segunda-feira, 11 de abril de 2011

Os Carrascos Voluntários de Hitler

O autor desse livro, Daniel Jonah Goldhagen, é professor de história em Harvard. Sua tese de doutorado acabou dando origem a essa obra que ao chegar na livrarias ganhou o subtítulo explicativo de "O povo alemão e o Holocausto". Uma leitura muito conveniente nessa semana em que se celebram os setenta anos de libertação de Auschwitz. Esse livro toca em um assunto delicado. Logo após o fim da segunda guerra mundial criou-se uma mentalidade de que o povo alemão teria sido vítima do nazismo e não cúmplice como inicialmente seria de se supor. Pois bem, para o autor Goldhagen isso seria uma meia verdade. Ele demonstra nesse livro, através de intensa pesquisa, que obviamente não se pode generalizar, apontando o dedo para todos os alemães que viveram aquele terrível período histórico do nazismo, mas que também não se pode negar que algo muito sinistro ocorreu no seio daquele povo, inclusive com sua ativa participação no que depois ficou conhecido como o holocausto. Para isso o escritor traz à tona vários exemplos de atrocidades cometidas pelos próprios civis. Pessoas comuns que da noite para o dia se tornavam assassinas de judeus, de forma completamente voluntária.

Para defender sua tese ele recuperou fatos históricos de assombrar qualquer pessoa com um mínimo de humanidade em sua alma. Em um deles ele apurou um tipo de "passatempo" que se tornou comum entre os alemães durante a guerra: o da caça aos judeus! O que seria isso? Com o aumento da perseguição nazista muitos grupos de judeus fugiram para regiões remotas, alguns inclusive, em desespero completo, fugiram em direção aos bosques e florestas das regiões rurais mais distantes da Alemanha. Em vista disso foram formados grupos de caça a esses judeus, tal como se fossem os tradicionais festejos de caça à raposa, muito popular na Inglaterra. O problema é que eles não estavam atrás de raposas, mas sim de seres humanos, crianças, velhos e mulheres indefesas. Algo realmente revoltante. Com armas na mão, iam até esses lugares remotos em busca de judeus. Ao encontrá-los não pensavam duas vezes e os executavam ali mesmo, no meio do nada.

Assim tente imaginar o quadro monstruoso: fim de semana, um grupo de jovens alemães decidem pegar suas armas para irem até os bosques e florestas locais. Eles não faziam parte do exército do Reich e nem tampouco eram agentes da SS. Mesmo assim poderiam ser tão cruéis e sádicos como se fossem. O livro relata diversas chacinas acontecidas nessas ocasiões. Em um delas um grupo desses voluntários encontrou um refúgio de judeus no meio da mata fechada. Estavam todos literalmente em buracos no chão, escondidos. Tudo o que se ouvia eram choros de crianças e mulheres. O que fizeram então esses caçadores civis de judeus? Jogaram várias granadas de mão no buraco! Imagine o grau de perversidade e desumanidade envolvidas em algo tão tenebroso assim. Relatos como esse permeiam toda a leitura. Há também histórias bem tristes envolvendo pequenos campos de concentração espalhados por todo o território alemão, alguns inclusive bem próximos de Berlim. Esses mini-campos em pouco se assemelhavam aos mais famosos como o complexo de Auschwitz - Birkenau, mas poderia ser tão mortais quanto eles.

Eram campos de alta rotatividade, onde não se poderia perder muito tempo com a solução final! Assim as pessoas saiam dos trens de carga direto para câmaras de gás instalados em pequenos casebres de madeira. O mais chocante é saber que muitos desses campos eram servidos de voluntários, pessoas das redondezas, que participavam dos protocolos de morte por uma suposta paixão à ideologia nazista! Pior do que isso, eles tinham orgulho em participar de algo assim. Em contrapartida a essa fidelidade fanática os nazistas davam carta branca a esses voluntários civis. Eles poderiam fazer o que bem entendessem com os judeus que encontrassem pela frente. Podiam matar todos eles ou torturar os grupos que quisessem, como bem entendessem. Era o inferno na Terra. Diante de um livro como esse fica a pergunta: todo o povo alemão deve ser responsabilizado pelo holocausto? Certamente não! Muitas pessoas, inclusive as que odiavam o partido nazista, perderam suas vidas por tentarem criar uma espécie de oposição a esse regime. Esses alemães não podem ser culpados pelo que aconteceu. Eles na verdade devem ser considerados verdadeiros heróis. Agora, a outra conclusão simplista de que apenas os nazistas graduados teriam sido os culpados também deve ser deixada de lado. Muitos membros da sociedade civil da Alemanha cometeram atrocidades e chacinas por livre e espontânea vontade. O livro de Daniel Jonah Goldhagen vem justamente para trazer uma luz sobre essa questão. Fica assim a lição de que uma ideologia assassina e cruel pode até mesmo transformar pessoas comuns em bestas assassinas. Holocausto nunca mais!

Pablo Aluísio.

Henrique V - O Rei Guerreiro

Henry V foi um dos grandes reis guerreiros de Inglaterra medieval, famoso por sua vitória contra os franceses na batalha de Agincourt.

Henry nasceu em 1386 ou 1387, filho do futuro Henry IV. Ele recebeu o título de príncipe de Gales na coroação de seu pai, em 1399. Desde muito cedo mostrou suas habilidades militares como um capitão de infantaria, tomando parte na batalha de Shrewsbury em 1403. Ele então passou os próximos cinco anos lutando contra a rebelião de Owen Glendower no País de Gales. Ele também fez questão de ter um papel no governo do país, ao contrário do que fazia os nobres da época, levando a desentendimentos com seu pai pela quebra da tradição.

Henry tornou-se rei em 1413. Em 1415, ele esmagou com sucesso uma conspiração que tencionava colocar o rebelde Edmund Mortimer no trono. Pouco tempo depois ele partiu para a França, que iria se tornar o foco principal de suas atenções até o fim de seu reinado. Henry estava determinado a recuperar as terras localizadas no norte da França que tradicionalmente pertenciam aos seus antepassados, mas que agora se encontravam sob posse e domínio do trono francês. Ele capturou o porto de Harfleur e em 25 outubro de 1415 conseguiu finalmente derrotar os franceses na batalha de Agincourt, uma das mais sangrentas da história.

Entre 1417 e 1419 Henry seguiu com sucesso sua campanha de conquista da Normandia. Rouen rendeu-se em janeiro de 1419 e suas sucessivas vitórias no campo de batalha obrigaram o rei francês a assinar o Tratado de Troyes em maio de 1420. Henry foi além, sendo reconhecido como herdeiro e sucessor do trono francês, casando-se pouco depois com Catherine, a filha do monarca francês. Em fevereiro de 1421, Henry voltou para a Inglaterra pela primeira vez em três anos e meio, por causa da guerra que parecia sem fim com o trono da França. Ao lado de sua nova rainha Catherine tentou restabelecer as bases de seu reinado em seu país natal. Henry previa um longo período de paz e prosperidade com a coroa de sua nação, mas seus planos foram interrompidos bruscamente. Em junho, ele retornou para a França e morreu subitamente dois meses depois, provavelmente de disenteria, em 31 de agosto 1422. Até hoje a causa verdadeira de sua morte é um mistério, sendo que alguns autores defendem a tese que teria sido envenenado por alguém de sua própria corte (talvez por sua própria esposa francesa). Seu filho de nove meses de idade, o sucedeu.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de abril de 2011

Imperador Romano Tibério

Imperador Tibério
Quando Jesus Cristo foi crucificado o Imperador que reinava em Roma era Tiberius ou Tibério. Ele foi um imperador improvável. Filho da querida esposa de Augusto, não tinha laços de sangue com o grande monarca. Na verdade ele era filho do primeiro casamento de Lívia Drusa. Augusto era apenas seu padrasto e jamais pensou nele como o futuro imperador do Império Romano. Augusto queria em sua linha de sucessão alguns de seus netos, mas eventos do destino impediram isso. Eles morreram jovens e deixaram o velho imperador frustrado e desolado, sem herdeiros de sua própria linhagem. Quando caminhava já para seu fim ele então virou-se para Tibério e o declarou seu herdeiro político. Foi um ato feito sem nenhum prazer, fruto apenas da consideração que tinha por sua amada esposa, a companheira de muitos anos, Lívia. Na realidade Augusto não confiava muito em Tibério e não via nele nenhuma qualidade em especial para reinar em Roma. Alguns historiadores afirmam que ele tinha até certa aversão por ele, por causa de sua personalidade dura e nada simpática.

A vida, apesar da proximidade com o trono, nunca foi fácil para Tibério. Desde cedo ele foi enviado para servir em legiões romanas que lutavam em lugares distantes e inóspitos. Lá Tibério aprendeu como poucos a dureza da vida militar. Foi um homem sem luxos, que apesar de ser o filho da amada do imperador jamais gozou de muitos privilégios. Durante praticamente quarenta anos viveu na lama do serviço militar, em pleno campo de batalha. Quando subiu na hierarquia militar foi considerado por seus subordinados como um oficial rígido e disciplinador. Por não estar próximo da linha de sucessão e nem tampouco ser considerado um potencial futuro imperador romano pouco chamou atenção para si durante seus anos no exército. Também não criou inimigos no senado, uma vez que jamais foi um político, mas sim um militar. Quando Augusto finalmente adoeceu, sem herdeiros diretos ao trono, sua mãe Lívia intercedeu para que o velho Augusto escolhesse Tibério como sucessor. A campanha em favor dele surtiu efeito e o seu filho subiu ao poder supremo de Roma.

Ao contrário de seu padrasto que era amado pelo povo, Tibério foi um imperador cruel, duro e sanguinário. Logo no começo de seu período como imperador procurou destruir toda a oposição real e imaginária que encontrou pela frente. Implantou uma lei que punia severamente quem ousasse ofender as atitudes e a imagem do Imperador Romano. A Lei da Lesa Majestade foi implantada por todo o império e levou milhares de pessoas à morte. Tibério também resolveu nomear homens de sua estreita confiança para administrar as províncias romanas. Um deles foi Pôncio Pilatos, o governador que iria julgar e condenar Jesus Cristo a morrer na cruz. A crucificação também se tornou modelo padrão de condenação romana contra aqueles que tivessem a coragem de colocar em dúvida a supremacia do poder imperial. A menor crítica contra Tibério era vista como crime de Lesa Majestade, sendo seu autor morto na cruz, em qualquer lugar do Império.

Violento e paranóico, Tibério implantou um regime de terror em Roma. Organizou um regime de exceção no Império e condenou a morte muitos cidadãos romanos. Fortaleceu o exército e com violência puniu também todos aqueles que atentassem contra a religião romana. Certa vez mandou matar um grupo de homens acusados de tentar manter um relacionamento com as virgens vestais do templo. Tibério subiu ao poder quando já estava com uma idade considerada avançada para a época (56 anos). Por essa razão em pouco tempo começou a perceber que não tinha mais força, paciência ou energia para continuar vivenciando a rede de intrigas políticas do senado romano. Também temia que fosse morto mais cedo ou mais tarde pelos senadores. Afinal se até o grande Júlio César foi apunhalado pelas costas, o que poderia se esperar de um velho militar como ele, que não tinha nenhum jeito para o mundo da politicagem em Roma. Resolveu assim se retirar da cidade, indo morar em uma luxuosa vila em Capri, no alto de uma montanha, onde administrava o império através de correspondências que iam direto de seu gabinete para a capital. Lá também se sentia seguro das inúmeras conspirações que visavam assassinar o imperador - algo comum e esperado em Roma.

Em Capri o imperador Tibério também deu vazão à sua personalidade doentia. Embora fosse casado, em arranjos familiares bem de acordo com a alta sociedade romana, se dizia na boca pequena em Roma que o imperador tinha apreciação mesmo por jovens garotos. Sim, Tibério era um homossexual pedófilo. Quando foi para Capri e se fechou em seu palácio, começou a recrutar jovens garotos da região para joguinhos eróticos em sua grande piscina. Chamando os meninos de "peixinhos" ele se tornou um velho degenerado e depravado, acima das leis e da justiça de Roma, que afinal de contas lhe devia a mais estreita obediência. Quando se aborrecia com algum "peixinho" mandava que seus soldados o atirassem do alto da montanha em direção às pedras e rochedos da costa lá embaixo. Vivendo como um degenerado em seu palácio começou a cobrar moralidade dos que seguiam a religião romana. Era um hipócrita, mas mesmo assim foi colocado como sumo sacerdote da religião oficial do Estado. No fim da vida, já meio senil, mandou o senado declarar que ele era um Deus que deveria ser venerado pelos templos do império. Quem se recusasse a reconhecer que ele era uma divindade deveria morrer imediatamente. Morreu provavelmente envenenado pela mãe de Calígula, que desejava há muitos anos que seu insano filho subisse ao poder total de Roma. Como era tradição no Império Romano os imperadores acabavam sendo assassinados por seus próprios parentes e familiares.

Pablo Aluísio.

Imperador Romano Nero

Está cada vez mais em moda essa onda de revisionismo histórico. Grandes assassinos e déspotas do passado ganham uma nova chance de saírem melhor na foto da história. O mais novo contemplado com essa visão é um dos mais alucinados e cruéis imperadores da história de Roma, sim, ele mesmo, Nero! Para alguns historiadores modernos o pobre Nero não seria tão mau como vemos nos registros históricos. Famoso por supostamente ter colocado fogo em Roma e por uma perseguição sem tréguas contra os cristãos, o novo retrato de Nero pintado por esses novos autores é bem diferente. Eles alegam que o imperador foi alvo de simples "intriga da oposição". Como sua história foi escrita por defensores do antigo sistema político romano - a República - ele foi pintado com tintas forte demais.

A primeira parte desse novo retrato inocenta Nero de ter colocado fogo em Roma. Muitos autores da atualidade dizem que a história que Nero teria mandado colocar fogo na cidade para depois ficar olhando tudo de seu palácio, tocando harpa, é pura ficção. Para essa nova corrente Nero sequer estava em Roma naquele dia. Ele estaria numa cidade próxima, em sua propriedade, onde descansava e passava férias. Em defesa dessa nova história dizem que assim que soube do desastre Nero teria enviado ajuda imediatamente, inclusive cedendo palácios imperiais para abrigar os feridos e queimados. E não foi só. Deslocou parte do exército romano para ir na cidade servir de exército da salvação, literalmente.
  
Claro que depois que a cidade foi queimada e Nero construiu sobre as cinzas um novo e espetacular palácio seu prestígio ficou bem abalado. Os boatos começaram a tomar conta de Roma dizendo que o imperador havia colocado fogo na cidade para abrir espaço para sua "casa dourada". Além disso a perversidade de Nero contra os membros daquela nova seita chamada cristã era um fato que mesmo seus maiores defensores não conseguiam negar. Segundo fontes antigas Nero mandava que os cristãos  - homens, jovens, idosos, mulheres e até crianças - fossem crucificados e depois queimados vivos, enquanto ele desfrutava de seu banquete noturno. Como defender um psicopata dessa magnitude?

Por fim, Nero também não consegue escapar das inúmeras mortes que promoveu, não apenas de seus adversários políticos mas também de seus próprios familiares. Ele teria matado a mãe, seu irmão e duas esposas, uma inclusive grávida e morta a pontapés pelo insano tirano! Outro ponto que obscurece seu retrato moderno é a sua vida recheada de escândalos sexuais. Nero era considerado um estuprador de mulheres jovens e virgens e também de matronas casadas. Mas quem pensa que ele era um hetero convicto se engana. Nero era um homossexual passivo o que chocava a sociedade romana que considerava isso uma indignidade para um homem de sua posição. Era coisa de grego na cabeça dos romanos. Para piorar também tinha acessos de travestismo, onde se pintava e vestia roupas de mulher, andando como um verdadeiro travesti dos dias atuais. Pois é, redimir o velho Nero vai ser um pouco mais complicado do que pensam seus defensores ferrenhos!

Pablo Aluísio

sábado, 9 de abril de 2011

John Adams

John Adams foi uma figura importante na luta pela independência americana e segundo presidente dos Estados Unidos. Durante a sua presidência, Washington se tornou a capital americana. John Adams nasceu em 19 de outubro de 1735 em Braintree (agora Quincy), Massachusetts, filho de um fazendeiro. Adams se formou pela Universidade de Harvard em 1755 e tornou-se advogado. Em 1764 casou-se com Abigail Smith, uma mulher inteligente e independente que forneceu o marido um apoio considerável ao longo de sua carreira. A partir de meados da década de 1760, Adams começou cada vez mais a opor-se a legislação britânica em sua colônia americana, começando com a Lei do Selo. Apesar de sua hostilidade para com o governo britânico, em 1770, ele defendeu os soldados britânicos envolvidos no massacre de Boston. Isto tornou-o impopular, mas marcou-o como um homem de princípios elevados.

No primeiro e segundo Congresso continental, onde representou Massachusetts, Adams usou sua elegante escrita e habilidades de oratória para persuadir outros colonos sobre a necessidade de oposição a Grã-Bretanha, e a luta da causa pela independência da América. Ele trabalhou no comitê que posteriormente iria redigir a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Durante a Guerra Revolucionária, ele acabou tomando parte no Conselho de Guerra, ajudando a levantar fundos com o objetivo de equipar o exército americano. Também colaborou ativamente na criação da marinha dos Estados Unidos. Em 1778 Adams foi enviado para Paris em uma missão diplomática. Ele voltou para lá em 1780 e, em 1783, foi um dos três norte-americanos a assinarem o Tratado de Paris, colocando fim da Guerra da Independência Americana. Entre 1785 e 1788, Adams atuou como o primeiro embaixador americano na Grã-Bretanha.

Em seu retorno à América, ele foi eleito o primeiro vice-presidente na chapa de George Washington e serviu por dois mandatos. Na campanha presidencial de 1796 acabou enfrentando forte oposição à sua candidatura dentro de seu próprio partido. Assim Adams acabou se filiando ao Partido Federalista onde foi eleito presidente. A deterioração das relações com a França levou a uma guerra naval não declarada entre os antigos aliados. Em 1798, Adams assinou o controverso ato que limitavam os direitos à liberdade de expressão. Isso praticamente destruiu sua popularidade, criando atos de repúdio e oposição em todo o país. Ao mesmo tempo, Adams enfrentou a oposição entre seus próprios aliados políticos. Ele resistiu às exigências de uma guerra declarada contra a França e esse foi um dos principais fatores que o fizeram perder a eleição de 1800 para Thomas Jefferson. Depois da derrota John Adams decidiu se aposentar da política, se estabelecendo definitivamente em sua cidade natal de Quincy. Ele faleceu em 04 de julho de 1826, depois de ter sobrevivido para ver a eleição de seu filho mais velho, John Quincy Adams, como sexto presidente dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

Zumbi

Essa é uma pergunta que incomoda, incomoda muito! Na realidade longe da história oficial existe o mundo real, onde os personagens históricos nem sempre foram tão politicamente corretos. Se formos pensar em termos reais o fato é que um homem como Zumbi deixou inúmeras lacunas sobre sua verdadeira identidade. As informações são esparsas, dispersas, pois infelizmente havia poucos negros letrados naqueles tempos e isso causou um problema histórico gigantesco pois eles não escreveram sua própria história. O que temos são registros de pessoas da época que não conviveram dentro de Palmares, tendo que se contentar muitas vezes com a palavra de pessoas que supostamente teriam feito parte do quilombo. O que se pode dizer com uma certeza é que havia escravidão dentro da própria sociedade negra africana. Veja, muitos escravos que eram vendidos no litoral para os traficantes brancos tinham sido capturados por outros negros. Dentro do continente africano valia a lei da força bruta. Uma tribo em busca de riquezas invadia as terras de outra tribo e caso se tornassem vencedores na guerra transformavam todos os membros da aldeia conquistada em escravos. Mulheres, idosos e crianças eram vendidos pelo melhor preço. Em determinado momento o branco europeu não mais adentrava o continente em busca da tão valiosa mão de obra escrava pois grupos negros levavam escravos para os portos e os vendiam aos donos de navios negreiros.

Sim, a verdade histórica é politicamente incorreta. Não há hoje como negar que havia muitos negros no longo elo do tráfico de escravos negros para as Américas. Pois bem, dentro dos quilombos também havia uma sociedade estratificada, onde os poderosos tinham poder de vida e morte sobre os subordinados. Zumbi estava no topo da escala social de seu povo, era um monarca, um rei. E como todo rei negro africano também tinha seus escravos. Olhando sob esse prisma chegamos numa conclusão curiosa: Zumbi ao fundar seu quilombo não tinha em mente destruir o sistema de escravidão reinante na colônia, mas sim deixar de ser um escravo, subir na hierarquia social da sociedade e não acabar com a escravidão, até porque se até ele mesmo tinha escravos porque iria se auto prejudicar em sua propriedade? A visão de abolir a escravidão é um ponto de vista universal, amplo, objetivo. A visão que Zumbi tinha era puramente subjetiva pois o que queria mesmo era deixar de ser escravo de alguém, acima de tudo.

O escravo negro não era considerado uma pessoa do ponto de vista jurídico, mas um bem, uma coisa. E como coisa ele fazia parte do direito de propriedade de seu dono. Se Zumbi tinha escravos obviamente que eles também faziam parte de sua riqueza pessoal. Para ostentar seu domínio dentro do quilombo ele também tinha que ter poder político e poder econômico, e para isso não iria se desfazer de parte de sua propriedade, defendendo uma ideologia que lhe era desconhecida até então. Parece espantoso, mas a verdade pura e simples é que os pensamentos iluministas e abolicionistas não tinham chegado a Zumbi e ao seu povo. Era necessário haver um sistema cultural erudito para isso, entender de filosofia e até mesmo de teologia, algo que escapava para a realidade daquelas pessoas. Assim Zumbi é um símbolo controverso para o movimento negro. Certamente ele representa hoje em dia algo, mas em seu tempo isso era ainda uma abstração que não fazia parte da mentalidade da sociedade quilombola da qual fazia parte.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Batalha da Inglaterra

O sonho de Hitler era invadir a Inglaterra logo após a queda da França e demais países do leste europeu. Afinal de contas ele estava mesmo em seu auge de conquista. A tática alemã de guerra relâmpago (Blitzkrieg) havia colhido excelentes frutos. A rendição do exército francês pegou todos de surpresa, uma vez que o país era um potência militar desde os tempos de Napoleão Bonaparte. O que Hitler não levou em conta foi o fato de que os ingleses não iriam se render de forma tão fácil, pelo contrário, iriam lutar até o último homem. Em discurso pelo rádio o primeiro ministro Winston Churchill garantiu que o povo inglês jamais se entregaria ao nazismo. Em uma frase que ficou famosa ele declarou: "Não prometo nada, apenas sangue, suor e lágrimas". E assim foi.

O plano de Hitler tinha dois objetivos bem claros, duas etapas. O primeiro seria destruir as forças armadas inglesas com bombardeios diários nas principais cidades inglesas e seus centros industriais. Depois quando o complexo militar britânico estivesse de joelhos começaria a invasão pela costa sul da ilha. Mais uma vez Hitler e seus generais não levaram em conta a força de resistência do império britânico. De fato os alemães jamais colocariam as botas em solo inglês. A tão falada operação aérea se revelou logo um desastre.

Apesar de ter grande poderio a Luftwaffe, força aérea nazista, não foi páreo para a RAF (A força real inglesa), que foi para o confronto direto usando caças mais ágeis, facéis de manobrar e com mais poder de fogo. Os aviões alemães eram de fato muito bons, porém se mostraram pesados no ar, com pouca versatilidade e autonomia. A tecnologia de ponta do caça Spitfire, proporcionando grande poder de manobra dos aviões ingleses foi decisivo para sua vitória no espaço aéreo. Com baixas de elevado número não houve como completar a segunda fase da invasão da Inglaterra, uma vez que os ingleses se mostraram fortes o suficiente para destruir os planos de Hitler nos ares da Grã-Bretanha.
 
RAF Spitfires e Hurricanes
A defesa da pátria durante a Batalha da Grã-Bretanha foi dominado pela parceria entre os aviões RAF Spitfires e Hurricanes, monoplanos, com assento único e quatro pares de metralhadoras Browning. Os dois aviões de combate entraram em serviço com apenas poucos meses de diferença. O Hurricane era uma aeronave robusta, com uma plataforma de arma estável, capaz de absorver uma enorme quantidade de danos durante a batalha, um poder de resistência bem maior do que o Spitfire ou o seu adversário alemão Bf-109.

Ele foi projetado por Sir Sydney Camm e foi o último de uma longa linha de aeronaves Hawker, todos caracterizados pela sua construção robusta, primorosa. Ao longo da guerra estima-se que o Hurricane tenha abatidos 656 combatentes inimigos e bombardeiros, contra 529 aviões destruídos pelos Spitfires. Por sua vez, era uma aeronave extremamente avançada - um metal especialmente desenvolvido, originando um monoplano com trem de pouso retrátil, cockpit fechado e oito armamentos pesados de combate. Os primeiros Hurricanes entraram em serviço em dezembro de 1937. Foi um avião essencial na derrota da batalha da Inglaterra. O Spitfire, foi projetado e construído por Reginald Mitchell J. Logo se tornou a última palavra em tecnologia de uma longa linha de desenvolvimento da indústria bélica inglesa. 

O grande diferencial foi a abordagem de um projeto diferente, inovador. Sua asa elíptica clássica foi o resultado de provas de velocidade realizadas na década de 30. O design acabou vencendo o Troféu Schneider de inovações de guerra. Durante os testes, ligas leves foram projetadas para reduzir o peso, dando ao caça qualidades aerodinâmicas perfeitas. A potência do motor também exigiu a criação de combustíveis especiais. O resultado de tudo isso foi um salto de qualidade no desenvolvimento de projeto de aeronaves monoplano. com grandes avanços na tecnologia de motor que foi compartilhada por ambas as aeronaves.


Pablo Aluísio. 

10 Erros Sobre a Guerra Civil Americana

1. A Guerra foi causada pelo fim da escravidão
Muitas pessoas pensam que a Guerra Civil foi causada pelo fim da escravidão. Os estados do Sul não aceitaram a abolição e por isso entraram em guerra. Na verdade a abolição se deu no transcorrer da guerra. Lincoln até mesmo sugeriu que os estados sulistas mantivessem seus escravos e caso fossem libertos a União pagaria aos fazendeiros por seu prejuízo.

2. Lincoln acreditava na igualdade entre brancos e negros
Em um discurso o presidente Lincoln falou com todas as palavras que negros eram inferiores a brancos e que por isso não podiam votar, nem exercer cargos públicos ocupados por homens brancos. Só quando a guerra civil chegou ao seu auge, com radicalismo de posições foi que o presidente americano finalmente cedeu e mudou de opinião.

3. A União tinha melhores generais que a Confederação
Basta consultar os números. Em geral morriam mais soldados da União do que confederados nas batalhas. No geral a União venceu realmente a guerra por ter mais poderio econômico e mais homens, armamentos e indústrias de armas.

4. Robert Lee acreditava piamente na causa confederada
Na verdade o General Lee sabia que os confederados perderiam a guerra desde o começo. Ele só foi para as fileiras do exército rebelde em nome de seu amor por seu estado natal. Chegando no sul encontrou um exército com muitos problemas em termos de equipamentos e material humano. Ele jamais chamou os ianques de inimigos, pois os considerava irmãos e compatriotas. Lee costumava se referir ao exército da União como "aquela gente".

5. O General Grant era um gênio militar
De todos os generais da União, Ulysses Grant foi o mais celebrado após o fim da guerra civil. Considerado um medíocre em West Point, a academia militar onde se formou, ele acabou se destacando durante o conflito por ser ousado e procurar pelo confronto direto. Lincoln se irritava geralmente com seus outros generais pois eles eram vacilantes e lentos. Grant ia para o campo aberto. Certa vez o presidente se referiu a ele da seguinte maneira: "Não posso me desfazer desse homem! Ele luta!". Depois da guerra Grant seria eleito presidente dos Estados Unidos.

6. Todos os sulistas queriam a guerra
Um erro geralmente repetido afirma que todo o povo do Sul queria a separação da União. Uma mentira. Muitos setores importantes dentro dos estados sulistas queriam continuar dentro da União. A decisão de se separar do norte foi tomada pelas casas legislativas de cada estado, sem maior participação popular.

7. Os ianques se comportaram como heróis
Na verdade as tropas da União muitas vezes agiram com extrema brutalidade contra a população civil. O general Sherman era particularmente conhecido por seus atos abusivos. Em determinado momento determinou aos seus homens que agissem em relação às mulheres do sul como se estivessem na presença de prostitutas. Nem é preciso dizer que isso causou um número alarmante de estupros nas cidades conquistadas pelos ianques do norte.

8. A Inglaterra queria a vitória da Confederação
Outro fato não verdadeiro que ganhou a chancela de muitos historiadores. Na verdade a Inglaterra procurou se manter neutra na maior parte do tempo. A confederação tentou o reconhecimento da Inglaterra em prol de sua causa, reconhecendo internacionalmente as novas nações rebeldes, mas isso jamais ocorreu de fato.

9. Os sulistas lutaram por ideologia na guerra
Um fato pouco comentado é que o governo confederado impôs por decreto o alistamento militar obrigatório para todos os homens do sul dos 17 aos 60 anos. Assim muitos soldados confederados lutaram não por acreditarem na causa, mas simplesmente porque eram obrigados pela lei.

10. Lincoln foi assassinado por um complô do governo confederado
Nada foi provado até hoje. Na realidade, assim como aconteceu com JFK, a morte desse presidente parece ter sido causada por um ato isolado de poucos indivíduos, fanáticos sulistas que quiseram se vingar da derrota na guerra, matando o presidente enquanto ele assistia a uma peça de teatro.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

História da Guerra Civil Americana

Se você gosta de história, uma boa dica de leitura é esse "História da Guerra Civil Americana" de autoria do escritor John D. Wright. Muito embora o texto em si não tenha uma visão crítica dos acontecimentos, Wright narra em ordem cronológica todos os principais eventos do conflito que mais perdas causaram ao povo americano. De um lado o Norte do país, com estados industrializados, cidades cosmopolitas e aversão completa ao instituto da escravidão negra. Do outro os estados sulistas, com a economia fortemente embasada nos pilares do plantation, onde o grande motor econômico era a exportação para França e Inglaterra do algodão, com farto uso de mão de obra negra escrava em grandes fazendas. Os nortistas ficaram conhecidos como ianques, com fardas azuis e os sulistas, que também lutavam pela secessão dos Estados Unidos, foram denominados de confederados, com uniformes cinzas. No meio de tudo estava o presidente americano Abraham Lincoln, que lutava para manter o país unido sob uma mesma bandeira.

Além do aspecto jurídico, social e econômico, a guerra civil americana também mostrou que nem os heróis são isentos de demonstrarem momentos de vacilação e medo. Um exemplo vem do próprio Lincoln retratado em suas páginas. Como se sabe o presidente americano hoje é visto como um símbolo de virtuosidade, mas no calor dos acontecimentos as coisas não foram bem assim. Na véspera da saída de vários estados da União, o presidente, temendo uma cisão completa, realizou um discurso lamentável, afirmando que não iria abolir a escravidão no sul americano, até porque ele acreditava que "negros não são iguais aos brancos." em suas próprias palavras. Não satisfeito ainda declarou: "Não podemos afirmar que eles possam ser igualados aos brancos. Não queremos que votem ou tenham os mesmos direitos que a raça branca, que é obviamente superior a todos eles". Pois é, só quando a coisa toda desandou completamente, com a declaração da confederação e a guerra batendo as portas da Casa Branca é que Lincoln finalmente abraçou a causa da abolição.

Outro personagem digno de nota que surgem das páginas desse excelente livro é o general Ulysses S. Grant. Ele começa a guerra como um oficial desacreditado. Formado entre os piores de sua classe em West Point se mostra um homem importante dentro do campo de batalha. Ao contrário de seus superiores, que tinham receios de enfrentar os confederados de frente, Grant ia diretamente ao confronto direto, vencendo inúmeras batalhas, o que era justamente o que faltava para a União naquele momento, pois poucos sabem, mas a confederação sulista havia vencido as principais batalhas no começo da Guerra civil. Grant também era um sujeito sui generis. Beberrão e despojado, se misturava com seus soldados no front, participando ativamente do corpo a corpo, o que lhe trouxe uma incrível fama de bom líder e guerreiro leal entre os soldados ianques. Esse seu jeito decisivo de participar da guerra levaria Lincoln a elogiar Grant sempre que possível. Aconselhado a demitir o general por causa de seu estilo arrojado e pouco convencional do que se esperaria de um general do exército, o presidente teria dito: "Não posso me desfazer desse homem, ele luta!". Anos depois o próprio Ulysses S. Grant se tornaria presidente dos Estados Unidos.

Já o general Sherman, outro herói ianque da guerra, é retratado como um militar linha dura, chegando às raias da crueldade. Quando os nortistas invadiram a capital do sul, Richmond, Sherman deu ordens diretas aos seu homens para que incendiassem e pilhassem tudo o que encontrassem pela frente, inclusive com abusos (até de ordem sexual) contra as mulheres sulistas que ousassem enfrentar as tropas. Isso bem demonstra que nem sempre os heróis do passado agiam com heroísmo. Sherman foi violento e irracional em muitos momentos da guerra. Por fim, como é de se esperar de uma história da guerra, nada melhor também do que conhecer os grandes nomes do outro lado também. Entre os oficiais confederados nenhum se destacou mais do que Robert Lee, o famoso general que largou o exército da União para se juntar ao exército confederado. Considerado um tradicionalista, um oficial justo e honesto, Lee acabaria se tornando o maior ícone da causa confederada na guerra civil. Ele sabia que o sul não teria chances de vencer a guerra, mas como era natural da região deixou seu lado mais pragmático de lado para lutar ao lado daqueles que considerava o seu povo. No final seus esforços foram em vão pois o sul perdeu a guerra, não por falta de coragem ou bravura, mas sim por não ter a mesma estrutura econômica e financeira do norte rico e industrial. Algo que também aconteceria na segunda guerra mundial, afinal de contas guerras são vencidas geralmente pelo lado mais rico do ponto de vista puramente econômico e financeiro.

Pablo Aluísio.

O Comunismo é uma Utopia!

Certamente existem pessoas que se dizem de esquerda que são bem intencionadas. A ideia central do comunismo onde tudo seria comum a todos é muito atraente, além de socialmente justa. Infelizmente esse tipo de ideologia também exige uma postura que sinceramente nunca foi implantada em lugar nenhum. O que temos visto desde sempre em relação a regimes comunistas é que tudo se torna mero pretexto para enriquecimento pessoal dos detentores do poder. Isso quando não desanda para uma ditadura brutal e sanguinária.

Certamente eu nunca vou abraçar a ideologia do socialismo simplesmente porque sou cristão e acredito na existência de Deus. O comunismo e o cristianismo são forças que se repelem. O comunismo é ateu por definição. Karl Marx, seu principal articulador, era ateu e considerava a religião danosa, uma simples ferramenta de dominação das classes dominantes. Ele virava os olhos para as boas ações praticadas por religiões ao redor do mundo. Tinha uma visão muito fixa e contrária contra todo tipo de sentimento religioso. Isso por si só já me repele de adotar qualquer tipo de ideologia socialista e comunista em minha vida. Isso obviamente é algo que diz respeito a mim mesmo. Uma visão e postura pessoal.

Porém a ideia de repartir, de evitar a exploração de classes, me parece bem adequada mas certamente jamais será implantada. Sempre haverá uma classe dominante. Basta olharmos para os exemplos dos regimes comunistas como a ex-URSS, Cuba, China ou Coréia do Norte. Todas são violadoras de direitos humanos, oprimem a imprensa livre e formam castas de pessoas que dominam as demais de forma brutal e violenta. Ora, isso não é uma dominação de classe? Claro que sim! Não adianta você se auto intitular representante da classe trabalhadora se não trabalha e não respeita o direito alheio ou se usa a ideologia comunista apenas para em última análise ficar rico. Penso que se não deu certo na União Soviética, que tinha uma sociedade complexa e plural, não dará certo em lugar nenhum, em época alguma. Sempre haverá exploração, dominação e barbárie.

Como eu disse, a ideia básica do comunismo não é má, só que na prática não consegue se impor porque desde que o ser humano surgiu na face da Terra ele tentará impor sua opinião aos outros, buscará a riqueza material para si e combaterá os inimigos de seu status quo. Por isso afirmo que o comunismo é uma utopia e só existe no mundo das ideias pois de certa forma vai contra a própria natureza humana que é a do "meu" e não a do "nosso". Se o comunismo não conseguiu se impor em nações intelectualmente desenvolvidas, com altos índices de escolaridade, o que dirá de regiões mais pobres do globo como a América Latina. Aqui não existe socialismo verdadeiro mas uma manipulação do pensamento comunista para se chegar ao poder. Uma vez lá o ciclo de reinicia, com a busca de enriquecimento pessoal e dominação completa dos setores da sociedade.

Eu afirmo, seria o primeiro a compartilhar tudo o que tenho com o meu próximo, mas não dar o que eu tenho para o enriquecimento de falsos membros da esquerda. Imaginem, o sujeito se auto intitula um socialista aqui dos trópicos ao mesmo tempo em que anda de carro de luxo BMW ou almeja comprar um apartamento em Nova Iorque. Eu lhe pergunto: isso é um socialista verdadeiro ou um mentiroso que está usando a ideologia socialista para enriquecer ao velho estilo capitalista? Volto a dizer, dentro da sociedade humana sempre haverá dominados e dominadores. O que muda é a desculpa para impor a dominação - e ultimamente o socialismo tem sido utilizado para justamente isso. O tão cultuado Fidel Castro é um dos homens mais ricos do mundo! Por isso abra os olhos. Comunista com carro do ano importado, apartamento na praia, iates, vida de luxos e riquezas, nunca foi um verdadeiro comunista mas apenas um mentiroso que usa a ideologia de esquerda para ficar rico e nada mais.

Pablo Aluísio.