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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Se o Marido Atender, Desligue

Título no Brasil: Se o Marido Atender, Desligue
Título Original: If a Man Answers
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Henry Levin
Roteiro: Richard Morris, Winifred Wolfe
Elenco: Sandra Dee, Bobby Darin, Cesar Romero, Micheline Presle

Sinopse:
Chantal Stacy (Sandra Dee) é uma rica socialite que acaba se casando com o fotógrafo pobretão Eugene Wright (Bobby Darin). Nos primeiros meses tudo acaba indo bem até o surgimento de um amigo invejoso que tenta separar os dois. Em desespero, Chantal procura conselhos com a mãe, mas a ajuda que recebe acaba piorando ainda mais a situação.

Comentários:
Uma comédia romântica típica dos anos 1960 com o casalzinho formado pela atriz Sandra Dee e pelo cantor Bobby Darin, que formavam par também fora das telas. Nesse período do cinema americano o produtor  Ross Hunter descobriu a força de bilheteria que representava o público feminino e resolveu investir cada vez mais nesse tipo de produção feito especialmente para elas. A fórmula deu tão certo que até hoje em dia filmes assim costumam ser extremamente populares, rendendo ótimas bilheterias todos os anos. Super colorido, ensolarado, o filme mantém seu charme nostálgico. No elenco uma surpresa: Cesar Romero acabou roubando o show e recebeu até mesmo uma indicação ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante (além dessa o filme ainda foi indicado para Melhor Comédia - Musical). Obviamente que hoje em dia vai soar um pouco datado, mas no geral ainda se torna interessante para cinéfilos em geral por ser um exemplo perfeito desse gênero no cinema da época.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de julho de 2018

Onze Homens e um Segredo

Título no Brasil: Onze Homens e um Segredo
Título Original: Ocean's Eleven
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lewis Milestone
Roteiro: Harry Brown, Charles Lederer
Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr, Peter Lawford, Angie Dickinson, Joey Bishop, Henry Silva, Cesar Romero

Sinopse:
Danny Ocean (Frank Sinatra) resolve reunir seus antigos companheiros da Segunda Guerra Mundial para executar um plano mais do que ousado: roubar os quatro maiores cassinos de Las Vegas durante o ano novo! A missão contará com vários especialistas, onde cada um terá um objetivo específico a realizar. Assim que as luzes da cidade forem cortadas, os membros do grupo de Danny Ocean começarão a roubar as fortunas que os estarão esperando em seus cofres milionários na assim chamada "cidade do pecado". Indicado ao prêmio da Writers Guild of America na categoria Melhor Roteiro Original.

Comentários:
"Ocean's Eleven" é considerada a obra prima do Rat Pack, o grupo de amigos que rodeavam Frank Sinatra em seus anos de auge em Las Vegas. O cantor há muito vinha em busca de um roteiro em que pudesse encaixar todos os membros do Rat Pack e acabou encontrando o espaço que tanto queria justamente aqui. O curioso é que Sinatra filmou sua participação enquanto se apresentava em Vegas - de tarde filmava suas cenas e de noite se apresentava nos cassinos ao lado de seus companheiros. Por essa razão praticamente todas as tomadas foram realizadas de primeira, já que Sinatra não queria perder tempo. Isso em nada desqualifica o filme que é muito bem realizado, com ótima trama e elenco muito à vontade. Também pudera, no fundo era tudo uma desculpa para que todos os amigos trabalhassem juntos. Dean Martin, por exemplo, está mais cool do que nunca. Fumando um cigarro atrás do outro, vai de vez em quando ao piano para soltar seu vozeirão. O roteiro é muito bem escrito e tem um cuidado todo especial na apresentação das características de cada personagem. Só para se ter uma ideia, pelo menos metade da duração do filme é usada com esse objetivo. A direção musical foi entregue ao genial maestro Nelson Riddle, que tantos álbuns maravilhosos gravou ao lado de Sinatra. Além do bom gosto o clima de diversão traz um sabor especial para a produção. Tudo muito divertido e bem conduzido, "Ocean's Eleven" é de fato o grande clássico de Sinatra nas telas, talvez só sendo superado mesmo em sua carreira pelo genial "A Um Passo da Eternidade" de 1953.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Cesar Romero



Lendo uma antiga revista de cinema acabei me deparando com um texto escrito pela jornalista brasileira Dulce Damasceno de Brito onde ela lamentava o esquecimento do ator Cesar Romero. Dulce viveu por muitos anos em Hollywood em seus anos de ouro e conheceu todos aqueles astros e estrelas tais como Marilyn Monroe e Carmen Miranda. Sobre essa última inclusive ela foi uma grande amiga pessoal. E ambas frequentavam bastante a casa do ator Cesar Romero.


Hoje em dia a principal referência de Romero vem da sua atuação na série Batman nos anos 60. Pois é, quando sua carreira começou a fraquejar ele precisou migrar para a TV. Naquela época interpretar um vilão de histórias em quadrinhos como o Coringa, não era uma coisa muito positiva para um ator. Significava apenas que ele estava completamente decadente, precisando trabalhar, nem que fosse em um programa infanto-juvenil como aquele.


Antes de ser o famoso vilão do universo de Batman o ator trabalhou em incríveis 160 filmes, a maioria deles como coadjuvante, interpretando personagens ao estilo Latin Lover. Um fato curioso é que todos em Hollywood pensavam que Romero era mexicano, porém ele era americano nato, nascido em Nova Iorque, filho de imigrantes cubanos. O fato de ser confundido com um estrangeiro o divertia e ele caçoava indiretamente dos jornalistas americanos, ora dizendo que era espanhol, ora que era colombiano... Enfim, em cada entrevista Cesar Romero contava uma história de vida diferente - e puramente ficcional.


Dulce também revela em seu texto que Cesar Romero era gay e que isso não era necessariamente um segredo dentro da comunidade em Hollywood. No fundo todos sabiam disso. Ele era muito espirituoso e sempre era convidado para grandes festas para animar e entreter os convidados. Era um grande anfitrião. Sobre o fato de nunca ter se casado se divertia com as desculpas do estúdio que afirmavam que ele era apenas um "solteirão convicto". O interessante é que ele dizia que o Coringa, que era sua mais famosa atuação (e que iria lhe dar uma fama eterna), também muito provavelmente era gay. Romero comentou: "Coringa só pode ser gay! Um homem heterossexual jamais usaria roupas tão coloridas, chamativas e fora do normal como ele!". Pelo visto Romero foi divertido até o fim de seus dias...

Pablo Aluísio.