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sexta-feira, 26 de maio de 2017

A Porta de Ouro

Título no Brasil: A Porta de Ouro
Título Original: Hold Back the Dawn
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mitchell Leisen
Roteiro: Charles Brackett, Billy Wilder
Elenco: Charles Boyer, Olivia de Havilland, Paulette Goddard, Victor Francen, Walter Abel, Rosemary DeCamp
  
Sinopse:
O playboy franco-romeno Georges Iscovescu (Charles Boyer) decide se mudar para os Estados Unidos. O problema é que como imigrante ele só receberá o Green Card se conseguir se casar com uma americana. E assim ele o faz, se casando com Emmy Brown (Olivia de Havilland). Georges pretende retornar aos braços de sua querida Anita Dixon (Paulette Goddard), também estrangeira na América, mas acaba sendo pego pelo destino ao se apaixonar por Emmy.

Comentários:
Comédia de costumes com toques românticos que acabou se tornando um inesperado grande sucesso de público e crítica. Só para se ter uma ideia da ótima receptividade que esse filme teve na época basta relembrar que ele conseguiu seis indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Olivia de Havilland), Melhor Roteiro Adaptado (Charles Brackett e Billy Wilder), Melhor Fotografia em Preto e Branco (Leo Tover), Melhor Direção de Arte (Hans Dreier e Robert Usher) e Melhor Música (Victor Young). O filme só não venceu o Oscar naquele ano porque realmente havia filmes excepcionais concorrendo. O grande vencedor do prêmio da noite acabou sendo "Como era Verde o meu Vale", o clássico imortal de John Ford. Outro concorrente? "Cidadão Kane"! Era mesmo impossível vencer nessa premiação! De qualquer forma as indicações já foram vitórias diante de tantos concorrentes maravilhosos. Sobre o filme em si não há nada a criticar. O roteiro é bem sofisticado, com situações e diálogos excepcionalmente bem escritos. Billy Wilder, no começo de carreira, já demonstrava todo o seu talento nesse roteiro. O elenco também é acima da média. Além da classe tipicamente francesa de Charles Boyer, havia ainda duas estrelas de cinema que marcaram a história de Hollywood, Olivia de Havilland e Paulette Goddard, ambas bem inspiradas em cena. Assim deixamos a dica desse clássico do humor mais sofisticado e do romantismo mais elegante. Bons tempos que não voltam mais.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de novembro de 2016

Gaivota Negra

Título no Brasil: Gaivota Negra
Título Original: Frenchman's Creek
Ano de Produção: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mitchell Leisen
Roteiro: Talbot Jennings, baseado na obra de Daphne Du Maurier
Elenco: Joan Fontaine, Arturo de Córdova, Basil Rathbone
  
Sinopse:
Frustrada por um casamento infeliz, Lady Dona St. Columb (Joan Fontaine) resolve se afastar do marido que considera um tolo. Com os dois filhos ela viaja até sua antiga propriedade na costa da Inglaterra. Há muito que a velha mansão está abandonada e empoeirada. Lá porém ela se sente muito mais feliz e calma. O que ela nem desconfia é que há um navio pirata francês na costa, bem perto de sua casa. O corsário Jean Benoit Aubrey (Arturo de Córdova) está fazendo reparos em sua embarcação. Em pouco tempo se conhecem e nasce daí uma inegável e perigosa atração romântica. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte (Hans Dreier e Ernst Fegté).

Comentários:
Filme de piratas tradicionalmente sempre fizeram muito sucesso de bilheteria. Esse aqui é um pouco diferenciado pois ao invés de valorizar as aventuras e lutas de capa e espada se concentra mais no romance entre uma nobre inglesa que não suporta mais seu casamento falido e um pirata francês que se esconde na costa de seu país. Apesar de ser um corsário ele se mostra muito cavalheiro e galanteador, sempre pronto a falar algo bonito para ela. Não demora nada e Lady Dona fica completamente apaixonada por seu estilo e modo de viver que ela começa a associar com liberdade, algo que nunca teve em sua vida pessoal. O Latin Lover Arturo de Córdova interpreta o capitão pirata francês (apesar dele ter nascido no México). Um típico galã da época, ele tinha boa postura em cena, mas no geral não conseguia passar de um canastrão bem intencionado. Melhor se sai a estrela Joan Fontaine, a irmã mais velha (e dizem mais talentosa) de Olivia de Havilland. Seu personagem exigiu até bastante dela, principalmente no aspecto físico, porém não abriu margem para uma grande atuação pois o filme em si é apenas um romance de aventuras, com pequenos toques de bom humor (que surgem principalmente quando Joan Fontaine se tenta passar por um jovem pirata). Como eu frisei o filme como um todo não se destaca muito no quesito aventura. Não há grandes cenas nesse aspecto. A caravela La Gaivota é toda pintada de branco (ao contrário do equivocado título nacional que se chama "Gaivota Negra") e não se destaca muito se comparada a outros navios de grande porte já vistos em filmes desse tipo. A única grande novidade talvez venha pela ousadia da história (baseada no romance de Daphne Du Maurier) pois a protagonista é uma mulher adúltera, com filhos, que resolve se enamorar de um ladrão dos mares estrangeiro ao mesmo tempo em que luta contra os seus próprios compatriotas. Vamos convir que era ousadia demais para aqueles tempos tão conservadores e moralistas. Por fim se você realmente gostar do enredo sugiro uma versão feita para a TV em 1998 com Tara Fitzgerald e Anthony Delon. Bem interessante.

Pablo Aluísio.