quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Elvis Presley - Elvis e Juliet Prowse

Juliet Prowse foi a atriz escolhida para contracenar com Elvis em seu primeiro filme após voltar do exército. Profissional de gênio forte e muita personalidade, Juliet se destacou desde muito cedo ao abraçar a dança como sua grande paixão de vida. Após se destacar em vários eventos ligados ao balé que tanto adorava, Prowse compreendeu que jamais seria uma dançarina clássica perfeita pois era considerada alta demais para isso. Dessa forma resolveu abraçar também a carreira de atriz. A primeira vez que ganhou notoriedade na imprensa foi por mero acaso ao virar alvo de polêmica, após os comentários ditos pelo líder soviético Khrushchev que ao ver uma de suas performances no ocidente comentou que o número que ele havia assistido era “lascivo, nojento e imoral". Não importou muito, pois em pouco tempo Prowse estaria fazendo sucesso nas telas com o musical Can-Can.

Seus dotes artísticos foram decisivos para ser escalada em “G.I. Blues”, o novo filme de Elvis Presley, afinal a sua personagem era uma dançarina de um night club na Alemanha. Prowse não conhecia Elvis pessoalmente mas assim que foram apresentados e começaram os ensaios no set de filmagem compreendeu que dariam certo nas telas. "Ele tinha um senso de ritmo muito bom! Sua dança era muito envolvente" – afirmaria a atriz anos depois. Logo no começo das filmagens uma série de boatos sobre um suposto envolvimento de Elvis com ela começou a circular em Hollywood, o que era um problema já que Prowse era considerada uma das garotas intocáveis de Frank Sinatra. Mas será que houve algum envolvimento mesmo entre os dois ou o suposto romance não passou de mais uma peça publicitária montada pela Paramount?

Algumas fontes afirmam que Elvis e Juliet começaram bem empolgados no filme e o flerte entre eles se tornou inevitável, mas Elvis não foi em frente. Na verdade o cantor estava mais preocupado com outras coisas, entre elas o próprio filme. Elvis achava que o roteiro explorando de forma fantasiosa sua vida na Alemanha era algo tolo e as músicas que faziam parte da trilha sonora eram simplesmente horríveis. Sua vida sentimental também andava bem confusa pois embora ainda estivesse namorando com Anita Wood não conseguia tirar Priscilla da cabeça. Chegou a fazer vários telefonemas para ela desabafando sobre o filme. Elvis queria que a metade das cenas em que ele cantava no filme fossem cortadas, mas nem a RCA, nem a Paramount e nem muito menos o Coronel Parker lhe deram ouvidos.

No final o filme fez um grande sucesso apesar dos receios de Presley. O êxito comercial deu um impulso incrível na carreira de Juliet Prowse que depois de alguns anos simplesmente cansou de Hollywood, preferindo voltar aos palcos onde estrelou peças e shows de sucesso, inclusive em Las Vegas e Londres (onde atuou ao lado de outros grandes nomes como Rock Hudson). Em relação a Elvis ela só lamentou mesmo não ter feito outro filme com ele. A Paramount queria Prowse em “Feitiço Havaiano”, mas não conseguiram chegar a um acordo financeiro sobre seu cachê. Uma pena pois era uma presença talentosa em cena, bem diferente de outras partners sem muita expressão com as quais Elvis começou a contracenar. Coisas de Hollywood, enfim. 

Pablo Aluísio

3 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Elvis Presley e Juliet Prowse
    Pablo Aluísio.

    ResponderExcluir
  2. Coitado do Elvis! Achar que esse filme era fraco e que as músicas eram uma porcaria. Perto que ele faria até o final dessa década de "60 esse G. I Blues pode ser considerado um clássico.

    ResponderExcluir
  3. Eu gosto bastante dessa trilha sonora. Elvis cantando bem em repertório agradável.

    ResponderExcluir