sábado, 26 de agosto de 2023

Os Melhores Exércitos da Segunda Guerra Mundial

1. Exército Vermelho (União Soviética)
Não era o mais bem treinado e nem o mais bem equipado. Quando a guerra começou havia muita desorganização militar dentro do exército vermelho. Entretanto leva o titulo de melhor exército por ter tido as maiores vitórias no campo de batalha. Além de vencer sozinho o exército alemão dentro de seu próprio território, o exército vermelho também foi o primeiro a cruzar as fronteiras da Alemanha e o primeiro a chegar em Berlim. Também merece o título de melhor exército da guerra por ter libertado primeiro os terríveis campos de concentração da Europa. Os russos lutaram bravamente nessa guerra. No total morreram mais de 26 milhões de russos na guerra. Ela é chamada ainda hoje de "A grande guerra patriótica" na Rússia. 

2. U.S. Army (Estados Unidos)
Era sem dúvida o exército mais bem preparado e equipado da guerra. Os Estados Unidos contavam com a vantagem de ter seu terrítorio bem longe dos principais campos de batalha. Os americanos também contavam com o apoio da forte indústria de seu país, sempre pronta a produzir cada vez mais equipamentos militares. O exército americano teve grandes vitorias na guerra, inclusive com a bem sucedida invasão da França no Dia D e o enfrentamento direto contra o exército japonês no Pacífico Sul. Seu principal comandante, o general Dwight D. Eisenhower, iria se tornar presidente do país após o fim da guerra. 

3. Wehrmacht (Alemanha)
Eles perderam a guerra, mas isso não significa que as forças armadas da Alemanha fossem ruins ou fracas. Muito pelo contrário. No começo do conflito obtiveram grandes vitórias no campo de combate, inclusive com a invasão de vários países, chegando ao ponto de dominar a França em apenas algumas semanas. O problema da Wehrmacht era realmente de liderança. Hitler era um homem incapaz de tomar boas decisões do ponto de vista estratégico. Cercado de fanáticos e puxa-sacos ele tomou muitas decisões desastrosas para o exército alemão durante a guerra. Não é de se admirar que os principais generais alemães não gostavam dele e nem do nazismo, E o exército regular tampouco se dava brm com as tropas SS de soldados fanáticos por Hitler. 

4. British Army (Inglaterra)
Impossível negar a importância do exército britânico durante a guerra. Durante muito tempo o avanço da Alemanha Nazista contou apenas com a feroz resistência do Reino Unido. Os ingleses jamais desistiram de combater os alemães, mesmo nos piores momentos da guerra, quando Londres passou a sofrer diversos ataques durante a chamada Batalha da Inglaterra. As forças armadas inglesas não tinham todo o potencial bélico e militar dos alemães, mas tinham a força de vontade e o patriotismo necessários para vencerem a guerra. No final sua vitória foi uma exemplo de que nunca se pode desistir, mesmo diante de um inimigo muito mais poderoso. 

5. Exército Imperial (Japão)
O Japão tinha um formidável exército quando começou a segunda guerra mundial. Eram tropas bem treinadas e armadas inclusive com armas tradicionais, como espadas e sabres. Eles lutaram bravamente na chamada batalha do Pacífico. E mesmo quando se viam sem situações terríveis ainda conseguiam lutar por sua honra, até o fim. Os americanos consideravam os japoneses fanáticos por causa da adoração que tinham por seu imperador. Por isso era complicado enfrentar o exército imperial durante a guerra, no campo de batalha. Só desistiram da luta quando os americanos jogaram duas bombas atômicas sobre duas importantes cidades japonesas. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Marighella

Marighella
Lançado bem no meio do furor da polarização política, esse filme despertou ódios e paixões na mesma medida. Quem era de esquerda, adorou. Quem era de direita, odiou. Algo normal de acontecer pois esse tipo de filme desperta mesmo esse tipo de sentimento mais exarcebado. As cores da ideologia que cada espectador certamente influenciaram na percepção individual sobre o filme, não tem jeito. Há muito viés político envolvido. Tentando deixar tudo isso de lado, devo dizer que considerei o filme mais duro, seco e árido do que podeia imaginar. É um filme que vai direto ao ponto e não perde tempo com firulas, nem mesmo com a busca de narrativas cinematográficas mais bem elaboradas. O personagem principal é posto em cena e a luta começa. Assim mesmo, sem rodeios. 

Do ponto de vista histórico o filme perde por não ter o cuidado de explicar direito ao público mais jovem a história de seu protagonista ou de suas motivações. Quando o filme começa ele já está totalmente imerso na luta contra o regime militar no Brasil. E o uso da violência e de práticas criminosas, como roubo de bancos, por exemplo, não são questionados ou descartados pelo guerrilheiro urbano e seu grupo. O filme é tão duro e seco que praticamente não tem trilha sonora e isso me surpreendeu. Afinal, os anos 60 foram mais do que ricos em termos musicais. No final de tudo há pouca humanização da figura de Marighella. A impressão que tive foi que esse filme foi produzido com sangue nos olhos por parte de seus realizadores. E isso obviamente passou para a tela. Em certos aspectos esse filme tem mesmo muita raiva incontida em sua natureza cinematográfica. 

Marighella (Brasil, 2019) Direção: Wagner Moura / Roteiro: Felipe Braga, Wagner Moura, Mário Magalhães / Elenco: Seu Jorge, Bruno Gagliasso, Herson Capri, Bella Camero, Adriana Esteves, Luiz Carlos Vasconcelos / Sinopse: O filme mostra a luta do guerrilheiro urbano Marighella contra as forças de repressão do regime militar brasileiro durante a década de 1960. Baseado em fatos históricos reais. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Chappie

Título no Brasil: Chappie
Título Original: Chappie
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp, Terri Tatchell
Elenco: Hugh Jackman, Sigourney Weaver, Sharlto Copley, Dev Patel, Jose Pablo Cantillo, Brandon Auret

Sinopse:
Em um futuro não muito distante, um especialista em inteligência artificial recupera os restos de um robô policial destruído em combate e implanta nele uma nova ferramenta avançada dessa tecnologia. Só que o robô acaba indo parar nas mãos erradas, em uma quadrilha de criminosos que estão com planos de usá-lo em assaltos pela cidade. 

Comentários:
Esse filme tem muitos elementos de Robocop, tantos que em determinados momentos fiquei até mesmo constrangido com as semelhanças. Poderia inclusive rolar algum processo de plágio se os produtores da franquia original assim quisessem. Embora seja um filme Sci-fi até muito bem realizado e redondinho, algumas coisas me incomodaram, entre elas a personalidade do protagonista robótico. Como foi implantado nele uma ferramenta de inteligência artificial que vai aprendendo aos poucos com os seres humanos com quem convive, ele é praticamente um adolescente. E isso cria uma personalidade nele um tanto boboca, irritante e infantilizada, que depois de um tempo, ao percebermos que ele não evolui tão rapidamente assim, se torna aborrecido e um tanto repetitivo. Tudo bem, deu para perceber que foi uma forma do roteiro criar um vínculo emocional com o público juvenil, mas não precisavam exagerar tanto na dose da estupidez. Enfim, no ranger dos dentes, ainda prefiro mesmo o produto original, o Robocop casca-grossa dos anos 80. Esse Chappie aborrescente logo se torna bem chatinho. 

Pablo Aluísio.

Sereia Predadora

Título no Brasil: Sereia Predadora
Título Original: Siren
Ano de Lançamento: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Big Picture Casting
Direção: Gregg Bishop
Roteiro: Ben Collins, Luke Piotrowski
Elenco: Chase Williamson, Hannah Fierman, Justin Welborn, Hayes Mercure, Michael Aaron Milligan, Lindsey Garrett

Sinopse:
Um grupo de amigos decide celebrar a festa de despedida de solteiro de um deles. Vão para uma boate de striptease e depois são convidados para um clube de adultos mais seletivo e exclusivo. Acabam caindo numa armadilha mortal, entrando em um bordel obscuro que esconde aprisionada uma estranha criatura sedenta por sangue humano. 

Comentários:
A criatura desse filme, a tal sereia do título, na realidade não é uma sereia. Está mais para Lilith, a mitológica figura do judaísmo antigo que dizia-se ser a primeira mulher de Adão. Na realidade um demônio que tentou dominar o tal primeiro homem criado por Deus. Hoje virou símbolo do feminismo. Sua única característica de sereia é seu canto, que hipnotiza e deixa paralisadas suas potencias vítimas. Mas deixemos esses aspectos lendários de lado. O filme em si é um tanto fraquinho. O roteiro cria uma história base para que o monstro venha a aparecer, tocando o terror em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. Os efeitos digitais não são fartos, não aparecem a todo momento, mas devo dizer que são bem inseridos dentro da trama.  O design da criatura até que é bem realizado. No mais é apenas um exemplar a somar entre tantas outras produções que acabam não se destacando, caindo no anonimato de tantos filmes de terror lançados todos os anos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Cuidado Com Quem Chama

Título no Brasil: Cuidado Com Quem Chama
Título Original: Host
Ano de Lançamento: 2020
País: Reino Unido
Estúdio: Shadowhouse Films
Direção: Rob Savage
Roteiro: Gemma Hurley, Rob Savage
Elenco: Haley Bishop, Jemma Moore, Emma Louise Webb, Radina Drandova, Caroline Ward

Sinopse:
Durante a pandemia um grupo de amigas decide se reunir virtualmente no Zoom. Para tornar tudo ainda mais interessante e divertido, elas chamam uma médium para a sessão. Querem entrar em contato com pessoas mortas. Só que aquilo que começa quase como uma brincadeira toma rumos inesperados e perigosos para todas elas. 

Comentários:
A premissa é boa, não há como negar. Com a popularização das lives o formato inovador desse filme de terror inglês nem despertará tanta surpresa assim, ainda mais nessa nova geração que já cresceu com o Youtube. A questão é que nem sempre uma boa ideia inicial garante a realização de um bom filme em seu desenvolvimento, no desenrolar da história. Esse é o problema mais fácil de detectar aqui. O que começa muito bem logo desanda para o genérico. O tal ente espiritual que surge na sessão poderia ter sido mais bem trabalhado trazendo sua história ou motivação para o que vai acontecer depois. Só que isso inexiste nesse roteiro. Ele é apenas identificado como um demônio e nada mais. Um diabo genérico, sem maiores detalhes. Depois de tantas décadas de filmes de terror um cinéfilo mais experiente não vai certamente se contentar com tão pouco. Foi exatamente o meu caso ao assistir a esse filme. Enfim, boa ideia que ficou pelo meio do caminho. 

Pablo Aluísio.

Arquivo 2 - Assassino Imortal

Título no Brasil: Arquivo 2 - Assassino Imortal
Título Original: The X Files - Squeeze
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Harry Longstreet
Roteiro: Glen Morgan/ James Wong
Elenco: David Duchovny, Gillian Anderson, Mitch Pileggi, 
William B. Davis, Bruce Harwood, Dean Haglund

Sinopse:
Os agentes do FBI Mulder e Scully Enfrentam um estranho assassino chamado Eugene Tooms, um ser mutante capaz de esticar seu corpo pra passar por espaços apertados. Tooms hiberna por 30 anos após comer fígados de seres humanos. Como se poderá parar e deter essa estranha criatura, um ser desconhecido da ciência em geral?

Comentários:
A série Arquivo X fez tanto sucesso na época que vários de seus episódios começaram a ser lançados em compilações para o mercado de fitas VHS. Esse foi um caso. A produtora, que tinha os direitos e produzia a série, começou a colocar em nosso mercado essas mesmas fitas que eram lançadas nos Estados Unidos. Geralmente compilava de 2 a 3 episódios que tinham uma linha narrativa em comum. A coisa toda era editada para se parecer com um longa metragem. E funcionava muito bem, como podemos ver nesse caso aqui. O personagem do vilão fez muito sucesso na primeira temporada da série nos Estados Unidos. Um tipo de mutante canibal, como era de praxe nos roteiros de Arquivo X. Muito bem roteirizado e produzido, é uma amostra ideal para quem não conhece essa que foi uma das séries mais populares do mundo na década de 1990. Já para quem assistiu na época, tudo vai soar como uma bela nostalgia de uma década que já se foi há muito tempo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Cavaleiros de Aço

Título no Brasil: Cavaleiros de Aço
Título Original: Knightriders
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Film Distribution Company
Direção: George A. Romero
Roteiro: George A. Romero
Elenco: Ed Harris, Gary Lahti, Tom Savini, Christine Forrest, Patricia Tallman, John Amplas

Sinopse:
O filme mostra a vida na estrada de um grupo de artistas, atores e atletas que trabalham em um espetáculo circense que mistura as lendas do Rei Arthur com motos possantes e corridas de alta velocidade. Ao chegarem em uma pequena cidade onde vão se apresentar logo entram em choque com o xerife local. 

Comentários:
Só posso dizer uma coisa: que filme legal! Nos anos 70 um show de motos estrelado pelo motociclista e maluco de plantão Evel Knievel se tornou bem popular nos Estados Unidos. E esse foi o pontapé inicial desse roteiro muito fora dos padrões escrito pelo "Rei dos Zumbis" George Romero. Só que aqui ele deixou o terror podreira de lado para um tipo de filme que seria mais comercial nos cinemas. O elenco tinha de tudo, desde o talentoso Ed Harris (ainda tinha cabelo na época!) a coelhinhas de Playboy tentando ganhar um lugar ao sol em Hollywood! Deu certo, o filme é bem divertido mesmo. Além disso procura desenvolver os personagens que no fundo sao pessoas meio perdidas em busca de um propósito na vida. Enquanto nao encontram, elas sobem em suas motos para uma série de loucuras pelas estradas dos Estados Unidos. E todo mundo vestido de cavaleiro medieval! Quer coisa mais legal que isso?

Pablo Aluísio.

O Abismo Negro

Título no Brasil: O Abismo Negro
Título Original: The Black Hole
Ano de Lançamento: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Productions
Direção: Gary Nelson
Roteiro: Jeb Rosebrook
Elenco: Maximilian Schell, Anthony Perkins, Ernest Borgnine, Roddy McDowall, Robert Forster

Sinopse:
Uma nave exploratória da Terra, a USS Palomino, descobre um buraco negro com uma nave perdida, a USS Cygnus, fora de seu horizonte de eventos. Então, uma equipe de astronautas é enviada para investigar o que estaria acontecendo.

Comentários:
Um filme infanto juvenil produzido pela Disney para a garotada dos anos 70. Nada muito especial. O roteiro bebe diretamente das antigas produções de ficção científica dos anos 50. Só que, claro, tudo atualizado para não ficar muito datado para a geração da discoteca. Tem uma direção de arte bonita que me fez lembrar, inclusive dessas antigas produções de matinê. Só que na tentativa de ser nostálgico, o filme acaba ficando meio repetitivo. O roteiro, assim se mostra extremamente fraco e sem direção. Ainda assim, é um produto Disney. Como tal, tem o seu nível de qualidade. Hoje em dia é bem complicado de achar. Virou um item raro. Peça de colecionador. Foi lançado no Brasil em VHS, na época, durante os anos 80.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Marlon Brando - Hollywood Boulevard - Parte 31

Crônicas de Marlon Brando - Parte 31
Em 1972 Brando desistiu de Hollywood. Ele havia acabado de ser consagrado com o Oscar por "O Poderoso Chefão", mas estava farto da capital do cinema. Então decidiu fazer algo que poucos esperavam. Pegou um avião e foi para a Europa. Queria fazer um filme europeu, dirigido pelo cineasta Bernardo Bertolucci. O que atraiu o ator foi a proposta de como esse filme seria realizado. O roteiro seria mínimo, no máximo uma situação básica envolvendo o encontro de um homem e uma mulher em Paris. Eles não sabiam nada um do outro e tinham um relacionamento ora doentio, ora explosivo, com muita vibração de natureza sexual. 

Naquela altura Brando dizia que não tinha mais paciência em decorar textos e falas. Ele queria apenas atuar improvisando, tirando os diálogos de sua mente. O que surgisse em sua mente, ele falaria em cena e isso era tudo. Brando sequer pensava no que iria dizer, apenas iria falar de forma completamente livre o que pensava. Era uma proposta muito ousada e fora dos padrões. Em Hollywood, com tanto profissionalismo, isso jamais seria aceito. 

Pela primeira vez depois de tantos anos de carreira, Brando iria ter a liberdade que tanto procurava. Nem precisa dizer que Brando adorou a experiência. Essa atuação livre, dizia ele, seria o futuro do cinema. Claro que ele estava errado sobre isso, mas na época tudo soava muito empolgante. Bernardo Bertolucci apenas dava uma direção básica, informando a Brando o que seu personagem estava fazendo naquela cena. Depois desse tipo de instrução simples, Brando tinha carta branca para fazer o que quisesse, inclusive coisas perturbadoras. 

Ele havia sido colocado para trabalhar com uma jovem atriz chamada Maria Schneider. "Eu quero trabalhar com uma amadora, sem experiência nenhuma no cinema" - havia dito ao diretor. E assim foi feito. Até hoje as pessoas lembram desse filme "O Último Tango em Paris" por causa da tão falada cena da manteiga, mas isso é uma lenda apenas. Dizia-se que Brando havia mesmo feito sexo selvagem com Maria, só que na realidade tudo foi apenas sexo simulado. Alguns anos depois acusações de abuso sexual foram levantadas contra o ator, mas se estivesse vivo, ele certamente iria rir desse tipo de coisa. Em uma entrevista, ainda nos anos 70, ele explicaria a cena dizendo que jamais havia feito sexo de verdade com Maria Schneider. Rindo, ele deu de ombros, explicando: "Imagine... eu nem sequer tirei minhas calças nessa cena!".

Pablo Aluísio. 

Cicatrizes D'Alma

Cicatrizes D'Alma
O que você faria se a jovem e bela esposa de um grande amigo se apaixonasse por você? Teria um caso com ela, mesmo sabendo que sua esposa, envelhecida e traumatizada por um grave acidente, seria deixada de lado? E o respeito conjugal? Esse filme dos anos 60 investe principalmente nessa questão, nesse dilema ético envolvendo dois casais. Os maridos são amigos de longa data, mas a esposa de um deles quer o outro, quer pular a cerca, afinal como se diz no ditado popular a grama do vizinho é sempre mais verde e mais bonita. E as coisas pioram ainda mais quando os dois potenciais adúlteros partem para uma viagem na romântica e ensolarada Grécia, das muitas ilhas paradisíacas. 

Esse filme foi rodado ainda no começo da carreira da atriz Jane Fonda. Ela era bem jovem e... linda! Curiosamente surpreendeu aos produtores quando apareceu no primeiro dia de filmagem com os cabelos pintados de preto e em corte mais conservador. Logo ela, que tinha cristalizado sua imagem como a loírissma diva espacial Barbarella! Foi uma forma de, ainda bem moça, tentar ser levada mais à sério em sua carreira. O filme, de qualquer forma, não agradou muito a crítica da época. Foi taxado de moralista e até mesmo babaca. Quem diria que Hanói Jane iria se envolver em algo assim logo nos seus primeiros dias de Hollywood...

Cicatrizes D'Alma (In the Cool of the Day, Estados Unidos, 1963) Direção: Robert Stevens / Roteiro: Meade Roberts, Susan Ertz / Elenco: Peter Finch, Jane Fonda, Angela Lansbury / Sinopse: Homem mais velho, já coroa, se apaixona pela esposa jovem e gata de um de seus melhores amigos, mesmo sendo ele casado há muitos anos com uma mulher com vários problemas emocionais. 

Pablo Aluísio.