidade, onde se espera encontrar alguma paz e tranquilidade, mas é tudo uma grande farsa que encobre a realização de experimentos com seres humanos, transformados em cobaias vivas. 

Comentários:
Esse filme coreano chegou ao primeiro lugar entre os mais vistos na plataforma Netflix, ou seja, despertou mesmo interesse. Pena que o espectador não recebeu boa qualidade cinematográfica em troca. É uma daquelas produções que tentam imitar em tudo os filmes americanos do mesmo estilo. E aí reside o maior problema. Ao invés de usar a rica filmografia oriental para colocar elementos novos, os produtores desse misto indigesto apenas copiaram o que existe de mais formulário no cinema dos Estados Unidos. Então é uma sucessão de clichês, um atrás do outro, cena após cena. Chegou a me irritar. Além disso os personagens tem um lado "engraçadinho" que não combina muito bem com esse cenário pós-apocalíptico. O que sobra é um roteiro raso e vazio. Até mesmo os efeitos digitais, que poderiam se tornar uma saída para um filme sem conteúdo como esse, são fracos demais. Tem um crocodilo meio esquisito por lá feito por computação gráfica e nada mais. Enfim, o pior do cinema oriental, aqui tentando apenas imitar os ianques, mas sem sucesso. 

Pablo Aluísio.

O Sargento Trapalhão

Título no Brasil: O Sargento Trapalhão
Título Original: Sgt. Bilko
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jonathan Lynn
Roteiro: Nat Hiken, Andy Breckman
Elenco: Steve Martin, Dan Aykroyd, Phil Hartman

Sinopse:
Não, não é um filme sobre os aloprados militares brasileiros tentando dar mais um golpe Tabajara em sua nação e em seu povo. Esse filme americano conta a história de um sargento do Exército dos Estados Unidos que está sempre enrolado com pequenos golpes e vigarices, inclusive se envolvendo no desenvolvimento de um tanque flutuante que nunca sai do papel. 

Comentários:
Não me entenda mal. Eu gosto muito do Steve Martin. Sempre curti suas comédias dos anos 80, sempre o considerei um dos melhores comediantes do cinema em sua geração. Só que esse filme aqui não dá. É muito, mas muito fraco mesmo! O Steve Martin estava em uma fase meio esquisita de sua carreira. Ele não sabia para que lado ir. Podia tentar fazer filmes com sabor cult, como bem fez o Bill Murray, ou então apelar para comédias cada vez mais bobocas, tentando se tornar comercialmente interessante, como fez o Eddie Murphy. No caso dessa produção ele tentou o segundo caminho e se deu mal demais. Vamos ser sinceros, essa coisa de fazer humor com exército, forças armadas e similares, já deu o que tinha que dar. Ficou datado e assim esse filme já nasceu velho e obsoleto. Um dos piores da filmografia do, repito, bom Steve Martin. Bola fora que nem bateu na trave a ainda levou vaia da torcida. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

A Maldição do Queen Mary

A Maldição do Queen Mary 
Quando tomei conhecimento da existência desse filme pensei que seria mais um daqueles filmes banais de terror, ao estilo "O Navio Fantasma" e produções semelhantes. Afinal velhos navios assombrados não constituem o que poderíamos chamar de novidade no mundo do cinema, muito pelo contrário, há filmes bem antigos que exploram justamente esse tipo de situação. Pois bem, esse filme aqui tem coisas bem interessantes em seu roteiro, isso apesar de lidar com algo que já é bem conhecido dos fãs do cinema de terror. Não chegaria ao ponto de dizer que é um filme excelente, mas dentro de suas pretensões se sai muito bem mesmo. O enredo mostra o velho navio Queen Mary ancorado para visitação pública. Um casal pensa fazer uma varredura virtual da embarcação para lançar um site na internet como se fosse uma visita online ao navio, que hoje em dia é apenas um museu. Uma boa ideia, que conta inclusive com a simpatia dos administradores do Queen Mary.

Só que o lugar guarda seus segredos do passado e assim o roteiro abre linhas narrativas paralelas, mostrando os eventos sobrenaturais do presente, intercalando com as pessoas que passaram pelo navio no passado distante e ali viveram grandes tragédias, inclusive com mortes em massa. E nesse ponto temos a grande qualidade desse roteiro, muito bem escrito, que vai tecendo a narração entre passado e presente, no final explicando tudo, ligando as pontas soltas da história. Também merece elogios a boa produção, que considerei bem elegante, requintada até. O Fred Astaire dançando em um jantar no navio é uma boa ligação com o passado de glamour do Queen Mary. Enfim, um filme de terror que surpreende pelo bom roteiro. Um filme que procura assustar sem ofender a inteligência do espectador. Nos dias de hoje isso é uma verdadeira raridade. 

A Maldição do Queen Mary (Haunting of the Queen Mary, Reino Unido, Estados Unidos, 2023) Direção: Gary Shore / Roteiro: Stephen Oliver, Tom Vaughan / Elenco: Alice Eve, Joel Fry, Tim Downie, Wesley Alfvin / Sinopse: Antigos fantasmas do velho navio de luxo Queen Mary voltam à atividade após um casal entrar em seus recintos mais obscuros. 

Pablo Aluísio.

The Long Shadow

The Long Shadow
Gostei bastante dessa minissérie inglesa. Conta a história real do Estripador, não o Jack dos tempos vitorianos, mas outro assassino em série que começou a matar jovens mulheres na Inglaterra durante a década de 1970. A polícia inglesa, tão orgulhosa de sua eficiência, acabou sendo colocada em dúvida pela população pois apesar de todas as tentativas eles não conseguiam chegar no verdadeiro assassino. E isso depois de montarem uma verdadeira operação de guerra para identificar o criminoso. Conforme os meses foram passando e esses viraram anos, a coisa ficou ainda mais caótica. E o tal serial killer não parava de matar, principalmente mulheres que viviam da prostituição. Chegou ao ponto do assassino começar a debochar dos policiais, escrevendo cartas irônicas, dizendo que esperava mais dos investigadores!

O clima da série é um dos destaques. É um um clima frio, quase jornalístico e burocrata, mostrando o lado policial, o grande trabalho que tiveram para chegar no Estripador. Um fato curioso é que em certos crimes ele procurou seguir o estilo de matar daquele que é considerado o maior serial killer da história, ou pelo menos, o mais famoso. Claro que estou me referindo a Jack, o Estripador, cuja identidade real até hoje desperta controvérsias. Enfim, um bom retrato desse caso. Inclusive, para finalizar, também indico um documentário da Netflix sobre esse mesmo assassino. Como se pode perceber material não falta para conhecer esse curioso caso criminal. 

The Long Shadow (Reino Unido, 2023) Direção: Lewis Arnold / Roteiro: George Kay, baseado no livro escrito por Michael Bilton / Elenco: Jack Deam, Kris Hitchen, Lee Ingleby / Sinopse: Minissérie inglesa que recria o trabalho policial desenvolvida pelos investigadores para identificar e prender o assassino em série conhecido como "O Estripador", durante a década de 1970. 

Pablo Aluísio.