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domingo, 9 de agosto de 2020

Querelle

Título no Brasil: Querelle
Título Original: Querelle
Ano de Produção: 1982
País: Alemanha, França
Estúdio: Planet Film, Albatros Pictures
Direção: Rainer Werner Fassbinder
Roteiro: Rainer Werner Fassbinder
Elenco: Brad Davis, Franco Nero, Jeanne Moreau, Laurent Malet, Günther Kaufmann, Burkhard Driest

Sinopse:
Querelle (Brad Davis) é um marinheiro belga que durante uma viagem acaba se envolvendo com pessoas do submundo em portos europeus. Traficantes de drogas, assassinos, fugitivos da justiça, todos os tipos marginalizados acabam esbarrando com ele em sua jornada. Filme premiado no Venice Film Festival.

Comentários:
Esse é um filme muito interessante. Produzido na década de 1980, é uma adaptação do romance escrito por Jean Genet. O diretor Rainer Werner Fassbinder fez um filme bem diferente do convencional, a começar de seu protagonista, um marinheiro que dentro de um ambiente de marginalidade acaba se tornando também ele um marginal. O filme tem uma fotografia saturada, para realçar bem esse ambiente em que ele passa a viver, ou a visitar, porque em cada porto ele encontra algo diferente. E em busca de novas experiências sexuais vale tudo, inclusive o amor de outros homens. O ator Brad Davis havia sido revelado ao grande público por causa do excelente "O Expresso da Meia-Noite", ótimo drama dirigido pelo cineasta Alan Parker (recentemente falecido). Considerado um belo galã, muito promissor, inclusive dentro do cinema americano, ele viu sua carreira acabar cedo porque contraiu AIDS em uma época em que essa doença era uma sentença de morte. Segundo algumas informações na época de sua morte ele, em sua vida privada, era homossexual, embora sua esposa tenha defendido que essa informação não condizia com a verdade. De qualquer maneira esse filme acabou se tornando um belo retrato de seu talento, mesmo ainda bem jovem. PS: E pensar que pouco após a morte do Brad Davis outro galã de nome Brad iria começar uma das mais populares carreiras de Hollywood. Sim, estou me referindo ao Brad Pitt. São ironias do destino.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de março de 2014

Carruagens de Fogo

Título no Brasil: Carruagens de Fogo
Título Original: Chariots of Fire
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Hugh Hudson
Roteiro: Colin Welland
Elenco: Ben Cross, Ian Holm, John Gielgud, Brad Davis, Ian Charleson, Nicholas Farrell

Sinopse:
A história, contada em flashback, mostra dois jovens velocistas britânicos que competem por fama e reconhecimento nos Jogos Olímpicos de 1924. Eric Liddell (Ian Charleson) é um missionário escocês devoto, que se dedica aos esportes para agradar ao seu Deus. Já Harold Abrahams (Ben Cross) procura ser aceito dentro da sociedade inglesa mais tradicional uma vez que suas origens judaicas o impede de ser bem recebido em certos setores da esnobe alta sociedade de Cambridge. Filme baseado em fatos reais.

Comentários:
Apesar de consagrado na Academia, onde foi indicado a sete Oscars, vencendo em quatro categorias (Melhor Filme, Roteiro, Figurino e Trilha Sonora), o filme nunca conseguiu se tornar uma unanimidade perante o público. Todos os ingredientes para um grande filme parecem estar presentes mas o cineasta Hugh Hudson não conseguiu imprimir um bom ritmo à película que sofre de vários problemas no desenvolvimento de seu enredo. Aliás essa sempre foi uma crítica presente em praticamente todos os filmes do diretor. Hudson parece vacilante em vários momentos, sem saber direito que rumo tomar, algo que se tornaria um grave problema em um de seus filmes seguintes, o mega fracasso "Revolução" com Al Pacino, que praticamente enterraria suas pretensões de dirigir filmes de grandes orçamentos ao longo do resto de sua carreira (nenhum estúdio tinha mais coragem de arriscar verdadeiras fortunas em filmes assinados pelo diretor). De qualquer forma alguns aspectos salvam "Chariots of Fire" do esquecimento, o mais forte deles a inesquecível trilha sonora de Vangelis, até hoje presente em quaisquer daquelas coletâneas do tipo "Os maiores sucessos do cinema" e similares. No geral é um bom filme, com história edificante e inspiradora, embora tenha passado longe de se tornar uma verdadeira obra prima merecedora de todos os Oscars que venceu.

Pablo Aluísio.

domingo, 28 de abril de 2013

O Expresso da Meia-Noite

É um dos filmes mais viscerais já realizados. Roteirizado por Oliver Stone, em inicio de carreira, “O Expresso da Meia-Noite” não procurava amenizar a realidade barra pesada que se propunha a mostrar. Na trama o ator Brad Davis interpretava um americano preso na Turquia com uma quantidade considerável de drogas. As leis daquele país sobre esse tipo de conduta se mostrariam mais duras do que ele jamais ousaria imaginar. Preso, espancado, despido de sua dignidade humana, o personagem sofre uma verdadeira viagem ao inferno dentro do sistema penitenciário turco com seus métodos bárbaros e rígidos no trato com os prisioneiros. O filme tem uma carga emocional muito pesada, mostrando em detalhes diversas torturas, espancamentos e agressões tanto físicas quanto psicológicas. O ator Brad Davis se expõe com coragem a um roteiro que não tem medo de colocar o dedo na ferida. Essa acabou sendo sua melhor atuação na carreira. Infelizmente Davis foi mais uma vítima precoce do surgimento da AIDS no mundo. Ao vê-lo em cena não podemos chegar a outra conclusão: perdeu-se realmente um grande talento dramático pois sua atuação é muito marcante. Um trabalho memorável mesmo.
    
O impacto que “O Expresso da Meia-Noite” causou na época acabou abrindo as portas de Hollywood para Oliver Stone. Embora o filme fosse dirigido pelo extremamente talentoso Alan Parker (um dos meus cineastas preferidos), Stone é quem acabou se destacando na mídia pois seu roteiro recebeu várias menções honrosas e elogios no lançamento do filme nos EUA. A história pessoal de Oliver Stone também comoveu a imprensa. Veterano do Vietnã ele admitiu em entrevistas que estava familiarizado com violações de direitos humanos por causa de sua experiência como militar americano no sudeste asiático. Chegou ao ponto de dizer que muitas das cenas mais violentas de “O Expresso da Meia Noite” eram claramente inspiradas em fatos que vivenciou no meio do conflito nas selvas vietnamitas. A conclusão a que se chega é que “O Expresso da Meia Noite” é de fato um filme forte, violento e nada pueril. Um retrato visceral de um mundo cruel e hostil que merece ser redescoberto pelas novas gerações de cinéfilos. 

O Expresso da Meia-Noite (Midnight Express, Estados Unidos, 1978) Direção: Alan Parker / Roteiro:  Oliver Stone baseado no livro escrito por Billy Hayes e William Hoffer / Elenco: Brad Davis, Irene Miracle, Bo Hopkins / Sinopse: Billy Hayes (Brad Davis) é preso transportando drogas para dentro da Turquia. Preso, torturado e violado em seus direitos humanos ele tentará de todas as formas sobreviver ao inferno do sistema penitenciário daquele país.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Terror em Amityville

Roteiro e Argumento: O roteiro do filme segue o livro no qual foi baseado. Esse livro foi escrito pela primeira família que foi morar na casa após o massacre ocorrido lá. Como se sabe sem motivo aparente Ronald "Butch" Júnior matou toda sua família a tiros de espingarda. Depois desse crime horrível a casa ganhou fama de ser mal assombrada. Os primeiros moradores a comprarem a casa foram os Lutz, que relataram vários acontecimentos estranhos quando se mudaram para lá. Claro que o filme carrega nas tintas mas de maneira em geral o roteiro consegue ser menos sensacionalista do que era de se esperar.

Produção: O filme investe bastante naquele que parece ser o principal personagem aqui: a própria casa. Assim usando jogos de luzes e sombras a produção tenta criar toda uma atmosfera pesada no local. Não há muitos efeitos especiais como era de se esperar numa produção da década de 70. O grande destaque no final das contas fica com a trilha sonora incidental de Lalo Schifrin. Aquele coro infantil seria copiado a exaustão nos anos seguintes e é certamente assustador. A música sozinha é responsável pela metade do clima de terror do filme. Muito boa.

Direção: Depois de uma boa parceria ao lado de atores como Paul Newman e Robert Redford o diretor Stuart Rosenberg resolveu voltar ao terror e suspense, gênero que ele trabalhou bastante quando era diretor de tv. Seu trabalho aqui pode ser definido como correto. Ele investe bastante na chamada "climatização", embora na minha opinião o filme perca parte de seu charme nas cenas finais (bem exageradas e apelativas). Teria sido bem melhor se tudo continuasse apenas na expectativa e no suspense.

Elenco: O grande destaque vai para Rod Steiger no papel de padre Delaney. Infelizmente o personagem se mantém coadjuvante até o final. Eu esperava que ele tomasse as rédeas da situação mas isso não acontece. De qualquer forma sua interpretação ainda é a melhor coisa do filme. Margot Kidder, recém saída do sucesso de Superman aparece em cena com muitas caras e bocas mas apesar disso não compromete, já o ator James Brolin (pai do Josh Brolin) está muito bem. Com aquela estética bem anos 70 (barbudo e pouco chegado num banho) o ator consegue criar uma boa atmosfera em torno do seu personagem.

Terror em Amityville (The Amityville Horror, Estados Unidos, 1979) Direção Stuart Rosenberg / Roteiro Sandor Stern / Elenco: James Brolin, Brad Davis, Margot Kidder, Rod Steiger, Don Stroud e Murray Hamilton / Sinopse: Família se muda para uma casa onde ocorreu um terrível crime em que o filho matou seus pais e seus irmãos a tiros. Após alguns dias na nova moradia eles começam a perceber a presença de estranhos eventos no local.

Pablo Aluísio.