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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

A Vida Extraordinária de David Copperfield

Título no Brasil: A Vida Extraordinária de David Copperfield
Título Original: The Personal History of David Copperfield
Ano de Produção: 2019
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Film 4, FilmNation Entertainment
Direção: Armando Iannucci
Roteiro: Simon Blackwell
Elenco: Dev Patel, Hugh Laurie, Tilda Swinton. Aneurin Barnard, Tuwaine Barrett, Nigel Betts

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Charles Dickens, o filme conta a história de um jovem chamado David Copperfield. Vivendo na era vitoriana, na Inglaterra do século XIX, ele tenta encontrar um camnho na vida, sempre procurando fugir da pobreza de suas origens humildes. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor elenco.

Comentários:
Os especialistas na obra do escritor Charles Dickens afirmam que esse personagem David Copperfield seria na verdade um alter ego do próprio autor. Claro, não seria uma autobiografia completamente fiel, mas sim um personagem literário em que Dickens aproveitou para falar de si mesmo, de suas experiências de vida. Inclusive muitos dos coadjuvantes dessa história são meras adaptações para a literatura de pessoas reais, que Dickens conheceu ao longo de sua vida. Por isso, para quem aprecia esse escritor, esse sempre foi um de seus livros mais recomendados. É Dickens se olhando pelo espelho, criando uma imagem de si mesmo nas páginas de seus livros. O livro é um clássico da literatura inglesa. Uma obra maravilhosa. Já esse filme não me agradou completamente. Essa adaptação para o cinema me soou mais como um "teatro do absurdo" do que propriamente um roteiro puramente cinematográfico. Há ótimas escolhas no elenco, como por exemplo Hugh Laurie, porém não achei o filme bem editado e roteirizado, com certas escolhas de humor que me desagradaram. Por isso recomendo a leitura do livro, sempre. Já esse filme, passa um tanto longe da genialidade de Charles Dickens.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

A Morte de Stalin

Historicamente as coisas não aconteceram exatamente da forma que o filme mostra, mas esse tipo de licença poética foi necessária para que o roteiro inserisse muito humor negro em sua narrativa. O importante é que a essência de tudo o que aconteceu foi preservada. E olha que o resultado final ficou muito bom. Como o título já deixa claro o filme mostra os últimos dias do ditador soviético Stálin e o caos que se criou após sua morte. Tirano sanguinário que matou mais do que Hitler, Stálin era uma cria da ilusão do comunismo. Assim que tomou o poder absoluto começou a matar todos os opositores ao seu regime, fossem eles reais ou apenas imaginários. Claro que em um sistema de pura violência como esse, onde a vida não valia nada, todos ao seu redor agiam com extrema paranoia, pois a qualquer momento eles poderiam entrar para as listas dos inimigos "do povo", sendo executados sumariamente.

Quando o filme começa vemos a corte de puxa-sacos e parasitas que orbitavam o líder assassino. Todos querendo ganhar a simpatia de Stálin, todos morrendo de medo de serem mandados para a morte certa. Diante de uma situação tão absurdamente bizarra o roteiro aproveita para fazer humor com os comunistas. Quando Stálin sofre um derrame cerebral e cai no chão de seu gabinete ninguém consegue tomar uma decisão. Fica complicado até mesmo achar um médico em Moscou pois muitos já tinham sido mortos pelo regime. E assim ficam aqueles ministros e assessores discutindo coisas óbvias, enquanto Stálin jaz no chão, morrendo a cada minuto. Uma metáfora de seu estúpido sistema de governo. Depois que finalmente ele morre começa a disputa pelo poder, onde cada um tenta puxar o tapete do outro para tentar ser o novo líder supremo da nação. O filme, apesar de seu humor negro, tem muito a mostrar sobre a estupidez do socialismo, seus heróis fabricados e a mediocridade daqueles que estão no poder. Uma baita lição de história.

A Morte de Stalin (The Death of Stalin, Inglaterra, França, Bélgica, Canadá, 2017) Direção: Armando Iannucci / Roteiro: Armando Iannucci, David Schneider / Elenco: Steve Buscemi, Simon Russell Beale, Jeffrey Tambor / Sinopse: Quando o grande líder Stálin é encontrado morto em seu gabinete, começa uma insana luta pelo poder por seus homens mais próximos, ao mesmo tempo em que todos tentam tomar alguma decisão sobre seu funeral e enterro. Uma alegoria bem humorada, com muito humor negro, sobre os últimos dias do sanguinário e psicopata ditador da União Soviética. "Tripliquem, quadrupliquem a guarda na tumba do camarada Stálin para que ele nunca mais volte de lá", já dizia o poeta russo.

Pablo Aluísio.