quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Glass Onion

Glass Onion
Existe filmes que são bons, mas que a crítica não dá muita bola. E existe filmes que são apenas medianos, mas que os críticos colocam lá em cima, como se fossem grandes maravilhas cinematográficas. Esse filme aqui é justamente desse segundo grupo. Veja bem, não é um filme ruim, mas também não é essa maravilha toda que a crítica especializada tentou convencer. Em termos de roteiro, não vi nada de muito original. Essa fórmula é antiga, já era usada brilhantemente pela escritora Agatha Christie há muitas décadas atrás. Resume em colocar um grupo de pessoas em um ambiente fechado para descobrir qual delas teria cometido um crime. Para tornar isso tudo ainda mais difícil, todas elas teriam, de uma forma ou outra, uma razão para cometer esse assassinato. É justamente isso o que vemos no roteiro desse filme. 

Um milionário boçal resolve reunir um grupo de amigos em sua ilha particular. O lugar é o símbolo da breguice de um novo rico com todos os exageros que você possa imaginar. Ele então, propõe um jogo. Seus convidados vão ter que descobrir quem teria lhe matado. Coisa de gente rica e entediada. Vários problemas acontecem. O milionário fica surpreso ao descobrir que o assim aclamado "maior detetive do mundo" está na ilha, mesmo que ele não o tenha convidado. E uma das convidadas que não era esperada, pois se presumia que ela havia sido morta, também aparece por lá. O mistério não se revela grande coisa e se resolve facilmente!. E isso se torna bem decepcionante. A produção é muito boa. E o elenco é acima da média, sob qualquer ponto de vista. Entretanto isso não salva o filme. O que era para ser importante mesmo, o tal mistério revelado, se mostra banal. Tão banal que estragou o roteiro de uma forma geral. Enfim, muito luxo e muito barulho por nada.

Glass Onion: Um Mistério Knives Out (Glass Onion, Estados Unidos, 2022) Direção: Rian Johnson / Roteiro: Rian Johnson / Elenco: Daniel Craig, Edward Norton, Kate Hudson, Dave Bautista, Janelle Monáe, Madelyn Cline / Sinopse: Um milionário boçal resolve reunir um grupo de amigos em sua ilha particular.  Ele então, propõe um jogo. Seus convidados vão ter que descobrir quem teria lhe matado. 

Pablo Aluísio.

Challenger: Voo Final

Challenger: Voo Final 
Minissérie documental da Netflix que recria o desastre do lançamento do ônibus espacial Challenger. Essa nave espetacular foi destroçada, poucos minutos depois de seu lançamento na Florida. Tudo transmitido ao vivo pela televisão americana na época. Foi um grande choque no mundo inteiro. A credibilidade da NASA foi ao chão. A presidência do governo Reagan precisou dar muitas explicações para a morte de todos os tripulantes. Essa Minissérie passa por todos os estágios dessa tragédia anunciada. Começa a mostrar os preparativos da missão. Era destaque na imprensa mundial o fato de que a tripulação iria ter, pela primeira vez, uma civil. Uma jovem professora de um colégio de ensino médio do interior dos Estados Unidos. Ela foi escolhida para provar para a população em geral que o ônibus espacial era tão seguro que qualquer pessoa comum poderia viajar dentro dele em uma missão tripulada. 

Tudo acabou de forma muito trágica. Todos os astronautas e a professora morreram imediatamente após a explosão. Em 4 episódios, tudo é demonstrado de forma bem didática. A discussão sobre o que teria acontecido domina o último episódio. Uma comissão foi formada e descobriu-se que a principal razão da explosão foi uma falha em peças de vedação feitas de borracha que eram usadas nos foguetes. A temperatura estava muito baixa no lançamento, causando rompimentos. E aí não houve como contornar o desastre completo. Gostei muito do documentário. Traz imagens dos noticiários da época. Registros importantes. Mostra que as peças mais simples podem colocar tudo a perder até mesmo em projetos bilionários como esse.

Challenger: Voo Final (Challenger: The Final Flight, Estados Unidos, 2020) Direção: Daniel Junge, Steven Leckart / Roteiro: Daniel Junge, Steven Leckart / Elenco: June Scobee Rodgers, Barbara Morgan, John Davis Walker / Sinopse: Minissérie documental da Netflix que recria o desastre do lançamento do ônibus espacial Challenger. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Elvis Presley - O Prisioneiro do Rock

Elvis Presley - O Prisioneiro do Rock
Nesse filme, Elvis interpretava um jovem que cometia um crime e se dava mal. Era preso, julgado e condenado a ir para uma penitenciária. Acabaria cumprindo pena ao lado de um companheiro de cela que gostava muito de música e lhe ensinava a tocar violão. Um sujeito com veia artística que passava seu amor pela música para o personagem de Elvis chamado Vince Everett. Quando finalmente saiu da prisão, Vince procurou por algum meio de vida e acabou encontrando justamente na música um novo caminho em sua vida. Acabou assinando com uma empresária que lhe arranjou shows e concertos ao vivo, inclusive um programa feito para ser exibido na televisão. Era um grande passo para sua vida que finalmente estaria no rumo certo. Só que o passado voltaria para destruir o seu futuro. 

Quando o filme chegou nos cinemas, houve uma receptividade dividida em relação à crítica. Alguns críticos elogiaram a tentativa de revitalizar o estilo musical. Ainda mais se tratando da famosa Metro que fez alguns dos maiores musicais da história do cinema americano. Já outros críticos não gostaram muito do que viram. Afirmaram que Elvis era um ator muito amador e dócil, que não tinha intensidade dramática nenhuma para interpretar aquele tipo de personagem. Afinal, esse era um tipo marginal, caminhando entre a criminalidade e a carreira artística. Com o rosto de baby face não convencia no papel de um criminoso.

De qualquer forma a própria Metro resolveu amenizar o roteiro original. Afinal, seria um filme feito para as fãs jovens e adolescentes desse novo cantor que fazia sucesso nas rádios com seu novo tipo de música, o chamado Rock. Nem preciso dizer que o terceiro filme da carreira de Elvis foi sucesso de bilheteria. O ator gostou do que viu, mas depois evitaria assistir esse filme novamente em sua vida. 

A razão é que a atriz Judy Tyler morreu um em terrível acidente automobilístico no dia 3 de julho de 1957. Ela tinha apenas 24 anos de idade e tinha se tornado amiga de Elvis. Ele ficou arrasado com a notícia. Assim Elvis assistiu esse filme uma única vez, em 1957, quando ele foi lançado nos cinemas. Nem quando o filme foi exibido pela primeira vez na televisão Americana, Elvis topou revê-lo. Ele saiu de casa naquela noite, dizendo que se visse a atriz novamente ao seu lado no filme, iria ficar deprimido durante pelo menos uma semana. Ele então baniu o filme completamente de sua vida. Elvis desenvolvia esses traumas com muita facilidade.

Pablo Aluísio.

The Beatles - Please Please Me / Ask Me Why

The Beatles - Please Please Me / Ask Me Why
Esse foi o segundo single da carreira dos Beatles. Trazia canções que faziam parte do seu primeiro álbum. Na Inglaterra, o compacto fez sucesso, chegando ao segundo lugar entre os mais vendidos. Só que seu sucesso se restringiu mesmo apenas ao país natal dos Beatles. Fora das ilhas britânicas, não houve maior repercussão. No resto da Europa, o single não fez sucesso e foi ignorado nas principais paradas europeias de singles. Nos Estados Unidos, foi ainda pior. Os direitos dos Beatles para América estavam nas mãos de uma pequena gravadora chamada VeeJay. Era um selo muito pequeno e sem expressão e não conseguiu qualquer repercussão nas rádios dos Estados Unidos. 

O compacto passou em brancas nuvens no país de Elvis. A tal ponto que não conseguiu nem classificação na Billboard. Os americanos ainda não tinham a menor ideia de quem eram os Beatles e que tipo de música eles faziam. E também não era um compacto com muita vocação para fazer sucesso. As duas canções eram retiradas, como eu já escrevi, do primeiro disco dos Beatles e não passavam, para falar a verdade, de boas canções de amor adolescente. Apesar dos esforços do empresário Brian Epstein os Beatles ainda iam demorar um pouco para finalmente emplacarem como grande sucesso comercial Internacional. Por essa época ninguém dava muita bola para as músicas do quarteto.

The Beatles - Please Please Me (1962)
Please Please Me 
Ask Me Why  
Selo: EMI Parlophone 
Produção: George Martin
Data de Lançamento: 5 de outubro de 1962

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Yellowstone - Terceira Temporada

Yellowstone - Terceira Temporada
Mais uma temporada dessa série de grande sucesso nos Estados Unidos, contando com 10 episódios. Essa temporada foi lançada originalmente entre os meses de junho a dezembro de 2020. É uma produção do canal Paramount+. Começou até mesmo de forma despretensiosa, mas foi alcançando cada vez mais melhores índices de audiência. Atualmente a série é considerada o carro chefe desse canal que traz a marca de um dos grandes estúdios da história de Hollywood. O aspecto a se considerar é que a série tem se firmado cada vez mais, gerando inclusive outras séries derivadas. Abaixo segue meus comentários sobre cada um dos episódios. Serão publicados conforme assistir aos mesmos.

Yellowstone 3.01 - You're the Indian Now
A temporada anterior terminou quando John Dutton (Kevin Costner) e seu grupo de empregados do rancho, conseguiram recuperar e salvar seu neto, que havia sido sequestrado por criminosos. O acerto de contas foi violento e seis pessoas morreram. Agora Dutton precisa lidar com as consequências, inclusive com os efeitos jurídicos dessas mortes. Ele se reúne com a governadora e com o procurador geral do estado para tentar se livrar da prisão. O acordo feito nos bastidores acaba surtindo bons efeitos e ele pode respirar, pelo menos por enquanto. A vida no rancho segue. Um resort para turistas é criado ao lado de sua propriedade, o que faz com que alguns turistas desavisados invadam suas terras. Isso cria um mal-estar entre Dutton e esses proprietários desse novo empreendimento turístico. E para valorizar os bons e velhos tempos de seus antepassados, ele decide seguir o gado, fazendo vigília à noite com sua boiada, levando o neto junto para que ele tome gosto por aquele estilo de vida. Os bons tempos voltaram. Só não se sabe até quando. / Yellowstone - Terceira Temporada (Estados Unidos, 2020) Direção: Stephen Kay / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 3.02 - Freight Trains and Monsters
Os filhos de John Dutton se envolvem com problemas. A filha Beth Dutton descobre que está para ser construído um grande aeroporto na cidade. Mas o que justificaria a construção deste aeroporto? Ao que tudo indica, será construído um grande complexo turístico que não satisfaz em nada os anseios da família Dutton. Já o filho Jamie que assumiu o cargo de comissário ou delegado rural acaba se envolvendo no assassinato culposo de 2 homens que tinham sido pegos roubando cavalos. Ele meio que admitiu que um policial fizesse "o que fosse possível para dar um jeito naqueles sujeitos". Mal sabia ele que os dois iriam ser mortos, o que vai trazer muitos problemas para ele no futuro. E o velho John Dutton, o que anda fazendo? Ele está curtindo a vida no campo, no meio do gado. Mal sabe ele os problemas que vão lhe aparecer pela frente. / Yellowstone 3.02 - Freight Trains and Monsters (Estados Unidos,  2020) Direção: Stephen Kay  / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

Randolph Scott e o Velho Oeste - Parte 9

Quatro anos antes do clássico "E O Vento Levou" chegar nas telas de cinema o ator Randolph Scott estrelou em um filme muito parecido com aquele dirigido por Fleming. Se tratava de "Noivado na Guerra" (So Red the Rose), um romance épico passado durante a guerra civil dos Estados Unidos. Scott era esse homem comum, com planos para se casar, ter filhos e morar em seu rancho, que via todos os seus planos de vida irem para o buraco com a eclosão de um dos conflitos armados mais sanguinários da história daquela nação.

A produção requintada e caprichada chamava bem a atenção. O próprio Randolph Scott dizia a todos que esse era até aquele momento seu filme mais bem realizado. Só que infelizmente com a chegada de "E O Vento Levou" alguns anos depois, ninguém mais iria se lembrar desse primeiro filme. "Quando eu assisti ao filme de Clark Gable me lembrei imediatamente do meu, mas aí já era tarde demais!" - Brincaria o ator durante uma entrevista.

Bem menos pretensioso foi o filme posterior de Scott. Era uma crônica social sobre costumes da época chamado de "Escândalo na Aldeia" (Village Tale). O enredo se passava todo dentro de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, onde praticamente todos os moradores se conheciam. Randolph Scott era o jovem rapaz que começava a virar alvo de fofocas dentro da cidadela. Os boatos diziam que ele estava envolvido com uma mulher mais velha e casada. Imagine então os problemas vindos de uma fofoca maldosa como essa. Foi um bom filme, mas com resultado comercial apenas modesto.

Os fãs do ator queriam ver mesmo eram índios, lutas, tiroteios, duelos e cavalos. Assim Scott voltou ao velho oeste no grande sucesso "O Último dos Moicanos" (The Last of the Mohicans). O filme surpreendeu se tornando uma das maiores bilheterias do ano. Também caiu nas graças da crítica, chegando a ter três indicações ao Oscar, um feito e tanto. A história se passava durante a colonização pioneira dos Estados Unidos. Scott com figurino de Daniel Boone enfrentava os perigos daquelas terras desconhecidas. Uma das maiores ameaças vinha justamente dos nativos conhecidos como moicanos, com seus penteados bem característicos (imitados pelos punks séculos depois) e uma fúria violenta contra o homem branco que vinha para invadir suas terras.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Os Boinas Verdes

Título no Brasil: Os Boinas Verdes
Título Original: The Green Berets
Ano de Lançamento: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Wayne
Roteiro: James Lee Barrett
Elenco: John Wayne, George Takei, David Janssen, Jim Hutton, Patrick Wayne, Irene Tsu

Sinopse:
Mike Kirby (John Wayne), um velho coronel, é enviado para o front na guerra do Vietnã. Sua principal missão é defender um acampamento do exército norte-americano situado no meio de uma floresta tropical. O lugar virou alvo de bombardeios diários do inimigo. O veterano militar também planeja executar uma missão para sequestrar um alto oficial do exército vietcongue.

Comentários:
Esse filme é fruto da visão tacanha e retrógrada do ator John Wayne em relação a guerra do Vietnã. Ele produziu e dirigiu o filme por conta própria e se deu mal. Quando o filme chegou aos cinemas, já era época da flower Power. Então a crítica, como era de se esperar, desceu a lenha no filme como um todo. A bilheteria também não foi boa porque o povo americano estava cansado dessa guerra absurda e sem sentido. Além do viés ideológico equivocado, o filme também falha como produção de guerra. Wayne, que também dirigiu o filme, errou muito ao rodar cenas na noite. As batalhas do meio da escuridão é um verdadeiro desastre cinematográfico. O espectador não consegue ver absolutamente nada, a não ser a luz das explosões. Para piorar o quadro que já era ruim, John Wayne ainda incorporou um personagem na história só para ficar desfilando a sua visão da guerra. É um personagem de um jornalista e John Wayne aproveita esse papel para desfilar sua raiva contra a imprensa americana da época. Um erro muito banal e constrangedor. Afinal de contas, como o tempo provou, os jornalistas estavam com a razão. Os Estados Unidos perderiam a guerra na pior intervenção estrangeira de sua história. E pensar que John Wayne achava heróico mostrar um bando de militares americanos defendendo um buraco lamacento no meio da floresta, como vemos nesse filme. Uma completa falta de visão da realidade que o cercava naquele final dos anos 60.

Pablo Aluísio.

Aventura no Oriente

Título no Brasil: Aventura no Oriente
Título Original: They Met in Bombay
Ano de Lançamento: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Clarence Brown
Roteiro: Edwin Justus Mayer
Elenco: Clark Gable, Rosalind Russell, Peter Lorre, Jessie Ralph, Reginald Owen, Matthew Boulton

Sinopse:
Os planos do ladrão de joias Gerald Meldrick (Gable) e da vigarista Anya Von Duren (Russell) desmoronam quando o ladrão involuntariamente se torna um herói enquanto se faz passar por um oficial britânico.

Comentários:
Depois da grandiosidade de "E o Vento Levou" o que fazer? Esse foi o dilema do ator Clark Gable. A solução foi estrelar filmes menores na MGM, afinal não seria todo dia que um filme como aquele seria produzido. Esses filmes, digamos, pequenos, contavam até com bons roteiros, mas sem grande relevância. Esse aqui aposta na imagem de cinismo que o ator tinha na época, fruto claro também da popularidade de seu personagem no grande épico. Embora o roteiro tenha uma história que se passe no Oriente, em terras exóticas, o estúdio não teve dinheiro para fazer uma filmagem no exterior. Assim, tudo foi filmado nos grandes estúdios da MGM em Hollywood mesmo. Uma questão de custos de produção. Até mesmo a contratação de uma grande estrela de Hollywood foi deixada de lado. A MGM, assim, apostou na prata da casa, a jovem atriz Rosalind Russell, que nunca se tornaria uma grande estrela. Essa produção até que tem muito humor de classe, mas no quadro geral é apenas um filme de rotina na carreira do ator Clark Gable.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de janeiro de 2023

O Carteiro e o Poeta

Título no Brasil: O Carteiro e o Poeta
Título Original: Il postino
Ano de Lançamento: 1994
País: Itália, França, Bélgica
Estúdio: Cecchi Gori Group Cinematografica
Direção: Michael Radford
Roteiro: Anna Pavignano, Giacomo Scarpelli
Elenco: Massimo Troisi, Philippe Noiret, Maria Grazia Cucinotta, Renato Scarpa, Linda Moretti

Sinopse:
O filme narra a história da improvável amizade entre o poeta Pablo Neruda, conhecido internacionalmente, e um humilde carteiro que lhe entregava a correspondência todos os dias. Quando ele se apaixona, pede ajuda para Neruda nessa conquista amorosa. E o poeta passa a se empenhar ao máximo para que um grande amor surja entre ele e sua amada querida. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor trilha sonora original e melhor filme estrangeiro. Indicado na categoria de Melhor ator (Massimo Troisi).

Comentários:
Fez muito sucesso esse drama lírico sobre a amizade entre um grande poeta e um simples carteiro, numa ilha distante. Tudo baseado em fatos históricos reais. A crítica adorou o resultado e o público também respondeu muito bem. Acabou se tornando um dos filmes mais lucrativos da história do cinema europeu. Custou pouco mais de 3 milhões de dólares e ultrapassou a barreira dos 100 milhões arrecadados nas bilheterias em todo o mundo. Um sucesso espetacular. Sucesso, aliás, muito merecido, porque o filme é realmente muito bonito, bem escrito e muito bem atuado. Eu destaco o trabalho do ator Philippe Noiret, como o famoso poeta. Ele é uma figura amigável, doce e ao mesmo tempo, muito empolgado pela chance de ajudar um pouco o carteiro a conquistar o amor de sua vida. Excelente filme que já nasceu cult. E para quem gosta de poesia, é um item cinematográfico de coleção para se ter e se rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

Emmanuelle

Título no Brasil: Emmanuelle
Título Original: Emmanuelle
Ano de Lançamento: 1974
País: França 
Estúdio: Trinacra Films
Direção: Just Jaeckin
Roteiro: Jean-Louis Richard
Elenco: Sylvia Kristel, Alain Cuny, Marika Green, Daniel Sarky, Jeanne Colletin, Christine Boisson

Sinopse:
A modelo francesa Emmanuelle, esposa de um diplomata francês em Bangcoc, embarca em uma jornada de descoberta sexual. Roteiro baseado no livro de memórias escrito em forma de romance, pela autora Emmanuelle Arsan.

Comentários:
Esse é o primeiro filme, o filme original. Seu sucesso daria origem a dezenas de cópias mal feitas e continuações picaretas. Esqueça praticamente todas elas e procure conhecer esse filme apenas. É uma produção que, de certa forma envelheceu, mas ainda mantém o interesse, principalmente porque na época foi considerada um marco no cinema erótico. O próprio livro que deu origem ao roteiro já era polêmico. E quando essa história foi para o cinema, as coisas ficaram ainda mais quentes. O filme foi proibido no Brasil por anos, pela ditadura militar. Consideravam um filme muito imoral, o que é absurdo, ainda mais se formos analisar sob a perspectiva dos dias atuais. Curiosamente, a atriz e o diretor morreram recentemente. Queiram ou não os moralistas e conservadores de plantão, o fato é que eles garantiram seu lugar na história do cinema mundial com esse filme.

Pablo Aluísio.