O filme conta a história real do jovem Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal). Tentando reatar o namoro com sua antiga namorada ele descobre que ela estará correndo na maratona de Boston. Então resolve ir até lá, levando um cartaz de incentivo para a garota. Por um trágico evento do destino ele fica bem ao lado do lugar onde o terrorista plantou uma das bombas naquele atentado que ficou famoso na época. Quando a bomba explodiu Jeff acabou severamente ferido, perdendo as duas pernas. Imagine um rapaz como ele, com toda a vida pela frente, agora ter que encarar um destino desses! O roteiro assim vai se desenvolvendo, mostrando as lutas do dia a dia após perder suas pernas, as dificuldades de adaptação, além do conturbado relacionamento com a ex-namorada.
O curioso é que Jeff também acabou virando um símbolo da força da cidade de Boston em superar os atentados. Chamado de "A força de Boston" ele acabou sendo considerado um herói, sempre convocado para abrir grandes eventos, mostrando que Boston jamais iria sucumbir ao terror. Em termos narrativos o filme é bem convencional. Penso até que não poderia ser diferente. Há uma história edificante para contar e não haveria outro modo de fazê-lo. Cinematograficamente falando é o filme mais convencional da filmografia do ator Jake Gyllenhaal, logo ele que sempre procurou por filmes mais ousados e fora dos padrões. O seu Jeff é uma homenagem ao protagonista da vida real, uma pessoa que precisou superar muitos obstáculos para seguir sua vida em frente. Pela bonita mensagem a produção como um todo já está justificada por seus próprios méritos.
O Que te Faz Mais Forte (Stronger, Estados Unidos, 2017) Direção: David Gordon Green / Roteiro: John Pollono, baseado no livro "Stronger", escrito por Jeff Bauman / Elenco: Jake Gyllenhaal, Tatiana Maslany, Miranda Richardson / Sinopse: O filme conta a história real de Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal), uma das vítimas do atentado da maratona de Boston. Ao ir para a maratona, com a intenção de incentivar a ex-namorada, acaba sendo atingido em cheio pela bomba plantada pelos terroristas, perdendo as duas pernas com a explosão.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 6 de junho de 2018
A Morte de Stalin
Historicamente as coisas não aconteceram exatamente da forma que o filme mostra, mas esse tipo de licença poética foi necessária para que o roteiro inserisse muito humor negro em sua narrativa. O importante é que a essência de tudo o que aconteceu foi preservada. E olha que o resultado final ficou muito bom. Como o título já deixa claro o filme mostra os últimos dias do ditador soviético Stálin e o caos que se criou após sua morte. Tirano sanguinário que matou mais do que Hitler, Stálin era uma cria da ilusão do comunismo. Assim que tomou o poder absoluto começou a matar todos os opositores ao seu regime, fossem eles reais ou apenas imaginários. Claro que em um sistema de pura violência como esse, onde a vida não valia nada, todos ao seu redor agiam com extrema paranoia, pois a qualquer momento eles poderiam entrar para as listas dos inimigos "do povo", sendo executados sumariamente.
Quando o filme começa vemos a corte de puxa-sacos e parasitas que orbitavam o líder assassino. Todos querendo ganhar a simpatia de Stálin, todos morrendo de medo de serem mandados para a morte certa. Diante de uma situação tão absurdamente bizarra o roteiro aproveita para fazer humor com os comunistas. Quando Stálin sofre um derrame cerebral e cai no chão de seu gabinete ninguém consegue tomar uma decisão. Fica complicado até mesmo achar um médico em Moscou pois muitos já tinham sido mortos pelo regime. E assim ficam aqueles ministros e assessores discutindo coisas óbvias, enquanto Stálin jaz no chão, morrendo a cada minuto. Uma metáfora de seu estúpido sistema de governo. Depois que finalmente ele morre começa a disputa pelo poder, onde cada um tenta puxar o tapete do outro para tentar ser o novo líder supremo da nação. O filme, apesar de seu humor negro, tem muito a mostrar sobre a estupidez do socialismo, seus heróis fabricados e a mediocridade daqueles que estão no poder. Uma baita lição de história.
A Morte de Stalin (The Death of Stalin, Inglaterra, França, Bélgica, Canadá, 2017) Direção: Armando Iannucci / Roteiro: Armando Iannucci, David Schneider / Elenco: Steve Buscemi, Simon Russell Beale, Jeffrey Tambor / Sinopse: Quando o grande líder Stálin é encontrado morto em seu gabinete, começa uma insana luta pelo poder por seus homens mais próximos, ao mesmo tempo em que todos tentam tomar alguma decisão sobre seu funeral e enterro. Uma alegoria bem humorada, com muito humor negro, sobre os últimos dias do sanguinário e psicopata ditador da União Soviética. "Tripliquem, quadrupliquem a guarda na tumba do camarada Stálin para que ele nunca mais volte de lá", já dizia o poeta russo.
Pablo Aluísio.
Quando o filme começa vemos a corte de puxa-sacos e parasitas que orbitavam o líder assassino. Todos querendo ganhar a simpatia de Stálin, todos morrendo de medo de serem mandados para a morte certa. Diante de uma situação tão absurdamente bizarra o roteiro aproveita para fazer humor com os comunistas. Quando Stálin sofre um derrame cerebral e cai no chão de seu gabinete ninguém consegue tomar uma decisão. Fica complicado até mesmo achar um médico em Moscou pois muitos já tinham sido mortos pelo regime. E assim ficam aqueles ministros e assessores discutindo coisas óbvias, enquanto Stálin jaz no chão, morrendo a cada minuto. Uma metáfora de seu estúpido sistema de governo. Depois que finalmente ele morre começa a disputa pelo poder, onde cada um tenta puxar o tapete do outro para tentar ser o novo líder supremo da nação. O filme, apesar de seu humor negro, tem muito a mostrar sobre a estupidez do socialismo, seus heróis fabricados e a mediocridade daqueles que estão no poder. Uma baita lição de história.
A Morte de Stalin (The Death of Stalin, Inglaterra, França, Bélgica, Canadá, 2017) Direção: Armando Iannucci / Roteiro: Armando Iannucci, David Schneider / Elenco: Steve Buscemi, Simon Russell Beale, Jeffrey Tambor / Sinopse: Quando o grande líder Stálin é encontrado morto em seu gabinete, começa uma insana luta pelo poder por seus homens mais próximos, ao mesmo tempo em que todos tentam tomar alguma decisão sobre seu funeral e enterro. Uma alegoria bem humorada, com muito humor negro, sobre os últimos dias do sanguinário e psicopata ditador da União Soviética. "Tripliquem, quadrupliquem a guarda na tumba do camarada Stálin para que ele nunca mais volte de lá", já dizia o poeta russo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Gringo
Filme bem mais ou menos que usa uma sucessão de erros em seu roteiro para fazer humor. O filme não é tecnicamente uma comédia, mas aposta bastante no cinismo de seus personagens, quase todos meras caricaturas de pessoas reais. E do que se trata o enredo? Basicamente temos esse jovem gerente negro chamado Harold (David Oyelowo). Ele trabalha numa empresa do ramo farmacêutico. Tem uma bela esposa e a vida está nos eixos. Tudo muda porém quando ele precisa fazer uma viagem ao México com os patrões. Richard Rusk (Joel Edgerton) e Elaine Markinson (Charlize Theron) são os executivos dessa empresa que precisam encerrar uma parceria comercial com um cartel de drogas além da fronteira, antes que eles vendam a companhia numa lucrativa fusão com uma empresa maior. Harold não sabe dessa aliança com o mundo do crime e se dá mal.
O cartel de drogas claro não aceita o fim da "sociedade" e isso dá origem a uma série de problemas para o pobre do Harold. Ele sabe que mais cedo ou mais tarde vai perder o emprego e decide forjar um sequestro, mas tudo dá errado, porque afinal os traficantes vão acabar sequestrando ele de verdade. É um filme que cansa um pouco por ser longo demais. Deveria ter sido mais ágil na edição. As situações vão se sucedendo e isso cria um certo cansaço no espectador. O humor também não me pareceu muito bem encaixado, pois o roteiro tenta tirar graça até mesmo das situações mais violentas, como sessões de tortura, etc. No geral achei apenas razoável. Provavelmente o maior pecado dessa produção tenha sido desperdiçar a presença da atriz Charlize Theron no elenco. Ela interpreta uma mulher vulgar e ambiciosa que no final das contas nem faz muita diferença. Assim não dá!
Gringo: Vivo ou Morto (Gringo, Estados Unidos, 2018) Direção: Nash Edgerton / Roteiro: Anthony Tambakis, Matthew Stone / Elenco: Joel Edgerton, Charlize Theron, David Oyelowo / Sinopse: Harold (David Oyelowo) é um jovem gerente de uma empresa do ramo de remédios que vê sua vida virar de cabeça para baixo durante uma confusa negociação além da fronteira do México. Ele de repente se vê alvo de membros de um violento cartel de drogas, de agentes do DEA e até mesmo de mercenários contratados para localizá-lo.
Pablo Aluísio.
O cartel de drogas claro não aceita o fim da "sociedade" e isso dá origem a uma série de problemas para o pobre do Harold. Ele sabe que mais cedo ou mais tarde vai perder o emprego e decide forjar um sequestro, mas tudo dá errado, porque afinal os traficantes vão acabar sequestrando ele de verdade. É um filme que cansa um pouco por ser longo demais. Deveria ter sido mais ágil na edição. As situações vão se sucedendo e isso cria um certo cansaço no espectador. O humor também não me pareceu muito bem encaixado, pois o roteiro tenta tirar graça até mesmo das situações mais violentas, como sessões de tortura, etc. No geral achei apenas razoável. Provavelmente o maior pecado dessa produção tenha sido desperdiçar a presença da atriz Charlize Theron no elenco. Ela interpreta uma mulher vulgar e ambiciosa que no final das contas nem faz muita diferença. Assim não dá!
Gringo: Vivo ou Morto (Gringo, Estados Unidos, 2018) Direção: Nash Edgerton / Roteiro: Anthony Tambakis, Matthew Stone / Elenco: Joel Edgerton, Charlize Theron, David Oyelowo / Sinopse: Harold (David Oyelowo) é um jovem gerente de uma empresa do ramo de remédios que vê sua vida virar de cabeça para baixo durante uma confusa negociação além da fronteira do México. Ele de repente se vê alvo de membros de um violento cartel de drogas, de agentes do DEA e até mesmo de mercenários contratados para localizá-lo.
Pablo Aluísio.
Coração de Caçador
Título no Brasil: Coração de Caçador
Título Original: White Hunter, Black Heart
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Peter Viertel
Elenco: Clint Eastwood, Jeff Fahey, Charlotte Cornwell, George Dzundza, Roddy Maude-Roxby, Richard Warwick
Sinopse:
O filme conta a história do diretor de cinema John Wilson (Clint Eastwood). Um homem excêntrico que convence o estúdio que seu novo filme deve ser filmado na África, só que uma vez no continente ele passa a dar mais importância a uma caçada a elefantes, do que ao próprio filme em si.
Comentários:
Esse filme foi indicado a Palma de Ouro em Cannes. Nada mal. Até hoje é considerado um dos melhores filmes de Clint Eastwood e isso por um motivo bem simples: é uma homenagem ao cinema. Praticamente tudo o que se vê na tela foi inspirado em fatos reais, quando o diretor John Huston resolveu ir para a distante África para rodar sua nova produção. Antes Hollywood quase nunca ia até locações tão distantes, preferindo filmar tudo em seus grandes estúdios, mas Huston convenceu os executivos que era melhor ir para a região original. Uma vez na África ele se tornou obcecado em caçar um grande elefante, enlouquecendo todos que estavam envolvidos no filme, pois preferia ir em safári do que dirigir as filmagens. O filme é excelente, mas hoje em dia poucos vão se identificar ou achar interessante a história de caçador do protagonista. A visão do mundo atual repele esse tipo de caçada, pois a questão ecológica se impõe. De qualquer maneira, como retrata um passado distante, o filme não deixa de ser uma grande referência para cinéfilos em geral. John Huston, considerado um mestre da sétima arte, certamente não era politicamente correto, porém era um diretor de cinema de mão cheia. Essa assim se torna uma boa oportunidade de conhecer um capítulo de sua vida.
Pablo Aluísio.
Título Original: White Hunter, Black Heart
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Peter Viertel
Elenco: Clint Eastwood, Jeff Fahey, Charlotte Cornwell, George Dzundza, Roddy Maude-Roxby, Richard Warwick
Sinopse:
O filme conta a história do diretor de cinema John Wilson (Clint Eastwood). Um homem excêntrico que convence o estúdio que seu novo filme deve ser filmado na África, só que uma vez no continente ele passa a dar mais importância a uma caçada a elefantes, do que ao próprio filme em si.
Comentários:
Esse filme foi indicado a Palma de Ouro em Cannes. Nada mal. Até hoje é considerado um dos melhores filmes de Clint Eastwood e isso por um motivo bem simples: é uma homenagem ao cinema. Praticamente tudo o que se vê na tela foi inspirado em fatos reais, quando o diretor John Huston resolveu ir para a distante África para rodar sua nova produção. Antes Hollywood quase nunca ia até locações tão distantes, preferindo filmar tudo em seus grandes estúdios, mas Huston convenceu os executivos que era melhor ir para a região original. Uma vez na África ele se tornou obcecado em caçar um grande elefante, enlouquecendo todos que estavam envolvidos no filme, pois preferia ir em safári do que dirigir as filmagens. O filme é excelente, mas hoje em dia poucos vão se identificar ou achar interessante a história de caçador do protagonista. A visão do mundo atual repele esse tipo de caçada, pois a questão ecológica se impõe. De qualquer maneira, como retrata um passado distante, o filme não deixa de ser uma grande referência para cinéfilos em geral. John Huston, considerado um mestre da sétima arte, certamente não era politicamente correto, porém era um diretor de cinema de mão cheia. Essa assim se torna uma boa oportunidade de conhecer um capítulo de sua vida.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 4 de junho de 2018
15h17: Trem para Paris
Parece que o diretor Clint Eastwood nessa fase de sua carreira quer contar a história de heróis americanos, ou melhor dizendo, de improváveis heróis americanos. Esse tema já havia sido explorado no filme anterior dele, "Sully: O Herói do Rio Hudson". Agora Clint volta ao mesmo conceito. O enredo é simples. O diretor foca suas lentes para a amizade de três amigos, desde os tempos da infância, quando brincavam de guerra nos bosques da Califórnia, até a fase adulta, quando dois deles resolvem entrar para as forças armadas. Um vai para a Força Aérea e o outro para o Exército. Durante uma folga eles resolvem se encontrar na Europa, para conhecer novos países, novas culturas. Férias merecidas. Primeiro vão para Roma, onde conhecem o Vaticano, etc. Depois partem para a Holanda.
Após curtir bastante Amsterdã, eles decidem ir para Paris onde vão acabar seus dias de curtição. Hora de voltar ao trabalho. Na viagem para a cidade francesa acontece o inesperado. Um terrorista armado de fuzil surge no meio do trem, para executar o maior número possível de ocidentais infiéis. Loucuras do fanatismo islâmico. No meio do caos que acontece, os três jovens americanos acabam virando heróis. E nisso basicamente se resume o filme. Clint realizou uma obra cinematográfica bem enxuta, com pouco mais de 90 minutos de duração. É um exemplo da sua conhecida eficiência atrás das câmeras. Mesmo assim acabei gostando do resultado final. É um filme que procura resgatar e registrar para a história a bravura de seus personagens, sem se importar muito com aspectos periféricos. Como pura narrativa o filme, nesse quesito, se sai muito bem. Além disso traz à tona essa história que segue até bem pouco conhecida.
15h17: Trem para Paris (The 15:17 to Paris, Estados Unidos, 2018) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Dorothy Blyskal, baseado no livro escrito por Anthony Sadler / Elenco: Alek Skarlatos, Anthony Sadler, Spencer Stone / Sinopse: Durante férias na Europa três jovens americanos descobrem que estão numa situação de extremo risco, quando um terrorista islâmico resolve cometer um atentando em um trem que sai da Holanda rumo a Paris. Armado de um potente fuzil ele quer matar o maior número de ocidentais infiéis em nome de Alah! Filme baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
Após curtir bastante Amsterdã, eles decidem ir para Paris onde vão acabar seus dias de curtição. Hora de voltar ao trabalho. Na viagem para a cidade francesa acontece o inesperado. Um terrorista armado de fuzil surge no meio do trem, para executar o maior número possível de ocidentais infiéis. Loucuras do fanatismo islâmico. No meio do caos que acontece, os três jovens americanos acabam virando heróis. E nisso basicamente se resume o filme. Clint realizou uma obra cinematográfica bem enxuta, com pouco mais de 90 minutos de duração. É um exemplo da sua conhecida eficiência atrás das câmeras. Mesmo assim acabei gostando do resultado final. É um filme que procura resgatar e registrar para a história a bravura de seus personagens, sem se importar muito com aspectos periféricos. Como pura narrativa o filme, nesse quesito, se sai muito bem. Além disso traz à tona essa história que segue até bem pouco conhecida.
15h17: Trem para Paris (The 15:17 to Paris, Estados Unidos, 2018) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Dorothy Blyskal, baseado no livro escrito por Anthony Sadler / Elenco: Alek Skarlatos, Anthony Sadler, Spencer Stone / Sinopse: Durante férias na Europa três jovens americanos descobrem que estão numa situação de extremo risco, quando um terrorista islâmico resolve cometer um atentando em um trem que sai da Holanda rumo a Paris. Armado de um potente fuzil ele quer matar o maior número de ocidentais infiéis em nome de Alah! Filme baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
Os Curados
Cada vez mais complicado achar um filme de terror dessa nova safra que seja realmente bom. A maioria dos novos filmes são decepcionantes. Esse "Os Curados" é outra bobagem. Com um roteiro sobre zumbis (o tipo de monstro mais chato que existe), ele tenta inovar um pouco, sem grandes resultados. Bom, o ponto de partido é o de praxe. Um vírus desconhecido se espalha na humanidade. Os infectados viram zumbis, com todo aquele background que já conhecemos bem, aqueles maltrapilhos correndo atrás de cérebros para devorar. Pura rotina. Pois bem, uma cura é encontrada e consegue trazer de volta 75% dos doentes com o vírus. Essas pessoas que ficam boas são chamadas de "os curados". Poderia ser algo bom, mas não, pois eles começam a sofrer preconceito dentro da sociedade. Ninguém consegue confiar neles plenamente. Seria uma metáfora sobre a situação dos imigrantes na Europa atualmente? Penso que sim...
A Ellen Page é uma jovem viúva cujo marido morreu na grande contaminação. Ela recebe seu cunhado, um dos curados. O problema é que ele tem algo a esconder, pois quando infectado participou da morte do próprio irmão, justamente o marido da Page. E assim segue o filme, nesse draminha que pouco convence. A produção é fraca, pobre e sem efeitos visuais. Aliás fazer filme nesse estilo sem os recursos adequados é uma verdadeira cilada, um apocalipse zumbi, porque vai mesmo resultar em um filme ruim. Eu particularmente odeio filmes de zumbis, perdi a paciência sobre esse tipo de produção. A única coisa que me fez assistir a esse filme foi mesmo a presença da atriz Ellen Page cujo trabalho aprecio desde os tempos de "Juno". Bom, se for o seu caso também desista. A Page está apática, sem graça, sem vida. Achei inclusive que ela está envelhecida precocemente. Em um filme fraco como esse, em que nada ajuda, sua presença no elenco se torna apenas um detalhe constrangedor.
Os Curados (The Cured, Irlanda, 2017) Direção: David Freyne / Roteiro: David Freyne / Elenco: Ellen Page, Sam Keeley, Tom Vaughan-Lawlor / Sinopse: Após a proliferação de um vírus que transforma as pessoas infectadas em zumbis, um dos curados pelas novas drogas, volta para casa, para morar com a cunhada e a sobrinha. O problema é que dentro da sociedade surge um preconceito contra esses curados, pois para muitos eles não são de confiança. Haveria uma base de verdade nesse tipo de pensamento?
Pablo Aluísio.
A Ellen Page é uma jovem viúva cujo marido morreu na grande contaminação. Ela recebe seu cunhado, um dos curados. O problema é que ele tem algo a esconder, pois quando infectado participou da morte do próprio irmão, justamente o marido da Page. E assim segue o filme, nesse draminha que pouco convence. A produção é fraca, pobre e sem efeitos visuais. Aliás fazer filme nesse estilo sem os recursos adequados é uma verdadeira cilada, um apocalipse zumbi, porque vai mesmo resultar em um filme ruim. Eu particularmente odeio filmes de zumbis, perdi a paciência sobre esse tipo de produção. A única coisa que me fez assistir a esse filme foi mesmo a presença da atriz Ellen Page cujo trabalho aprecio desde os tempos de "Juno". Bom, se for o seu caso também desista. A Page está apática, sem graça, sem vida. Achei inclusive que ela está envelhecida precocemente. Em um filme fraco como esse, em que nada ajuda, sua presença no elenco se torna apenas um detalhe constrangedor.
Os Curados (The Cured, Irlanda, 2017) Direção: David Freyne / Roteiro: David Freyne / Elenco: Ellen Page, Sam Keeley, Tom Vaughan-Lawlor / Sinopse: Após a proliferação de um vírus que transforma as pessoas infectadas em zumbis, um dos curados pelas novas drogas, volta para casa, para morar com a cunhada e a sobrinha. O problema é que dentro da sociedade surge um preconceito contra esses curados, pois para muitos eles não são de confiança. Haveria uma base de verdade nesse tipo de pensamento?
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de junho de 2018
Mary Shelley
Gostei bastante desse filme. O nome da escritora Mary Shelley está ligado para sempre ao seu livro mais famoso, aquele que a tornou imortal. Ela tinha apenas 18 anos de idade quando escreveu "Frankenstein". Como isso aconteceu? É justamente essa história que o roteiro desse filme conta. Quando o filme começa Mary é apenas uma garota de 16 anos de idade que mora com o pai e os irmãos em Londres. Sua mãe faleceu no parto e seu pai viúvo ganha a vida com dificuldades, vendendo livros em um pequeno negócio. E foi justamente nesse mundo de apertos financeiros e muitos livros ao redor que Mary foi criada.
Ele gostava de livros com histórias de fantasmas. Para desgosto do pai ela ia até um cemitério próximo de sua casa, onde sua mãe estava enterrada, para ler livros de literatura gótica, muito populares na Inglaterra naquela época. Depois de alguns anos seu pai decidiu que ela deveria ir até a Escócia, passar uma temporada por lá. Foi justamente nessa região que ela iria conhecer o amor de sua vida, o poeta Percy Shelley. O filme assim vai mostrando o namoro do casal, a explosão da paixão ao som dos versos do jovem poeta e depois a decepção completa por parte dela ao saber que Percy já era casado, com esposa e filha pequena para criar. Imagine o escândalo que isso provocou.
O filme é focado mesmo na vida pessoal de Mary. Seu conturbado romance com Percy, as dificuldades dos primeiros anos, quando o casal ficou praticamente na miséria, a amizade com o infame e libertino Lord Byron e finalmente a criação da maior obra prima literária da jovem autora, o livro "Frankenstein ou o Moderno Prometeu", publicado pela primeira vez em 1823. Em apenas pouco mais de 200 páginas ela conseguira mudar a literatura de terror para sempre, criando um dos personagens mais famosos da história. O mais importante do filme porém é realmente o resgate da vida sofrida da autora. Uma jovem vitoriana que fez suas escolhas e pagou caro por elas. Conseguiu superar preconceitos, tragédias pessoais e se firmou no mundo da literatura, que na época era bem machista e conservador. Um filme essencial para quem quiser conhecer melhor a trajetória de vida de Mary Shelley e como isso influenciou na criação de sua maior obra prima.
Mary Shelley (Inglaterra, Estados Unidos, 2017) Direção: Haifaa Al-Mansour / Roteiro: Emma Jensen, Haifaa Al-Mansour / Elenco: Elle Fanning, Maisie Williams, Ben Hardy / Sinopse: Aos 16 anos de idade a jovem Mary (Elle Fanning) conhece o poeta Percy Shelley em uma fazenda na Escócia. A aproximação muda a vida dela para sempre. Completamente apaixonada, se entrega de corpo e alma ao poeta, ao mesmo tempo em que enfrenta escândalos, traições e privações pessoais de todas as formas. Filme baseado na história pessoal da escritora Mary Shelley, autora do livro "Frankenstein".
Pablo Aluísio.
Ele gostava de livros com histórias de fantasmas. Para desgosto do pai ela ia até um cemitério próximo de sua casa, onde sua mãe estava enterrada, para ler livros de literatura gótica, muito populares na Inglaterra naquela época. Depois de alguns anos seu pai decidiu que ela deveria ir até a Escócia, passar uma temporada por lá. Foi justamente nessa região que ela iria conhecer o amor de sua vida, o poeta Percy Shelley. O filme assim vai mostrando o namoro do casal, a explosão da paixão ao som dos versos do jovem poeta e depois a decepção completa por parte dela ao saber que Percy já era casado, com esposa e filha pequena para criar. Imagine o escândalo que isso provocou.
O filme é focado mesmo na vida pessoal de Mary. Seu conturbado romance com Percy, as dificuldades dos primeiros anos, quando o casal ficou praticamente na miséria, a amizade com o infame e libertino Lord Byron e finalmente a criação da maior obra prima literária da jovem autora, o livro "Frankenstein ou o Moderno Prometeu", publicado pela primeira vez em 1823. Em apenas pouco mais de 200 páginas ela conseguira mudar a literatura de terror para sempre, criando um dos personagens mais famosos da história. O mais importante do filme porém é realmente o resgate da vida sofrida da autora. Uma jovem vitoriana que fez suas escolhas e pagou caro por elas. Conseguiu superar preconceitos, tragédias pessoais e se firmou no mundo da literatura, que na época era bem machista e conservador. Um filme essencial para quem quiser conhecer melhor a trajetória de vida de Mary Shelley e como isso influenciou na criação de sua maior obra prima.
Mary Shelley (Inglaterra, Estados Unidos, 2017) Direção: Haifaa Al-Mansour / Roteiro: Emma Jensen, Haifaa Al-Mansour / Elenco: Elle Fanning, Maisie Williams, Ben Hardy / Sinopse: Aos 16 anos de idade a jovem Mary (Elle Fanning) conhece o poeta Percy Shelley em uma fazenda na Escócia. A aproximação muda a vida dela para sempre. Completamente apaixonada, se entrega de corpo e alma ao poeta, ao mesmo tempo em que enfrenta escândalos, traições e privações pessoais de todas as formas. Filme baseado na história pessoal da escritora Mary Shelley, autora do livro "Frankenstein".
Pablo Aluísio.
Fahrenheit 451
Não consegui apreciar muito essa nova versão para o clássico livro "Fahrenheit 451". Já havia achado a versão dos anos 60 muito hermética, nada digerível para acompanhar. Essa nova versão ameniza em certo aspectos as premissas do livro, mas mesmo assim não consegue funcionar bem. Se você não se lembra ou não conhece, a trama se passa no futuro, em um Estado autoritário que controla tudo e a todos. Os livros são vistos como produtos perigosos e subversivos. O mesmo vale para filmes, discos e qualquer manifestação cultural. Para eliminar tudo dentro do seio da comunidade existe um grupo de bombeiros que ao invés de apagar incêndios tocam fogo em pilhas e pilhas de livros descobertos nas casas dos elementos rebeldes.
O protagonista é um jovem bombeiro negro que um dia decide levar um livro desses para casa, por mera curiosidade. Assim que começa a ler percebe que em suas páginas são feitas perguntas pertinentes sobre a vida e a sociedade. Isso desperta nele um senso crítico que ele jamais poderia pensar existir em sua mente. Não demora muito e ele entra em crise existencial, ficando abalado na sua rotina de perseguir rebeldes e queimar livros. A produção do canal HBO é um pouco decepcionante. Diria até que a direção de arte do filme original é muito mais interessante que esse remake. Nada há de muito incrível de se ver em termos de efeitos especiais. A profundidade da mensagem do roteiro também é fraca, nunca indo fundo demais nas questões importantes. Assim temos um filme que deixa a desejar. Não empolga e a única coisa boa vem do elenco, pois os atores Michael B. Jordan e principalmente Michael Shannon parecem empenhados em atuar bem. Fora isso nada muito digno de nota.
Fahrenheit 451 (Estados Unidos, 2018) Direção: Ramin Bahrani / Roteiro: Ramin Bahrani / Elenco: Michael B. Jordan, Michael Shannon, Aaron Davis, Cindy Katz / Sinopse: Adaptação para as telas do livro escrito por Ray Bradbury. Em um mundo futurista e autoritário, os livros são considerados nocivos para a sociedade. Para que todos vivam em felicidade eles devem ser queimados. Um membro do pelotão de bombeiros, especializado nessa função, começa a se questionar após levar um exemplar de um livro para casa. Ele passa a se questionar sobre o que faz e sobre as obras de literatura que queima todos os dias.
Pablo Aluísio.
O protagonista é um jovem bombeiro negro que um dia decide levar um livro desses para casa, por mera curiosidade. Assim que começa a ler percebe que em suas páginas são feitas perguntas pertinentes sobre a vida e a sociedade. Isso desperta nele um senso crítico que ele jamais poderia pensar existir em sua mente. Não demora muito e ele entra em crise existencial, ficando abalado na sua rotina de perseguir rebeldes e queimar livros. A produção do canal HBO é um pouco decepcionante. Diria até que a direção de arte do filme original é muito mais interessante que esse remake. Nada há de muito incrível de se ver em termos de efeitos especiais. A profundidade da mensagem do roteiro também é fraca, nunca indo fundo demais nas questões importantes. Assim temos um filme que deixa a desejar. Não empolga e a única coisa boa vem do elenco, pois os atores Michael B. Jordan e principalmente Michael Shannon parecem empenhados em atuar bem. Fora isso nada muito digno de nota.
Fahrenheit 451 (Estados Unidos, 2018) Direção: Ramin Bahrani / Roteiro: Ramin Bahrani / Elenco: Michael B. Jordan, Michael Shannon, Aaron Davis, Cindy Katz / Sinopse: Adaptação para as telas do livro escrito por Ray Bradbury. Em um mundo futurista e autoritário, os livros são considerados nocivos para a sociedade. Para que todos vivam em felicidade eles devem ser queimados. Um membro do pelotão de bombeiros, especializado nessa função, começa a se questionar após levar um exemplar de um livro para casa. Ele passa a se questionar sobre o que faz e sobre as obras de literatura que queima todos os dias.
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de junho de 2018
Crimes Obscuros
Provavelmente você cresceu assistindo aos filmes do Jim Carrey. As comédias malucas, onde o ator comediante sempre exagerava nas caretas a cada nova cena. Ele fez muito sucesso nessa linha. Agora, aos 56 anos de idade, ele tem procurado por novos caminhos. Nada de comédias, nada de personagens como o Máscara. Aqui ele interpreta um policial polonês. Após cair em desgraça dentro da corporação ao plantar provas falsas e ser descoberto por isso, ele vê uma chance de recomeçar ao se deparar com um velho caso sem solução. Uma investigação de um rapaz que foi brutalmente assassinado. Envolvido em uma rede de prostituição e masoquismo, acabou sendo morto por um cliente que foi longe demais. O mais intrigante é que mesmo após anos de investigação a polícia nunca conseguira chegar na identidade do assassino. Seria algum figurão intocável?
O tira envelhecido interpretado por Carrey vai juntando as pistas e acaba chegando na figura de um escritor de livros sobre perversão sexual. Nem preciso dizer que as coisas vão se complicando cada vez mais, até chegar em pessoas que estavam acima de qualquer suspeita. Achei o filme bem pesado. Não há lugar para ironias ou tiradas cômicas. Aquele lado da Europa que penou com o comunismo surge cinza, escura, fria e triste. O lugar ideal para degenerados sexuais surgirem para explorar jovens e inocentes garotas. Fica claro desde a primeira cena que Jim Carrey quer provar que pode topar qualquer personagem, qualquer desafio. Sem um pingo de humor o seu investigador policial é um homem sem esperanças. Ficando careca, barrigudo e com um grande barba branca messiânica que em nada lembra seu passado como Clown. Nunca deixa de ser interessante ver Carrey interpretando alguém tão sinistro, mas também fica o gostinho de decepção no ar ao perceber que o filme nunca chega a funcionar muito bem. É um potencial que não se cumpre em seus noventa minutos de duração.
Crimes Obscuros (Dark Crimes, Inglaterra, Estados Unidos, Polônia, 2016) Direção: Alexandros Avranas / Roteiro: Jeremy Brock, baseado em artigo escrito por David Grann / Elenco: Jim Carrey, Charlotte Gainsbourg, Marton Csokas / Sinopse: Veterano investigador, em crise na carreira após ter plantado provas em um caso explorado pela imprensa, vê a grande chance de recuperar seu prestígio como policial ao reabrir um velho caso arquivado de homicídio. As novas pistas o levam até um escritor de romances pornográficos e pervertidos, mas isso parece ser apenas a ponta do iceberg, envolvendo uma extensa rede de prostituição e masoquismo nos porões da cidade.
Pablo Aluísio.
O tira envelhecido interpretado por Carrey vai juntando as pistas e acaba chegando na figura de um escritor de livros sobre perversão sexual. Nem preciso dizer que as coisas vão se complicando cada vez mais, até chegar em pessoas que estavam acima de qualquer suspeita. Achei o filme bem pesado. Não há lugar para ironias ou tiradas cômicas. Aquele lado da Europa que penou com o comunismo surge cinza, escura, fria e triste. O lugar ideal para degenerados sexuais surgirem para explorar jovens e inocentes garotas. Fica claro desde a primeira cena que Jim Carrey quer provar que pode topar qualquer personagem, qualquer desafio. Sem um pingo de humor o seu investigador policial é um homem sem esperanças. Ficando careca, barrigudo e com um grande barba branca messiânica que em nada lembra seu passado como Clown. Nunca deixa de ser interessante ver Carrey interpretando alguém tão sinistro, mas também fica o gostinho de decepção no ar ao perceber que o filme nunca chega a funcionar muito bem. É um potencial que não se cumpre em seus noventa minutos de duração.
Crimes Obscuros (Dark Crimes, Inglaterra, Estados Unidos, Polônia, 2016) Direção: Alexandros Avranas / Roteiro: Jeremy Brock, baseado em artigo escrito por David Grann / Elenco: Jim Carrey, Charlotte Gainsbourg, Marton Csokas / Sinopse: Veterano investigador, em crise na carreira após ter plantado provas em um caso explorado pela imprensa, vê a grande chance de recuperar seu prestígio como policial ao reabrir um velho caso arquivado de homicídio. As novas pistas o levam até um escritor de romances pornográficos e pervertidos, mas isso parece ser apenas a ponta do iceberg, envolvendo uma extensa rede de prostituição e masoquismo nos porões da cidade.
Pablo Aluísio.
Na Escuridão
Tipicamente aquele caso de filme que começa bem, mas que depois vai decaindo, decaindo... até chegar em um final decepcionante. Quando o filme começa conhecemos a protagonista, uma jovem cega chamada Sofia (Natalie Dormer). Apesar de seu problema ela tenta ter uma vida normal. Todos os dias vai para o trabalho de metrô. Ela é uma pianista talentosa, que atua numa orquestra de sua cidade. A vida vai seguindo em frente até que sua vizinha cai (ou é jogada) de seu apartamento. A polícia logo a interroga, atrás de informações, já que Sofia mora no apartamento de baixo, então se ela tivesse ouvido alguma coisa seria de grande ajuda. Sofia nega, diz que não ouviu nada no dia da morte, mas está mentindo. Pessoas com problemas em alguns dos sentidos acaba desenvolvendo muito bem todos os outros. Ela não vê nada, mas ouviu tudo o que aconteceu. Vira logo uma peça chave na solução do crime.
Assim o que poderia ser um thriller de suspense dos mais interessantes acaba se perdendo bastante quando o roteiro vai se desenvolvendo e percebemos que Sofia nem é a pessoa indefesa e vulnerável que pensamos. Por falar em roteiro ele foi escrito pela própria atriz Natalie Dormer. Assim de nome você provavelmente não vai se lembrar dela, mas se gosta de séries a reconhecerá imediatamente. Ela foi a trágica rainha Ana Bolena em "The Tudors". Mais recentemente esteve em "Game of Thrones" no papel de Margaery Tyrell. Em eventos de cultura nerd ela é sempre muito bem recebida, causando sensação nos fãs da série. Pois bem, nesse filme aqui a fantasia é deixada de lado. No background de tudo está a guerra dos Balcãs, mas revelar mais seria estragar algumas surpresas do roteiro. No geral não achei um grande filme. Ele, como já escrevi, começa bem, apostando numa trama simples, mas se perde ao querer trazer complexidade demais nos eventos que se sucedem. Muitas vezes a simplicidade é o melhor caminho a seguir.
Na Escuridão (In Darkness, Inglaterra, Estados Unidos, 2018) Direção: Anthony Byrne / Roteiro: Anthony Byrne, Natalie Dormer / Elenco: Natalie Dormer, Emily Ratajkowski, Ed Skrein / Sinopse: Sofia (Natalie Dormer) é uma jovem pianista que tenta levar uma vida normal apesar de ser cega. Uma noite sua vizinha do andar de cima cai (ou e é jogada) de seu apartamento e morre. Depois disso Sofia vira alvo da polícia e dos supostos criminosos, todos tentando descobrir o que ela ouviu naquela noite em que tudo aconteceu.
Pablo Aluísio.
Assim o que poderia ser um thriller de suspense dos mais interessantes acaba se perdendo bastante quando o roteiro vai se desenvolvendo e percebemos que Sofia nem é a pessoa indefesa e vulnerável que pensamos. Por falar em roteiro ele foi escrito pela própria atriz Natalie Dormer. Assim de nome você provavelmente não vai se lembrar dela, mas se gosta de séries a reconhecerá imediatamente. Ela foi a trágica rainha Ana Bolena em "The Tudors". Mais recentemente esteve em "Game of Thrones" no papel de Margaery Tyrell. Em eventos de cultura nerd ela é sempre muito bem recebida, causando sensação nos fãs da série. Pois bem, nesse filme aqui a fantasia é deixada de lado. No background de tudo está a guerra dos Balcãs, mas revelar mais seria estragar algumas surpresas do roteiro. No geral não achei um grande filme. Ele, como já escrevi, começa bem, apostando numa trama simples, mas se perde ao querer trazer complexidade demais nos eventos que se sucedem. Muitas vezes a simplicidade é o melhor caminho a seguir.
Na Escuridão (In Darkness, Inglaterra, Estados Unidos, 2018) Direção: Anthony Byrne / Roteiro: Anthony Byrne, Natalie Dormer / Elenco: Natalie Dormer, Emily Ratajkowski, Ed Skrein / Sinopse: Sofia (Natalie Dormer) é uma jovem pianista que tenta levar uma vida normal apesar de ser cega. Uma noite sua vizinha do andar de cima cai (ou e é jogada) de seu apartamento e morre. Depois disso Sofia vira alvo da polícia e dos supostos criminosos, todos tentando descobrir o que ela ouviu naquela noite em que tudo aconteceu.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)