quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Gotham - Primeira Temporada

Gotham 1.01 - Pilot
Muito bom esse primeiro episódio dessa nova séria da Warner. A primeira cena já mostra que teremos coisa muito boa pela frente. O garoto Bruce Wayne sai do cinema ao lado dos pais e são encurralados em um beco escuro e deserto. O suposto assaltante acaba matando os dois. Se você conhece a mitologia do Batman sabe muito bem que esse é o ponto de partida decisivo de toda a sua vida. Depois desse crime terrível finalmente surge Jim Gordon (Ben McKenzie). Ele é um novato no departamento de polícia da cidade. Idealista e honesto, Gordon promete ao jovem Bruce Wayne que irá desvendar esse crime (mal sabendo que no futuro ambos serão grandes parceiros na luta contra o crime!). O roteiro desse episódio piloto foi muito bem escrito pois vai introduzindo todos os grandes personagens e vilões do universo de Batman de forma muito sutil e inteligente. Ainda jovens e no começo de suas carreiras criminosas lá estão o Pinguim, a Mulher-Gato, o Charada (que passa despercebido de muitos) e o infame mafioso Carmine Falcone (também muito bem explorado na nova saga em quadrinhos "Batman Eterno"). O ator que intepreta Gordon (futuro comissário da cidade) é o conhecido Ben McKenzie. Não se lembra dele? Ora, apesar de ainda ser bem jovem já é um veterano de boas séries de TV desde "The O.C", passando pela mais recente "Southland", onde também interpretava um policial em uma cidade repleta de crimes e violência. Curiosamente não é o primeiro trabalho do ator envolvendo Batman, pois ele dublou o famoso personagem na elogiada animação "Batman: Ano Um" em 2011. Pelo jeito tomou gosto por esse universo. No saldo geral gostei de praticamente tudo, dos figurinos, da direção de arte primorosa, do elenco, do bom enredo e principalmente pelos pequenos detalhes que vão surgindo aos poucos, fazendo com que o fã do Homem-Morcego se sinta verdadeiramente desafiado a ir juntando todas as peças. Realmente, pelo que se vê aqui, essa série promete e muito! Das novas que estão pintando na programação é certamente uma das mais promissoras. / Gotham 1.01 - Pilot (EUA, 2014) Direção: Danny Cannon / Roteiro: Bruno Heller, Mitch Brian / Elenco: Ben McKenzie, Jada Pinkett Smith, Donal Logue.

Gotham 1.02 - Selina Kyle
Há um novo temor em Gotham City. Um estranho casal está recolhendo crianças abandonadas pelas ruas. Sorridentes, chegando oferecendo guloseimas e doces, eles atraem as crianças e depois as levam, sem que ninguém saiba exatamente do que se trata. Entre os adolescentes que viram alvo está justamente a jovem Selina, que prefere ser chamada de "Cat" (sim, estamos na presença da futura Mulher-Gato). Interpretada pela atriz Camren Bicondova, ela se torna a única a escapar das garras desses criminosos. Enquanto isso o mordomo Alfred procura novamente pelo policial James Gordon (Ben McKenzie). Ele deseja que Gordon tenha novamente uma conversa com o garoto Bruce Wayne que começa a desenvolver um estranho comportamento, desafiando o medo e a dor com exercícios de resistência, como colocar sua própria mão em uma vela acessa. A vida de Gordon inclusive anda bem movimentada. Ele está de namoro com a riquinha Barbara, que indiretamente o usa para conseguir furos de notícias no jornal onde trabalha. Já no mundo do crime o mafioso Carmine Falcone (John Doman) resolve enfrentar frente a frente Fish Mooney (Jada Pinkett Smith). Os rumores que ela estaria prestes a derrubá-lo teriam algum fundamento? E o que falar de Oswald Cobblepot (Robin Lord Taylor)? Com andar esquisito que lhe valeu o apelido de Pinguim, ele precisa retornar para Gotham após cair no lago da cidade. Depois de várias horas andando pela estrada acaba conseguindo carona de dois jovens estudantes. Péssima ideia por parte deles. Assim que entra no carro ele dá execução a mais uma atividade criminosa, matando um deles, para depois pedir um gordo resgate pelo sobrevivente. Assim temos mais um bom episódio dessa série que ao que tudo indica veio mesmo para ficar. / Gotham 1.02 - Selina Kyle (EUA, 2014) Direção: Danny Cannon / Roteiro: Bruno Heller  / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.03 - The Balloonman
Eticamente falando Gotham City mais se parece com uma lata de lixo. Os políticos são corruptos, os juízes corrompidos e os policiais extremamente mal vistos pela população. No meio de tanta desilusão e falta de esperanças não é de se espantar que comecem a surgir vigilantes pela cidade, entre eles aquele chamado pela imprensa de Balloonman (O Homem-Balão). Estranho nome não é mesmo? Sim... acontece que ele prende a escória de Gotham em um balão e os deixa subir até a estratosfera, onde obviamente morrem por falta de oxigênio. Para Gordon (Ben McKenzie) nada justifica esse tipo de comportamento pois a justiça feita pelas próprias mãos vai contra a letra da lei. Ele acredito que isso é um reflexo da podridão moral que reina em todos os cantos da cidade. Enquanto isso Oswald Cobblepot (Robin Lord Taylor), o Pinguim, está de volta à cidade. Assim que chega presencia todos os tipos de atos ilegais, assaltos, policiais recebendo propina, furtos e tudo o mais que se possa imaginar. Obviamente sente-se em casa novamente já que ele tem uma mente deteriorada, sem quaisquer valores morais. Por enquanto porém ele ainda está longe de seus dias de glória no submundo do crime e resolve ganhar uns trocados como copeiro em um restaurante italiano. Lá acaba conhecendo Sal Maroni, um mafioso que parece ter saído direto de uma reunião da cosa nostra. Se você acompanhou Dexter vai reconhecer de imediato o ator David Zayas que interpreta esse personagem. Não lembra muito dele? Sim, é o próprio Sargento Angel Batista da Miami Metro Police do seriado sobre o mais famoso serial killer da TV. Por fim a adolescente Cat (a futura Mulher-Gato) acaba passando a perna em Gordon, o deixando literalmente afundado em um bueiro de esgoto. Certos hábitos felinos já parecem nascer com as pessoas... / Gotham 1.03 - The Balloonman (EUA, 2014) Direção: Dermott Downs / Roteiro: Bruno Heller, John Stephens / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.04 - Arkham
Quem acompanha as sagas do Batman sabe muito bem que o asilo Arkham é o terrível hospício para onde são levados todos os criminosos insanos de Gotham City. Por lá já estiveram o Coringa, o Charada, a Mulher Gato e todos os demais vilões malucos que povoam o universo do Homem Morcego. Pois bem, nesse episódio dois mafiosos disputam entre si para dominar o lugar onde Arkham está localizada. É o último bairro a ser explorado economicamente em Gotham e os planos do prefeito em modernizar aquela instituição - ou até mesmo transferi-la de lugar, acaba acirrando os ânimos entre os criminosos da cidade, pois todos eles querem levar seu pedaço nessa transação. Como se sabe Gotham parece com o nosso Brasil, sendo que praticamente todos os políticos são corruptos e as instituições públicas, como a própria prefeitura, parecem corrompidos até a alma pela lama da corrupção desenfreada. Por falar nisso o policial James Gordon (Ben McKenzie) é designado para investigar a morte de vários vereadores da cidade, todos eles envolvidos de alguma forma com o crime organizado (não disse que se parece muito com nosso querido país?). Na outra ponta narrativa Oswald Cobblepot (Robin Lord Taylor), mais conhecido por Pinguim, começa a subir lentamente dentro da hierarquia criminosa da quadrilha de Sal Maroni (interpretado pelo excelente David Zayas, o desde já eterno Sgt. Angel Batista da maravilhosa série "Dexter"). Então basicamente é isso. Um bom episódio que mantém o bom nível dessa inovadora transposição do universo Batman para a TV. Ah... e antes que me esqueça: há um hitman (assassino profissional) muito interessante nesse episódio, um sujeito frio e calculista que mata com requintes de crueldade, usando de uma arma toda singular. / Gotham 1.04 - Arkham (EUA, 2014) Direção: T.J. Scott / Roteiro: Bruno Heller, Ken Woodruff/ Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz, David Zayas.

Gotham 1.05 - Viper
Há uma nova droga nas ruas de Gotham City chamada Viper. Aquele que a toma começa a ter uma força fora do normal, porém o efeito não dura muito e em pouco tempo toda a estrutura óssea do viciado se transforma em pó. Algo bem devastador. Mais um problema sério surgido dentro do mundo da criminalidade que James Gordon (Ben McKenzie) precisa lidar. As investigações porém reservam mais surpresas do que era de se esperar, uma vez que o produto parece ter sido criado dentro das próprias empresas Wayne, revelando um submundo de corrupção ignorado até mesmo pelo jovem Bruce Wayne (David Mazouz) que, apesar de ser apenas um garoto, começa a se preocupar profundamente com os rumos da empresa que seu pai lhe deixou como herança e legado. Esse episódio é muito interessante e de forma indireta conta a estória do surgimento do vilão Bane, aquele fortão com super força que acabou se destacando até mesmo nos filmes de Batman no cinema. No mais, os roteiristas novamente exploram a subida ao mundo do crime do Pinguim (Robin Lord Taylor), aqui ainda um jovem inexperiente, lavador de pratos, numa das cantinas do chefão mafioso Sal Maroni (David Zayas). Ambicioso e mal caráter, ele está determinado a subir na hierarquia do crime de Gotham. Quem diria que uma origem tão humilde criaria um dos melhores inimigos da mitologia do homem-morcego? Pois é... / Gotham 1.05 - Viper (EUA, 2014) Direção: Tim Hunter / Roteiro: Bruno Heller, Rebecca Perry Cutter/ Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.06 - Spirit of the Goat
Dez anos antes Gotham City foi assolada por um estranho criminoso, um sujeito que afirmava estar possuído pelo "Espírito do Bode", uma entidade satanista que exigia sangue humano em rituais de magia negra e morte. Depois de uma caçada implacável o detetive Harvey Bullock (Donal Logue) finalmente conseguiu colocar as mãos no maníaco. Agora, uma década depois, ele precisa lidar com o mesmo tipo de modus operandi do passado. Estaria o assassino de volta? Impossível, já que ele havia sido morto pelo próprio Bullock. As vítimas agora são jovens de famílias ricas, herdeiros de verdadeiros impérios industriais da cidade. As investigações apontam para a existência de um copycat (assassinos que matam suas vítimas imitando velhos modos de execução de psicopatas do passado, geralmente o fazendo como uma maneira de "homenagear" seus "ídolos" no mundo do crime e da perversão). Bom episódio da série Gotham, com enredo fechado em si mesmo, o que deixa a brecha aberta para quem quiser assistir sem necessariamente ter assistido a todos os demais episódios. O roteiro abre possibilidades interessantes, entre elas a existência de uma possessão do demônio que se repetiria ao longo do tempo. Será mesmo? Ou apenas se está diante da mente muito perturbada de alguém que deseja reviver todos aqueles crimes? Só vendo para conferir. PS: a solução de toda a trama é muito boa, mas carece de um clímax mais empolgante. / Gotham 1.06 - Spirit of the Goat (EUA, 2014) Direção: T.J. Scott / Roteiro: Bruno Heller, Ben Edlund/ Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.07 - Penguin's Umbrella
Mesmo a passos de tartaruga sigo acompanhando "Gotham". Acredito que essa série vai responder a uma questão crucial: Será que uma série que se passa no universo de Batman, com todos os clássicos vilões, mas sem a presença do super-herói, pode realmente dar certo? "Gotham" é passada logo após a morte dos pais de Bruce Wayne e ele é apenas um garoto. O Pinguim, por exemplo, é também apenas um jovem que deseja subir na hierarquia do mundo do crime. E é justamente em cima dele que se desenvolve o enredo desse episódio. Oswald Cobblepot (o nome real do famoso vilão) é interpretado pelo bom ator Robin Lord Taylor. Ele é uma figura estranha, com cabelos sem forma e o famoso andar que lhe valeu o seu mais conhecido apelido. Dentro da criminalidade ainda não é ninguém. Na superfície parece trabalhar para o gangster Sal Maroni (David Zayas), mas na verdade está sob as ordens do rival Carmine Falcone (John Doman). É um informante que repassa informações importantes para a outra quadrilha. Esses dois chefões mafiosos vieram inclusive diretamente do mundo dos quadrinhos. Como Gotham City é um poço de crime e corrupção não poderia haver a ausência de tipos como esses. O próprio Falcone aliás resolve sequestrar a bela Barbara Kean (futura esposa do inspetor Gordon) para lhe pressionar diretamente. Numa das melhores cenas o próprio James Gordon (Ben McKenzie) é intimidado dentro da central de polícia, mostrando que as instituições não andam muito bem na cidade. Assim "Gotham" vai prendendo nossa atenção. Não diria que se tornará um grande sucesso e nem que terá muitas temporadas pela frente (justamente pela ausência do Batman), mas que é no mínimo um bom programa para se assistir no fim de semana, isso certamente é. / Gotham 1.07 - Penguin's Umbrella (EUA, 2014) Direção: Rob Bailey / Roteiro: Bruno Heller / Elenco:  Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz, John Doman, Robin Lord Taylor, David Zayas.

Gotham 1.08 - The Mask
James Gordon (Ben McKenzie) tem um novo caso para resolver. Um jovem recém formado, que há tempos vinha procurando por emprego no ramo das finanças de Gotham, é encontrado morto na rua. Os ferimentos comprovam que sua morte foi violenta. Aos poucos Gordon vai descobrindo que dentro do mercado de ações impera realmente uma competição feroz e desumana e não, não estamos nos referindo apenas ao lado mais cruel do capitalismo selvagem americano. Enquanto Gordon tenta localizar os responsáveis pela morte do jovem a cidade fervilha dentro do mundo do crime. Oswald Cobblepot (Robin Lord Taylor) entra em um espiral de traições e conspirações envolvendo os principais líderes criminosos da cidade. Jurado de morte por Fish Mooney (Jada Pinkett Smith) ele escapa da morte por causa da intervenção do chefão mafioso Carmine Falcone. Já para o pequeno Bruce Wayne, ainda uma criança fragilizada e traumatizada pela morte dos pais, a vida na escola não anda nada fácil. Vítima de intimidação e bullying pelos colegas, ele precisa aprender rápido a se defender, algo que contará com o apoio do fiel mordomo Alfred. Uma verdadeira chama inicial do que viria a se transformar nos anos seguintes. Por fim, a garota Selina Kyle, futura Mulher-Gato, é pega no flagrante por tiras ao tentar sair pelas ruas com uma coleção de roupas de pele. Pelo visto desde a adolescência ela já não era uma moça de fino trato! Mais um bom episódio de "Gotham", onde vários personagens clássicos da saga do Batman surgem em suas origens. O Pinguim, por exemplo, nada mais é do que um jovem aspirante ao topo do mundo do crime. Pela boa produção e pelos roteiros cheios de referências a série é uma boa pedida para o fim de semana. / Gotham 1.08 - The Mask (EUA, 2014) Direção: Paul A. Edwards / Roteiro: Bruno Heller, John Stephens / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.09 - Harvey Dent
Nesse episódio a série "Gotham" apresenta o vilão Duas-Caras. Na história da série, passada ainda quando Bruce Wayne é apenas um garotinho, Harvey Dent nada mais é do que um jovem promotor com acessos de ira. Ele quer encurralar um figurão da cidade, um empresário bilionário, e não mede esforços para conseguir seus objetivos. Sempre com uma moeda nas mãos, com duas faces iguais, cabelo engomadinho, ele já demonstra claramente alguns sinais de desequilíbrio mental que iriam se tornar a marca registrada do vilão dentro da mitologia do Batman. Outro aspecto curioso vem da aproximação entre Selina Kyle (a futura Mulher-Gato, interpretada pela gatinha Camren Bicondova) e o adolescente Bruce Wayne (David Mazouz). Ela é levada para a mansão da família Wayne por James Gordon (Ben McKenzie) pois o detetive está apostando todas as suas fichas nela como a principal testemunha para localizar o assassino dos pais do jovem Wayne. Claro que logo pinta um romancezinho entre eles. No outro arco narrativo o policial ainda precisa deter a ação de um jovem especializado em explosivos. Após ele destruir mais de dez prédios em Gotham City é finalmente capturado, mas logo depois é solto pela ação de um quadrilha que o liberta enquanto está sendo transferido da prisão. Ao que tudo indica seria um grupo criminoso formado apenas por russos que seguiria as ordens do mafioso Falcone. "Harvey Dent" é um bom episódio de origens, para ir introduzindo novos personagens clássicos na série de TV. Não há nada de muito marcante, porém a paquera entre Wayne e Selina acaba se tornando a melhor coisa do roteiro. Afinal de contas esse seria o começo de um caso amoroso dos mais complicados do mundo dos quadrinhos, um caso clássico de amor e ódio que nunca consegue se definir direito, mesmo após longos anos. Um amor mal resolvido que não deixa de ser também cativante. / Gotham 1.09 - Harvey Dent (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Bruno Heller, Ken Woodruff / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.10 - Lovecraft
Selina Kyle (Camren Bicondova) acaba sendo alvo de criminosos que invadem a mansão Wayne para colocar as mãos nela. Acontece que Selina sabe demais. Ela é provavelmente a única testemunha da morte dos pais do garoto Bruce Wayne (David Mazouz) e por essa razão se torna imperativo pegá-la. Ela, fazendo jus ao fato de ser a futura Mulher-Gato, consegue escapar ao lado de Bruce. Acabam indo parar em um velho depósito abandonado da cidade onde moradores de rua, órfãos abandonados e pessoas sem rumo se encontram todos os dias. É justamente lá que Bruce encontra pela primeira vez Ivy Pepper (Clare Foley), uma garotinha ruiva. Não está ligando o nome à pessoa? No futuro ela se tornará uma das vilãs mais conhecidas do universo Batman, a Hera Venenosa. Pois bem, enquanto Bruce e Selina conhecem o lado menos glamourosa de Gotham City, o policial James Gordon (Ben McKenzie) também passa por apuros. Ao mexer com um figurão da cidade acaba enfurecendo o prefeito. Como punição acaba sendo enviado para ser guarda no manicômio e asilo Arkham, onde estão presos alguns dos mais loucos e infames criminosos da cidade - o que certamente também abrirá novos rumos para a série. Em suma, Gotham continua muito interessante de se acompanhar, principalmente pelo fato de ser uma série muito bem produzida, com direção de arte de extremo bom gosto. Tudo muito comum nas produções da Warner Bros. O padrão de qualidade típico do estúdio se faz presente em praticamente todas as cenas. Uma questão de bom gosto, acima de tudo. / Gotham 1.10 - Lovecraft (EUA, 2014) Direção: Guy Ferland / Roteiro: Bruno Heller, Rebecca Dameron/ Elenco: Ben McKenzie, Camren Bicondova, Donal Logue, David Mazouz, Clare Foley.

Gotham 1.11 - Rogues' Gallery
E a primeira temporada segue em frente. Rebaixado depois de tentar causar problemas a um figurão da cidade (pensava que a corrupção só existia no Brasil?) o policial James Gordon (Ben McKenzie) vai parar no Asilo Arkham. O lugar é o inferno na Terra, para onde são levados todos os criminosos loucos e psicopatas de Gotham City. Muito explorado nos quadrinhos (e até em games) esse sinistro manicômio é o pior lugar de trabalho para um tira na cidade. E assim que coloca os pés por lá Gordon descobre que terá muitos problemas. Um interno é encontrado eletrocutado misteriosamente. Imediatamente Gordon começa a investigar quem teria cometido o crime, mas as coisas não são exatamente claras naquele lugar esquecido por Deus. Fora dos muros daquele insano hospício, explode uma verdadeira guerra pelo poder no submundo da cidade. No centro de tudo está Fish Mooney (interpretada por uma Jada Pinkett Smith cada dia mais exagerada em cena). Finalizando o episódio o roteiro ainda explora a amizade entre Selina Kyle (Camren Bicondova), a futura Mulher-Gato, e uma garotinha ruiva que ela encontra abandonada pelas ruas, no meio da chuva, tentando sobreviver entre latas de lixo. Essa menina daria origem anos depois à Hera Venenosa, outra conhecida vilã do universo Batman. Então é isso, mais um bom episódio de "Gotham" que nunca perde seu charme gótico. / Gotham 1.11 - Rogues' Gallery (EUA, 2015) Direção: Oz Scott / Roteiro: Bruno Heller, Sue Chung / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.12 - What the Little Bird Told Him
Os brutos também amam. O mafioso e assassino Carmine Falcone (John Doman) está pensando erroneamente que vive um grande amor em sua vida. Finalmente na velhice ele teria encontrado a paixão que tanto desejava. Que nada! A jovem bailarina Lisa, fruto de sua afeição, nada mais é do que uma infiltrada em seu reino do crime. Quem a enviou para lá foi Fish Mooney (Jada Pinkett Smith), a dona de um night club que deseja controlar o submundo de Gotham. Ela moldou uma personalidade falsa na garota, tentando imitar o jeito de ser da própria mãe de Falcone. Um golpe baixo, vamos convir. Quem alerta o chefão da armadilha é justamente o jovem Pinguim (Robin Lord Taylor). Depois de entender que foi vítima de uma cilada, Falcone parte para sua vingança. Na outra linha narrativa o tira Gordon (Ben McKenzie) tem 72 horas para colocar atrás das grades uma dupla de maníacos fugitivos do asilo Arkham (que ficou famoso nos quadrinhos por ser o "lar" do Coringa e outros vilões malucos do Batman). Se conseguir pegar os criminosos que fugiram de Arkham, Gordon (sim, o futuro comissário Gordon, braço direito do Homem Morcego) finalmente voltará a trabalhar no departamento de polícia da cidade. Aqui temos outro bom episódio dessa série que tem uma das melhores direções de arte da TV americana. Dá gosto de ver seu visual requintado e caprichado. / Gotham 1.12 - What the Little Bird Told Him (EUA, 2015) Direção: Eagle Egilsson / Roteiro: Bruno Heller, Ben Edlund, baseado nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Gotham 1.13 - Welcome Back, Jim Gordon
No episódio anterior o mafioso Falcone descobre que o grande amor de sua vida - uma jovem garota pelo qual ele se apaixonou - não passou de uma cilada armada por Fish Mooney. Sua vingança toma forma aqui. Ele manda seu capangas pegarem Fish e uma sessão de tortura começa. Enquanto isso o Pinguim se delicia como o novo proprietário da boate que um dia pertenceu a Fish. A questão é: Tudo ficará tão barato assim? Enquanto isso James Gordon descobre que um de seus informantes foi pego. Pendurado e enforcado, Gordon descobre que há muito mais envolvido com sua morte, inclusive a corrupção de figurões da própria polícia! Por fim, para fechar o episódio o jovem Bruce Wayne vai atrás de Selina (a futura Mulher Gato). Ele obviamente tem uma quedinha por ela, mas como logo é demonstrado ir atrás da garota acaba não sendo uma das melhores ideias. Bom episódio de "Gotham", uma série que faz jus ao legado do universo Batman. Uma das melhores já feitas para a TV - e isso definitivamente não é pouca coisa. / Gotham 1.13 - Welcome Back, Jim Gordon (Estados Unidos, 2015) Direção: Wendey Stanzler / Roteiro: Bruno Heller, Megan Mostyn-Brown / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz. 

Gotham 1.14 - The Fearsome Dr. Crane  
Um homem é pendurado em um dos prédios de Gotham. Ele sempre teve fobia de altura. E o vilão desse episódio mata suas vítimas justamente usando de suas fobias. Ele descobre sobre elas em um grupo onde as pessoas relatam seus medos mais profundos. E por falar em medo de morrer... Oswald Cobblepot, o Pinguim, escapa por pouco de morrer dentro de um carro, numa daquelas máquinas de amassar carros em ferro-velho. Ele fica bem no meio da disputa de dois gângsters perigosos de Gotham. Por fim Bruce Wayne, o futuro Batman, ainda garoto, desiste da polícia e informa ao policial Gordon que ele mesmo vai investigar a morte de seus pais. / Gotham 1.14 - The Fearsome Dr. Crane (Estados Unidos, 2015) Direção: John Behring / Roteiro: Bruno Heller, John Stephens / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz. 

Gotham 1.15 - The Scarecrow  
Esse episódio conta as origens mais remotas do vilão Espantalho. Seu pai chega em uma fórmula química para vencer o medo, só que as coisas não saem muito bem como planejado. Na outra linha narrativa o Pinguim "herda" o clube que um dia pertenceu a Fish Mooney. Um presente do mafioso Carmine Falcone. E ele vai além, salvando o pescoço do Pinguim pois Dom Maroni que vê-lo morto. Depois de muito diálogo e negociação finalmente os dois chefões da máfia chegam finalmente em bons termos. Um bom episódio da série, trazendo pela primeira vez um dos mais marcantes vilões da mitologia do Batman, aqui ainda em seus primórdios. Bem bacana, recomendado para os fãs dos quadrinhos clássicos da DC Comics. / Gotham 1.15 - The Scarecrow (Estados Unidos, 2015) Direção: Nick Copus / Roteiro: Bruno Heller, Ken Woodruff / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouzi. 

Gotham 1.16 - The Blind Fortune Teller
O Pinguim agora está cuidando do club que um dia pertenceu à Fish Mooney. Só que ele definitivamente tem um péssimo gosto musical, contratando uma cantora cafona que deixa o club às moscas. Enquanto isso o detetive James Gordon tenta resolver o misterioso caso da morte de uma artista de circo. E ele não está sozinho nas investigações. a médica Leslie Thompkins (interpretada pela brasileira Morena Baccarin) também segue junto. Ela está trabalhando agora no departamento de polícia de Gotham e quer conhecer tudo de perto, inclusive invesigações sobre assassinatos. Como Gordon está caidinho por ela, não consegue dizer não! / Gotham 1.16 - The Blind Fortune Teller (Estados Unidos, 2015) Direção: Jeffrey G. Hunt / Roteiro: Bruno Heller / Elenco: Ben McKenzie, Morena Baccarin, Donal Logue, David Mazouz. 

Gotham 1.17 - Red Hood 
Você conhece o vilão Capuz Vermelho? Bom, se você for fã do Batman certamente conhece. Aqui nesse episódio de Gotham é mostrado suas origens. E tudo começa em um assalto a banco quando um jovem resolve usar um capuz vermelho para não ser identificado. E é interessante salientar também que são vários os criminosos que vão usando o capuz vermelho durante o episódio. Mal vestem ele e são mortos de forma brutal, geralmente assassinados a bala. Pelo visto usar o capuz vermelho não traz lá muita sorte! / Gotham 1.17 - Red Hood (Estados Unidos, 2015) Direção: Nathan Hope / Roteiro: Bruno Heller, Danny Cannon / Elenco:  Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz. 

Gotham 1.19 - Beasts of Prey
Há um serial killer em Gotham City. Ele seduz as mulheres, leva para seu apartamento de luxo e uma vez lá dentro elas caem em sua armadilha. Ele as mantém em cativeiro por um tempo e depois as mata, com requintes de crueldade. E como todo psicopata ele segue um modo padrão de comportamento, sempre agindo da mesma forma. Mais um caso complicado para o detetive Gordon resolver. Enquanto isso, no submundo da cidade, o Pinguim quer porque quer comprar um bar na cidade. Não parece grande coisa. Só que ele quer exatamente aquele para si! Com qual objetivo? Ele quer que aquele lugar seja o lugar onde vai eliminar um antigo desafeto. / Gotham 1.19 - Beasts of Prey (Estados Unidos, 2015) Direção: Eagle Egilsson / Roteiro: Bruno Helle / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz. 

Gotham 1.20 - Under the Knife
Há um novo serial killer atuando em Gotham City, um estranho sujeito que era deformado fisicamente, mas que depois de uma cirurgia passou a seduzir mulheres indefesas, as matando sem pensar duas vezes. Um de seus próximos alvos é justamente a loirinha Barbara, futura Batgirl. Pior do que isso, ele está atuando em um momento que o mundo do crime está pegando fogo nos becos escuros da cidade. O Pinguim jura que vai se vingar do mafioso Marone depois que ele ameaçou e até mesmo agrediu verbalmente sua querida mãe. Para o Pinguim esse tipo de coisa não tem perdão! / Gotham 1.20 - Under the Knife (Estados Unidos, 2015) Direção: T.J. Scott / Roteiro: John Stephens / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz. 

Gotham 1.21 - The Anvil or the Hammer
A primeira temporada vai chegando ao seu final. Nesse episódio a Bárbara cai nas garras de um psicopata que os policiais conhecem como "O Ogro". Ele leva suas vítimas ao seu apartamento, joga aquela conversa de conquistador barato e caso elas queiram is embora dali ele começa uma série de atos criminosos. Inclusive tem sua própria sala de torturas. Felizmente ela consegue sair viva dessa armadilha. E o Charada? Sim, ele está nesse episódio como um tímido arquivista e legista da polícia. Tímido em excesso, não parece fazer mal a ninguém. Por fim o Pinguim consegue bem o que queria, uma guerra aberta entre os mafiosos Falconi e Baroni. Para o Pinguim o ideal fosse que eles se matassem, deixando o caminho livre para ele. / Gotham 1.21 - The Anvil or the Hammer (Estados Unidos, 2015) Direção: Paul A. Edwards / Roteiro: Jordan Harper / Elenco: Ben McKenzie, David Mazouz, Zabryna Guevara.

 Gotham 1.22 - All Happy Families Are Alike - Chego ao último episódio da primeira temporada da série Gotham. Eu Acredito que essa série é muito bem produzida,  com ótimo design de produção, entretanto é aquela coisa, falta o personagem principal, o Batman, que aqui não passa de um garotinho. Nesse episódio final os 2 maiores mafiosos de Gotham acertam as contas. O detetive Gordon tende a apoiar Falconi, o que não deixa de ser um absurdo, uma vez que ele é um mafioso, só que a outra opção é pior ainda, se trata do pavio curto Barone, que aqui dá adeus a série, afinal o personagem leva um tiro na cabeça. Eu gostei, acho essa série muito boa, mas sinceramente falando, não sei se eu irei assistir a segunda temporada. / Gotham 1.22 - All Happy Families Are Alike (Estados Unidos, 2015) Direção: Danny Cannon / Elenco: Ben McKenzie, Donal Logue, David Mazouz.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Justified

Justified 4.09 - The Hatchet Tour
"Justified" ainda continua sendo uma série que vale a pena acompanhar, porém são tantas as subtramas que os roteiros andam perdendo o foco ultimamente. O problema central é que os roteiristas deixam pontas soltas nos episódios e só retornam a elas meses depois, então para o espectador médio vai ficando cada vez mais complicado seguir o fio da meada. Atualmente o ator Timothy Olyphant, que interpreta o agente federal Raylan Givens, principal personagem do seriado, está produzindo grande parte da temporada. Ao que consta essa fragmentação da trama está sendo incentivada por ele próprio, já que fã de quadrinhos e procura manter tudo assim mesmo, em ritmo de mosaico, para prender o espectador ligado nos acontecimentos. Uma velha tática dos comics americanos. Na minha forma de encarar a situação não é bem isso que anda acontecendo. Mesmo chegando na respeitável marca de 70 episódios exibidos em seis temporadas, "Justified" corre o risco de se perder em suas próprias armações, criando um desenrolar complicado, numa teia de acontecimentos que não se saberá onde tudo vai parar. / Justified 4.9 - The Hatchet Tour (EUA, 2013) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Graham Yost, Taylor Elmore / Elenco: Timothy Olyphant, Nick Searcy, Joelle Carter.

Justified 4.10 - Get Drew
Depois de uma pausa resolvi retomar a série "Justified". Pretendo ao menos terminar de assistir sua quarta temporada. Bom, o policial Raylan Givens (Timothy Olyphant) nesse episódio está na caça do xerife Shelby Parlow (Jim Beaver) que se revelou um criminoso na verdade, usando sua uniforme, distintivo e autoridade para cometer crimes em seu condado. O problema para Raylan é que não é apenas ele que deseja colocar as mãos no tira corrupto, mas também uma quadrilha de traficantes de drogas, tudo sob comando de Boyd Crowder (em excelente atuação do ótimo ator Walton Goggins). No último minuto o velho policial caçado por todos também resolve levar consigo a jovem prostituta Ellen May (Abby Miller) o que torna tudo ainda mais complicado. "Justified" se passa no Kentucky, um estado rural do sul dos Estados Unidos, onde velhas rixas e crimes antigos ainda insistem em persistir mesmo no mundo moderno. A série é na média, mas diverte bastante, principalmente por causa do policial Raylan Givens, um dos personagens mais carismáticos da TV americana da atualidade. / Justified 4.10 - Get Drew (EUA, 2013) Direção: Billy Gierhart / Roteiro: Graham Yost, Dave Andron / Elenco: Timothy Olyphant, Nick Searcy, Joelle Carter.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Ripper Street

Ripper Street 1.06 - Tournament of Shadows
A TV britânica é uma maravilha! O que a TV brasileira tem de baixaria a TV inglesa tem de sofisticação. Um exemplo é essa ótima série "Ripper Street" que mostra o dia a dia de um inspetor da polícia Londrina no século XIX. Sua jurisdição é justamente no mesmo bairro, Whitechapel, onde Jack, o Estripador, cometeu seus famosos crimes. Na ruas sujas convivem crianças abandonadas, prostitutas e trapaceiros de toda ordem. Com ótima direção de arte e reconstituição histórica perfeita, "Ripper Street" é a prova que produtos de qualidade são plenamente possíveis dentro da TV aberta. Nesse interessante episódio vemos o despertar do movimento operário inglês, que começa a realizar greves por melhores condições de trabalho e salário. O que começa como algo legítimo logo se torna problemático por causa da infiltração de agentes russos entre os grevistas. Após várias investigações o inspetor Edmund Reid acaba descobrindo a identidade do tal agitador russo, mas para sua surpresa ele nada poderá fazer para deter essa ameaça por causa do serviço secreto de sua majestade. Com quase 60 minutos de duração é mais um episódio acima da média dessa série que vem conquistando cada vez mais fãs, e não apenas na Inglaterra. Altamente recomendado. / Direção: Colm McCarthy / Roteiro: Toby Finlay, Richard Warlow / Elenco: Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg.

Ripper Street 2.01 - Pure as the Driven
Excelente primeiro episódio da segunda temporada dessa estilosa série da BBC. Tudo começa quando um policial é jogado do terceiro andar de um prédio em Whitechapel. Para sua desgraça, ele cai bem em cima da grade situada logo abaixo, ficando com a perna presa e à beira da morte. Imediatamente o inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen) é chamado para iniciar todas as investigações. O que ele descobre é muito mais do que apenas uma agressão a um membro da força policial de Londres. Na verdade tudo é apenas a ponta do iceberg. O roteiro então explora todas as pistas e de repente Reid descobre que está no rastro da entrada de uma nova droga poderosa na cidade, envolvendo inclusive imigrantes chineses e membros da próprio corporação. Muito mais eficiente e viciante do que a popular morfina daquela época, o novo narcótico, chamado nas ruas de heroína, causa uma dependência absurda em seus usuários e é altamente lucrativa por ser relativamente fácil de produzir! (lembrando de certa forma do crack dos dias atuais). O que mais gostei nesse episódio em particular foi o realismo com que o tema foi tratado, sem nenhuma suavidade, apenas a realidade nua e crua dos viciados em drogas. Um momento particularmente impactante acontece quando Reid usa a própria heroína no oficial ferido para descobrir mais sobre o tráfico e produção da nova substância. Como curiosidade o episódio também traz a participação histórica de Joseph Merrick, o homem elefante, que deu origem a um belo e tocante filme dirigido por David Lynch em 1980. A série, como não poderia deixar de ser, o trata com grande respeito e dignidade. Não poderíamos esperar por outra coisa tratando-se de uma série da BBC, onde a classe realmente impera. / Ripper Street 2.01 - Pure as the Driven (Inglaterra, 2013) Direção: Tom Shankland / Roteiro: Richard Warlow / Elenco: Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg.

Ripper Street 2.02 - Am I Not Monstrous?
A BBC a cada dia se supera com suas séries de excelente bom gosto. Nesse episódio o inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen) precisa resolver a morte de uma jovem mãe, encontrada assassinada após ter seu filho numa maternidade de Londres. Na autópsia se descobre um fato inusitado, pois ela seria portadora de uma rara ocorrência genética, uma cauda remanescente. Como se trata de um caso raro Reid decide começar as investigações pelo circo de aberrações da cidade, pois ela teria sido uma das atrações daquele "Freak Show". E de fato ele acerta no alvo. Ela teria se envolvido com o filho de um importante pesquisador do museu de história natural de Londres já que seu caso despertou seu interesse, afinal de contas nada mais seria do que um vestígio da evolução natural das espécies. O problema é que o filho do pesquisador - um sujeito estranho também, imune a dor - a teria engravidado, colocando tudo a perder. Esse episódio novamente conta com a participação do personagem Joseph Merrick, o conhecido Homem Elefante. Ele teria sido testemunha de um crime cometido por um membro corrupto da corporação e inimigo declarado de Reid. O roteiro explora seu lado mais humano e também mostra uma versão por demais curiosa de sua própria morte, numa elegante e muito bem orquestrada mistura entre ficção e realidade histórica. Mais um belo episódio dessa série policial com toques vitorianos que a cada dia se torna mais relevante e interessante. / Ripper Street 2.02 - Am I Not Monstrous? (Inglaterra, 2013) Direção: Tom Shankland / Roteiro: Richard Warlow / Elenco: Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg.

Ripper Street 2.03 - Become Man
Ricos industriais de Londres estão desaparecendo misteriosamente. Durante um show burlesco, em um teatro de má reputação que encena uma paródia das mortes de Jack, o Estripador, mais um rico homem de negócios é sequestrado. Diante disso entra em cena o inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen). Inicialmente tudo leva a crer que se trata de sequestros comuns, em que bandidos pedem volumosos resgates pelas vidas daqueles bem sucedidos homens de negócios. Aos poucos porém Reid vai entendendo que há algo mais naqueles crimes. Os detalhes da investigação o acabam levando até a figura de Jane Cobden (Leanne Best), uma líder feminista no conselho municipal. Ela sempre foi conhecida por lutar pelos direitos das mulheres em uma época em que a mulher sequer tinha direito a voto. Reid descobre então que os raptos podem ter sido realizados por uma gangue feminina, formada por mulheres que trabalhavam em uma antiga fábrica química nos arredores da cidade, um lugar terrível onde elas eram expostas a condições de trabalho degradantes. Teriam os crimes uma motivação política, baseado em uma visão feminista radical do mundo? Gostei bastante desse episódio de "Ripper Street" porque ele conseguiu resgatar algo que hoje em dia não é mais tão lembrado - as terríveis condições de trabalhos das mulheres durante a revolução industrial na Inglaterra. Muitas eram expostas a produtos químicos perigosos em fábricas sem nenhuma norma de segurança. Aliás em uma época em que a legislação trabalhista praticamente inexistia a condição de vida e trabalho das mulheres em geral eram indignas e repulsivas. Belo roteiro onde os vilões (ou melhor dizendo as vilãs) não são completamente destituídas de razão. / Ripper Street 2.03 - Become Man (Inglaterra, Irlanda, 2013) Direção: Christopher Menaul / Roteiro: Marnie Dickens / Elenco:  Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg.

Ripper Street 2.05 - Threads of Silk and Gold
Na Inglaterra vitoriana o homossexualismo era considerado crime e os seus praticantes eram presos e não raro condenados a duras penas. É justamente esse o tema desse ótimo episódio. O inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen) precisa investigar um caso bem estranho: a morte de um jovem mensageiro em um quarto de hotel de Londres. Essa era uma profissão muito comum naquela época, principalmente entre os adolescentes ingleses. Para muitos deles essa função lhes proporcionavam a oportunidade de terem o primeiro emprego de suas vidas. O que Reid nem desconfia é que o simples ato de levar mensagens em quartos de hotéis nas ruas mais chiques de Londres havia se tornado mera fachada para a prostituição masculina entre homens gays e ricos. Assim o jovem mensageiro típico daqueles tempos também arranjava alguns trocados como michê nas mãos desses figurões da alta sociedade londrina. A morte do rapaz então desmascara todo esse mundo sórdido e Reid toma finalmente consciência de como era fácil burlar as leis da época. O episódio então explora muito bem esse submundo, com destaque para a boa trama explorando o jogo de traições e queimas de arquivos envolvendo altos figurões do mundo financeiro da capital britânica. A série, como já tive oportunidade de escrever, é excelente e uma das melhores coisas da TV britânica dos últimos tempos. / Ripper Street 2.05 - Threads of Silk and Gold (Inglaterra, Irlanda, 2013) Direção: Kieron Hawkes / Roteiro: Toby Finlay, Thomas Martin / Elenco: Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg.

Ripper Street 2.06 - A Stronger Loving World
Feriadão pode ser uma boa oportunidade para tentar ao menos colocar as séries em dia. Assim assisti ontem mais um episódio de "Ripper Street", algo que já não fazia há um bom tempo. Esse episódio em particular tem um roteiro bem interessante para nós, brasileiros, que vemos a cada dia surgir novos casos de intolerância religiosa nos jornais. Ataques a membros ou símbolos de comunidades católicas ou adeptos de religiões afro-brasileiras parecem estar sempre na ordem do dia, infelizmente. Como se pode perceber o fanatismo avança sem freios no meio evangélico em nosso país, o que é triste, além de extremamente lamentável. Pois bem, no enredo de "A Stronger Loving World" uma Igreja é atacada, incendiada e pichada com textos ofensivos à fé cristã católica. Não demora muito e a culpa começa a ser atribuída a judeus do bairro. O inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen) começa então a investigar e descobre que por trás de tudo, principalmente da proliferação de ódio entre religiões, existe uma pequena e estranha seita comandada por um sujeito enlouquecido que afirma estar agindo em nome do próprio anjo caído, Lúcifer. Como se isso não fosse trágico o bastante a esposa do ético e honesto sargento Bennet Drake (Jerome Flynn) se revela uma devota seguidora daquele líder completamente fanático e alucinado. Gostei bastante do roteiro desse episódio pois ele vai desvendando todo o caso com sofisticação e elegância, como convém aos bons seriados de mistério e suspense. Além disso abre margem para reflexão pois como está nas escrituras do fruto conheceremos da árvore. Assim sempre que se deparar com qualquer tipo de religião (e até partido político) que vive de pregar o ódio entre as pessoas procure se afastar imediatamente pois certamente não possuem qualquer tipo de sentimento verdadeiramente cristão. / Ripper Street 2.06 - A Stronger Loving World (Inglaterra, 2013) Direção: Kieron Hawkes / Roteiro: Toby Finlay / Elenco: Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg.

Pablo Aluísio.

War & Peace

War & Peace - Episode 1.1
Ontem assisti a esse primeiro episódio dessa nova minissérie da BBC, "War & Peace". É uma adaptação para a TV do famoso livro de Leo Tolstoy que no passado inclusive já deu origem a maravilhosos filmes, alguns deles clássicos absolutos do cinema. Pois bem, a história se passa no começo do século XIX. A Europa está sendo varrida pelos exércitos de Napoleão. Após conquistar vários países ele decide investir contra o leste europeu. Rússia e Áustria então se unem contra o imperador francês. Em São Petersburgo um jovem chamado Pierre Bezukhov (Paul Dano) segue com sua vida de frivolidades, festas e bebedeiras. Ele tenta passar a imagem de alguém mais intelectualizado, até mesmo defendendo com certo entusiasmo o próprio Napoleão, mas no fundo não passa de um rapaz ingênuo e sem experiência de vida. Sua rotina de prazeres é interrompida quando ele é informado que seu velho pai, o Conde Bezukhov, sofreu um derrame e está à beira da morte. Ele então parte para Moscou. O Conde em questão é extremamente rico, dono de vastas fazendas, palácios e propriedades e por essa razão se cria um certo clima de tensão em saber sobre quem seria seu herdeiro, para quem ele deixaria essa imensa riqueza. Pierre é agraciado, mesmo sendo filho bastardo. A súbita riqueza então atrai para ele todas as atenções, inclusive de pessoas inescrupulosas, como uma jovem da nobreza que só está interessada mesmo em sua fortuna. Excelente produção, bom roteiro e direção de arte classe A, compõem o quadro geral dessa produção que já em seu primeiro episódio deixa claro todas as suas qualidades. Em termos de elenco quem acaba se destacando mais é a atriz Gillian Anderson (a eterna agente Dana Scully da série "The X-Files"). Ela interpreta Anna Pavlovna Scherer, uma alcoviteira cheia de más intenções. Ver Gillian Anderson interpretando um papel tão diferente assim já vale pela série inteira. Enfim deixo a minha recomendação, ótima série aliada a esse que é um dos maiores clássicos da literatura mundial. Não deixe de conferir. / War & Peace 1.01 - Episode 1 (Inglaterra, EUA, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro:  Andrew Davies / Elenco: Paul Dano, Gillian Anderson, Stephen Rea, Tuppence Middleton.

War & Peace - Episode 1.2
Desilusões e mais desilusões. Afirma o ditado popular que o marido traído é sempre o último a saber. No caso do Conde Pierre Bezukhov (Paul Dano) isso parece se confirmar mais uma vez. Após seu casamento precoce, fruto de uma paixão avassaladora e pouco racional, ele resolve levar seu grande amigo Fedya Dolokhov (Tom Burke) para morar em sua casa. Péssima ideia. O sujeito não apenas seduz sua jovem esposa Helene Kuragina (Tuppence Middleton), como a leva para a cama, não fazendo a menor questão de esconder isso. Em pouco tempo a fofoca se espalha, arruinando a reputação de Bezukhov, um rapaz jovem demais para lidar com todo o peso e as responsabilidades da fortuna de que se tornou único herdeiro. Indignado e chocado com a situação Pierre resolve desafiar Dolokhov para um duelo a céu aberto, uma tradição de honra muito em voga naqueles tempos mais românticos e idealistas. Na outra linha narrativa um nobre arruinado, Vassily Kuragin (Stephen Rea), tenta de todas as formas arrumar uma noiva rica para seu filho, um jovem fútil e sem personalidade. O melhor desse episódio porém nem vem dessas histórias de alcova, mas sim do contexto histórico em que tudo se passa, com as tropas de Napoleão começando a chegar cada vez mais perto da Rússia Czarista. E por falar em Czar aqui temos uma pequena participação do monarca em pleno campo de batalha, algo que logo se revela desastroso por causa de sua inexperiência em lidar com estratégias de guerra. O absolutismo começava a ruir por dentro, traçando o destino daquelas velhas monarquias obtusas e antiquadas. / War & Peace 1.02 - Episode #1.2 (EUA, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies, baseado na obra de Leo Tolstoy / Elenco: Paul Dano, Tuppence Middleton, Stephen Rea, Rebecca Front.

War & Peace - Episode 1.3
Desafiado a um duelo de honra não sobra nada a Fedya Dolokhov (Tom Burke) a não ser aceitar o desafio. Ele é um militar experiente, com muita habilidade no manejo de armas de fogo. Já o Conde Pierre Bezukhov (Paul Dano), o marido traído, é uma figura levemente boba, sem qualquer experiência em duelos daquele tipo. Eles vão para um campo aberto, coberto de neve, tomam suas posições e... para surpresa geral o boboca Bezukhov acaba vencendo o duelo!!! Atingido em cheio com um tiro em seu abdômen, Dolokhov consegue sobreviver milagrosamente! O pior de tudo é saber depois que mesmo após ter sido traído o jovem Conde resolve voltar para os braços de sua esposa infiel, que inclusive já está de amante novo, um aspirante do exército russo. Realmente... sem comentários. Alguns homens certamente não fazem jus às suas próprias calças. Enquanto uns são traídos sistematicamente no campo amoroso o povo russo fica surpreso ao saber que agora o Czar assinou um tratado de paz e cooperação com Napoleão Bonaparte, transformando antigos aliados em inimigos e vice versa. Para os soldados que combatem no front isso se torna ao mesmo tempo uma enorme surpresa e um ultraje por todos os companheiros mortos em batalha. Como todos sabemos tudo não passou de uma estratégia de Napoleão para ganhar algum tempo pois ele definitivamente entraria em território russo, cometendo os mesmos erros que Hitler voltaria a cometer durante a II Guerra Mundial, indo em direção a uma derrota militar que se tornaria sua ruína. / War & Peace 1.03 - Episode #1.3 (EUA, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies, baseado na obra de Leo Tolstoy / Elenco: Paul Dano, Tuppence Middleton, Stephen Rea, Rebecca Front.

War & Peace - Episode 1.4
Outra série que recomendo, também extremamente bem produzida. Não poderia ser diferente já que é baseada no famoso livro escrito por Liev Tolstói, publicado em 1869. O cenário é a Rússia dos tempos dos czares nas vésperas da invasão da nação pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Nesse episódio temos um exemplo de como as relações sociais eram tecidas entre a elite russa. Todos os casamentos eram previamente arranjados pelas famílias nobres, tudo visando, na maioria das vezes, apenas a interesses patrimoniais e de riqueza material. Casamentos de puro interesse, em suma. Nesse episódio, por exemplo, a filha de um conde arruinado fica apaixonada (verdadeiramente) pelo herdeiro de uma rica família. O pai do rapaz não gosta dos rumos que tudo está tomando. Assim sugere ao seu filho que passe um ano fora da Rússia, nos alpes da Suíça. A intenção óbvia, é de esfriar o romance, para que ele depois encontre uma moça mais promissora, com melhor perspectiva de vida. O tempo passa e ela acaba se envolvendo com outro homem, um sujeito bem canalha, já casado e amigo de Pierre Bezukhov (Paul Dano). Claro que ao se envolver com um sujeito daqueles ela acaba perdendo seu bem mais precioso, sua reputação como mulher. Para uma sociedade tão conservadora, religiosa e puritana como aquela isso significava praticamente o fim do sonho de ter um casamento promissor. Já para quem estiver em busca de boas cenas de ação há uma sequência muito boa envolvendo um esporte popular na época, a caça ao lobo, nos bosques congelados da Rússia. / War & Peace 1.04 - Episode #1.4 (Estados Unidos, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies / Elenco: Lily James, Greta Scacchi, Jim Broadbent.

War & Peace - Episode 1.5
Ótimo episódio. Aqui vemos pela primeira vez as tropas do imperador Napoleão Bonaparte invadindo o solo da mãe Rússia. Tudo ocorre muito rápido após o líder francês romper o tratado que havia assinado com o Czar Alexandre. Ele simplesmente ignora os termos que havia concordado para invadir a Rússia. Seu objetivo é chegar até Moscou para depor o governo Czarista, mas no meio do caminho começa a encontra problemas (lembrando que a invasão russa foi o maior desastre militar de Napoleão, uma campanha que marcou o começo de sua queda). O interessante desse roteiro é que tudo é visto sob o ponto de vista dos personagens, que acabam vendo suas vidas viradas de cabeça para baixo com a chegada dos franceses. Uma cena interessante mostra o próprio Napoleão fazendo pouco caso do exército russo ao qual ele pensa estar destruído. Um velho general é designado então para deter o avança do exército francês em uma região conhecida como Borodino. E é para lá que Pierre se dirige, para sentir o gosto da guerra em primeira mão. Aquele nobre no meio do campo de batalha com homens sendo mortos ao lado acaba virando uma alegoria de sua própria insensatez frívola. A população civil russa fugindo, com a política de terra arrasada, ao mesmo tempo em que a alta nobreza ainda vive sob uma certa alienação de tudo o que estava acontecendo, acaba sendo um ótimo retrato daqueles tempos históricos conturbados. Enfim, esse é certamente um dos melhores episódio da série, simplesmente imperdível. / War & Peace 1.05 - Episode 1.5 (Estados Unidos, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies / Elenco: Lily James, James Norton, Paul Dano.

War & Peace 1.06 - Episode 1.6
Ontem terminei de assistir essa minissérie do canal BBC. Como já escrevi antes se trata de uma adaptação do famoso livro "Guerra e Paz" de Tolstoi, lançado em 1869. Essa é uma obra literária complexa, com muitos personagens e subtramas, mostrando a agonia do império russo após a invasão de Napoleão Bonaparte. Claro que definitivamente não seria uma adaptação fácil. O problema maior desse programa é que a audiência foi sumindo ao longo dos episódios. O público certamente não gostou da estrutura do roteiro, achou algo disperso, confuso até. Com isso abandonou a série pelo meio do caminho. Com a audiência em baixa eles resolveram acelerar tudo para terminar logo. Com isso o episódio final mostra a invasão da Rússia por Napoleão e sua inevitável derrota após a retirada sob as duas condições do inverno massacrante daquela região. Devo confessar que houve sim uma pressa em finalizar a série e isso prejudicou bastante o resultado final. Mesmo assim não deixaria de recomendar War & Peace. Mesmo muito sintética, feita com uma certa pressa, a série tem uma excelente produção, que aproveita toda o cenário natural russo. Além disso, mesmo em pitadas econômicas, ainda dá para saborear a genialidade de Tolstoi. Claro que seu livro jamais poderá ser trocado por nenhum filme ou série, mas pelo menos serve como porta de entrada para a literatura. Se for esse o seu caso já terá valido a pena. / War & Peace 1.06 - Episode 6 (Inglaterra, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies / Elenco: Paul Dano, Lily James, Greta Scacchi, Mathieu Kassovitz, Guillaume Faure, Otto Farrant.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de agosto de 2016

Rookie Blue

Rookie Blue 4.04 - The Kids Are Not Alright
Eu até hoje fico surpreso ao perceber como "Rookie Blue" chegou tão longe! Essa série que explora a história de um grupo de novatos recém saídos da Academia de Polícia de Seattle tinha tudo para ficar por ali na primeira ou segunda temporada, no máximo. A questão porém foi que acabou caindo no gosto do público e agora caminha para sua quinta temporada. Eu atribuo esse sucesso ao elenco, pois são atores carismáticos, jovens e talentosos, que mesmo não contando com grandes roteiros, conseguem se sobressair no concorrido mundo televisivo dos Estados Unidos. Nesse episódio temos um enredo interessante. Um adolescente é encontrado em um porta malas de um carro durante uma blitz realizada pela polícia. Depois de tentar entender o que aconteceu os policiais finalmente descobrem que "ele" na verdade é "ela", uma jovem adolescente lésbica que estava sofrendo um crime de ódio por causa de sua opção sexual. E o autor do crime era o irmão mais velho de sua namorada! Na outra linha narrativa a morte de um jovem de apenas 16 anos abre uma investigação sobre a  luta interna que se trava numa das maiores gangues da cidade. Seu primo, um rapaz que decidiu abandonar as ruas para trilhar um novo caminho na vida, acaba descobrindo que o crime teve nuances ainda mais sórdidas do que ele pensava. Por fim fechando tudo temos, como não poderia ser diferente, um triângulo amoroso se formando entre os jovens tiras. / Rookie Blue 4.04 - The Kids Are Not Alright (EUA, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 4.05 - Poison Pill
Pior do que os efeitos danosos da heroína seria termos heroína misturada com Antraz! É justamente isso que acontece nesse episódio. Os tiras novatos do departamento de polícia de Seattle precisam lidar com essa mistura mortal após uma jovem ser internada em estado grave. Ela supostamente teria consumido heroína que estava também contaminada com Antraz. Esposa de um veterinário ela teria tido contato com a droga através de seu amante, um rapaz dono de uma galeria de arte. Aos poucos os policiais começam a investigar, tentando chegar na fonte do fornecimento do carregamento de droga contaminado com a perigosa substância. Ela tem a marca "Midnight" em suas embalagens e isso pode ser uma pista valiosa a seguir. Pior para Andy McNally (Missy Peregrym) que acaba sendo contaminada pelo produto durante uma batida policial. Curiosamente descobrem que nem tudo é o que aparentava ser. Na outra linha narrativa Dov Epstein (Gregory Smith) e Chloe Price (Priscilla Faia) se vêem numa situação de puro constrangimento. Apesar de estarem quase namorando a descoberta de uma pílula usada no tratamento de bipolaridade pode colocar tudo a perder já que Dov pensa que a droga é de Chloe, e ela por ter um comportamento fora dos padrões seria bipolar, embora obviamente escondesse a verdade da polícia com receios de perder seu emprego! Mas seria isso mesmo que está acontecendo ou na verdade se trata de um tremendo engano, um mal entendido criado por falsas aparências? Assista para descobrir! / Rookie Blue 4.05 - Poison Pill (EUA, 2013) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 4.07 - Friday the 13th
"Rookie Blue" foi até longe demais, a ponto inclusive da turma de policiais que retrata deixar de ser novato (rookie) já há muito tempo. Mesmo assim, pelo carisma do elenco, ainda se consegue manter o interesse do espectador. A quinta temporada inclusive já está a todo vapor. É tradição nas séries americanas o uso de episódios especiais, para datas celebrativas, como o Halloween. É justamente isso que temos por aqui. O enredo então começa quando uma mulher, que se auto intitula "bruxa", chega no departamento de polícia para informar um roubo, algo que havia sido roubado de sua coleção de artefatos de bruxaria! (sim, é sério mesmo!). Ela é, vejam só, especialista em feitiços que tragam amores do passado ou maridos rebeldes! Ao indicar uma poção para banho acaba descobrindo que sua cliente acabou bebendo o tal líquido, indo obviamente parar no hospital por envenenamento! Crentices e bruxarias, pelo visto, ainda seguem sendo utilizados pelas pessoas menos informadas! Coisa de louco! Bom episódio, levemente divertido, que melhora todas as vezes que a atriz loira (e linda) Charlotte Sullivan está em cena! Para quem não se lembra ela interpretou a diva Marilyn Monroe na série "The Kennedys" em 2011. Com ela na frente das câmeras não há muito o que reclamar. / Rookie Blue 4.07 - Friday the 13th (EUA, 2013) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 4.09 - What I Lost
A filha de um policial do departamento é sequestrado, em plena luz do dia, em uma parque de Seattle. O desaparecimento da criança coloca todos os tiras em alerta e depois de algumas suspeitas se descobre que dois irmãos, que foram acusados de pedofilia no passado, são proprietários de um loja de doces nas redondezas. Um disfarce perfeito para ficar o mais próximo possível de suas eventuais e potenciais vítimas. Obviamente que algo desse tipo despertaria todas as suspeitas da polícia, mas nem sempre a solução de um mistério como esse envolveria algo assim tão óbvio. Além do mais os suspeitos acabam dando sólidos álibis para os investigadores, algo que inviabilizaria qualquer acusação contra eles em um tribunal. Em pouco tempo as investigações voltam ao ponto inicial, até que uma pista definitiva surge no ar, mostrando que o verdadeiro criminoso estaria mais perto do que se poderia imaginar. Bom episódio de "Rookie Blue" que investe nas complicadas relações sociais envolvendo ex-namoradas, amores do passado e mentiras. De repente descobre-se que alguém não é o verdadeiro pai de uma criança, que todo um relacionamento é fundado em mentiras e que nada parece ser o que realmente é. Um castelo de cartas emocional prestes a ruir a qualquer momento. / Rookie Blue 4.09 - What I Lost (EUA, 2013) Direção: Paul Fox / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 4.10 - You Are Here
A ocasião faz o ladrão, já dizia o velho ditado. Se não existem muitos lugares ao ar livre para se manter uma plantação de maconha na cidade grande então que se crie algo para cultivar a planta. O que tem acontecido muito nos Estados Unidos é o cultivo da maconha dentro de casas e apartamentos, em grandes estufas planejadas justamente para isso. Sem querer a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) ao bater na porta de uma casa aparentemente normal, acaba descobrindo uma grande estufa dessas no porão do lugar. Até aí nada demais, já que seria apenas mais um caso de rotina para o departamento de narcóticos. As coisas se complicam mesmo quando ela também descobre um corpo, dentro de um barril, naquilo que poderia ser um laboratório de refinamento de drogas. Desse ponto em diante as coisas vão ficando cada vez mais complicadas. Um rapaz é preso no lugar, mas se defende dizendo que é apenas um consumidor que estava ali para comprar erva. As investigações vão acabar revelando algo bem mais perturbador, envolvendo inclusive acerto de contas de gangues internacionais, inclusive uma formada por imigrantes portugueses (que em determinado momento do episódio começam a falar em nossa língua, de forma não muito convincente!). Em suma, mais um bom episódio que aproveita ainda para explorar a tensão existente entre McNally e Gail Peck (Charlotte Sullivan) por causa da quebra daquele velho código não escrito de ética entre garotas que afirma não ser possível uma amiga roubar o namorado da outra. Quando isso acontece a amizade chega definitivamente ao final. / Rookie Blue 4.10 - You Are Here (EUA, 2013) Direção: Teresa Hannigan / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 4.11 - Deception
Rookie Blue mostra o cotidiano de um grupo de policiais jovens de Seattle. Tudo bem que mais parecem modelos do que policiais de verdade, mas isso é apenas um pequeno detalhe a se ignorar. Nesse episódio o detetive Sam Swarek (Ben Bass) decide ajudar uma colega que sofre de bipolaridade. Ela acaba ficando obcecada por um sujeito que teria cumprido pena por pedofilia no passado. Ele se diz recuperado, mas ela não se convence muito disso. Cada vez mais obcecada ela resolve infringir determinados procedimentos legais, chegando ao ponto de invadir a casa do ex-criminoso, algo que se descoberto justificaria sua expulsão da corporação. Sam então resolve esconder alguns rastros para evitar que ela seja acusada de algo mais sério. Para isso pede ajuda para a policial Andy McNally (Missy Peregrym) que não fica muito contente em se envolver em um acobertamento como esse. Afinal ela não quer se prejudicar com algo comprometedor em sua ficha. Nesse ínterim a detetive Traci Nash (Enuka Okuma) precisa dar conta pela primeira vez de uma tocaia que visa prender perigosos traficantes do centro da cidade. Ela definitivamente não tem experiência para uma operação assim, por isso hesita bastante no desenrolar dos acontecimentos, embora no final, para seu alívio, tudo acabe saindo bem, de acordo com o planejado. / Rookie Blue 4.11 - Deception (EUA, 2013) Direção: / Roteiro: / Elenco: Ben Bass, Enuka Okuma, Missy Peregrym, Gregory Smith, Charlotte Sullivan.

Rookie Blue 4.12 - Under Fire
Há um matador de policiais à solta. Atirador de elite, o criminoso procura prédios altos que lhe proporcionem uma excelente visão do panorama geral de seus alvos, geralmente tiras que são chamados para falsos pedidos de socorro. Uma vez que fiquem no alvo, o tiroteio começa. Uma das baleadas é a simpática policial Chloe Price (Priscilla Faia). Enquanto investiga um homem caído no meio de uma praça ela é atingida em cheio no pescoço, pelo sniper. Andy McNally (Missy Peregrym), que a estava acompanhado na batida policial, acaba também sendo atingida, mas em uma região menos perigosa do corpo humano. E os ataques não param por aí. Outra viatura é atingida quando atendia a um chamado numa velha casa abandonada. O elo de ligação que liga todos os eventos é um fato ocorrido no passado, um sujeito que colocou na cabeça que precisa eliminar todos os policiais da cidade em uma insana cruzada própria de acertamento de contas. Além das boas cenas de ação esse episódio também traz uma surpresa e tanto para os fãs da série. Numa das últimas cenas a oficial Gail Peck (Charlotte Sullivan) se revela bissexual ao dar uma beijo ardente numa colega de distrito! Quem diria, logo ela, que vinha em uma depressão profunda após o fim de um longo relacionamento hetero! Pois é, um sinal dos tempos. / Rookie Blue 4.12 - Under Fire (EUA, 2013) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Priscilla Faia, Charlotte Sullivan.

Rookie Blue - Quinta Temporada: 

Rookie Blue 5.01 - Blink
Primeiro episódio da quinta temporada. Os policiais Sam Swarek (Ben Bass) e Chloe Price (Priscilla Faia) foram baleados e estão hospitalizados. Depois de passar a madrugada ao lado da namorada, Dov Epstein (Gregory Smith) resolve ir em companhia de Andy McNally (Missy Peregrym) a uma lanchonete próxima. Eles estão à paisana e fora do serviço e são surpreendidos quando um casal de jovens namorados se revelam assaltantes. Eles querem o dinheiro do caixa, mas são no fundo apenas amadores - o que duplica o perigo de vida de todos os clientes da lanchonete que logo viram reféns. O roteiro não chega a explicar porque estão tão desesperados em busca de dinheiro, mas o desenvolvimento dos acontecimentos é dos melhores, com muita tensão. Do outro lado da cidade Gail Peck (Charlotte Sullivan) está em crise. Meio hesitante ela resolve assumir seu namoro lésbico com uma colega e resolve contar ao próprio irmão. Claro que depois pensa melhor e fica em completo desespero. Completamente surtada resolve passar a tesoura em seus lindos cabelos loiros, o que convenhamos é uma enorme pena! "Rookie Blue" é aquele tipo de série que funciona muito bem como entretenimento. O elenco é carismático e os roteiros, apesar de não serem em nenhum momento maravilhosos, conseguem funcionar muito bem como passatempo. Para assistir em noites sem nada melhor para ver. / Rookie Blue 5.01 - Blink (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 5.02 - All by Her Selfie
"Rookie Blue" é uma típica série do canal ABC. Os personagens não são muito bem desenvolvidos e nem sequer há roteiros brilhantes ou inovadores no meio do caminho. Mesmo assim você vai acompanhando, acompanhando e quando se dá por si já está na quinta temporada! O grande trunfo dessa série policial são os atores que formam o elenco, quase todos eles bem carismáticos. Esse tipo de coisa acaba, queira ou não, cultivando o espectador. Nesse episódio a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) se torna oficial de treinamento de um jovem recém saído da academia. Um recruta novato (rookie) como ela própria há pouco tempo atrás. O grande diferencial é que o rapaz é o enteado do próprio comissário de polícia da cidade, algo que McNally nem desconfia. A dupla acaba se envolvendo em um caso complicado onde a inexperiência do jovem acabará pesando muito no desfecho da situação. Eles recebem a chamada para investigar um caso simples de arrombamento de uma loja de penhores. Lá dentro encontram um sem-teto com problemas de alcoolismo. Nada demais, apenas um pobre homem querendo fugir do frio das ruas. Dispensado, eles acabam descobrindo que cometeram um erro de procedimento, já que no porão do estabelecimento acabam encontrando o dono, assassinado. A partir daí as investigações vão revelar uma trama complicada, envolvendo outras pessoas que eles sequer imaginavam. Enquanto isso a personagem Gail Peck (interpretada pela linda atriz Charlotte Sullivan) passa por uma crise existencial e de identidade ao descobrir que está tendo um relacionamento lésbico. Surtada, acaba cortando seus longos cabelos loiros o que não deu muito certo dentro da proposta do roteiro porque afinal de contas ela acabou ficando ainda mais bonita, nada condizente com alguém que supostamente estaria passando por uma crise. Enfim, coisas de séries americanas estreladas por um elenco cheio de beldades que se parecem com tudo, menos com policiais de patrulha. Divertido, acima de tudo. / Rookie Blue 5.02 - All by Her Selfie (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.

Rookie Blue 5.03 - Heart Breakers, Money Makers
Nesse episódio os policiais de "Rookie Blue" são designados para um tipo de serviço que nenhum deles gostaria realmente de fazer. Ir nas casas de criminosos condenados para recolher bens que foram adquiridos através de ganhos provenientes de atividades ilícitas. No começo pode até parecer um trabalho enfadonho, mas com direito a muitas surpresas pelo meio do caminho. Em uma casa de um ex-traficante e estelionatário a policial Andy McNally (Missy Peregrym) acaba descobrindo o fio da meada de algo bem maior, uma grande rede criminosa. O sujeito é casado com uma mulher desequilibrada, dada a promover barracos e ataques de escândalo. Um típico casamento realizado apenas por interesse financeiro - algo que com o tempo acaba se tornando um verdadeiro inferno doméstico entre o casal. Esse episódio também segue explorando o affair lésbico de Gail Peck (Charlotte Sullivan, ainda mais linda com cabelos curtos). Algo que até então jamais se mostrou muito convincente (parecendo mesmo uma tremenda forçada de barra dos roteiristas para ganhar a simpatia das organizações de defesa de minorias). Pois bem, Peck é finalmente apresentada para as amigas de sua namorada, algo que não dá muito certo. Elas são todas universitárias de instituições da Ivy League e acabam esnobando Peck pelo simples fato dela ser uma policial de rua. Nem preciso dizer que a saia justa acaba jogando um balde de água fria no romance. Bom episódio, novamente apoiado no grande carisma de todo o elenco. / Rookie Blue 5.03 - Heart Breakers, Money Makers (EUA, 2014) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.

Rookie Blue 5.04 - Wanting
Três pessoas são mortas em uma guerra de gangues em Seattle. Um dos chefões de um grupo chamado Jameson também é assassinado. A polícia não tem muita noção do que anda acontecendo e nem que a morte do líder da quadrilha foi encomendada por outro membro da mesma gangue. Essas quadrilhas formadas basicamente por jovens latinos se espalharam muito dentro das principais cidades americanas. Nesse episódio os roteiristas criaram uma espécie de modelo desse tipo de organização criminosa e lhes deram o nome de Las Viboras (o que veio bem a calhar). No fundo tudo não passa de um ciclo que geralmente se repete muito no mundo do crime, onde testemunhas são mortas para que crimes anteriores fiquem impunes. E é justamente durante uma investigação desse caso que a policial Andy McNally (Missy Peregrym) descobre que o novato que está em treinamento com ela definitivamente não serve para o serviço. Quando ela fica encurralada em um apartamento, cercado por membros da gangue, o seu parceiro simplesmente amarela e não consegue arranjar coragem para ir em seu socorro! Nem todos estão preparados para exercerem a função de policiais em grandes e violentas metrópoles. Por fim Gail Peck (Charlotte Sullivan) entra em choque após encontrar uma garotinha ao lado do corpo de sua mãe que acaba de ser assassinada por criminosos. Um episódio de rotina dentro da série, mas que terá consequências futuramente dentro da trama de "Rookie Blue", por isso não deixe de conferir. / Rookie Blue 5.04 - Wanting (EUA, Canadá, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 5.05 - Going Under
Já a série "Rookie Blue", apesar de já estar na sua quinta temporada, não demonstra ainda sinais de esgotamento. O motivo é simples também de explicar: séries policiais com grandes elencos demoram para saturar pois sempre há possibilidades dos roteiristas explorarem um ou outro personagem em cada episódio. Nesse episódio aqui abriram espaço para o policial Chris Diaz (Travis Milne). Ele leva uma vida dupla. De dia, com uniforme, combate os traficantes de drogas pelas ruas de Seattle. De noite, após largar o serviço, vai atrás desses mesmos traficantes para comprar drogas. É um tira viciado, imagine você! As coisas se complicam quando a polícia prende o seu traficante. O criminoso ameaça revelar tudo aos detetives caso Diaz não arranje um jeito qualquer de o livrar da cadeia. Na outra ponta narrativa Andy McNally (Missy Peregrym) precisa descobrir o desaparecimento de um homem que nunca mais foi visto pelos próprios familiares. Teria sido vítima de um crime ou simplesmente foi embora para sempre, por livre e espontânea vontade? Por fim o que anda bem chatinho mesmo é o desenvolvimento da eterna fossa de Gail Peck (interpretada por Charlotte Sullivan, a atriz mais bonita da série) onde ela já não sabe se é realmente lésbica ou não, se é apaixonada por um homem ou por uma mulher... enfim, enrolaram muito o meio de campo dessa personagem. / Rookie Blue 5.05 - Going Under (EUA, 2014) Direção:  T.W. Peacocke / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco:  Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Travis Milne, Charlotte Sullivan.

Rookie Blue 5.06 - Two Truths and a Lie
O título do episódio vem de uma brincadeira entre Andy McNally (Missy Peregrym) e Sam Swarek (Ben Bass) durante uma patrulha na cidade. Eles são apaixonados um pelo outro, mas estão sempre medindo forças, naquele tipo de joguinho que conhecemos tão bem. Nesse episódio Sam baixa um pouco a guarda ao revelar um aspecto ruim de seu passado envolvendo seu pai, atualmente cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima. McNally participa de tudo e fica também sabendo alguns segredos de Sam que ele preferia deixar nas sombras. Eles vão até a prisão em busca de informações pois um rapaz de Seattle é encontrado morto no porta malas de um carro e o crime parece ter ligações com um ex-condenado (agora nas ruas) que o pai de Sam conhece muito bem. Nada poderia ser mais constrangedor para um tira do que ter um pai no presídio cumprindo pena por assassinato. Coisas da vida. Conforme as investigações avançam todos os detetives vão chegando a conclusão de que há algo maior por trás, muito provavelmente um crime passional. Bom episódio, valorizado justamente pela reaproximação de McNally e Sam. "Rookie Blue" é bem quadradinha, sem novidades, mas como puro entretenimento funciona muito bem, não há como negar. Por essa razão, sigo acompanhando. / Rookie Blue 5.06 - Two Truths and a Lie (EUA, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Ben Bass.

Rookie Blue 5.07 - Deal with the Devil
Tudo começa com um dedo humano encontrado numa lata de lixo de um restaurante italiano em Seattle. Tudo leva a crer que é apenas parte de um crime maior. A região é controlada pela máfia da cidade, sempre envolvendo acerto de contas entre criminosos rivais. O dono de uma cantina na vizinhança também parece ter ligação com tudo o que aconteceu. Na outra linha narrativa a patrulheira Gail Peck (Charlotte Sullivan) tenta se acertar novamente com sua ex-namorada que trabalha como legista no departamento. Pode parecer estranho, mas entre corpos passando por autópsias elas vão tentando entender porque seu relacionamento não deu certo! Por fim, para encerrar o caso do jovem policial que foi reprovado nos testes por Andy McNally (Missy Peregrym) é finalmente marcada uma audiência administrativa da corporação para esclarecer realmente todos os fatos. Em um episódio anterior vimos que o jovem em treinamento simplesmente amarelou durante uma batida policial, deixando McNally sozinha para enfrentar um criminoso fortemente armado. Por ter sido considerado um covarde ele obviamente foi reprovado por ela. Só que o tal sujeito é também parente do comissário de polícia, então todos os pauzinhos são movidos para ele não ser demitido. Achou que apenas no Brasil havia corrupção e tráfico de influência em órgãos públicos? Pois é, no grande irmão do norte também acontece a mesma coisa. / Rookie Blue 5.07 - Deal with the Devil (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.

Rookie Blue 5.08 - Exit Strategy
Se "Outsiders" tenta ser ao menos diferente, "Rookie Blue" só almeja ser mais um enlatado policial americano. Isso não é algo necessariamente ruim, dependendo do que você anda procurando em termos de séries para assistir. Assim o que acaba segurando as pontas da série é o seu elenco, bem carismático. Nesse episódio aqui o policial Dov Epstein (Gregory Smith) finalmente descobre que seu velho parceiro, desde os tempos da academia de polícia, é um viciado em cocaína. Chris já vinha dando pistas disso, seja no olhar vidrado, seja no comportamento fora dos padrões. Pior do que um junkie é um junkie com armas e distintivo. Realmente uma situação mais do que delicada. O mote do episódio porém acontece quando os tiras encontram uma casa arrombada. A vizinhança os teria chamado após notar que o carro da família que lá morava estava há horas com as portas abertas em frente à casa. De fato, assim que os policiais entram no lugar encontram o caos, naquilo que parece ter sido um assalto convencional, mas que na verdade encobre algo mais, inclusive uma possível fraude envolvendo a falência da empresa familiar daquelas pessoas. Pois é, definitivamente não está fácil para ninguém... / Rookie Blue 5.08 - Exit Strategy (EUA, 2014) Direção: Jeff Woolnough / Roteiro: Tassie Cameron (created by), Morwyn Brebner / Elenco:  Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 5.09 - Moving Day
Dia de mudança ou melhor falando, dia de despejo. Os policiais de "Rookie Blue" precisam despejar um grupo de moradores pobres de apartamentos na periferia de Seattle. Algo que nenhum deles gosta de fazer pois o trabalho consiste basicamente em desalojar famílias pobres de suas casas. Quem gostaria de fazer um serviço desses? Mas enfim, ossos do ofício. Em um desses apartamentos eles descobrem dois jovens adolescentes morando sozinhos. São dois irmãos. A mãe foi embora, desapareceu, provavelmente por não ter mais como sustentar os próprios filhos. O garoto mais velho resolve então roubar bicicletas nas redondezas para ter dinheiro, caso contrário ficaria sem ter o que comer ao lado da irmã. Pois é, há muita pobreza também nos Estados Unidos, ao contrário do que muita gente pensa. Um drama social. Entre os desalojados são encontrados também brasileiros! Isso mesmo, imigrantes ilegais que foram para os Estados Unidos em busca de trabalho. Esse episódio se torna muito interessante justamente por essa razão. Os brasileiros falam um português de Portugal (acredita nisso?) e passam por apuros com a polícia da cidade. A personagem Chloe Price (interpretado pela atriz canadense de família brasileira Priscilla Faia) então começa a servir de intérprete pois ela fala nossa língua. O portunhol de Priscilla chega a ser hilário, mas temos que ao menos reconhecer seu esforço em passar um bom português na tela. Aliás os americanos em geral acham nossa língua mais parecida com o francês do que com o espanhol, bem ao contrário dos brasileiros que conseguem entender o que um espanhol fala, mas absolutamente nada do que um francês diz! Isso apesar de ser todas línguas latinas, mas enfim.... temos aqui um episódio muito bom e acima de tudo bem curioso para todos nós, brasileiros. / Rookie Blue 5.09 - Moving Day (EUA, 2014) Direção: Teresa Hannigan / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.

Rookie Blue 5.10 - Fragments
Nesse episódio dois atentados a bomba acontecem nas ruas de Seattle. Terrorismo? Pelas investigações iniciais não seria esse o caso, mas sim uma disputa de território entre máfias formadas por imigrantes, uma de russos e outra de irlandeses. O clímax acontece quando o jovem tira Matt Murray (Duncan Moore) é amarrado na direção de um veículo com uma bomba relógio armada embaixo de seu acento. Essa cena me lembrou muito antigas séries dos anos 80 pois esse tipo de situação era bem comum naquela época nos roteiros. Dois fios, um pode explodir tudo, o outro serio o certo a se cortar. Provavelmente você já viu isso em centenas de filmes e seriados americanos. Sim, é uma situação até bem clichê. Quem banca o herói aqui é o cadete Nick Collins (Peter Mooney). Sem que haja tempo para a chegada do esquadrão antibombas ele precisa se virar, seguindo instruções pelo celular. Em dez minutos a bomba será detonada. Pois é, uma coisa antiga, mas que ainda funciona se você não for muito exigente e crítico. Na outra linha narrativa, focada mais na vida pessoal dos policiais, a gatinha Andy McNally (Missy Peregrym) recusa uma oferta do namorado Sam Swarek (Ben Bass). Ele quer dar a chave de seu apartamento para ela. Para McNally isso significa ir para um outro nível do relacionamento e ela definitivamente não quer nada sério pois é muito jovem e não quer afundar em um casamento precoce em sua vida. Garota esperta! / Rookie Blue 5.10 - Fragments (EUA, 2014) Direção: John Fawcett / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 5.11 - Everlasting
Esse foi o último episódio da quinta temporada. Também é uma continuação do episódio anterior. Naquele havia um terrorista colocando bombas por toda a Seattle. O motivo? Seu filho havia morrido em um atentado no passado e ele queria se vingar da omissão da polícia que não havia conseguido prender o criminoso que havia feito aquele ato terrorista. Assim ele resolveu dar o troco com a mesma moeda. Um fato curioso nesse episódio é que ele traz a atriz Erin Karpluk como uma paquera do policial Nick Collins (Peter Mooney). Não lembra da Erin? Ela foi a protagonista da boa série canadense "Being Erica". Não se sabe se ela ainda se tornará fixa no elenco, mas de qualquer modo é sempre curioso ver sua presença nessa série policial. Outro destaque vem da explosão de uma bomba no setor de evidências do departamento de polícia, justamente quando Andy McNally (Missy Peregrym) estava por lá, o que leva Sam Swarek (Ben Bass) ao completo desespero! Será que uma das principais protagonistas morre, justamente no último episódio da temporada? Assista para conferir. / Rookie Blue 5.11 - Everlasting (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Ben Bass, Peter Mooney, Erin Karpluk.

Rookie Blue - Sexta Temporada:

Rookie Blue 6.02 - Perfect Family
Uma garota, adolescente, some de casa. Os pais imediatamente procuram a polícia. Depois de algumas buscas ela é encontrada. Estava escondida na casa do namorado. A questão é que a família dela tem uma educação extremamente tirana, proibindo a jovem de ir em bailes, de frequentar o cinema, de namorar, enfim de fazer coisas típicas das meninas de sua idade. O pai é um sujeito conservador, religioso e um tanto maluco. O próprio título do episódio dá a pista, pois ele procura ter uma família perfeita. O problema é que para isso acaba exagerando na dose da disciplina. Esse foi um episódio interessante, mas também maniqueísta. O pai da família tradicional é retratado praticamente como um lunático. Não era necessário fazer um estigma desses. Já no lado emocional dos policiais temos a tentativa por parte de Andy McNally em superar o fato de que Sam Swarek engravidou sua ex-namorada. Coisas da vida. / Rookie Blue 6.02 - Perfect Family (EUA, 2015) Direção: Eleanor Lindo / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 6.03 - Uprising
Até parecia uma missão banal. Levar duas prisioneiras para novos presídios, mas tudo acaba mal. Explode uma rebelião justamente quando os policiais estavam lá para pegar as detentas. Uma delas coloca uma faca no pescoço de Juliet Ward (Erin Karpluk) e tudo vira um caos completo! Amena apenas fica a situação de Gail Peck que acaba conhecendo uma prisioneira veterana, uma mãe que foi presa após matar o marido. O sujeito havia ficado embriagado, o cigarro caiu e a casa pegou fogo. Todos os filhos morreram no incêndio. Para se vingar a velha senhora resolveu matar o próprio marido, pegando prisão perpétua por isso. Por fim Sam descobre que sua filha, que ainda está para nascer, pode ter um problema em sua coluna, algo que pode se tornar perigoso. Bom episódio, embora as cenas na prisão não me tenham soado muito verídicas. As prisioneiras são bonitas demais para convencer como condenadas. Mesmo assim está valendo, principalmente na última cena quando a personagem de Erin Karpluk se revela finalmente como uma infiltrada dentro do departamento. Na verdade ela tem contatos com traficantes perigosos. / Rookie Blue 6.03 - Uprising (Estados Unidos, 2015) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 6.04 - Letting Go
Um lutador de MMA, preso por porte de drogas (anabolizantes, para ser mais preciso) foge da cadeia. Ele é levado para o hospital para tratar de um câncer no fígado e vê uma oportunidade de fuga de lá. Ele agride o médico, pega um bisturi e ganha as ruas. Inicialmente o departamento de polícia de Seattle pensa que ele está voltando para o apartamento de sua esposa (uma jovem que se correspondeu com ele enquanto estava preso e se casou com ele!), mas os tiras acabam descobrindo que há uma outra mulher em sua vida. Caberá a Dov Epstein e seu parceiro colocar o fugitivo de novo atrás das grades. Enquanto isso o oficial Nick Collins descobre o paradeiro do homem que anos atrás causou um acidente fatal que matou seus pais e deixou seu irmão mais velho paralítico em uma cadeira de rodas. Nick então arma uma armadilha para se vingar do tal sujeito que mesmo após todos aqueles anos ainda é um bêbado desgraçado. Quem acaba evitando que Nick cometa um grande erro em sua vida é sua parceira, a policial Juliet Ward, interpretada pela cada vez mais gata Erin Karpluk, sim ela mesma, da série Being Erica onde ela interpretava a protagonista. Para matar as saudades dessa série é claro. Por fim o comandante Oliver Shaw (Matt Gordon) fica numa saia justa ao saber que sua própria filha Izzy foi presa doidona com ecstasy numa festa de arromba. A garota não quer saber de ir para a universidade, causando todos os tipos de embaraços com o velho Oliver. Pois é, ser pai não é nada fácil. / Rookie Blue 6.04 - Letting Go (Estados Unidos, 2015) Direção: Steve DiMarco / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Matt Gordon, Erin Karpluk.

Rookie Blue 6.05 - A Real Gentleman
Um real cavalheiro? Será mesmo? Pois é justamente um stalker que cruza o caminho da investigadora Traci Nash. Ele faz uma falsa chamada para a detetive, dizendo ser um funcionário da escola onde seu filho estuda e simplesmente a sequestra no pátio escolar. Ninguém percebe na hora! O sujeito é mentalmente perturbado e leva a policial para o seu porão, onde começa um insano jogo psicológico. Para azar de Nash sua falta demorará a ser sentida por seus colegas, o que acaba colocando em risco sua vida. Na outra linha narrativa Chris Diaz se vê em apuros quando se torna alvo da esposa do próprio comissário! Uma situação no mínimo delicada. E os hormônios parece estar em alta dentro do distrito policial, uma vez que a novata na área Juliet Ward (Erin Karpluk) não resiste aos encantos de seu colega de farda e cai em cima, dando uns amassos em pleno estacionamento! Quem diria... Aqui temos um bom episódio, quase todo focado no sequestro de Nash. Por isso todas as demais subtramas são apenas sutilmente desenvolvidas. Mesmo assim pela tensão acaba valendo a pena. / Rookie Blue 6.05 - A Real Gentleman (Estados Unidos, 2015) Direção: Paul Fox / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 6.06 - Home Run
Nossa! Nunca pensei que iria chegar tão longe em se tratando de "Rookie Blue", mas cá estou eu, chegando ao fim da sexta temporada (a última, exibida em 2015). Pois é, de forma em geral confesso gostar desse tipo de seriado policial americano enlatado. Esse episódio começa com os tiras do departamento organizando um amigável jogo de beisebol numa região barra pesada de Seattle, dominada por gangues de traficantes de drogas. É uma forma de ganhar a confiança dos moradores em geral. O que começa bem, com boas intenções, termina muito mal quando um sujeito chega atirando a esmo de dentro de um carro. Todas as suspeitas levam a pensar que o autor dos tiros foi um conhecido líder de gangue do bairro, mas será mesmo? Outra revelação vem do fato de que a tira Juliet Ward (Erin Karpluk) não é uma policial corrupta, como todos inicialmente pensavam, mas sim alguém infiltrado dentro do departamento pela corregedoria para investigar denúncias de corrupção policial dentro do distrito! E ela está de olho, quem diria, no Sargento Shaw! Por fim para as espectadoras românticas da série acontece finalmente o pedido de casamento de Sam Swarek (Ben Bass). Ele se ajoelha perante sua amada, a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) e seguindo as regras a pede em casamento! Tudo bem bonitinho! / Rookie Blue 6.06 - Home Run (Estados Unidos, 2015) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner  / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, entre outros.

Rookie Blue 6.07 - Best Man
Mesmo bem atrasado, pois a série foi cancelada em 2015, sigo em frente para o final dessa sexta temporada. Incrível pensar que assisti a seis temporadas de "Rookie Blue". Pois bem, vamos ao episódio. Aqui temos casos de crianças desaparecidas. Em determinado momento fiquei realmente pasmo ao ver como todo um departamento de polícia se concentra apenas na localização de crianças desaparecidos. Penso que tanto nos Estados Unidos como no Brasil não seria bem esse o caso, uma vez que as grandes cidades estão repletas de crimes de todos os tipos, assassinatos, tráficos de drogas, etc e seria meio impensável parar tudo para localizar apenas uma adolescente, que no final das contas pode simplesmente ter fugido de casa! Não me soou como algo muito real. No mais a subtrama envolvendo casos de corrupção do sargento Oliver Shaw (Matt Gordon) avança. O que deixa todos admirados (espectadores e demais personagens da série) é o fato de que Oliver sempre foi o sujeito mais boa praça do mundo, amigo dos companheiros de farda, bom pai, um cara muito legal! Como então alguém poderia acreditar que ele no fundo, debaixo de toda essa fachada, não passa de um tira corrupto? Um cara que usa sua farda e autoridade para ganhar dinheiro de forma ilegal? Pois é, o roteiro traz algumas surpresas sobre isso, principalmente em relação ao verdadeiro criminoso que atua dentro do distrito. Por fim há o romance água com açúcar envolvendo Andy McNally e Sam Swarek! Como a série é cheia de atores e atrizes bonitas, isso era mesmo de se esperar! Nesse episódio McNally perde seu anel de noivado, tentando esconder tudo do carcamano Sam! Coisas da vida... Enfim, esse é um episódio apenas OK. Nada demais, mostrando que a série andava mesmo esgotada em seus momentos finais. / Rookie Blue 6.07 - Best Man (Estados Unidos, 2015) Direção: Charles Officer / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 6.08 - Integrity Test
E corrupção policial parece ter se disseminado dentro da corporação. O próprio comissário de polícia está envolvendo até o pescoço da lama, tentando acobertar tudo, afinal ele seria incriminado por ter montado uma verdadeira organização criminosa dentro do departamento. Assim oferece um acordo com o sargento Shaw, com medo de tudo se espalhar sem controle. Os "rookies" (os novatos) então resolvem se unir para juntar provas contra o chefe corrupto. O detetive Steve Peck (Adam MacDonald) é um dos mais envolvidos para decepçaõ de sua namorada, Traci Nash (Enuka Okuma) que definitivamente dormia ao lado do inimigo, inocente, sem saber! Definitivamente ela não parece ter bom gosto para se relacionar com os homens certos!/ Rookie Blue 6.08 - Integrity Test (Estados Unidos, 2015) Direção: James Genn / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 6.09 - Ninety Degrees
O que poderia ser mais lucrativo do que vender drogas em um abrigo de recuperação para drogados? É esse o mote desse episódio. Um viciado em recuperação é encontrado morto no banheiro da instituição. Assim os policiais de "Rookie Blue" vão até lá investigar. O que encontram é uma ex-viciada, agora recuperada, que não quer nem saber - passa a vender drogas para seus ex-colegas de recuperação! Como se sabe o comércio de drogas é dos mais lucrativos e então vale tudo para faturar bem com os problemas dos outros. Na outra linha narrativa vão surgindo os primeiros problemas de relacionamento entre Andy e Sam Swarek. Ele engravidou outra policial e isso é mais do que um constrangimento para Andy que deseja se casar com ele. Pior, a policial grávida tem problemas e é justamente Andy que a ajuda! Saia justa azul marinho, da farda dos tiras de Seatlle. Pois é... / Rookie Blue 6.09 - Ninety Degrees (Estados Unidos, 2015) Direção: T.W. Peacocke / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Rookie Blue 6.10 - Breaking Up the Band
Até pensei que era o episódio final da série, mas não é, embora poderia ser! Aqui o roteiro explora um festival de música para onde são enviados Andy McNally e Dov Epstein para deter a venda de ingressos por cambistas, mas uma vez chegando lá eles descobrem que na realidade há muita drogas circulando entre os jovens (entre elas a mais comum nesse tipo de ambiente de festa tecno, a ecstasy). Assim uma jovenzinha loirinha desmaia e entra em coma. Depois falece em razão do consumo da droga que havia ingerido. Um aspecto curioso desse episódio é que ele mostra que os próprios organizadores montam um verdadeiro setor, com camas, para jovens drogados! Pois é, pelo visto o abuso de drogas é algo tão comum que eles nem se importam mais em esconder. Enfim, um bom episódio, embora já reflita toda a saturação que a série vinha passando. / Rookie Blue 6.10 - Breaking Up the Band (Estados Unidos, 2015) Direção: James Genn / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de agosto de 2016

The Frankenstein Chronicles

The Frankenstein Chronicles 1.01 - A World Without God
Eis aqui uma boa dica de nova série que está chegando agora na TV. O primeiro episódio se chama "A World Without God" (Um Mundo Sem Deus). Tudo começa quando uma jovem garota é encontrada morta nas margens lamacentas do Rio Tâmisa em Londres. Em estado de decomposição avançado o cadáver é logo enviado a um renomado cirurgião para autópsia. Ele descobre que o corpo na verdade é uma composição de vários corpos de pessoas diferentes, ligadas por costuras cirúrgicas! São crianças e adolescentes que desapareceram sem deixar rastros. Há uma suspeita de que se trata de uma maneira de se desacreditar a classe médica, uma vez que está ocorrendo uma acirrada disputa no Parlamento envolvendo o ato cirúrgico (que passaria a ser exclusivo dessa classe, colocando em perigo o emprego ou o trabalho de vários sujeitos sem diploma, alguns deles envolvidos com tráfico de corpos humanos para instituições de pesquisa). Para descobrir o que realmente está acontecendo um nobre resolve designar John Marlott (Sean Bean), um investigador veterano, para solucionar a morte daqueles jovens. "The Frankenstein Chronicles" é aquele tipo de série que desde os primeiros momentos você já sabe que está diante de um bom produto televisivo. Direção de arte? Impecável. Roteiro? Muito bem estruturado, lidando muito bem com todo o suspense que envolve os crimes. Interpretação? Bean está perfeito na pele do sujeito que é atormentado por um passado trágico (sua família - esposa e filha pequena - morreram de sífilis transmitido por ele mesmo, o que lhe traz uma culpa imensa e eterna). Enfim, mais uma preciosidade de terror para se acompanhar daqui em diante. Não vá perder a chance de conhecer essa excelente série. / The Frankenstein Chronicles 1.01 - A World Without God (Inglaterra, EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Sean Hanrahan, Shaun Blaney.

The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things
Conforme o próprio título do episódio sugere o investigador John Marlott (Sean Bean) começa a ter visões do sobrenatural. Em um delírio ele acaba vendo a garota Alyce. Como se viu no episódio piloto ele foi contratado para descobrir o paradeiro de jovens que simplesmente desapareceram, em especial o que teria acontecido realmente com a adolescente Alyce e do estranho corpo encontrado boiando nas águas do rio Tâmisa. Em decomposição, nele havia claras demonstrações e sinais de que teria passado por algum tipo de experiência médica mal sucedida, pois havia diferentes partes de corpos humanos diversos costurados em um só! Uma obra de arte sombria. Além disso "Seeing Things" chama a atenção por outros aspectos que considero extremamente curiosos. O primeiro é que o personagem de Sean Bean resolve comprar um exemplar do romance de terror "Frankenstein Ou o Prometeu Moderno" de Mary Shelley, demonstrando que a série não é uma adaptação do livro como inicialmente se esperava. A trama se passa ao largo da literatura. Outro fato digno de nota foi a inserção de autores consagrados como personagens da série, entre eles o poeta vitoriano William Blake, em seu leito de morte, passando preciosas pistas para Marlott. Aliás a própria Mary Shelley também dá o ar de sua graça, de maneira bem discreta, é verdade, mas já demonstrando que os roteiristas procuram por algo diferente, realmente inovador. Ponto positivo para o público, certamente. / The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Lucy Cray-Miller, Jessie Ross.

The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children
Numa Londres suja e pobre o investigador John Marlott (Sean Bean) continua reunindo pistas para descobrir quem teria assassinado a jovem adolescente cujo corpo foi encontrado em decomposição nas margens do rio Tâmisa. Sua investigação curiosamente o leva até a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin). Ela escreveu um romance de terror que ficou muito conhecido chamado Frankenstein. Em sua estória um cientista à beira da loucura resolvia trazer restos de corpos humanos de volta à vida usando métodos da teoria Galvanista (onde a energia elétrica era usada para dar movimentos aos músculos de pessoas mortas). Ela é uma pobre viúva que tenta ganhar a vida com seus escritos, algo nada fácil de fazer, ainda mais com um garotinho muito jovem ainda para criar. Para Marlott porém é mais importante colocar as mãos em um suspeito indicado pelo carregador de corpos. Esse sujeito teria ligação direta com o crime cometido. O problema é achá-lo, uma vez que ele parece viver em túneis escuros e úmidos embaixo da velha cidade. Outro aspecto interessante desse episódio é que Marlott é confrontado com seu próprio futuro ao visitar um antigo mosteiro que agora serve como hospital de inválidos. Lá ele encontra um paciente terminal da terrível sífilis (Marlott também sofre desse mesmo mal). Temos aqui mais um bom episódio de "The Frankenstein Chronicles". Essa série é muito bem produzida, com roteiros realmente bem escritos. Não há apelação e tudo surge de forma muito caprichosa. Estou realmente gostando muito, indico sem reservas para os fãs de séries de terror e suspense. / The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children (EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Samuel West, Sean Bean, Eloise Smyth.

The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War
Uma das melhores coisas desse episódio é que ele mostra a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin) visitando a propriedade de um velho conhecido, um amigo dos velhos tempos. Ele está morto há muitos anos. Quando vai até os fundos da velha casa descobre dois cômodos praticamente abandonados. Os móveis estão cobertos por panos e quando ela os levanta o que vemos? Sim, a velha maquinaria usada em experiências científicas, tão típica da era vitoriana. A sutileza do roteiro deixa então subentendido que o enredo que vemos em sua famosa obra pode não ter sido apenas um romance de terror como todos pensavam! Para fãs do horror é realmente uma jogada genial, que abre espaço para uma guinada nas estórias da série. Além disso temos aqui o desfecho (assim esperamos) do desaparecimento da menina Alice. O investigador John Marlott (Sean Bean, sempre tão bem em cena) finalmente chega nas pessoas que supostamente a mataram. São carvoeiros miseráveis dos subúrbios mais infectos de uma Londres nada bonita de se ver. É curioso pois mostra a extrema pobreza em que viviam certas pessoas na Inglaterra durante o século XIX. Lugares de miséria absoluta, onde nem os mais básicos valores humanos conseguiam sobreviver. Comunidades formadas não por seres humanos, mas por verdadeiras bestas, seres bestiais. Em suma, excelente episódio, um dos melhores até aqui. / The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Charlie Creed-Miles, Shaun Mason.

The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders
O investigador John Marlott (Sean Bean) finalmente descobre (quase) toda a verdade. Realmente médicos famosos de Londres estavam usando corpos humanos comprados no mercado negro para suas experiências. Pior do que isso, muitos deles encomendavam jovens adolescentes ou crianças, o que fazia com que eles fossem mortos de forma brutal por pessoas criminosas em busca do dinheiro da venda de seus cadáveres. Marlott então resolve levar suas conclusões ao Lord inglês que o contratou. Para seu desapontamento descobre que o sujeito, um figurão do parlamento britânico, não está disposto a fazer nada para prender os assassinos. Pelo contrário, ele usa toda a investigação apenas para chantagear outros parlamentares para que assim sejam aprovados seus projetos de lei, entre eles o ato médico de anatomia. Pois é, "The Frankenstein Chronicles" transita bem no meio do lado mais sórdido de uma Londres onde conhecimento científico e crime andam de mãos dadas. O impulso inicial para todas as investigações havia sido o desaparecimento de uma jovem adolescente chamada Alice. Seu corpo foi encontrado boiando nas águas sujas do rio. Agora que a teia da trama de sua morte foi tecida tudo caminha tragicamente para a impunidade completa de seus algozes. Uma triste realidade de um mundo sombrio. / The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Anna Maxwell Martin, Elliot Cowan.

The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found
O texto a seguir contém spoiler. Assim se você ainda não conferiu o episódio final dessa série recomendo não seguir em frente na leitura. Pois bem, a primeira temporada de "The Frankenstein Chronicles" se encerra aqui. É uma série extremamente bem produzida e por essa razão poucos são os episódios em cada temporada. Nesse aqui temos uma ironia do roteiro que me deixou realmente surpreendido. Depois de tanto lutar para descobrir o que estaria acontecendo com as crianças e adolescentes desaparecidos, o investigador John Marlott (Sean Bean). São pessoas poderosas e ricas, bem influentes dentro da sociedade londrina. Sem querer Marlott acaba caindo numa armadilha montada justamente por essa gente. Ele é colocado na cena de um crime, com a roupa encharcada de sangue da vítima. Ora, não demora muito e ele é preso em flagrante. Julgado apressadamente logo é condenado à morte. Enforcado, tudo parece ter chegado a um melancólico fim, mas... eis que Marlott acaba caindo nas mãos de todos aqueles que ele queria ver condenados. Eles usam seu corpo para novas experiências e pasmem, o próprio investigador vira uma criatura, ressuscitada como nos velhos moldes do conto de  Frankenstein!!! A cena final com ele se arrastando, dentro daquele corpo ressuscitado profano é uma das melhores coisas que vi ultimamente em séries. Em minha opinião seria o desfecho perfeito para tudo o que aconteceu. Pena que os produtores vão continuar em uma segunda temporada!!! Chegou a me perguntar: Por quê? Querem mostrar a vida do monstro após voltar do mundo dos mortos? Nada a ver... perderam a chance de terminar tudo com chave de ouro. / The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross, Barry Langford / Elenco: Sean Bean, Joel Gillman, Richie Campbell.

Pablo Aluísio.